o método gabriel

metodogabrielTí­tulo: Método Gabriel, O

Autor: Jon Gabriel

ISBN: 9788539000487

Número de Páginas: 280

O Método Gabriel

Se você acha que disciplina, suor, culpa e sofrimento são ingredientes necessários e inevitáveis a qualquer tentativa de emagrecimento, precisa conhecer a incrí­vel história de Jon Gabriel.

Depois de dez anos cortando gorduras, contando pontos, eliminando carboidratos ou seguindo a dieta da vez, Jon só conseguiu ficar cada vez mais gordo. Foram experiências traumáticas que o fizeram perceber que perder peso não precisava ser tão complicado assim.

Ele decidiu explorar as causas mentais e emocionais do excesso de peso e descobriu que o grande vilão era seu próprio corpo, que, por alguma razão, minava todos os seus esforços para emagrecer.

Jon resolveu abandonar o sofrimento e a privação – a base de quase todas as dietas tradicionais – e adotou um método baseado em conceitos positivos para reprogramar seu corpo, reforçando o forte desejo de ser magro e saudável. Quando o corpo de Jon se convenceu de que queria, de fato, ser magro, a perda de peso aconteceu automaticamente, sem grande esforço e numa velocidade surpreendente.

Se Jon conseguiu reprogramar seu corpo de 103 quilos para querer ser magro, você também será capaz de se transformar numa pessoa magra por natureza e eliminar para sempre a palavra “dieta” de seu vocabulário.

Leia o primeiro capí­tulo aqui: http://www.objetiva.com.br/arquivos/capas/812.pdf

Engordei ou minha roupa encolheu

TíTULO: ENGORDEI OU MINHA ROUPA ENCOLHEU?:
UM PLANO SIMPLES PARA PERDER PESO E VIVER MELHOR
TíTULO ORIGINAL: DOES THIS CLUTTER MAKE MY BUTT LOOK FAT?
ISBN: 9788561618513
IDIOMA: Português.
ENCADERNAí‡íƒO: Brochura | Formato: 14 x 21 | 246 págs.
ANO DA OBRA/COPYRIGHT: 2008
ANO EDIí‡íƒO: 2008
Autor Peter Walsh
Tradutor: Fal Azevedo
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A maioria das dietas não funciona. Por que não? Porque elas se concentram nos alimentos que deverí­amos ou não comer, mas ignoram completamente todos os outros fatores que nos engordam. Você diz que quer perder peso, mas não consegue parar de ceder í s tentações. Sabe que deveria se exercitar, mas acredita que não há tempo para isso, mesmo gastando horas preciosas todas as noites em frente í  tevê, petiscando guloseimas sem valor nutritivo e matando a sede com bebidas açucaradas.

Esqueça aqueles inúteis planos para contar calorias e as pesagens semanais na balança. Peter Walsh, autor best-seller nos Estados Unidos, ensina a refletir sobre como, onde e por que você se alimenta. Não se trata apenas de limpar a bagunça (a “gordura”) de sua casa, mas de levar a vida que você sempre quis. O mesmo raciocí­nio vale para a perda de peso: não se tratam de quilos, mas de viver a vida que você merece com o corpo que almeja.

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Leia um capí­tulo do livro aqui.

Emagreça Comendo

EMAGREí‡A COMENDO – Ação sem Medicação
Dr. Lair Ribeiro

TíTULO: EMAGREí‡A COMENDO
ISBN: 8500999918
IDIOMA: Português.

“Força de vontade para emagrecer é como um balão que se enche até estourar.” “Com esforço não adianta” – mostra-nos este livro, pois “só há um meio eficaz de ser magro: de dentro para fora.”

Emagreça Comendo é uma nova abordagem dos regimes para emagrecer. É uma tecnologia revolucionária que não se choca com os outros regimes e não tem contra-indicação. Apresenta-nos uma visão pluralista dos regimes, mostrando a chave para que se consiga alcançar, sem esforço, o que todos esses regimes almejam: uma redução alimentar, consciente e definitiva.

Se isso era o aspecto mais difí­cil dos regimes de emagrecimento, agora a Programação Neurolingí¼í­stica e outras técnicas apresentadas neste livro, de forma atraente e fascinante, tornam essa meta possí­vel através da reprogramação cerebral.

