Desamparo

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Desamparo

O que acontece com o ví­cio de comer eu acho que é parecido com o que acontece com o ví­cio de fumar. Além da oralidade, os dois acabam mexendo numa estrutura que é muito vital para nós, que é a sensação, consciente ou não, do desamparo em que nós seres humanos vivemos. Tentamos compensar essa sensação dolorosa de abandono e desamparo (que eu acredito ter origem no nascimento) naquilo que mais rapidamente alivia a sensação torturante de ter abandonado o prazer da vida uterina. Acho que por isso muitos ví­cios são orais, já que aprendemos cedo na vida a aliviar essa dor do abandono do ventre materno com algo que se coloca na boca, o seio materno, a mamadeira,a chupeta, o dedo, etc.

Mas pouca coisa nos salva do pânico (do ponto de vista do bebê que está para nascer) que provavelmente é o parto, o nascer, o rompimento da ligação mais simbiótica e satisfatória que jamais teremos na vida.

E fumar tanto quanto comer parecem aliviar essa sensação dolorosa. Mas eu acho que isso é engano, a gente fuma, bebe, come, e o desamparo, o abandono continua ali, não vai embora. Daí­ a gente vicia e começa a comer, fumar ou beber para matar outra dor, e mais uma falta, a falta que faz pra gente aquele objeto do ví­cio.

Mas o x da questão, (que não é muita novidade, mas que eu preciso dizer em voz alta para acreditar), que custa a entrar de fato nas nossas lindas cabecinhas, é que nada, nada que esteja ou que venha do exterior vai aliviar essa sensação de dor, de abandono e desamparo que são caracterí­sticos da condição humana, (e que o tempo todo fingimos não perceber nos entupindo de dependências). E não fumar nem me afundar tanto na comida, não aliviaram esse abandono nem um pouco.

Mas a constatação de que o nirvana só pode ser encontrado dentro de mim e em mais lugar nenhum desse mundão enorme de Deus ajuda. Acho que assim me sinto menos desamparada, já que não vou me privar da minha própria companhia. Saber que é nela que está a salvação é um fardo que ás vezes pesa, mas também é um alí­vio quase lancinante, pois me diz que eu já não dependerei de nada nem de ninguém.

Apesar do que falar é bem mais fácil…

Algo errado no paraí­so

Essa primeira garota aí­ da foto é uma amigona que eu tenho, menina super inteligente, é juí­za em São Paulo, é bem informada, culta, super gente boa. Fazia uns dois anos que eu não a via e nós tivemos um encontro esse fim de semana. Ela tem esse corpinho que vocês estão vendo aí­, até mesmo atualmente está um pouco mais magro. Daí­ ela disse no encontro (estávamos eu ela, meu marido, marido dela e outra amiga da faculdade com o marido) que estava GORDA, que tinha pneuzinhos na barriga, que precisava emagrecer, coisa e tal.

E ela realmente acha isso, ela está genuinamente preocupada com isso. Eu fiquei com uma sensação incômoda, não tanto pelo fato de estar bem uns 25 quilos mais gorda que ela, mas pelo fato de que a maioria, mas a maioria das mulheres que eu conheço, (incluindo minha sobrinha linda de dez anos completados hoje e a outra de seis anos), terem a auto imagem tão distorcida.
E me lembro de quando pesava 61 quilos e achava que eu estava MUITO gorda. Fico pensando, só pode ter alguma coisa muito errada, mas muito errada mesmo com uma sociedade que fomenta essa imagem feminina


como modelo de beleza. (É claro que eu exagerei um pouco na foto, mas não está muito longe do real, não, afinal ela é modelo…).
Porque certamente isso não é um delí­rio coletivo, não é uma ilusão de nós mulheres. As mulheres não conseguem enxergar seu corpo.

Como dizem os antropólogos, o corpo é uma poderosa forma simbólica, o corpo é uma metáfora da cultura, é palco de um microcosmo social. E como é que viemos parar aqui, heim?

