Caindo e levantando

Caindo e caindo e tentando levantar
Reproduzindo o post do meu blog dos cem dias, porque é assim que eu estou me sentindo…

Cansada e precisando urgente corresponder (nem que seja só um pouquinho) í s minhas próprias expectativas…Pelo menos não estou engordando, mas queria emagrecer uns dois quilos pra renovar o pique. Acho que o metabolismo está se ajustando agora ao fim do cigarro e por isso eu não emagreço. Não tenho comido chocolate, estou na quaresma de chocolate, então deveria estar emagrecendo nem que fosse pouco, mas estacionei, por isso parei de postar cardápio.
Estava anotando mesmo sem postar, anotei até a metade do dia 8, (com os sentimentos e tudo, no molde daquela tabela, com TODAS AS JACAS) e parei quando vi os ponteiros não saí­rem do lugar, desanimei. Vejam a foto.
Fiquei mal comigo mesma, ia desistir, como sempre passa pela minha cabeça. Não estava fazendo nem o qi mental, logo eu a maior propagandista do negócio e um troço que leva seis minutos em 24 horas!!! Afinal, eu tenho blog desde 31/10/05 e não emagreci um único quilo. (Emagreci sim neste tempo, mas estou de novo com o peso do começo…) Olha só..
(Coloquei a bruxinha que a Ana San me deu pra dar sorte) Mas aí­ vieram um monte de coisas na minha cabeça, e alguns pensamentos importantes, como desistir é desistir de mim. E outra, quem para de fumar e não engorda, heim? Eu não engordei e devia estar dando graças a Deus só por isso. E é claro que estou grata, de uma outra vez eu parei e em um mês eu engordei cinco quilos. É isso mesmo, cinco quilos, um saco de arroz, em bem menos tempo. E adivinhem???? Foi por isso que eu voltei a fumar!!! É triste mas é verdade.
E agora, nem um quilo, nenhum mesmo, e sem fazer dieta ou reeducação (no sentido estrito do termo). Mas entre o cigarro e o peso, eu prefiro engordar. Claro que vou tentar não ficar totalmente descontrolada, mas fumar de novo nem passa pela minha cabeça. E o mais engraçado é que eu achei que nunca conseguiria ficar sem cigarro, que eu seria daquelas pessoas que iriam morrer fumando e por causa de fumar…
Então de qualquer modo estou no lucro. Dizem que para se consolidar um hábito novo são necessários uns dois meses. Então eu caindo e levantando vou recomeçar. Sem grandes expectativas, só mesmo com a vontade grande de não engordar. E daqui a pouco quem sabe emagrecer. Pois eu já vi que o que eu queria pro meu aniversário não vai dar, então se eu emagrecer um quilo só, vou estar feliz.
Então isso significa que vou voltar a anotar o que como, sentimentos e tudo. E vou olhar e escrever mais no meu diário de magra, deixei ele abandonado, e ele estava me ajudando tanto…Assim eu só perco se for no último round. É isso.

Império da Vaidade

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Da série “Para pensar um pouquinho…”

O Império da Vaidade


Em tempos de ditadura da beleza, corpo é massacrado pela indústria e pelo comércio, que vivem da nossa insegurança, impotência e angústia

PAULO MOREIRA LEITE

Você sabe por que a televisão, a publicidade, o cinema e os jornais defendem os músculos torneados, as vitaminas milagrosas, as modelos longilí­neas e as academias de ginástica? Porque tudo isso dá dinheiro. Sabe porque ninguém fala do afeto e do respeito entre duas pessoas comuns, mesmo meio gordas, um pouco feias, que fazem piquenique na praia? Porque isso não dá dinheiro para os negociantes, mas dá prazer para os participantes.

O prazer é fí­sico, independentemente do fí­sico que se tenha: namorar, tomar milk-shake, sentir o sol na pele, carregar o filho no colo. Andar descalço, ficar em casa sem fazer nada. Os melhores prazeres são de graça — a conversa com o amigo, o cheiro do jasmim, a rua vazia de madrugada —, e a humanidade sempre gostou de conviver com eles. Comer uma feijoada com amigos, tomar caipirinha no sábado também é uma grande pedida. Ter um momento de prazer é compensar muitos momentos de desprazer.

Relaxar, descansar, despreocupar-se. desligar-se da competição, da áspera luta pela vida — isso é prazer.

