biografia sartre-beauvoir

Terminei de ler ontem, depois de dias dessa leitura parada o Tête-í -tête. É a biografia da relação entre Sartre e Beauvoir. Apesar de ter devorado a primeira metade, feito uma pausa e devorado a segunda metade numa sentada, e apesar do livro prender bastante, eu não gostei. Fiquei impressionada com o modo como é retratada a vida deles, de que eu já tinha lido outras coisas, claro. Quando novinha li Memórias de uma moça bem comportada, li A Força da Idade e me lembro que gostava da figura deles. Continuar lendo biografia sartre-beauvoir

Transforme sua vida com o Tarô

Autor: Ademir Barbosa Júnior

Ficha Técnica

Tí­tulo: Transforme sua vida com o Tarô

Páginas: 112

Formato: 15,7 x 23 cm

ISBN: 978-85-99187-41-8

Origem: Nacional

Editora: Universo dos Livros

Transforme sua vida com o Tarô

Se em algum momento você já teve a curiosidade de entender o funcionamento e de saber interpretar as cartas do Tarô, este livro foi feito especialmente para você.

Se em algum momento você já teve a curiosidade de entender o funcionamento e de saber interpretar as cartas do Tarô, este livro foi feito especialmente para você. Por meio de uma linguagem de fácil entendimento, o autor ensina gradativamente como interpretar os sí­mbolos e estrutura do Tarô, uma técnica milenar para o autoconhecimento e a adivinhação, que pode guiá-lo para entender com clareza tudo o que está ao seu redor.
Para isso, Ademir Barbosa Junior, praticante de Kundalini Yoga desde 1999, mestre de Reiki Sistemas Usui e Tibetano e iniciado no ní­vel III do Reiki Magnificado (OMROM), explica em detalhes como interpretar o que dizem os 22 Arcanos Maiores e os 56 Arcanos Menores apresentados no Tarô de Marselha, e que contêm toda a essência sagrada do Tarô.
Seja bem-vindo ao fascinante mundo do Tarô!

Terminei de ler este livrinho e achei ótimo! Bom resumo, sem o bláblá inútil, vai direto no ponto. Muito bom. Lendo ele é possivel fazer uma conexão bem boa com o Tarô. Depois se quiser, leia outros, mas esse já é bom o suficiente. Gostei muito.

Tarô Clássico

Tarô Classico
Autor: KAPLAN, STUART R.
Editora: PENSAMENTO
Assunto: ESOTERISMO-TARO
ISBN: 8531506573
ISBN-13: 9788531506574
Livro em português
Brochura
6ª Edição – 1997

Fruto de profundo conhecimento e de longas pesquisas, esta obra de Stuart S. Kaplan narra a evolução das cartas do Tarô desde suas prováveis origens, não só como um sistema de ler a sorte mas também como um trabalho de expressão artí­stica que documenta a evolução do pensamento humano entre algumas das civilizações mais desenvolvidas da Antiguidade.

Revelando o simbolismo e os sentidos divinatórios de cada um das cartas dos Arcanos Maiores e dos Arcanos Menores, TARí” CLíSSICO, além de reproduzir algumas das mais raras coleções de cartas de Tarô existentes no mundo, dá o significado de cada uma, o modo de arrumá-las, assim como os vários métodos de interpretação das figuras simbólicas, de acordo com as práticas adotadas na leitura da sorte durante vários séculos.

O autor, contudo, não se limita a estudar os aspectos históricos e técnicos da evolução e do uso do Tarô, mas reproduz também o pensamento de alguns de seus maiores estudiosos, entre outros, Court de Gebelin, Papus e Éliphas Lévi, para quem o Tarô ‘é um livro que resume todas as ciências e cujas combinações infinitas podem resolver todos os problemas; livro que fala e faz pensar, talvez a obra-mestra do pensamento humano‘.

Tete-a-Tete

TETE-A-TETE: SIMONE DE BEAUVOIR E JEAN-PAUL SARTRE

TíTULO ORIGINAL: TETE-A-TETE: SIMONE DE BEAUVOIR AND JEAN-PAUL SARTRE
ISBN: 8573027827
IDIOMA: Português.
ENCADERNAí‡íƒO: Brochura | Formato: 16 x 23 | 436 págs.
ANO DA OBRA/COPYRIGHT: 2005
ANO EDIí‡íƒO: 2006
AUTOR: Hazel Rowley
TRADUTOR: Adalgisa Campos da Silva

Clique aqui para ler o primeiro capí­tulo do livro.