Olhem essas mulheres das fotos que eu botei aqui: Marilyn Monroe, Leila Diniz, Sophia Loren, Ingrid Bergman, Luz del Fuego, Marta Rocha. Mulheres que foram í­cones indiscutí­veis de beleza, foram referência de imagem para as mulheres de sua geração. E não faz tanto tempo assim. E hoje todas elas seriam gordas. (Mesmo assim eu continuo achando que elas são lindas, parecem mulheres de verdade.)

Será que o conceito de beleza varia rápido assim mesmo ou será que esse modelo anoréxico de beleza que temos hoje não está a serviço dessa ideologia tão contraditória que nos arrasta neste ranço (que ainda resta) de uma sociedade machista e patriarcal? Quero dizer, será que não é mais uma vez uma forma de negação da feminilidade genuí­na? Será que a contenção, a transformação da fome feminina em vergonha não é a expressão de uma regra subjacente que diz que a fome da mulher, por poder na esfera pública, por trabalho, por igualdade de salários, por uma sexualidade gratificante, tem que ser contida?

Será que não é para ocuparmos nossas lindas cabecinhas, antes com os pneuzinhos na barriga, do que com algo como a polí­tica ou qualquer coisa mais socialmente abrangente? Pode ser que eu tenha viajado, não sei, mas neste livro tem umas reflexões maravilhosas sobre esse tema.

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Respondendo ao comentário da Gaby, que colocou o seguinte: “Mas tem um lance, Evel. Ate antropologico. A mulher sempre teve que ser atraente pra atrair o macho alfa…hahaha…certo? A mais bonita pegava o macho mais competente da caca, etc e isso deve ter gerado uma ciumeira animal nas concorrentes e dai da-lhe se esforcar pra ficar em shape. Alias, na Antiguidade as romanas morriam ao tentar pintar sei la com o que, mas sei que toxico os cabelos de loiro. No fundo, a vaidade esta enraizada no subconsciente feminino coletivo ha milhares de anos, ate por questao de sobrevivencia ou so pra relembrar o QI Mental e o Dr. Joao pra afastar o medo ancestral de morrer de fome.”

Gaby, o que você disse está certo, acontece e aconteceu mesmo, mas eu me pergunto o seguinte:

1º) Será que sempre foi assim mesmo, digo será que sempre foram as mulheres que se pavonearam e se torturarem fisicamente por causa dos machos alfa?

2º) Será que não isso não aconteceu depois que o homem percebeu que afinal, ele também tinha participação na procriação. Porque afinal de contas, o que é raro na natureza são os óvulos, não os espermatozóides. Eu fico só pensando o seguinte, será que em í‡atal Huiyuk (provavelmente a primeira aglomeração humana de que se tem vestí­gios, um dos sí­tios arqueológicos mais antigos, e que, especula-se não era patriarcal e onde havia vários tipos de cultos í  deusas)era assim? í‡atal Huyuk nem está tão longe assim, são mais ou menos 8.000 anos atrás, nós já temos no planeta mais de 35.000 anos. (Corrijam-me se eu estiver errada). Porque a história de que temos notí­cia é muito recente em termos da idade da humanidade, o perí­odo romano, por ex., está muito perto ainda. E nos primatas há exemplos de comportamentos tanto de cunho machista como igualitário (se é que eu posso usar esses termos para primatas, hahahaha), tanto violento como pací­fico. Enfim, são dúvidas que provavelmente não serão sanadas facilmente, mas de todo modo, eu acho que há algo errado, muito errado sim. O tempo passa, a sociedade “evolui” para uma vida mais igualitária (pelo menos é a idéia que se vende e nós compramos aqui no Ocidente “democrático”) e as mulheres cada dia se torturam pelos machos alfa de maneiras mais bizarras? Sério, eu não acho que isto seja certo, nem muito menos natural.

Se quiser, dá retorno, ok?

Sobre í‡atal Huyuk, site da UNB http://www.unb.br/ih/his/gefem/labrys6/labrysbr.html

Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%87atalh%C3%BCy%C3%BCk que aliás já é machista só na colocação do assunto .