Mas vivemos num mundo onde relaxar e desligar-se se tornou um problema. O prazer gratuito, espontâneo, está cada vez mais difí­cil. O que importa, o que vale, é o prazer que se compra e se exibe, o que não deixa deser um aspecto da competição. Estamos submetidos a uma cultura atroz, que quer fazer-nos infelizes, ansiosos, neuróticos. As filhas precisam ser Xuxas, as namoradas precisam ser modelo que desfilam em Paris, os homens não podem assumir sua idade.

Não vivemos a ditadura do corpo, mas seu contrário: um massacre da indústria e do comércio. Querem que sintamos culpa quando nossa silhueta fica um pouco mais gorda, não porque querem que sejamos mais saudáveis — mas porque, se não ficarmos angustiados, não faremos mais regimes, não compraremos mais produtos dietéticos, nem produtos de beleza, nem roupas e mais roupas. Precisam da nossa impotência, da nossa insegurança, da nossa angústia.

O único valor coerente que essa cultura apresenta é o narcisismo. Vivemos voltados para dentro, í  procura de mundos interiores (ou mesmo vidas anteriores). O esoterismo não acaba nunca — só muda de papa a cada Bienal do Livro —, assim como os cursos de autoconhecimento, auto-realização e, especialmente, autopromoção. O narcisismo explica nossa ânsia pela fama e pela posição social. É hipocrisia dizer que entramos numa academia de ginástica porque estamos preocupados com a saúde. Se fosse assim, já terí­amos arrumado uma solução para questões mais graves, como a poluição que arrebenta os pulmões, o barulho das grandes cidades, a falta de saneamento.

Estamos preocupados em marcar a diferença, em afirmar uma hierarquia social, em ser distintos da massa. O cidadão que passa o dia í  frente do espelho, medindo o bí­ceps e comparando o tórax com o do vizinho do lado, é uma pessoa movida por uma necessidade desesperada — precisa ser admirado para gostar de si prórpio. A A mulher que fez da luta contra os cabelos brancos e as rugas seu maior projeto de vida tornou-se a ví­tima preferencial de um massacre perpetrado pela indústria de cosméticos. Como foi demonstrado pela feminista americana Naomi Wolf, o segredo da indústria da boa forma é que as pessoas nunca ficam em boa forma: os métodos de rejuvenescimento não impedem o envelhecimento, 90% das pessoas que fazem regime voltam a engordar, e assim por diante. O que se vende não é um sonho, mas um fracasso, uma angústia, uma derrota.

Estamos atrás de uma beleza frenética, de um padrão externo, fabricado, que não é neutro nem inocente. Ao longo dos séculos, a beleza sempre esteve associada ao ócio. As mulheres do Renascimento tinham aquelas formas porque isso mostrava que elas não trabalhavam. As belas personagens femininas do romantismo brasileiro sempre tinham a pele branca, — alabastrina — qualquer tom mais moreno, como se sabe, já significava escravidão e trabalho. Beleza é luta de classes. Estamos na fase da beleza ostentatória que faz questão de mostrar o dinheiro, o tempo livre para passar as tardes em academias e mostra afinal, quem somos: bonitos, ricos e dignos de ser admirados.


“Criou-se uma tirania que não suporta quando um cidadão tenta ser feliz como gosta e como pode, mesmo que seja comendo uma pizza”.

Esse artigo foi publicado na Veja em 23 de agosto de 1995

Calendário hormonal

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Ciclo Hormonal

Como eu tenho visto muita gente reclamar sobre TPM e sei que muitas mulheres passam por esse tormento, hoje lendo o post da Déia lembrei deste texto que eu tinha e resolvi colocar aqui para compartilhar.


Entenda seu calendário hormonal

Ao menos já se sabe por que “mulher é um bicho esquisito”. Enquanto os homens passam a maior parte da vida produzindo testosterona regularmente, a mulher tem variações na produção de estrogênio e progesterona. Essa oscilação hormonal divide o ciclo menstrual em fases bem definidas marcadas por instabilidade emocional e fí­sica, o que reflete diretamente no seu comportamento e disposição. O quadro só piora se o desequilí­brio entre os dois principais hormônios femininos é muito acentuado, causando um rebuliço tão grande que caracteriza a TPM (tensão pré-menstrual). Estudos mostram que cerca de 80% das mulheres apresentam algum tipo de alteração no perí­odo pré-menstrual, e 52% delas têm mudanças drásticas no humor e no comportamento.