Biografia focada na relação amorosa de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir confirma a enorme influência do casal de escritores sobre o pensamento polí­tico e a moral de sua época

“Um compreensivo, mas franco relato da parceria duradoura de Sartre e Beauvoir… Rowley consegue recapturar o charme e o brilho da relação em seus estágios iniciais, o que faz sua história ainda mais tocante e depressiva” New York Times

“Os leitores vão virar essas páginas… hipnotizados” The Washington Post

O impacto da obra de Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre no pensamento moderno é inestimável, mas o casal de escritores-filósofos-existencialistas é lembrado igualmente pela vida que levou. Eram brilhantes, corajosos, indiví­duos profundamente inovadores. Este livro mostra a paixão, energia, audácia, humor e contradições de seu notável e pouco-ortodoxo relacionamento. Mostra também, sobretudo, como a coragem e o brilho intelectual de Sartre e Beauvoir influenciaram de forma determinante o pensamento da época em que viveram.

Em Tête-í -Tête, a biógrafa Hazel Rowley nos oferece o primeiro retrato duplo dessas duas figuras colossais e sua intensa e turbulenta relação. Através de entrevistas originais e acesso a material inédito, Rowley os retrata de perto, em seus momentos mais í­ntimos.

Testemunhamos Beauvoir e Sartre em seu cí­rculo social, descobrimos a natureza dos seus múltiplos relacionamentos românticos, que rompiam os padrões culturais e morais da época. Sarte e Beauvoir tiveram vidas afetivas e sexuais intensas e abertas, chegando a se envolver simultânea e separadamente com o mesmo amante. O livro também relata relações intensas, tempestuosas e duradouras, com a que juntou Beauvoir e o romancista Nelson Algren.

Também os seguimos em suas muitas viagens, envolvendo encontros com personalidades como Franklin Roosevelt, Nikita Kruschev e Fidel Castro, conhecendo ainda seus esforços para protestar contra as guerras na Argélia e no Vietnã. Conferimos as conversas do casal sobre clássicos de Sartre como A Náusea, O Ser e o Nada e As Palavras, e sobre as obras-primas de Beauvoir O Segundo Sexo e Os Mandarins, além de suas memórias. E ficamos sabendo das angustiadas discussões que levaram Sartre a recusar o Prêmio Nobel.

– Minha tarefa foi em parte montar um retrato em cores das pessoas que formavam o que Sartre e Beauvoir chamavam de ‘a famí­lia’. Não é possí­vel compreender o relacionamento entre os dois sem compreender as outras pessoas que eram í­ntimas deles – explica a autora.

Edição brasileira traz trechos embargados por herdeiros na Europa

Tête-í -Tête, que apresenta inúmeros extraconjungais do casal, foi lançado inicialmente em duas versões, depois que a filha adotiva de Sartre, Arlette Elkaim Sartre, herdeira de seu legado, fez objeções ao uso de cartas inéditas. Alguns trechos destas correspondências estão publicados na versão americana, regida por leis de direitos autorais mais flexí­veis, mas não nas edições européias. A edição brasileira se baseia no texto da edição publicada nos EUA.

Segundo a autora, as alterações que restaram são mí­nimas e não vão prejudicar significativamente um livro que se baseia em correspondências antes inéditas entre os existencialistas franceses e seu grande cí­rculo de amigos e amantes. “Uma quantidade muito grande de material veio í  tona após a morte de Sartre e Beauvoir, incluindo grossos volumes de suas cartas. Mas ninguém sabia nada sobre essas pessoas que os cercavam”, afirmou a autora Hazel Rowley í  agência Reuters em sua residência em Nova York.

A americana Hazel Rowley é especialmente interessada por Beauvoir e Sartre há mais de 25 anos. Em 1976, ela entrevistou Beauvoir e escreveu sua tese de doutorado sobre existencialismo. Foi bolsista da Rockefeller Foundation e do Bunting Institute. Lecionou na Universidade de Iowa, nos EUA, e na Deakin University, na Austrália. É autora de Richard Wright: the Life and Times, uma biografia do escritor afro-americano autor de Native Son. Rowley vive em Nova York e em Paris, onde escreveu este livro.