E um livro que em português já está esgotado, mas tem sobre o assunto uma discussão excelente, í s vezes se encontra em sebo. Chama-se O Cálice e a Espada, de Riane Eisler. Link para o livro em inglês:
www.amazon.com/gp/product/0062502891/ref=sib_rdr_dp/002-2131227-3966415?%5Fencoding=UTF8&me=ATVPDKIKX0DER&no=283155&st=books&n=283155

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Mais uma coisinha, momento mastercard:

Estar há 26 dias sem fumar e ainda conseguir emagrecer, não tem preço.

E deixa eu ir trabalhar que já estou atrasada. De noite volto.

Post Clichê

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Post Clichê

Estava assistindo hoje o filme Osama (não deu pra terminar de assistir ainda porque o filhotinho acordou) que trata da situação das mulheres no Afeganistão do regime Talibã. Aí­ eu vi todas aquelas mulheres de burka, com uma vida mais difí­cil e dolorosa que a de muitos animais, ou de muitos seres humanos da Idade Média, do Paleolí­tico, em pleno séc XXI e fiquei angustiada.

Fui ficando triste, nervosa, inconformada, revoltada (o que acontece muito facilmente com quem está em abstinência de cigarro) e passados alguns minutos eu resolvi descer até a mercearia para comprar alguns prestí­gios (não tinha e eu fui de Bis mesmo, ainda bem, é menos calórico).

Na volta, nos poucos passos que separam a mercearia da portaria do meu prédio, por um instante eu me esqueci do cigarro, dos quilos a mais, da tristeza e da angústia e pude sentir como é impagável ser mulher e viver num lugar onde, com todos os senãos e poréns ainda podemos andar livremente sem sermos agredidas, vestindo o que bem entendermos e beijarmos o homem que quisermos na rua e isso não vai nos render uma tremenda brutalidade fí­sica e psicológica.

Eu não pude escolher onde nasci, (né Gaby?), mas acho que tive sorte. Ou karma. Então, foi isso.

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Não é bem assim, mas eu achei uma graça ler isso aqui:

“MULHER GORDINHA É IGUAL MORTADELA: REDONDINHA, CHEIA DE GORDURINHAS, QUEM COME, ADORA, MAS NíƒO CONTA PRí NINGUÉM!”

“MULHER MAGRELA É COMO FOLHA DE ALFACE, “VERDE”, “CHATA”, “SEM SABOR”, SERVE PRA DECORAí‡íƒO, E TODO MUNDO DIZ QUE COME!”

Recomeço e Prioridades

Recomeço e Prioridades
Resolvi voltar. Apesar de nesse momento o emagrecimento ter ficado em segundo plano. Eu me permito agora até mesmo voltar aos noventa quilos iniciais. O maior peso que eu tive (visto na balança). Explico: quase por acaso eu estou há três semanas e meia sem fumar. O plano inicial não era esse, eu tinha pensado em emagrecer primeiro, depois parar de fumar, coisa que teria que fazer mais dia menos dia mesmo. Mas agora, depois desse tempo sem o cigarro, e vendo o tanto que é difí­cil, (especialmente para a mulher) largar o cigarro eu decidi acabar com essa história de uma vez por todas, aproveitar que minha vida está bastante tranqí¼ila para sair de vez dessa e daqui a um tempo retomar o plano de emagrecer.

Não vou deixar esse blog nem o Aprendizado, mas eu já sei que vão existir momentos em que vai ser muito complicado não encher de chocolate, não jacar. De ontem pra cá eu comi 15 (QUINZE!!!)prestí­gios.

Mas esse blog é uma ferramenta de controle muito boa. Estou precisando de voltar a praticar o Qi, mas não faço isso desde o dia 11/12 porque não quero misturar as coisas. Senão a cabeça fica muito sobrecarregada. Agora eu vou me mobilizar para largar o cigarro, isso é prioritário. Mesmo tendo engordado bastante. Digo bastante pelo ritmo em que eu estava emagrecendo. Mas eu sou nova ainda, essa fissura do cigarro vai passar logo e eu vou voltar a me concentrar no meu processo.

