A Noite

 

“Nunca me esquecerei daquela noite, a primeira noite de campo, que fez minha vida uma noite longa e sete vezes aferrolhada. Nunca me esquecerei daquela fumaça.
Nunca me esquecerei dos rostos das crianças cujos corpos eu vi se transformarem em volutas sob um céu azul e mudo.
Nunca me esquecerei daquelas chamas que consumiram minha fé para sempre. Nunca me esquecerei daquele silêncio noturno que me privou por toda eternidade do desejo de viver.
Nunca me esquecerei daqueles momentos que assassinaram meu Deus, minha alma e meus sonhos, que se tornaram deserto.
Nunca me esquecerei daquilo, mesmo que eu seja condenado a viver tanto tempo quanto o próprio Deus. Nunca.”

Elie Wiesel,  A Noite. Continuar lendo A Noite

Livros que estão me esperando este ano

 

Não sei se vou ler todos, se vou conseguir ou vou querer, mas são estes: (ainda escrevendo, porque tem outros que agora onde estou, não me lembro). Não vou ler nessa ordem, a ordem é só a que me lembrei assim de chofre. E nem sei se vão ser esses mesmo, porque meu modo de ler é totalmente caótico. Certamente eu vou querer reler alguns. (Lembrei agora pelo menos do Trem Noturno Para Lisboa, que quero reler por causa de uma conversa com uma amiga). São estes:

 

  1. Pequena Abelha – Cris Cleave
  2. Amor sem Fim – Ian Mc Ewan
  3. As Brasas – Sandor Marai
  4. Minha Vida Na França – Julia Child
  5. Onze – Mark Watson
  6. Norweegian Wood – Haruki Murakami
  7. A Consciência de Zeno – Italo Zvevo
  8. Manual dos Inquisidores – António Lobo Antunes
  9. Grandes Esperanças – Charles Dickens
  10. Guerra e Paz – Tolstói
  11. Caçando Carneiros – Haruki Murakami
  12. Biografia de Neil Gaiman
  13. O Coração das Trevas – Joseph Conrad
  14. O Som e a Fúria – William Faulkner
  15. A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batatas – Mary Ann Shaffer/ Annie Barrows
  16. A Vida Modo de Usar – Georges Perec
  17. O Monge Endinheirado, A Mulher do Bandido e Outras Histórias de Um Rio Indiano – Gita Mehta

Ainda sobre O sol é Para Todos

Ainda sobre esse livro, saiu essa matéria no Estadão. Acho impressionante porque tenho lido vários blogs portugueses e brasileiros falando sobre esse livro e todo mundo acha maravilhoso. Nessa matéria que reproduzo abaixo, ainda se diz que é um livro que todos deveriam ler antes de morrer.

Eu vou acabar de ler e depois assistir de novo ao filme que tenho aqui em casa, e que eu acho um filmaço. Não tenho conseguido  deslanchar na leitura, não por causa do livro, mas por causa da minha cabeça que anda mais dispersa do que nunca. Mas hoje vou ver se continuo, pra ver o que tem de tão bom nesse livro.

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Amada

Amada – Toni Morrison
Tí­tulo original: BELOVED
Tradução:José Rubens Siqueira
Páginas: 396
Acabamento: Capa dura
Lançamento: 30/06/2011
ISBN: 9788535918939
Coleção Prêmio Nobel
Selo: Companhia das Letras
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Um dos melhores livros que eu já li, um dos que mais me tocou. Tem uma narrativa diferente, não linear, e é um ahistória linda e bem contada, emocionante, em que se entra na cabeça dos personagens de uma maneira bem visceral, bem diferente, é um livro que a gente sente.

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Eleito em 2006 pelo New York Times o livro de ficção mais importante dos últimos 25 anos nos Estados Unidos, Amada é o mais conhecido romance de Toni Morrison. Ambientado em 1873, época em que o paí­s começava a lidar com as feridas da escravidão recém-abolida, conta a história da ex-escrava Sethe, que após fugir de uma fazenda no Kentucky refugia-se em Cincinatti.
Lá, ela e a filha caçula se veem í s voltas com o fantasma de outra filha de Sethe, morta cerca de dezoito anos antes. Suas aparições cedem com a chegada de Paul D, velho conhecido dos tempos de escravidão. Mas a inesperada visita de uma jovem misteriosa chamada Amada, única palavra gravada na lápide da filha morta, obriga Sethe a confrontar uma verdade terrí­vel.
Numa prosa melódica que alterna diferentes registros e pontos de vista, manipulando com maestria os tempos da narrativa, a autora compõe um retrato lí­rico e cruel da condição do negro no fim do século XIX nos Estados Unidos.