REPERCUSSíƒO NA IMPRENSA INTERNACIONAL:

“Beauvoir é a heroí­na do livro, mas Rowley revela muito de Sartre: o quanto ele trocava, sustentava e dependia de suas muitas amantes; e a necessidade compulsiva que ele tinha de seduzir mulheres muito mais atraentes do que ele, apesar de sua tépida sensualidade. Fora as intrigas, Rowley conclui que para [ambos] o compromisso mais duradouro era não ao outro ou aos seus muitos amantes, mas í s letras, í  polí­tica, e ao legado filosófico”, Publishers Weekly

“Começando com seus primeiros encontros em 1929 e continuando até suas mortes mais de 50 anos depois, esta narrativa maravilhosamente construí­da apresenta as vidas complicadas destes intelectuais de vontade de ferro; e seus muitos amantes, companheiros, amigos, preocupações e paixões, prendendo a atenção do leitor como se fosse um romance-mas claramente comunica a força da realidade. Meticulosamente pesquisada e bem escrita esta biografia dupla é altamente recomendada”. Library Journal

“… a surpresa da estação, um livro de virar páginas… Emerge um retrato admirador, porém equilibrado, de intelectuais ativistas, determinados a praticar a liberdade que prezavam. Rowley resume suas idéias com claridade e brevidade impressionantes. Ela também aponta aspectos ofensivos ou mal-orientados de seu comportamento, como as descrições frias de Sartre de ter tomado a virgindade de uma amante, ou seu apoio duradouro do comunismo.” Los Angeles Times

“A narrativa de Rowley é sóbria, compacta, í s vezes elí­ptica; sempre informada e informativa. Esta especialista em Beauvoir, que escreveu a tese de doutorado sobre ‘Autobiografia Existencialista’, juntou relatos de testemunhas oculares, entrevistas e cartas inéditas, para reconstituir estes fragmentos de um pacto de amor que, tanto pela sua singularidade como pela sua crueldade ocasional, aparentemente deixa estupefata a América contemporânea”. Le Monde

“Hazel Rowley, autora de biografias de Christina Stead e Richard Wright, fez entrevistas extensas e pesquisou mais da correspondência inédita de Sartre e Beauvoir do que qualquer biógrafo anterior. O livro gerou controvérsia desde o começo… Rowley é uma narradora fascinante. Seu livro conta a historia repugnante, inspiradora e improvável mais completamente e concisamente que qualquer outro.” New York Times Book Review

“Rowley revela por completo a natureza quimérica e as dolorosas conseqí¼ências da infame aliança entre Sarte e Beauvoir. Paciente e analiticamente, ela narra o í­mpeto e conseqí¼ências da incansável mania de sedução de Sartre e a bissexualidade defensiva de Beauvoir, e detalha com algum desalento o espantoso emaranhado de seus vagamente incestuosos e sempre manipuladores casos amorosos… Em última análise, o que Rowley revela com perspicácia e franqueza nessa dupla biografia é que esses dois lutadores da justiça e liberdade estavam comprometidos a todo custo a transmutar existência em arte”. Booklist

“Escrevendo a partir de cartas não publicadas e entrevistas com ex-amantes de ambos escritores, Rowley magistralmente alterna em sua descrição de Sartre e sua ‘esposinha’ como freqí¼entadores de cafés, intelectuais de esquerda e manipuladores sexuais cruéis e ciumentos, como que saí­dos direto de Ligações Perigosas”. Entertaiment Weekly

Precisamos falar sobre o Kevin

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN
Autor: SHRIVER, LIONEL
Editora: INTRINSECA
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA-ROMANCES
ISBN: 8598078263
ISBN-13: 9788598078267
Livro em português
Brochura
– 16 x 23 cm 1ª Edição – 2007
464 pág.

Kevin Khatchadourian, 16 anos, é autor de uma chacina na qual matou sete colegas, uma professora e um servente num colégio dos EUA. Neste livro, a autora fez um thriller psicanalí­tico em que a mãe do assassino escreve cartas ao pai ausente. Discute casamento, maternidade e famí­lia, enquanto denuncia o que há com sociedades contemporâneas que produzem assassinos mirins em série, ou ‘pitboys’.

Saiu na Imprensa:
Veja/ Data: 7/11/2007

A mãe do monstro

Em um romance perturbador, uma mulher tenta entender o que levou o filho a cometer uma chacina

Miguel Sanches Neto

Chacinas como a da escola Columbine, nos Estados Unidos – na qual dois estudantes armados mataram treze pessoas, entre colegas e professores, em 1999 –, costumam desafiar toda explicação. As respostas automáticas quando o tema é a violência juvenil não parecem suficientes. Não, os assassinos adolescentes não são ví­timas da exclusão social ou fruto do descaso dos pais. A americana Lionel Shriver, de 50 anos, escreveu um livro polêmico e primoroso do qual essas teses primárias saem totalmente demolidas: Precisamos Falar sobre o Kevin (tradução de Beth Vieira e Vera Ribeiro; Intrí­nseca; 464 páginas). Sétimo romance da autora, a obra ganhou o Prêmio Orange, da Inglaterra, em 2005, e se tornou best-seller – merecidamente. Uma de suas grandes qualidades está na forma como a escritora evita os estereótipos sobre o tema. O assassino que ela criou não pertence a minorias, não vem de famí­lia desestruturada nem foi rejeitado na escola.