Vou ser condescendente comigo, pois parar de fumar é algo muito difí­cil (no meu caso muito mais difí­cil do que emagrecer), e se eu conseguir largar o cigarro sei que terei forças para qualquer empreitada a que me propuser. Então é isso. Vou postar aqui, até mesmo para não trocar uma compulsão por outra. Eu quero resolver mesmo esse problema da “oralidade”, essa inquietação oral, que ainda tenho, como chama o Flávio Gikovate. Não quero trocar o cigarro pela comida, pois aí­ não terei resolvido nem uma das duas coisas. É dependência do mesmo jeito…

Eu sei que largando o cigarro a tendência natural é engordar mesmo, muda o metabolismo, além do mais, eu já li em algum lugar que cada cigarro queima um número x de calorias. Mas é uma forma terrí­vel de queimar calorias.

Enfim eu quero recuperar a calma e a serenidade que eu perdi em algum momento e vou me esforçar para isso esse ano. E claro, recuperar a saúde, a boa forma…

Saí­ de um ano de muita crise, um ano complicado que quase teve um desfecho complicado também, me estressei muito, mas esse ano não quero que seja assim. Eu sei que sou capaz de retomar a minha serenidade, meu equilí­brio, mas preciso me concentrar. Então vou continuar aqui refletindo sobre a comida e sobre o Aprendizado. Até para não me descontrolar tanto.

Então vou continuar colocando o peso semanal, vou tentar comer as porções de frutas, verduras e legumes diárias e beber água, o que já está incorporado. Também já saí­ bastante de uma certa cultura de preguiçosa, de ficar pedindo tudo, de ter preguiça de ir buscar as coisas que quero, e isso já vai me ajudar a não engordar tanto. Também vou retomar a ioga semana que vem, quando volto a trabalhar e aproveitar que no meu serviço tem ioga.

Bem pra começar o ano é isso, não entreguei os pontos, só mudei as prioridades. Temporariamente.

O Qi mental…


Então meninas, sobre a consulta do Qi….

Como disse, basicamente é aquilo mesmo que está nesse link. Fazer isso já é quase tudo, obviamente seguido de uma reeducação alimentar, estilo de vida saudável, todo aquele caminho que estamos mesmo tentando trilhar…

O que foi passado a mais vou tentar resumir abaixo, se ficar alguma dúvida, pergunte, que o que eu souber eu digo.

O mais importante de tudo é visualizar, é tentar ver a imagem mesmo. Por exemplo, é preciso criar uma espécie de filme mental com detalhes da imagem que você quer ter.

Quando forem fazer pela primeira vez (ou mesmo se estiverem recomeçando), é bom deixar a imaginação um pouco solta pra que a imagem que apareça primeiro (aquela do modo como você se imagina perdendo gordura) seja uma imagem espontânea, pegue essa imagem, mesmo que no começo ela seja esquisita.

Isso é porque o inconsciente tem sua própria noção das imagens í s quais melhor se adapta. É bom também que a imagem de você magra seja uma imagem feliz, procure se ver sempre sorrindo e sinta-se interiormente feliz, pois segundo o médico o inconsciente tende a se apegar naquilo que melhor preserva a espécie e nada melhor para a preservação da espécie do que a felicidade.

É importante também que durante as refeições ou um pouco antes você tente se lembrar de algo tipo assim: para estocar alimentos eu tenho armários, tenho a geladeira, tenho minha fruteira, existem lojas, mercados, padarias, lanchonetes, etc.. Eu vivo num paí­s onde os alimentos são abundantes o ano inteiro e é melhor consumi-los frescos, não tenho que ficar estocando nada, muito menos dentro do meu corpo. Isso é para que você vá eliminando aos poucos do corpo a necessidade de guardar comida na forma de gordura. A gente precisa se acostumar com a idéia de que a comida não vai faltar, que não estamos mais na era glacial onde comida era um imperativo, e que a ameaça de morrer de fome é coisa do passado.