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Livro mais conhecido da escritora americana Toni Morrison, prêmio Nobel de Literatura de 1993, Amada ganhou o Pulitzer de 1988 e em 2006 foi eleito pelo New York Times a obra de ficção mais importante dos últimos 25 anos nos Estados Unidos. Em 1998 recebeu uma adaptação cinematográfica – Bem-amada -, com Oprah Winfrey no papel principal.
A história se passa nos anos posteriores ao fim da Guerra Civil, quando a escravidão havia sido abolida nos Estados Unidos. Sethe é uma ex-escrava que, após fugir com os filhos da fazenda em que era mantida cativa, foi refugiar-se na casa da sogra em Cincinatti. No caminho, ela dá à luz um bebê, a menina Denver, que vai acompanhá-la ao longo da história.
Amada tem uma estrutura sinuosa, não-linear: viaja do presente ao passado, alterna pontos de vista, sonda cada uma das facetas que compõem esta história sombria e complexa. Considerado um clássico contemporâneo, faz um retrato a um tempo lí­rico e cruel da condição do negro no fim do século XIX nos Estados Unidos.

“A versatilidade e a abrangência técnica e emocional de Toni Morrison não têm limites. Não há como duvidar de sua estatura como uma das personalidades mais proeminentes da literatura americana de todos os tempos. Amada é um livro arrepiante.”
– Margaret Atwood, The New York Times

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Retirado do site da Companhia das Letras

Livros de 2011

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A melhor coisa que eu fiz foi voltar a ler literatura, voltei pro meu terreno, meu mundo. Esse ano quero ler mais ainda, revisar mais livros, queria ser paga pra ler, ou pra digitalizar livros, que bom seria!
 
Fevereiro
1. Os Homens Que não Amavam as Mulheres
2. Estresse Engorda
3. Mulheres, Comida e Deus
4. Imagine-se Magro
Março
5. Gordas em Recuperação
6. Você Tem Fome de quê? (releitura)
7. Um Caminho com o Coração
8. A Menina Que Brincava com Fogo
Abril
9. Pergunte ao Pó
10. Um Caminho com o Coração
11. 59 segundos (não terminei) Continuar lendo Livros de 2011

Memória Inventada


Editora: Ed. Record
ISBN 8501055832
Autor: Erica Jong
Gênero: Literatura Estrangeira
Seção: Romance
Acabamento: Brochura
Nº de Páginas:288
Sinopse
MEMí“RIA INVENTADA

(Inventing Memory) Erica Jong Tradução de Alves Calado “Um romance brilhante, sensí­vel e muto bem documentado.” Magazine Littéraire “Momentos deliciosos de horror gótico. E bastante sexo.” Observer “Uma crônica viva e divertida.” Times Litterary Supplement Erica Jong, uma das escritoras contemporâneas de maior prestí­gio – e ainda um í­cone da liberação feminina -, não criava um romance desde 1990. Nestes nove anos, escreveu ensaios e um livro de reflexão, Medo dos 50, até finalmente concluir o romance MEMí“RIA INVENTADA, um épico sobre um século de vida de uma famí­lia judia nos EUA através da história de quatro gerações de mulheres de um clã pouquí­ssimo convencional. A autora estará no Rio de Janeiro em abril, participando da Bienal Internacional do Livro. MEMí“RIA INVENTADA, romance de fortes matizes autobiográficos, é uma grande saga da mulher do século XX em sua busca da liberdade. Apesar de ser obra de ficção, é pleno de referências a eventos, personagens e locais que emprestam í  narrativa um contexto histórico e que dão subsí­dios a um breve exercí­cio de futurologia. A trama tem como base a história de Sarah Soilomon Levitsky, uma mulher que nasceu em 1888 e viveu 100 anos de grandes mudanças. Outras grandes mulheres da mesma famí­lia dão seguimento í  luta por espaço dentro da comunidade judaica nova-iorquina. Erica mais uma vez explora sua verve completamente livre dos padrões sociais que fizeram com que ela chegasse a ser considerada, nos Estados Unidos, uma escritora pornô – e sua obra, uma mera transcrição de sua movimentada vida amorosa. Mas MEMí“RIA INVENTADA é mais uma prova de que a autora está muito além disso. É um romance criativo e inteligente, possivelmente o melhor de uma das melhores escritoras americanas da atualidade. Erica Jong nasceu e cresceu em um bairro rico de Nova York. Filha de pais que abandonaram as artes para se dedicar aos negócios, ela começou sua carreira como poeta, mas se consagrou com romances que se transformaram em grandes sucessos, como Medo de voar e Pára-quedas & beijos, também publicados pela Editora Record.