 

Kevin é um menino bonito e introspectivo, mimado pelo pai e admirado pelos professores. Sua mãe, Eva, narradora do romance, também é dedicada ao garoto, apesar dos desentendimentos que os separam. No entanto, ele é uma criança perversa, que distribui maldade ao seu redor. Esse jovem de classe média assassina onze pessoas, num crime planejado com muita frieza. Depois de recusar as razões mais óbvias para a chacina, a narradora apresenta duas respostas de ordem mais existencial: os jovens matam com um senso de espetáculo, para ocupar um lugar no mundo das celebridades, e porque são atormentados pelo senso de absurdo numa sociedade fundada no materialismo.

 

Eva Khatchadourian, a mãe de Kevin, é ela mesma assolada por uma sensação de permanente absurdo. Tem o sentimento de ser uma estrangeira em seu próprio paí­s. Ela recusa os valores americanos mais consumistas e enaltece suas origens armênias. Por ironia, casa-se com um tí­pico americano, que encarna os valores que ela abomina. Dentro de uma casa com ideais antagônicos, filho e mãe mantêm uma relação de conflito. A inadequação de Eva é intensificada com o crime de Kevin, que destrói a própria famí­lia. Esse, aliás, parece ser o grande objetivo oculto de sua perversidade.

 

Depois da tragédia, Eva resolve escrever para entender o ato do filho, empreendendo um monólogo solitário sobre a maternidade em uma série de cartas. Mesmo se passando nos dias de hoje, com referências a e-mails, Precisamos Falar sobre o Kevin retoma a tradição do romance epistolar, em uma narrativa mais lenta – que nem por isso se cala diante dos sentimentos mais selvagens da mãe. O romance termina, no entanto, com um fio de esperança. Depois da imensa incompreensão mútua e das piores conseqí¼ências, a mãe e o filho – que cumpre pena em um presí­dio – começam a expressar seus afetos. Eva, a estrangeira, talvez possa fazer da maternidade sua terra natal.

 

**Livro todo lido. Concluí­do em 06/04/08

somos todos

Palavras do mestre Guy, num tópico sobre astrologia no orkut:

Somos todos idiotas.

Etimologicamente “idiota” significa particular, especial. Todos sabem que um “idiotismo” é uma particularidade própria de uma lí­ngua. Há na mentalidade coletiva uma deriva natural em achar o particular uma anomalia. Deve ser dali que de particular se passou a ignorante. O Idiota é aquele que está por fora como a personagem de Dostoievski. É justamente o propósito da astrologia conseguir distinguir na personalidade o que há de particular em cada um, distingui-lo o que há de comum. Comum”, de certo modo opõe-se então a idiota, o idiota é extremamente incomum. É rejeitado.

As Mil e Uma Noites

LIVRO DAS MIL E UMA NOITES, V.1
Autor: ANONIMO
Tradutor: JAROUCHE, MAMEDE MUSTAFA
Editora: GLOBO
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA
ISBN: 8525039683
ISBN-13: 9788525039682
Livro em português
Encad. c/ sobrecapa
1ª Edição – 2005
424 pág.

Este livro foi traduzido diretamente de manuscritos árabes e na í­ntegra. A tradução, de Mamede Mustafa Jarouche, foi feita a partir dos três volumes do manuscrito árabe da Biblioteca Nacional de Paris, a fonte mais valiosa para a edição do livro. Além disso, o tradutor, que é professor do curso de árabe da USP, cotejou esses manuscritos com quatro das principais edições árabes do livro – a edição de Breislau (1825-1843), a edição de Bulaq (1835), a segunda edição de Calcutá (1839-1842) e a edição de Leiden (1984). E para suprimir lacunas dos manuscritos originais e apontar variantes de interesse para a história das modificações operadas no livro, utilizou ainda quatro manuscritos do chamado ramo egí­pcio antigo. A publicação do ‘Livro das mil e uma noites’ está projetada em cinco volumes. Este primeiro volume traz as 170 primeiras noites, com detalhada introdução de Mamede Mustafa Jarouche. Nela, o tradutor conta a intrincada história das supostas fontes em persa e sânscrito que teriam sido a base para o livro e conclui afirmando a originalidade árabe das narrativas. A edição apresenta centenas de notas sobre aspectos lingí¼í­sticos ou que explicam o cotejo entre manuscritos e edições árabes, além de anexos valiosos, com traduções de passagens do livro que possuem mais de uma redação, e que servem de elementos de comparação para o leitor interessado na história da constituição do próprio ‘Livro das mil e uma noites’. Os volumes seguintes também conterão notas e anexos, o que torna a presente tradução uma referência obrigatória daqui em diante para os admiradores e estudiosos da literatura árabe, no Brasil e no exterior.