Este é um livro que pode ser prescrito pelos médicos e pode ser usado por qualquer pessoa. O sucesso na aplicação desses conhecimentos depende essencialmente de cada um, mas todas as dicas estão aqui. É só seguir. “Gostar de si próprio é o primeiro passo para ter uma vida saudável” – diz o Dr. Lair Ribeiro, através dos seus personagens, gente como você. “Tornar a sua vida feliz, próspera e saudável, depende, antes de tudo, de você.”

Descubra como é simples comer, emagrecer e tirar alegria de cada momento vivido.
Fonte: http://www.golfinho.com.br/livros/liv046.asp

Comer, Rezar, Amar

Comer, Rezar, Amar
A Busca de Uma Mulher Por Todas as Coisas da Vida na Itália, na índia e na Indonésia
Elizabeth Gilbert 1a. edição, 2008

Tí­tulo: Comer, Rezar, Amar Subtí­tulo: A Busca de Uma Mulher Por Todas as Coisas da Vida na Itália, na índia e na Indonésia
Autor: Elizabeth Gilbert
Editora: Objetiva
Edição: 1a. edição, 2008
Idioma: Português
Número de páginas: 344 páginas
ISBN-13: 978-85-7302-892-8
írea: Literatura Estrangeira

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Eu estou lendo esse livro, já tinha folheado várias vezes, sem me animar. Agora animei, parece leitura levinha, inconsequente, como deve ser no momento. Porque eu tenho um bebê de 47 dias em casa que me demanda muito tempo, me rouba muitas horas de sono e demanda muito esforço fí­sico e mental. Agora não cabe mais nada além de algo bem descansa cérebro. Veremos se vai valer í  pena.

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Elizabeth Gilbert estava com quase trinta anos e tinha tudo o que qualquer mulher poderia querer, mas em vez de sentir-se feliz e realizada, sentia-se confusa, triste e em pânico. Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado. Até que decidiu tomar uma decisão radical: livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu para uma viagem de um ano pelo mundo – sozinha. “Comer, Rezar, Amar – A Busca de Uma Mulher Por Todas as Coisas da Vida na Itália, na índia e na Indonésia”, da editora Objetiva, é a envolvente crônica desse ano. Em Roma, estudou gastronomia, aprendeu a falar italiano e engordou os onze quilos mais felizes de sua vida. Na índia, com a ajuda de uma guru indiana e de um caubói texano, dedicou-se í  exploração espiritual, comungou com o divino e viajou durante quatro meses. Já em Bali, exercitou o equilí­brio entre o prazer mundano e a transcendência divina. Tornou-se discí­pula de um velho xamã, e também se apaixonou da melhor maneira possí­vel: inesperadamente. Escrito com ironia, humor e inteligência, o best seller de Elizabeth Gilbert é um relato sobre a importância de assumir a responsabilidade pelo próprio contentamento e parar de viver conforme os ideais da sociedade. É um livro para qualquer um que já tenha se sentido perdido, ou pensado que deveria existir um caminho diferente, e melhor.

a máscara da maternidade

A Mascara Da Maternidade

Por Que Fingimos Que Ser Mãe Nao Muda Nada?

Autor: MAUSHART, SUSAN
Editora: MELHORAMENTOS –
Assunto: PSICOLOGIA

ISBN: 8506048915
ISBN-13: 9788506048917
Livro em português
Brochura
1ª Edição – 2006 – 334 pág.

Sinopse

Depois que a mulher se torna mãe, sua personalidade e suas relações afetivas nunca mais são as mesmas – a presença da criança transforma completamente a visão que a mulher tem de si mesma, o casamento e a vida do casal. ‘A máscara da maternidade’ oferece uma visão realista dos bastidores do que é ser mãe hoje em dia – da gravidez e do parto ao malabarismo que é a vida das mães que trabalham fora. Uma reflexão profunda que mostra que os medos, as frustrações e as confusões dos primeiros tempos da maternidade não são prova de fracasso pessoal, mas do fracasso de uma mirí­ade de estruturas que não funcionam, de expectativas extravagantes e de demandas conflitantes.

o herói de mil faces

O melhor livro em tempos… Estou apaixonada, não querendo que ele termine nunca. Apaixonada por Campbell, e viciada em mitologia de novo. O que me levou com mais força para o tarô como autoconhecimento, que bom, uma jornada sem fim. Esse livro tem alegrado imensamente os meus dias, deu um novo colorido í  minha vida, juntamente com o dvd O Poder do Mito, maravilhoso. Eu fico assistindo e reassistindo, deslumbrada com a sabedoria do velhinho, e sonhando envelhecer como ele.