Liberdade

Tí­tulo original: FREEDOM
Tradução: Sergio Flaksman
Capa: Elisa v. Randow
Páginas: 608
Formato: 16.00 x 23.00 cm
Peso: 0.92300 kg
Acabamento:Brochura
Lançamento: 18/05/2011
ISBN: 9788535918670
Selo: Companhia das Letras
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Liberdade, quarto romance do norte-americano Jonathan Franzen, foi um dos mais festejados lançamentos literários de 2010. Publicado nove anos após As correções (vencedor do National Book Award), o livro foi saudado como um painel amplo e profundo da sociedade americana contemporânea e um triunfo da prosa refinada que já fazia a fama do autor.
A história de Liberdade gira ao redor de um trio de protagonistas. Walter e Patty Berglund formam, junto com os filhos adolescentes Joey e Jessica, uma tí­pica famí­lia norte-americana liberal de classe média. Richard Katz é um roqueiro descolado que tenta fugir da fama que tanto buscava no passado. Os três se conhecem no final dos anos 1970, na Universidade de Minnesota, e a partir daí­ suas vidas se entrelaçam numa complexa relação de amizade, paixão, lealdade e traições que culminará com uma série de conflitos decisivos na primeira década do novo milênio, época em que o conceito de liberdade parece tão onipresente quanto fugidio.
Como em As correções, Franzen mergulha numa tragédia familiar para dissecar, com incrí­vel detalhe e personagens tão reconhecí­veis quanto surpreendentes, a psique e os sonhos da classe média norte-americana, explorando temas como o choque entre as polí­ticas liberais e conservadoras no contexto social e privado, os males da superpopulação e das ameaças ecológicas, a crise do politicamente correto e os dilemas afetivos de uma geração cada vez mais conectada, individualista e globalizada.
Aclamado pela crí­tica, Liberdade também foi um fenômeno de mí­dia. A apresentadora Oprah Winfrey o selecionou para o seu popular cí­rculo do livro, o Oprah’s Book Club, e a revista Time estampou sua capa com o romance, algo que não acontecia desde o ano 2000, quando Stephen King figurou no mesmo espaço.

“O romance mais comovente de Franzen – um livro que se revela ao mesmo tempo uma envolvente biografia de uma famí­lia problemática e um retrato incisivo do nosso tempo.” – Michiko Kakutani, The New York Times

“Não é í  toa que Liberdade menciona Guerra e Paz em todas as letras. Ele pede espaço na prateleira ao lado do tipo de livro que as grandes feras escreviam. Livros que eram chamados de importantes. Que eram chamados de os grandes.” – Benjamin Alsup, Esquire

“O livro do ano, e do século.” – The Guardian

“Assim como As correções, Liberdade é uma obra-prima da ficção americana. Liberdade é um livro ainda mais rico e profundo – menos reluzente na superfí­cie, porém mais seguro em seu método. Como todos os grandes romances, Liberdade não conta apenas uma história cativante. Ele ilumina, pela profunda inteligência moral do autor, um mundo que julgávamos conhecer.” – Sam Tanenhaus, The New York Times Book Review

Complexo de Portnoy


Tí­tulo original: PORTNOY’S COMPLAINT
Tradução: Paulo Henriques Britto
Capa: João Baptista da Costa Aguiar
Páginas: 264
Formato: 14.00 x 21.00 cm
Peso: 0.33000 kg
Acabamento: Brochura
Lançamento: 10/12/2004
ISBN: 9788535905892
Selo: Companhia das Letras

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A narrativa de Alexander Portnoy, jovem advogado nova-iorquino, é uma longa confissão no divã do psicanalista. Como desde o iní­cio fica bem claro, Portnoy é dotado não apenas de uma inteligência privilegiada como também de uma capacidade ilimitada de encarar a si mesmo com realismo e ironia. Contudo, o narrador-protagonista é totalmente incapaz de se livrar da ligação paralisante com a mãe, identificada logo de saí­da como “o personagem mais inesquecí­vel que conheci na minha vida”. Portnoy discorre alternadamente sobre o passado – a infância de filhinho da mamãe, a adolescência dedicada acima de tudo í  prática da masturbação e a tentativas frustradas de perder a virgindade – e sua vida atual – o relacionamento conflituoso com a amante bela porém semi-analfabeta, a separação e uma viagem a Israel que termina com a descoberta de que ele está impotente.
Quando lançada em 1969, a história de Portnoy, narrada com uma verve extraordinária num tom que oscila entre o hilariante e o patético, foi um grande sucesso de vendas e de crí­tica: o livro alcançou o primeiro lugar nas principais listas de best-sellers dos Estados Unidos, e um crí­tico da revista Time comparou-o í s obras de Henry Miller. Mais de três décadas depois, o lugar de O complexo de Portnoy está mais do que garantido, na obra de Philip Roth – hoje considerado um dos principais ficcionistas vivos do idioma – e na literatura norte-americana.

