prisioneiro das circunstâncias

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Figura daqui. Licença CC

A vantagem de ter um blog que pouca gente lê é que há mais liberdade de falar qualquer coisa. Não que seja consolador rsrs, mas é disso que eu preciso nesse momento, poder falar quase í  vontade sobre os meus fantasmas. E com a audiência pequena, a liberdade de falar abobrinhas vai crescendo…
E lá venho eu de novo aqui, só pra escrever, só pra dizer algo que eu não tenho certeza do que é até que as palavras saiam do teclado.
Pois bem, o Aprendizado está uma porcaria.
E é por isso que eu estou aqui de volta e é por isso que eu não vou largar esse osso, até que aconteça.

Andei vacilando tanto que até perdi o rumo da prosa. Dias a fio sem anotar, dias a fio sem prestar atenção. E é preciso prestar atenção, porque a vida se esvai muito rápido, e o momento não há mais como recuperar. É preciso estar atento ao poder do agora. Não é moda dizer agora que só o momento presente é importante?
Não me pesei, porque com tanto descuido devo ter aumentado de peso. Deixo pra depois de uma semana mais caprichada, que há de ser essa.

E vou dissecar um pouco mais sobre o segundo significado. Diz o texto:

2. Sou prisioneiro das circunstâncias.
 

Essa
convicção é freqí¼ente entre pessoas cuja vida foi alterada por uma tragédia ou por um revés da sorte, ou entre pessoas que têm habitualmente vivido a experiência da falta de recursos financeiros. Como foi discutido no Capí­tulo 1, o corpo pode expressar a convicção da sua condição de prisioneiro transformando-se numa prisão de gordura.
É, em alguns aspectos da minha vida eu realmente me sinto prisioneira. Mas acho que desde que a gente não deixa tudo correr por conta dos instintos, desde que somos socializados, colonizados pelo superego, não temos como ser totalmente livres mais.Além dessas prisões universais, alguns setores da minha vida podem ser encarados como prisões, dependendo do ângulo. Na verdade tudo pode. No plano consciente, né?
Porque no inconsciente, que eu acho que é o que comanda, eu não sei exatamente qual é o papel que tem essas prisões, ou pseudo prisões. Posso dizer apenas que sinto que algum fator na minha vida pode ter sido encarado assim pelo meu inconsciente. E eu vou ficar falando pra ele, pro me inconsciente, que eu não preciso mais encarar as coisas como prisão;Acho que tem a ver com o fato, lá longe, quando eu comecei a engordar, que tudo mudou muito rápido. De repente, eu de bolsista do cnpq, com uma renda ridí­cula, estudante apenas, solteira, descompromissada totalmente, passo no mestrado, logo depois sou chamada para trabalhar em um cargo excelente, conheço meu marido, me caso em menos de um ano, e ao fim de três anos tudo mudou numa velocidade vertiginosa. Mudanças grandes. E um ano e meio mais tarde, eu fico grávida. Foi tudo rápido e foram todas mudanças muito grandes, que viraram meu mundo de cabeça pra baixo…
Objetivamente, isso tudo pode ou não ter influenciado pra eu engordar tanto em tão pouco tempo. Mas o importante agora é dizer pro meu corpo que nada disso é prisão, que foram ótimas escolhas que eu fiz, e que agora já deu mais do que tempo pra eu estar acostumada com isso tudo.
Então, corpo, sossega ai que não é preciso mais tanto stress, já tem muito tempo, essa é a sua vida, fica bem, ok? Foi livremente que eu escolhi estar aqui, preciso que meu corpo se lembre disso.

5 comentários em “prisioneiro das circunstâncias”

  1. Nalu, há algum tempo eu li que o nosso corpo reagia às mudanças de várias maneiras. Algumas pessoas emagreçem, outras engordam, outras ficam abatidas, doentes, enfim, cada organismo reage de uma determinada maneira às mudanças que nos são impostas, e a gente precisa aprender a mostrar a ele, que as coisas passaram, terminaram, um novo ciclo começou…
    Parece conversa de criança, eu sei, mas para mim faz todo o sentido do mundo.
    Beijos
    Ah, o layout antigo era o Water Lilly 😉

  2. Oi Nalu foi um prazer ver o seu recadinho lá no meu cantinho, muito obrigada pela disposição de deixar … Eu vi pelo seu ultimo post que vc é uma pessoa bem consciente da sua situação, e vou te dizer mais eu já fui prisioneira do medo e hoje cada dia me liberto (Dirigir era uma prisão, era presa a comida sempre ligava ela a tristeza, alegria, enfim engordei cheguei a 75kgs depois da minha 2a gravidez,emagreci e parei nos 59kg, mas de novo engordei e estava com 72 devido há um problema hormonal (tireoidite de Hashimoto), poderia ter me acomodado mas me fizuma única pergunta Vc quer ficar assim? Infeliz,insatisfeita e sabe que deu certo comecei a montar planos para atacar de vez etentar pelo menos dar um passo a frente e cada dia vejo que esta valendo muito apena, ixi vimpela 1avez e já falei um monte,beijos !!!

  3. Oláa td bem?? Entrei na busca do Google e encontrei seu blog!!
    Tbm preciso “eliminar” hehehehe peso, pretendo fazer uma abdominoplastia daki +- 6 meses…até lá preciso perder no mínimo 8 kgs..e estou aí na luta!! Espero manter contato!! E q possamos trocar (BOAS) experiências!!
    Fika com Deus Até+

  4. Entendi. É que as vezes passam as circunstâncias e fica um sentimento difuso, sem “base real” que nos incomoda sei lá porque!
    Faz exatamente 1 ano e 1 mês que tive certeza de que viveria sem a “colostomia”.
    Outubro passado comi tudo o que queria (porque estava feliz por ter sobrevivido a cirurgia e triste pela cicatriz imensa com a qual conviveria, e sentia “pena de mim” pelo ano difícil que tinha passado).
    Daí comi tanto que entre 29 de setembro e 5 de novembro fui de 104 para 110,2, meu maior peso na vida.
    E sabe que desde o niver do meu filho estou comendo mais do que devo e não me dava conta do que poderia estar me incomodando!
    Ler sua história e reflexão de hoje fez toda diferença!
    Obrigada Nalu!
    Beijos

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