Correio Braziliense / Data: 16/8/2006
Ouvinte de Shahrazad
Nahima Maciel
“O Livro das Mil e Uma Noi­tes” não tem exatamente um autor e não se sabe ao certo quando foi es­crito. É anônimo e, durante sécu­los, as histórias contadas por Shahrazad fascinaram o mundo. Ganharam traduções em quase todas as lí­nguas e foram compila­das ao longo dos anos por gente tão desconhecida quanto o cria­dor da obra. Até o ano passado, o livro mais conhecido da literatu­ra árabe só havia chegado í s pra­teleiras dos leitores brasileiros em traduções do francês e do inglês. Agora, há muito o que comemorar desde que o tradutor Mamede Mustafa Jarouche se de­bruçou sobre o texto original.
Professor da Universidade de São Paulo (USP), descendente de árabes libaneses do Vale do Bekaa, Mamede concluiu a tradução de dois dos seis volumes da obra. Lançados pela Editora Globo, os livros mereceram o prêmio Jabuti de Tradução e são tema de pales­tra que Mamede faz, hoje, í s 19h, pelo projeto Vertentes Literárias, no Centro Cultural Banco do Bra­sil (CCBB). “O Jabuti significa a valorização da tradução direta. Vale para o árabe, mas também para o russo, o chinês, o japonês, o hebraico, o sânscrito, o latitn, o grego, enfim, todas as lí­nguas nas quais ainda circulam traduções indiretas”, celebra.
Manuscritos em Paris – As primeiras frases do clássico da literatura árabe foram escritas no século 9, mas dessa época exis­tem apenas alguns fragmentos em papiro, nada mais que 20 linhas. Mamede buscou o texto hoje traduzido para o português em manuscritos do século 14 da Biblioteca Nacional de Paris. Os dois primeiros volumes oferecem ao leitor detalhes de costumes de época e expressões que foram perdidas nas traduções indiretas. Escrito em árabe antigo, o texto tem estrutura complexa e, muitas vezes, fragmentada. É comum, por exemplo, encontrar observa­ções sobre quem está narrando a história. As notas trazem indica­ções como “disse o copista”, “dis­se o autor” ou “disse o narrador”.
Mamede fez questão de manter tais detalhes como forma de orientar o leitor, assim como a grafia dos nomes dos personagens, transcritas da forma mais fiel possí­vel. “No caso especí­fico da literatura, cuja matéria básica é a própria linguagem, parece­-me que a tradução direta é condi­ção ‘sine qua non’. Todas as lí­n­guas devem falar diretamente ao português, sem intermediários. Tradução indireta é o cúmulo do servilismo cultural, coisa de quin­ta categoria”, ataca Mamede.
Na obra,Shahrazad se oferece ao rei Sahriyar por vontade própria. Pretendia assim suspender um costume cruel. Sahriyar era um rei da dinastia sassânida que dominou a índia e a Indochina entre os séculos 226 e 641 d.C. A cada noite tomava uma mulher como esposa para matá-Ia no dia seguinte. Sharahzad pretendia seduzir o rei com histórias e, toda noite, desenvolvia narrativa cujo final ficava em aberto. Curioso, Sahriyar poupava a vida dela. “O livro é valorizado por grupos fe­ministas, que têm em Shahrazad uma espécie de precursora”, con­ta Mamede. A tradução é ponta-­pé para popularizar o acesso aos clássicos da literatura árabe. Ele traduziu outras obras como Kali­ia e Dimna, de Ibn Hazm.
Sobre o autor:
JAROUCHE, MAMEDE MUSTAFA
Mamede Mustafa Jarouche é professor de lí­ngua e literatura árabe na USP. Entre outros trabalhos, preparou e prefaciou uma edição das ‘Poesias da Pacotilha’e das ‘Memórias de Um Sargento de Milí­cias’. Atualmente, dedica-se í  tradução do ‘Livro das 1001 Noites’ a partir de seus originais árabes.

Terapia da Boa Alimentação

TERAPIA DA BOA ALIMENTAí‡AO
Autor: PIROTT, LAURA
Editora: PAULUS EDITORA
Assunto: CRENí‡AS-AUTO-AJUDA
ISBN: 8534921989
ISBN-13: 9788534921985
Brochura
1ª Edição – 2004
46 pág.
Sinopse:

Este livro apresenta uma visão diferenciada do que é alimentar-se.
Terapia da boa alimentação mostra que a comida não é boa nem má em si mesma; ela é naturalmente neutra.
Neutra, porém, não é nossa atitude acerca da comida, sugere o autor. Quando fazemos nossas escolhas e estabelecemos nossos hábitos alimentares, é com o nosso bem-estar que devemos nos preocupar.