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Enfim, esse livro e esse dvd já se tornaram um marco na minha vida, e bem na crise da meia idade que se avizinha… Estou feliz demais de ter redescoberto esse livro que eu já tinha começado a ler há tempos atrás e não continuei. Enfim, deu o click agora e eu estou quase em estado de graça por isso.
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Muito agradecida Joseph Campbell, que bom que você existiu! E que bom que você divulgou seu conhecimento, pra nós pobres mortais. Faço até reverência.
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HEROI DE MIL FACES, O
Autor: CAMPBELL, JOSEPH
Editora: PENSAMENTO
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA-MITOLOGIA
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ISBN: 8531502942 ISBN-13: 9788531502941
Livro em português Brochura 11ª Edição – 1995 416 pág.

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Embora apresentem amplas variações em termos de incidentes, de ambientes e de costumes, os mitos de todas as civilizações oferecem um número limitado de respostas aos mistérios da vida. Em ‘O herói de mil faces’, Joseph Campbell – reconhecidamente, um dos maiores estudiosos e mais profundos intérpretes da mitologia universal – apresenta o herói compósito; Apoio, Wotan, Buda e numerosos outros protagonistas da religiões, dos contos de fada e do folclore representam simultaneamente as várias fases de uma mesma história. O relacionamento entre seus simbolos intemporais e os simbolos detectados nos sonhos pela moderna psicologia profunda é o ponto de partida da interpretação oferecida por Campbell. O ponto de vista psicológico é, então, comparado com as palavras proferidas por grandes lí­deres espirituais, como Moisés, Jesus, Maomé, Lao-Tzu e os Anciãos das tribos australianas. Oculto por trás de um milhar de faces, emerge o herói por excelência, arquétipo de todos os mitos.

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Aqui você pode ver uma prévia dele. Aqui você pode ler on line o livro todo. E aqui você pode baixar ele na í­ntegra.

o lado sombrio do prazer

Estou lendo um livro muito interessante, apesar do tí­tulo muito besta. É A Fórmula da Felicidade. Gostei particularmente deste trecho abaixo.

(Terminei de ler, acheio ótimo, o melhor livro desseassunto que eu li)

Tem tudo a ver com a questão do emgrecimento, principalmente se o excesso de peso é devido í  compulsão alimentar, como no meu caso.

Sobre o livro, veja aqui. Se quiser ler mais sobre o capí­tulo do qual eu extraí­ este trecho, leia aqui, O Lado Sombrio do Prazer.

(Apesar do tí­tulo, o livro é legal. Eu adoro livros que falam sobre o cérebro, especialmente sobre a felicidade e o cérebro. Tem muita coisa sendo publicada esses dias sobre o tema, que certamente não deixam de ter um quê de auto-ajuda. Mesmo assim, eu gosto deste tipo de livro.)

A ânsia descontrolada pelo prazer

Uma das conclusões mais irritantes dos estudos fisiológicos sobre o sentimento de gratificação é que as dependências quí­micas, não importa de que natureza, usam os mesmos mecanismos que no dia-a-dia são responsáveis pelo aprendizado e pela fruição normal do prazer, sendo, portanto, necessários a sobrevivência. Precisamente por isso, o estudo das dependências também mostra revelações importantes quanto í  atividade psí­quica de pessoas saudáveis. A dependência é um acidente na busca de todos nós por felicidade.

A evolução não programou nada para evitar que nos prejudicássemos dessa maneira, pois não podia prever essa circunstância que só ocorreria em um futuro distante. Há uma centena de milhões de anos, quando a maior parte dos nossos padrões de comportamento atuais foi estabelecida nos genes, não se podia imaginar que os humanos um belo dia consumiriam bebidas alcoólicas, construiriam cassinos e sintetizariam cocaí­na. Há apenas dez gerações, na época em que a fome era um flagelo freqí¼ente em muitos paí­ses, não se tinha idéia de que a agricultura altamente mecanizada viria a ampliar a oferta de alimentos de tal forma que a obesidade se tornaria um grave problema de saúde pública.

