Post Clichê

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Post Clichê

Estava assistindo hoje o filme Osama (não deu pra terminar de assistir ainda porque o filhotinho acordou) que trata da situação das mulheres no Afeganistão do regime Talibã. Aí­ eu vi todas aquelas mulheres de burka, com uma vida mais difí­cil e dolorosa que a de muitos animais, ou de muitos seres humanos da Idade Média, do Paleolí­tico, em pleno séc XXI e fiquei angustiada.

Fui ficando triste, nervosa, inconformada, revoltada (o que acontece muito facilmente com quem está em abstinência de cigarro) e passados alguns minutos eu resolvi descer até a mercearia para comprar alguns prestí­gios (não tinha e eu fui de Bis mesmo, ainda bem, é menos calórico).

Na volta, nos poucos passos que separam a mercearia da portaria do meu prédio, por um instante eu me esqueci do cigarro, dos quilos a mais, da tristeza e da angústia e pude sentir como é impagável ser mulher e viver num lugar onde, com todos os senãos e poréns ainda podemos andar livremente sem sermos agredidas, vestindo o que bem entendermos e beijarmos o homem que quisermos na rua e isso não vai nos render uma tremenda brutalidade fí­sica e psicológica.

Eu não pude escolher onde nasci, (né Gaby?), mas acho que tive sorte. Ou karma. Então, foi isso.

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Não é bem assim, mas eu achei uma graça ler isso aqui:

“MULHER GORDINHA É IGUAL MORTADELA: REDONDINHA, CHEIA DE GORDURINHAS, QUEM COME, ADORA, MAS NíƒO CONTA PRí NINGUÉM!”

“MULHER MAGRELA É COMO FOLHA DE ALFACE, “VERDE”, “CHATA”, “SEM SABOR”, SERVE PRA DECORAí‡íƒO, E TODO MUNDO DIZ QUE COME!”

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