Segundo o Dr. João Yokoda , o excesso de peso está muito ligado ao medo, não direta ou conscientemente ao medo de morrer de fome, mas qualquer situação de medo pode desencadear um medo ancestral que é esse tal medo de morrer de fome, ou seja; morrer de fome é o medo mais antigo da humanidade, fomos uma sociedade de caçadores e coletores por muito, mas muito mais tempo do que de agricultores ou criadores de animais, ainda não deu tempo desse receio desaparecer de nossa herança genética.

E por falar em genética, os obesos são mais bem sucedidos que os não obesos do ponto de vista da evolução, pois foram os que melhor se adaptaram a necessidade de estocagem de gordura e conseqí¼entemente de proteção sua e da espécie.

Então na verdade a questão é meio que informar ao nosso corpo (através do inconsciente) que esse medo já não faz mais sentido atualmente, que nós podemos eliminar a gordura tranqí¼ilamente sem que isso represente um perigo para a sobrevivência, seja a nossa ou a da espécie.

E o processo do Qi deve ser feito quando a gente está o mais relaxada possí­vel, pois (e isso todo mundo que entende um tiquinho de meditação sabe), o acesso ao inconsciente é mais facilmente conseguido durante a fase de relaxamento, onde o instinto lutar-ou-fugir não está tão ativado.

Sobre os remédios para emagrecer (do tipo anfetaminas e derivados, não os sacietógenos), no entendimento dele são perigosos porque mais do que os efeitos colaterais que todos sabemos ser bem punk, eles deixam o corpo num estado que o inconsciente lê como sendo de fome permanente, (mesmo que a gente não sinta a fome), é como se o corpo estivesse em alerta máximo para sobreviver, gerando além de tudo mais adrenalina e cortisol. E daí­, quando se interrompe o uso dos remédios é como se o corpo fosse obrigado a tornar o metabolismo e a queima de gordura ainda mais lentos, fazendo com que a gente engorde tudo de novo e mais um pouco. Não é que os remédios (repito, as anfetaminas e derivados) em si provoquem esse efeito, é o corpo que entende estar em situação de perigo. E entende que precisa estocar ainda mais gordura.

Sobre os exercí­cios fí­sicos (obviamente ele entende serem muito importantes) também disse que quando estivermos fazendo é bom pensar na imagem de eliminação de gordura, tipo visualizar que o exercí­cio está queimando ou derretendo, ou seja lá o que for, a gordura, que ela está sendo eliminada fisicamente, literalmente, do corpo. Durante os exercí­cios não é necessário fechar os olhos nem fazer o ritual todo, até porque dependendo do exercí­cio nem tem jeito, é só em algum momento da prática imaginar e visualizar isso.

Ele disse também que quando a gente for colocar imagens da gente magra para dar incentivo (tipo colocar foto na porta da geladeira, ou em lugares que a gente quer ver pra lembrar) é imperioso colocar fotos sorrindo, por causa do que já disse, o inconsciente precisa associar o corpo esbelto com saúde e felicidade.

As outras recomendações têm muito a ver com a medicina chinesa, ou seja, evitar corantes e conservantes, tomar muito chá, muito lí­quido, evitar refinados, enlatados e embutidos e etc… Aquela história mesmo da alimentação saudável.

Ah, e outra coisa, especialmente para as meninas que não gostam de chá verde: ele disse que qualquer chá é bom, mas o que tem o efeito mais parecido com o verde é o chá de hortelã que além de ajudar muito na eliminação de peso, ainda é anti oxidante, combatendo os tais radicais livres.

Outro ponto é que (no começo pelo menos) devemos manter um horário fixo para as alimentações, para não dar o sinal para o inconsciente de que o corpo está em perigo. Essa recomendação é muito importante e ajuda a otimizar o processo todo.

Acho que é isso, quem ainda tiver alguma dúvida, grita aí­ que se eu souber estamos as ordens. (Se eu me lembrar de mais alguma coisa, também eu venho aqui e completo). Até porque para mim conhecimento só faz sentido se for compartilhado.
E afinal somos uma irmandade do anel mesmo, né não?