“Roth é o escritor mais corajoso dos Estados Unidos. Moralmente e politicamente corajoso. E Portnoy faz parte dessa coragem.” – Cynthia Ozick, Newsday

“Simplesmente uma das duas ou três obras de ficção mais engraçadas da literatura norte-americana.” – Chicago Sun-Times

“Comovente, e ao mesmo tempo hilariante e lascivo. Roth tem um talento vibrante. É um dos mí­micos e fantasistas mais maravilhosos já produzidos pelo povo mais verbal da história da humanidade.” – Alfred Kazin, New York Review of Books

A Chave de Sarah

A CHAVE DE SARAH
Autor: ROSNAY, TATIANA DE
Tradutor: LEMOS, PAULO ANDRADE
Editora: SUMA DE LETRAS BRASI
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA – ROMANCES
ISBN: 8560280294
ISBN-13: 9788560280292
Idioma: Livro em português
Encadernação: Brochura
Dimensão: 16 x 23 cm
Edição: 1ª
Ano de Lançamento: 2008
Número de páginas: 312

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Sinopse

Julia Jarmond é uma jornalista americana que vive em Paris há 25 anos e é casada com o arrogante e infiel Bertrand Tézac, com quem ela tem uma filha de onze anos. Julia escreve para uma revista americana, e seu editor pede que ela cubra o sexagésimo aniversário da grande concentração no Vélodrome d’Hiver – um estádio no qual dezenas de milhares de judeus ficaram presos antes de serem enviados para Auschwitz. Ao se aprofundar em sua investigação, Julia constata que o apartamento para o qual ela e o marido planejam se mudar pertenceu aos Starzynski, uma famí­lia judia imigrante que fora desapossada pelo governo francês da ocupação, e em seguida comprado pelos avós de Bertrand. Ela resolve descobrir o destino dos ocupantes anteriores. É revelada então a história de Sarah, a única sobrevivente dos Starzynski. Ao escrever sobre o passado da França, Tatiana de Rosnay oferece em ‘A Chave de Sarah’ um retrato da França sob a ocupação nazista, revelando tabus e negações que circundam este doloroso perí­odo da História francesa.

O Tempo Entre Costuras

O tempo entre costuras
Marí­a Duenas
Páginas: 480 páginas
ISBN: 9788576655435
Formato: 23 x 16 cm.
Encadernação: Tapa rústica
Selo: Planeta
Nº de Edição: 4
Publicação: Setembro 2010

Obra é uma mistura de Casablanca com A sombra do vento, de Carlos Ruiz Zafón

A escritora Marí­a Dueñas é um verdadeiro fenômeno. Quando ela lançou este maravilhoso O tempo entre costuras, em 2009, não esperava a repercussão que alcançou. Hoje, disputada pelas maiores editoras do mundo, Marí­a Dueñas é comparada a Carlos Ruiz Zafón por sua prosa hipnotizadora e a forma cheia de imaginação e delicadeza com que combina fatos e personagens reais com ficcionais.

A verdade é que depois que se conhece Sira Quiroga, a encantadora costureira que protagoniza esta aventura, é impossí­vel esquecê–la. O cuidado de Marí­a Dueñas com as palavras faz o leitor ouvir a respiração daquela frágil e pobre trabalhadora que um dia se apaixona loucamente, parte de Madri para o romântico Marrocos, meses antes da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), para ter sua inocência triturada pelos caminhos da vida. Até que se transforma uma vez mais para mergulhar, durante a Segunda Guerra Mundial, em um novo mundo, agora repleto de espiões, impostores e fugitivos.

Seria injusto classificar O tempo entre costuras. Mais correto seria dizer que se trata desses romances deliciosos nos quais cada página provoca uma sensação diferente no leitor. Marí­a Dueñas é dessas autoras que sabem realmente falar e tocar os leitores.