Deixe este ¨menu¨ repleto de dicas saudáveis e informações importantes guiá-lo para uma melhor nutrição com vitalidade e qualidade de vida.

El Susurro de La Mujer Ballena


Colección: Autores Españoles e Iberoamericanos
260 páginas
ISBN: 978-84-08-07399-4
Tapa dura 15 x 23 cm
Publicación: Junio 2007
Finalista del Premio Iberoamericano Planeta-Casa América de Narrativa 2007. Una intrigante novela sobre los caminos que puede tomar una secreta amistad entre dos mujeres.
Sinopsis: ¿Qué caminos puede tomar una tierna y secreta amistad entre dos colegialas? ¿Hasta dónde se puede llegar, muchos años después, cuando una de ellas trata de revivir esa relación perdida, o cuando quiere vengarse de una ofensa que nunca ha podido olvidar?
Verónica es una mujer que goza de una vida plena: un matrimonio estable, un hijo cariñoso, un apasionado amante, y un prestigioso cargo como periodista.
Rebeca, en cambio, soporta el tormento de su grotesca gordura. La soledad, la amargura y la rabia abonan su sed infinita de culpabilizar a alguien. Ese alguien, su amiga secreta del colegio, tropieza con ella en un avión, y allí­ se inicia esta intrigante e intensa novela con la que Alonso Cueto reafirma su exquisito talento.
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“El pasado es un agente inspector. Sus emboscadas son periódicas y repentinas. Se materializa como por arte de magia. Es una sombra con manos fibrosas. No tiene rasgos faciales. No tiene edad. Nos entrega una hoja en blanco. Nos negamos. Pero él insiste con su voz dura y lenta y fresca. Va a regresar.”

Verónica es una mujer satisfecha con su vida. Un marido tranquilo, un hijo adolescente a quien adora, un trabajo que le gusta e incluso la relación clandestina con un antiguo novio que le ofrece cada semana la emoción de la trasgresión.

Periodista de internacional en un periódico prestigioso, viaja a Bogotá para hacer un reportaje y en el viaje de vuelta descubre que junto a ella se sienta Rebeca del Pozo, una antigua compañera de colegio. Rebeca se ha convertido en una mujer descomunal, en una ballena, como ya la llamaban en el colegio y, aunque Verónica intenta pasar desapercibida, es Rebeca quien la aborda y quien intenta reanudar la relación que terminó hace tanto tiempo.

Rebeca comienza a acosar a Verónica, la llama, la busca en el trabajo, se comporta como una loca. Aparece en los lugares más insospechados, con su enorme cuerpo y su lengua delirante, inquietando cada vez más a una Verónica paralizada. Porque lo cierto es que Verónica se siente indefensa ante esta antigua amiga que le hace afrontar unos hechos que ha querido aunque no ha podido olvidar: la crueldad de sus compañeros del colegio para con esa niña distinta a todas las demás, esa “Revaca” como era llamada, objeto de burla constante, con quien Verónica mantení­a una relación clandestina para evitar los reproches de sus amigos.

Este es el comienzo de una inquietante historia que mezcla elementos de la novela de terror psicológico con una historia intimista. Contada en primera persona, el lector asiste con el aliento entrecortado a este enfrentamiento de la protagonista con la culpa, esa culpa antigua que subyace en lo más profundo del inconsciente y que el autor ha sabido encarnar con la habilidad de un maestro.

Y será a través de esta culpa recobrada, como Verónica se enfrentará a su verdad, a la realidad de su vida, anclada en un matrimonio cobarde. Y también a su pasado, y a unos terribles acontecimientos que nunca ha sabido asumir. Verónica mirará a su alrededor por primera vez y lo contemplará todo como si fuera el mapa de un paí­s desconocido. Su temor a envejecer, su afán por seguir guapa, todos sus miedos chocarán contra la realidad de su antigua amiga.

Porque si Verónica es la culpa, Rebeca es la humillación, la soledad y el dolor, un dolor oculto, eterno, que empezará a supurar como la lava de un volcán, lento e implacable al principio y con un estallido final que querrá destruirlo todo.

Entre ambas mujeres se establecerá una relación marcada por los desencuentros, por los silencios y los miedos de una y los reproches de la otra. Una relación sobre la que se cierne un hecho que ninguna de las dos es capaz de sacar a la luz: aquella noche lejana donde todo quedó destruido, la amistad y la inocencia.