Estamos aí­ pra nos ajudarmos e crescer esbeltamente juntas, ok?

Beijos em todas.

P.S. Lembrei de uma outra coisa, se você colocou a primeira data como, digamos, o próximo ano-novo e sentir que quando estiver chegando lá não vai conseguir, não mude a data antes dela chegar, espere o dia tal chegar e só então refaça o prazo, porque segundo o Dr. João Yokoda, o inconsciente não entende dois comandos distintos de uma vez e aí­ trava, não indo a lugar nenhum, preferindo deixar tudo como está. Então espere o dia chegar e só então refaça o filminho do final.

Também quando terminar lembre-se da data atual em números mesmo, para que a ponte consciente/inconsciente seja estabelecida.

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Agradecendo, porque agradecer é viver, quem tem gratidão no peito é mais feliz…
  • Beth, seus comentários aqui tem feito um bem enorme para mim, sua delicadeza e sabedoria são sem palavras, obrigada, não podia deixar de agradecer publicamente, afinal, seu blog, sua história e seu exemplo foram dos maiores incentivos pra eu fazer esse aqui e ver que também sou capaz.
  • Gaby, você com todo esse entusiasmo e me puxando pra frente assim, é também um forte motivo pra eu não desistir e jogar a toalha. Thank you…
  • Eu e a Dona Felicidade

    Eu e a Dona Felicidade

    Cada vez me entendo menos. Entrei em curto-circuito!!!

    Vai ver é que eu tenho uma bela veia sadomasô e não me dava conta…

    Olha só, eu tava indo bem, fiquei felicí­ssima com o resultado dessa semana, fui viajar duplamente animada, porque tinha emagrecido e porque ia poder continuar no Aprendizado numa boa, já que a maravilhosa comida da minha sogra é super leve, ultra saudável (nunca vi um almoço feito por ela que não tenho no mí­nimo quatro qualidades de legumes e verduras diferentes). Mas alguma coisa me fez surtar, acho que eu tenho um problema muito sério com a tal da dona Felicidade. É triste, mas eu afundei na jaca esses dias, aparentemente sem razão nenhuma, estava tudo bem!!! Eu fiz cada uma que até Deus duvida. A calça que eu fui viajar na volta estava mais apertada. Eu não pesei, que hoje não é dia, sei que engordei. Fiquei arrasada, não tinha porque eu fazer tanta coisa pra me sabotar.

    Aí­ lembrei da minha terapeuta mandando eu ler um texto do Freud que chama “Os Arruinados pelo êxito”, e bingo! Lá vem a minha parte derrotista de novo… Vou explicar melhor: Não sei porque cargas d’água, eu tenho problema sério com aquilo que (nem que seja aparentemente) é fácil. Parece que eu tenho um complexo de mártir que vai acabar me estrepando se eu deixar! Pensando sobre o que aconteceu esses dias (eu cheguei ao cúmulo de comer dois sanduí­ches cheddar de uma vez. Não que isso seja assim tãããão terrí­vel, mas nem nas piores épocas eu fazia isso). Eu saí­ da casa da minha sogra e fui comer porcaria fora. Me afundei no chocolate, em sorvete, em todas as coisas que eu sabia iam arruinar o resultado conseguido. Não pratiquei o Qi nem uma vez. Isso tudo porque alguma parte muito obscura e fdp do meu inconsciente achou que como foi “fácil” perder esses quilos (o Qi certamente ajudou, eu não fiquei morta de fome e ainda cometi alguns deslizes) eu não merecia colher os louros dessa “vitória”.

    Hoje já chorei muito, fiquei mal mesmo. Mas Resistência é meu segundo nome, e quero ver quem (mesmo que seja eu mesma) vai me fazer desistir!!!

    Aí­ me lembrei porque nunca dava certo com os Vigilantes do Peso, (devo ter entrado umas oito vezes) porque lá se a gente seguir legal, não passa fome, não sofre tanto. Daí­ meu inconsciente acha que daquilo que não é sofrido, sacrificado, conseguido com o coração sangrando, eu não posso ser digna. Parece que eu tenho que sofrer e não basta ser pouquinho, tem que ser muuuuito. Olha que caldo isso não dá pra um psicanalista?