A dependência, portanto, pode ser compreendida como um desejo que escapou do controle. Podemos relacionar até mesmo os sete pecados capitais a um excesso da nossa aspiração natural pela felicidade. Orgulho é amor-próprio em altas doses, avareza é parcimônia excessiva e inveja é um exagero da nossa tendência natural de buscar nas outras pessoas um ponto de comparação. A gula surge sempre que o organismo não responde í  ingestão de alimentos com a sensação de saciedade. A luxúria nos domina quando não encontramos no sexo uma satisfação plena, o que nos faz querer sempre mais. A ira e a agressividade descontrolada, não submetida í  razão. A preguiça é o estado em que ficamos quando, depois de um relaxamento saudável, não conseguimos recuperar o ritmo e a motivação naturais. As drogas funcionam exatamente como as fatí­dicas alavancas nos salões de jogos e nas gaiolas dos ratos, aumentando a quantidade de dopamina no cérebro. Sob efeito do álcool, o ní­vel dessa substância praticamente dobra; e com nicotina e cocaí­na, até mesmo triplica, como constatou o toxicólogo italiano Gaetano Di Chiara. Como a dopamina desperta e intensifica a atenção, depois de fumarmos um cigarro nos sentimos agradavelmente estimulados para o trabalho. Duas taças de vinho nos enchem de otimismo.

Todas as dependências quí­micas, portanto, estão baseadas no mesmo mecanismo, e as drogas apenas se diferenciam pela maneira como o ativam. A nicotina libera dopamina de forma mais direta, com a ativação dos neurônios correspondentes. O álcool, a heroí­na e a morfina aumentam o ní­vel desse neurotransmissor por via indireta, pois inibem os neurônios que normalmente contrapõem ao circuito de expectativa. A cocaí­na, por sua vez, evita a reabsorção normal da dopamina pelas membranas celulares, conseguindo assim que essa substância circule por mais tempo no cérebro. Quem consome o “pó branco” vivencia um estado parecido com aquele em que se encontrava Leonard, o paciente de Oliver Sacks, sob o efeito do medicamento L-Dopa, que o fazia sentir-se todo-poderoso.

Em última análise, o que importa é saber o caminho pelo qual um ní­vel mais alto de dopamina será obtido. É necessário que essa situação aconteça, pois ela estabelece no cérebro uma associação quase indissolúvel entre a droga e a ânsia de consumi-la. Ao reconhecer um cigarro, o cérebro de um fumante aciona imediatamente o comando “acender”. O estí­mulo “garrafa”, por sua vez, desencadeia o desejo de beber. Basta a visão de uma seringa para que o aviso do desejo surja no cérebro de um dependente de heroí­na, como mostraram análises com o tomógrafo de emissão de pósitrons. É dessa maneira que a nicotina, o álcool e a cocaí­na penetram nas estruturas cerebrais responsáveis pelas sensações de prazer: como os guerreiros gregos escondidos no cavalo de Tróia. Em outras palavras, o cérebro de quem tem uma dependência é como uma cidade conquistada.

Clique aqui para ler mais.

Gula

GULA
Coleção: SETE PECADOS CAPITAIS
Autor: PROSE, FRANCINE
Editora: ARX
Assunto: FILOSOFIA
Ficha Técnica
ISBN: 8575810790
ISBN-13: 9788575810798
Livro em português
1ª Edição – 200

Francine Prose serve um maravilhoso banquete de espirituosas e cativantes observações sobre o mais delicioso dos sete pecados capitais; a gula. Ela descreve como nossas noções sobre esse pecado evoluí­ram aliadas í s nossas idéias sobre salvação e maldição, saúde e doença, vida e morte. Oferecendo um verdadeiro ‘smorgasbord’, que vai das ‘Confissões’ de Agostinho e dos ‘Perdoadores’ de Chaucer ao ‘Satyricon’ de Petrônio e ‘Inferno’ de Dante, ela mostra que a gula foi uma questão profundamente espiritual nos tempos medievais, mas atualmente a transformamos de pecado em doença – são os horrores do colesterol e os perigos da carne vermelha que endemoninhamos. De fato, a visão moderna da gula é a de que comemos demais em função da compulsão, da autodestruição ou para evitar a intimidade e o contato social. Mas a gula, relembra Prose, é também uma afirmação do prazer e da paixão.

Carta a D.