“Aunque no sé la razón, creo que todo lo que me ha ocurrido tiene algo que ver con lo que pasó esa noche en la fiesta. Así­ como puede haber un virus que a una cierta edad entra en nuestro organismo para siempre, creo que el recuerdo de esa noche, la música, las voces, las palmas que yo batí­a, circula desde entonces en mi conciencia. Las pesadillas de la culpa se han vuelto realidad y todo está claro.”

El susurro de la mujer ballena

Una prosa afilada como un bisturí­ de personajes hondos e intriga absorbente

Ya desde el tí­tulo de esta impactante novela, el lector queda atrapado por la prosa afilada como un bisturí­ con la que Alonso Cueto disecciona a sus personajes. Tanto Verónica, cuyo relato en primera persona muestra los rincones más ocultos de su mente, como Rebeca, cuyos sentimientos solo conocemos por sus palabras y sus actos, son personajes con una fuerza y una complejidad turbadoras.

Como en toda buena obra literaria, El susurro de la mujer ballena trasciende el argumento para ahondar en lo más profundo del inconsciente colectivo. El lector empatiza de una forma inmediata con las protagonistas. Se siente Rebeca y también se siente Verónica, porque ambos personajes poseen esa cualidad intangible de lo que está escrito desde la verdad y la honradez.

La intriga que subyace a lo largo de la historia se ofrece con un medido cuentagotas, manteniendo un interés casi obsesivo en el lector por una trama digna de Hitchcock. Pocas veces un relato intimista tiene la fuerza que tiene esta novela y pocas veces un autor es capaz de transformar esos momentos reflexivos, casi lí­ricos, en una pesadilla y hacerlo con una transición sin estridencias. Alonso Cueto narra el terror de lo cotidiano, lo cubre con un halo de tragedia, de anticipación, avisa de que algo terrible está por ocurrir y entonces ya no hay manera de alejarse del texto hasta su conclusión.

Pero la historia de Cueto tiene también un lado más amable. Porque, a pesar de todo, esta es también una historia sobre la amistad. Una amistad conmovedora, emocionante, dura, marcada por la traición. Pero una amistad que puede redimir, limpiar todo lo emponzoñado. La magní­fica última escena de esta obra es una reivindicación de esta amistad desde su lado más doloroso, pero también más auténtico.

Novela de personajes y de emociones. Novela de dolor y de terror. De silencios y de culpa. Una magní­fica historia narrada con fuerza, habilidad y belleza.

Fonte:

http://www.casamerica.es/es/casa-de-america-virtual/literatura/articulos-y-noticias/el-susurro-de-la-mujer-ballena?referer=/es/casa-de-america-virtual/literatura/articulos-y-noticias

Magra e Poderosa

MAGRA E PODEROSA
Autor: BARNOUIN, KIM
Autor: FREEDMAN, RORY
Editora: INTRINSECA
Assunto: MEDICINA E SAUDE-DIETAS
ISBN: 8598078212
ISBN-13: 9788598078212
Brochura
1ª Edição – 2007
Livro com 189 páginas
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Leiaesse ótimo post sobre o livro aqui: http://oicult.blogspot.com/2007/12/magra-e-poderosa-apenas-isso-que.html

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“Magra e Poderosa”: é apenas isso que desejamos?