    Mas ainda bem que lembrei disso a tempo, sei que nem tudo está perdido, afinal eu também tenho meu lado herói. E posso ser alguém que vai fazer diferença. Não no mundo, não pros outros, mas fazer diferença pra mim mesma, pro meu filho, meus amores.

    Quero atravessar a jornada no vale das mil tentações saindo salva, linda, leve e magra, e quero ver se não boto tudo a perder como de tantas outras vezes.

    Cheguei a pouco, estou meio baqueada ainda, não consegui tomar a minha decisão cem por cento. Então depois passo pra visitar todo mundo com calma.

    P. S. E tem mais uma coisa, eu não ia dizer isso porque pode ficar parecendo propaganda, parecendo que eu estou ganhando algo com isso e não é verdade, mas aqui é meu cantinho, eu tive vontade e vou dizer sim. Eu fui a Sampa, entre outras coisas para me consultar com o médico que inventou o Qi Mental. Meu raciocí­nio foi o seguinte: se eu sem conhecer o método na sua inteireza, já vi benefí­cios óbvios dele, porque não ir falar com quem praticamente inventou a coisa? E basicamente é aquilo que está lá no link mesmo, que as revistas publicaram, só com algumas coisinhas a mais que ele passou, tipo mais personalizadas. A consulta é carésima, como já era de se esperar.

    Ele é um médico de uma linha mais holista, tenta entender a pessoa, não a doença, e a consulta dura muito tempo, você esclarece bem as dúvidas. E ele dá uma aula sobre a obesidade (do ponto de vista de sua linha de medicina, óbvio). Pra mim fez muito sentido, muito mesmo, mas eu sei que não vai fazer pra todo mundo que tá tentando emagrecer.

    Novo peso

    Novo Peso
    Nem acredito que no meio de tanta turbulência eu consegui perder quase um quilo! Achei até que a balança estivesse errada, pesei de novo, outra hora, depois em outro lugar, é incrí­vel! Com tantos deslizes que eu nem tive coragem de postar o cardápio aqui. Mas na verdade não tem nem comparação com o tempo em que eu deixava correr solto. Pelo menos eu controlo as porções e não me afundo mais em chocolate. É por isso que mesmo não estando ainda nos trilhos direitinho eu não vou desistir, tá tudo sinalizando que é pra eu continuar.

    Ainda não tomei minha decisão e estou aflita por isso, mas não estressada. Não vou me desgastar além do necessário, não nas minhas férias.

    Hoje vou pra Sampa e volto domingo. É bom que pelo menos vou viajar feliz da vida.

    Quando voltar respondo aos comentários de novo, ok? Gaby, gostei muito das dicas do seu último post. Ana San, obrigada pela resposta sobre sua dieta. Ester, te mandei o email com o programa ok? Val, demais o post sobre a auto estima, é isso mesmo que a gente tá precisando de ler.
    E a todas as outras um abração, continuem firmes que o caminho é mesmo assim cheio de tropeços.
    Mas nós continuaremos aqui, prontas para outra, certo? Quero ver quem é que vai nos fazer desistir. Alí­as, tem uma música linda do Chico Buarque e do Tom Jobim, cantada pela Mônica Salmaso, chamada “A Violeira” que pode servir de inspiração pra quem tá meio desanimado. Essa música fala da força, da luta e da jornada de uma mulher nordestina. Quem quiser escutar, vale a pena.
    Beijão e fiquem bem.

    Tempo de perdoar

    Tempo de perdoar
    Nesses tempos de decisão, de recomeços, daquele sentimento que sempre atravessa a gente no fim de ano, eu, ainda mais reflexiva que o normal (devido í s decisões que tenho que tomar) andei refletindo sobre a culpa que pesa muitas vezes naturalmente sobre as mulheres. Culpa de muita coisa, culpa de não ser mais magra, culpa de comer o que não devia, culpa de trabalhar fora e ter que se ausentar da companhia dos filhos, culpa de trabalhar demais, trabalhar de menos, enfim o cardápio da culpa é extenso e podem ter certeza que engorda. E muito.