Cart a D.CARTA A D. – HISTORIA DE UM AMOR

Tradutor: AZZAN JR, CELSO
Autor: GORZ, ANDRE
Editora: COSAC NAIFY
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA-ROMANCES
Ficha Técnica
ISBN: 857503605X
ISBN-13: 9788575036051
Livro em português
Brochura – 13,5 x 20 cm 1ª Edição – 2008 – 112 pág.

Este é o último livro do filósofo francês André Gorz, escrito para homenagear sua mulher, Dorine, com quem partilhou a vida por quase sessenta anos. O casal cometeu suicidio em 22 de setembro de 2007; os corpos foram encontrados um ao lado do outro, e um cartaz, na porta de sua casa, pedindo que a polí­cia fosse avisada. Gorz, discí­pulo de Sartre e co-fundador do ‘Le Nouvel Observateur’, era um crí­tico radical da mercantilização das relações sociais, contrário í  crença no trabalho assalariado, além de ser autor de vários livros sobre ecologia. Desde o iní­cio da década de 90 vivia em retiro com a mulher, que sofria, há anos, de uma doença degenerativa. Os dois viveram uma grande história de amor e companheirismo, após terem se conhecido em Lausanne, numa noite de neve, em outubro de 1947. Desde então, nunca mais se separaram.

Aqui você baixar as primeiras páginas do livro.Aqui você pode ler um pouco mais sobre ele.

Aqui tem uma página bonita sobre ele.

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Saiu na Imprensa:

Zero Hora / Data: 19/3/2008

Um amor para recordar

Carta a D. é uma elegia do filósofo André Gorz para a mulher com quem viveu 50 anos

Histórias de amor com algo de fatalidade estão sempre no limite incômodo entre a emoção e a hiperglicemia. É, portanto, surpreendente quando aparece um ensaio conciso, seco, honesto no limite do brutal e que é, antes de tudo, uma dilacerante carta de amor.

É o caso de Carta a D. (Annablume/Cosac Naify, 80 páginas), um relato do filósofo francês André Gorz escrito para sua esposa, a inglesa Dorine Keir, já no fim da vida do casal, ambos intelectuais militantes de esquerda.

Pouco conhecido no Brasil, Gorz (austrí­aco de nascimento cujo nome original era Gerhard Hirsch) foi um dos grandes pensadores europeus de esquerda no século 20. Amigo de Jean-Paul Sartre e de Simone de Beauvoir, foi um dos fundadores da revista Le Nouvel Observateur e diretor da publicação Les Temps Modernes, fundada por Sartre em 1944. Publicou dezenas de livros sobre a questão social e as relações de trabalho no capitalismo e foi um pioneiro da causa ambiental.

Carta a D., best-seller imediato na França em 2005, foi sua última obra. O livro é, ao mesmo tempo, uma reflexão lúcida e descarnada sobre o valor do amor e um balanço final da vida de seu autor, o que inclui, forçosamente e em primeiro lugar, o casamento de mais de meio século que teve com a inglesa Dorine. É ela a D. a quem a “carta” se dirige, em um texto no qual o racional ex-marxista reconhece que sua formação intelectual muitas vezes impediu-o de assumir uma postura mais emocional ao analisar os sentimentos transbordantes que nutria pela esposa.

D. não foi apenas a mulher com quem Gorz passou a vida, foi aquela com quem ele escolheu terminá-la. Em setembro do ano passado, o casal, então já com mais de 80 anos, se suicidou. Ela sofria de uma grave doença degenerativa provocada por uma substância de contraste para Raio X que não foi eliminada pelo organismo. Ao testemunhar os anos de batalha da mulher com a dor, Gorz já sinalizava na Carta a D. a atitude que o casal tomaria: “Nós desejarí­amos não sobreviver um í  morte do outro. Dissemo-nos sempre, por impossí­vel que seja, que, se tivéssemos uma segunda vida, irí­amos querer passá-la juntos”.

A Carta a D. de André Gorz é um testemunho que vem se juntar a um tipo peculiar recente de livros de memórias e depoimentos. Textos que buscam, por meio de narrativas de uma qualidade literária mais trabalhada, fazer uma arqueologia dos afetos revirando escombros da memória. Uma linhagem que remonta ao best-seller de 2005 O Ano do Pensamento Mágico, de Joan Didion, publicado em 2006. Textos que, como Carta a D., em vez de simplesmente narrar suas memórias, refletem sobre o próprio processo que as cristalizou.

Carta a D.