Estava passando os olhos na revista que vem todo domingo no jornal O Globo quando me deparei com uma reportagem com o seguinte tí­tulo: “O pulo da gata: saiba como um livro de dieta disparou da posição 77.938 para o primeiro lugar na lista dos mais vendidos nos Estados Unidos”, escrita por Isabel Caban, cuja foto principal era da ex-integrante do grupo Spice Girls, Victoria Beckham, que possui 1,63 de altura e cerca de 45 Kg, em uma livraria com o livro em mãos.
Assim começava a reportagem:”Aconteceu em maio deste ano, nos Estados Unidos: um livro de dieta lançado em 2005 e que ocupava a posição 77.938 na lista dos mais vendidos naquele paí­s pulou para o primeiro lugar por causa de uma única foto publicada na imprensa. O crescimento registrado nas vendas foi de 37.000% (sim, com todos esses zeros). A foto era de Victoria Beckham e o livro, chamado “Skinny bitch” – atualmente o terceiro na relação publicada semanalmente pelo jornal “The New York Times” (…)”Inocentemente, pensei que a reportagem mostraria como esta foto foi um mecanismo usado para aumentar a vendagem do livro. Porém, ao ler a reportagem percebi que ela nada mais era do que mais uma jogada de marketing para vender o livro no Brasil, já que seria aqui lançado na quarta-feira (21/11/2007) pela editora Intrí­nseca, com o tí­tulo Magra & Poderosa.
A reportagem mostra como o livro (escrito por Rory Freedman, agente de modelos, e Kim Barnouin, ex-modelo) possui uma proposta radical que pode ser percebida a partir de alguns trechos nela destacados:”(…) torne-se vegetariana para ser saudável, magra e ‘colocar um biquí­ni cavado para rebolar como se fosse a rainha da cocada preta’.”
“De nada adianta ser uma porca gorda. Beber álcool sempre = sí­ndrome da porca inchada”.
“Se você acha que a dieta do dr. Atkins irá fazê-la emagrecer é porque é uma total idiota”.
Embora cite todos esses trechos absurdos, a reportagem recorre a dois recursos muito utilizados pela mí­dia para legitimar suas mensagens: busca a opinião de um especialista e pesquisas cientí­ficas. A nutricionista Adriana Bassoul, que acompanhou a tradução do livro, deu a seguinte declaração: “Me assustei quando comecei a leitura, mas rapidamente entendi que a intenção é dar uma sacudida”. Além disso, as autoras teriam recorrido a inúmeras pesquisas – mas, curiosamente, não há referência concreta a nenhuma delas – até chegarem í  conclusão de que se deve parar de comer qualquer carne animal para se alcançar o tão desejado corpo magro.
O vegetarianismo é uma filosofia de vida que entende o consumo de alimentos de origem animal como uma prática desnecessária, que prejudica a saúde humana, o meio ambiente e a sociedade. Os animais são capazes de sentir amor, dor, medo e solidão. Desse modo, a maneira como são criados não atende í s suas mais básicas necessidades e são mortos de forma bastante cruel, pois não há como matar um animal de forma “humanitária”. O livro “Magra & Poderosa” esvazia o real sentido do vegetarianismo, reduzindo-o a um único objetivo: deixe de comer qualquer tipo de carne animal para obter um corpo magro e belo.
Além de fazer propaganda do livro, a reportagem traz um box com endereços de locais onde se pode encontrar comidas destinadas aos futuros adeptos da dieta contida em “Magra & Poderosa”, com o seguinte tí­tulo: “Roteiro orgânico: onde comer o que se deve”, que consiste não apenas em uma simples dica, mas também em uma ordem.
A reportagem me fez pensar também no atual culto a um corpo magro e livre de qualquer tipo de gordura. Dando uma rápida observada em bancas de jornal e guichês de supermercados, podemos ver uma série de revistas dedicadas í  obtenção do corpo escultural. Duas dessas revistas me chamaram muito a atenção por algumas semelhanças que possuem com o livro em questão: Boa Forma, da Editora Abril e Corpo a Corpo, da Editora Sí­mbolo.
Ambas as revistas, assim como o livro, trazem implí­cita ou explicitamente a idéia de que ser magro é uma obrigação e a chave para o sucesso, que virou, em nossa atual sociedade, sinônimo de felicidade. Transmite-se a idéia de que se você não possui um corpo magro é porque você não quer, pois eles te trazem os segredos para isso, você é que não tem força de vontade e determinação suficiente e, portanto, é um fracassado.
O livro Magra & Poderosa se beneficiou da foto da magérrima Victoria Beckham segurando um de seus exemplares para alavancar suas vendas. Já as revistas utilizam um outro mecanismo para isso: trazem em suas capas atrizes sem nenhum vestí­gio de gordura, quase sempre vestindo apenas um biquí­ni, deixando para o consumidor a sensação de que se ele comprar a revista e seguir seus conselhos também alcançará aquele corpo. Em seu interior, as revistas contem dicas de boa alimentação, tratamentos de beleza, dietas que prometem fazer milagres em semanas e uma reportagem com a atriz da capa, na qual, a mesma apresenta seus “truques de beleza” e exibe suas medidas: altura, peso e medidas dos quadris, busto e cintura, como sendo o padrão ideal a ser alcançado.
É curioso pensarmos como é possí­vel que num mundo onde milhares de pessoas morrem de fome haja tamanha preocupação com a busca da magreza. Como é possí­vel a correlação entre ser magro e ser poderoso. O que é mais uma coisa curiosa: a aparência como uma moeda de troca, como a chave para se alcançar o sucesso e a felicidade. Será que devemos nos deixar seduzir por essas mensagens canalizando nossas energias na diminuição das calorias de nossas refeições para que sejamos magros, belos, poderosos e aceitos socialmente, ou devemos direcioná-las para a busca de um mundo mais justo e humano, onde todos possam viver com dignidade? A escolha somos nós que devemos fazer…Ano 4, número 173, 18 de novembro de 2007.
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