    Decisão.

    Decisão
    Quando eu disse ai aí­ pra baixo que a nossa luta pelo emagrecimento poderia ser equiparada í  jornada do herói, juro que não estava esperando ter que tomar em alguns dias uma decisão que provavelmente vai alterar TODO o rumo da minha vida.

    E conseqí¼entemente da vida do meu filho e marido.

    Só mesmo respirando fundo e tendo muita força para seguir em frente com o Aprendizado. E tentando lembrar que qualquer jornada heróica é assim mesmo, cheia de percalços, dragões e sereias cantando. Tentando não perder o foco, como diz a Beth. Forçando minha cabecinha a pensar que o pote de ouro está lá ao fim do arco-í­ris aguardando reluzente.

    Segue-se então que eu (de novo) não controlei o que comi hoje nem ontem, mas apenas em qualidade, não em quantidade, essa está bem controlada.

    Ontem também, eu que sou metida a fotógrafa amadora, inventei de fazer uma sessão de fotos com algumas crianças de seis anos. Imaginem vocês controlar sete crianças de seis anos de idade durante cinco horas! Acho que queimei umas boas calorias, além de ficar com as mãos e cabeça devidamente ocupadas, com uma coisa que me alegra e me distrai.

    Acabo achando que a arte e o lúdico também são remédios bem eficazes contra a obesidade.

    Quarta- feira tenho que ir a SAMPA. Vou ficar até domingo. Nossa eu amo São Paulo. E a minha sorte é que a comida da minha sogra além de ser divinamente deliciosa, é super light, comida japonesa, mas bem do jeito dela, sem fritura, sem gordura, muito peixe, muita verdura, legume, muita fruta. Vai ser ótimo.

    A sua fome

    A sua fome

    Eu tenho fome de pão, de afeto e de bondade.
    Tenho fome de beleza, de arte e de sorrir.
    Tenho fome de correr, de damasco e de caju.
    Tenho fome de voar, fome de subir e fome de morango.

    Também tenho fome do porvir, fome de escutar e fome de crescer.
    Eu quero doçura, caloria e poesia.
    Eu quero arroz, quero feijão e quero um pouco de solidão.

    Mas eu quero um tantão de amor, de calor e de sorvete.
    Eu quero água, nutrientes, quero paixão.
    Eu tenho a fome do espí­rito, tenho dentes afiados.

    Eu quero ser, quero viver, mas quero doer.
    Eu quero meu corpo em dia, mas quero minha alma inteira.
    Eu tenho a fome dos justos, dos desvalidos, não sou só pão.

    Minha fome é antiga, minha lí­ngua quer sentir
    todo sabor toda cor, toda comida
    que engrandeça a alma, que emagreça o corpo,
    Mas que alimente o espí­rito.

    Também tenho fome de beijo de abraço e de livro bom.
    Faz falta em mim sua música, perfume e ilusão.

    Eu sou faminta de selva, de cinema e de licor.
    Tenho suor feito de óleo e lágrimas de folhas de louro.

    E sem dourar a receita, você tem fome de quê?

    ***

    (Evel)

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    Hoje:
    Jejum total até as 12:00, por conta de exames e de um mal entendido do laboratório. Ninguém merece.Beleza.
    Almoço:
    Arroz, duas porções, meia porção de feijão, pimentão, tomate, um bife de lombo bem fino e sem gordura.
    Lanche: Uma banana
    Café da tarde: 1 xí­cara pequena de café com açúcar (sem açucar ainda não tomo).
    dois pães sem miolo e meia colher de requeijão light.Uma laranja.
    Ainda tem ponto pra consumir, porque fiquei o dia todo fora de casa. Andei feito uma maluca, mas pelo menos não fiquei parada.
    ígua: já tomei seis copos.
    Devagar vou melhorando a cota de frutas e verduras.