Cart a D.CARTA A D. – HISTORIA DE UM AMOR

Tradutor: AZZAN JR, CELSO
Autor: GORZ, ANDRE
Editora: COSAC NAIFY
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA-ROMANCES
Ficha Técnica
ISBN: 857503605X
ISBN-13: 9788575036051
Livro em português
Brochura – 13,5 x 20 cm 1ª Edição – 2008 – 112 pág.

Este é o último livro do filósofo francês André Gorz, escrito para homenagear sua mulher, Dorine, com quem partilhou a vida por quase sessenta anos. O casal cometeu suicidio em 22 de setembro de 2007; os corpos foram encontrados um ao lado do outro, e um cartaz, na porta de sua casa, pedindo que a polí­cia fosse avisada. Gorz, discí­pulo de Sartre e co-fundador do ‘Le Nouvel Observateur’, era um crí­tico radical da mercantilização das relações sociais, contrário í  crença no trabalho assalariado, além de ser autor de vários livros sobre ecologia. Desde o iní­cio da década de 90 vivia em retiro com a mulher, que sofria, há anos, de uma doença degenerativa. Os dois viveram uma grande história de amor e companheirismo, após terem se conhecido em Lausanne, numa noite de neve, em outubro de 1947. Desde então, nunca mais se separaram.

Aqui você baixar as primeiras páginas do livro.Aqui você pode ler um pouco mais sobre ele.

Aqui tem uma página bonita sobre ele.

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Saiu na Imprensa:

Zero Hora / Data: 19/3/2008

Um amor para recordar

Carta a D. é uma elegia do filósofo André Gorz para a mulher com quem viveu 50 anos

Histórias de amor com algo de fatalidade estão sempre no limite incômodo entre a emoção e a hiperglicemia. É, portanto, surpreendente quando aparece um ensaio conciso, seco, honesto no limite do brutal e que é, antes de tudo, uma dilacerante carta de amor.

É o caso de Carta a D. (Annablume/Cosac Naify, 80 páginas), um relato do filósofo francês André Gorz escrito para sua esposa, a inglesa Dorine Keir, já no fim da vida do casal, ambos intelectuais militantes de esquerda.

Pouco conhecido no Brasil, Gorz (austrí­aco de nascimento cujo nome original era Gerhard Hirsch) foi um dos grandes pensadores europeus de esquerda no século 20. Amigo de Jean-Paul Sartre e de Simone de Beauvoir, foi um dos fundadores da revista Le Nouvel Observateur e diretor da publicação Les Temps Modernes, fundada por Sartre em 1944. Publicou dezenas de livros sobre a questão social e as relações de trabalho no capitalismo e foi um pioneiro da causa ambiental.

Carta a D., best-seller imediato na França em 2005, foi sua última obra. O livro é, ao mesmo tempo, uma reflexão lúcida e descarnada sobre o valor do amor e um balanço final da vida de seu autor, o que inclui, forçosamente e em primeiro lugar, o casamento de mais de meio século que teve com a inglesa Dorine. É ela a D. a quem a “carta” se dirige, em um texto no qual o racional ex-marxista reconhece que sua formação intelectual muitas vezes impediu-o de assumir uma postura mais emocional ao analisar os sentimentos transbordantes que nutria pela esposa.

D. não foi apenas a mulher com quem Gorz passou a vida, foi aquela com quem ele escolheu terminá-la. Em setembro do ano passado, o casal, então já com mais de 80 anos, se suicidou. Ela sofria de uma grave doença degenerativa provocada por uma substância de contraste para Raio X que não foi eliminada pelo organismo. Ao testemunhar os anos de batalha da mulher com a dor, Gorz já sinalizava na Carta a D. a atitude que o casal tomaria: “Nós desejarí­amos não sobreviver um í  morte do outro. Dissemo-nos sempre, por impossí­vel que seja, que, se tivéssemos uma segunda vida, irí­amos querer passá-la juntos”.

A Carta a D. de André Gorz é um testemunho que vem se juntar a um tipo peculiar recente de livros de memórias e depoimentos. Textos que buscam, por meio de narrativas de uma qualidade literária mais trabalhada, fazer uma arqueologia dos afetos revirando escombros da memória. Uma linhagem que remonta ao best-seller de 2005 O Ano do Pensamento Mágico, de Joan Didion, publicado em 2006. Textos que, como Carta a D., em vez de simplesmente narrar suas memórias, refletem sobre o próprio processo que as cristalizou.