Nos últimos anos, alguns tratamentos têm amenizado os sintomas com o uso de antidepressivos, hormônios como a progesterona e o estradiol, além de vitaminas, minerais e aminoácidos. Os médicos, no entanto, dizem que mudanças nos hábitos alimentares, alí­vio nas tensões do dia-a-dia e inclusão de atividades fí­sicas podem resolver a maioria dos casos. O calendário menstrual abaixo mostra as principais mudanças que acontecem durante o ciclo e dá dicas para lidar com cada fase. Compare com o que você sente e entenda melhor por que há dias em que você está cheia de energia e outros em que é difí­cil até levantar da cama.

1º ao 3º dia: Menstrual

Fí­sicos
• Alí­vio do “peso” nas pernas
• O corpo desincha
• Pele opaca
• Cabelo rebelde

Psí­quicos
• Sonolenta
• Muito sensí­vel

Emocionais
• Atenciosa
• Introspectiva
• Reservada
• Intimista

Comportamento
• Normal
• Preguiçosa para atividades fí­sicas

Apetite
• Normal

Dica: Prefira alimentos com vitamina K, que diminui o fluxo menstrual (fí­gado, farelo de farinha, óleo de soja, vegetais verdes). A vitamina A ajuda na recuperação do endométrio (fí­gado, margarina fortificada, damasco, melão e pêssego) e a vitamina C melhora a absorção de ferro (acerola, abacaxi, limão, laranja e kiwi). Tome bastante água para combater a retenção de lí­quidos.

4º ao 10º dia: Pós-menstrual

Fí­sicos
• Pele saudável
• Cabelo macio
• Peso normal
• Sono tranquilo

Psí­quicos
• Boa memória
• Espí­rito empreendedor

Emocionais
• Calma
• Lúcida
• Afetuosa

Comportamento
• Normal
• Desejo sexual ativo
• Extrovertida

Apetite
• Baixo

Dica: Aproveite, é a melhor fase do Dê preferência a alimentos em soja para aumentar os de estrogênio.

11º ao 17º dia: Fértil

Fí­sicos
• Pele viçosa
• Cabelo sedoso
• Lubrificação vaginal intensa

Psí­quicos
• Hiperativa
• Competitiva
• Dominadora
• Decidida

Emocionais
• Sedutora

Comportamento
• Desejo sexual no ápice

Apetite
• Pouco

Dica: Inclua vitamina E, encontrada em peixes (salmão e atum), folhas verdes, germe de trigo e óleos vegetais (canola e milho). Evite gordura animal que destrói a vitamina E. Aumente o ní­vel de ferro com legumes escuros (brócolis e espinafre) e carne vermelha magra.

18º ao 25º dia: Pré-menstrual com TPM

Fí­sicos
• Dor muscular e de cabeça
• Tonturas
• Palpitação
• Retenção de lí­quido
• Ganho de peso
• Seios doloridos
• Ondas de calor
• Fadiga
• Náuseas e vômitos
• Cólicas
• Acne

Psí­quicos
• Ansiosa
• Esquecida
• Insone
• Ataques de pânico
• Falta de concentração

Emocionais
• Depressiva
• Irritada
• Choro fácil

Comportamento
• Queda de motivação

Apetite
• Fome exagerada

Dica: Aumente em 10% a ingestão de carboidratos, que melhoram a sensação de bem-estar, e coma produtos integrais, que auxiliam na prisão de ventre, além de serem ricos em magnésio e vitamina B6. Evite alimentos embutidos que aumentam a retenção de lí­quido por causa do sal. Corte cafeí­na (Coca-Cola, café, chá preto, chá mate etc.), que aumenta a ansiedade. Tome muita água. Faça exercí­cios.

18º ao 25º dia: Pré-menstrual normal

Fí­sicos
• Seios doloridos
• Aumento de peso
• Abdome distendido
• Sensação de peso no baixo ventre
• Pele opaca
• Cabelo rebelde

Psí­quicos
• Esquecida e distraí­da
• Sonolenta
• Muito sensí­vel

Emocionais
• Agitada
• Insônia

Comportamento
• Baixa produtividade
• Baixa criatividade
• Impaciente
• Carente de afeto
• Desejo sexual em baixa

Apetite
• Grande

Dica: Limite a quantidade de sal por causa da retenção de lí­quido. Abuse de alimentos í  base de magnésio, que previnem a retenção, diminuem a compulsão por doces (castanhas, legumes e vegetais verdes). Inclua vitamina B6, que tira a dor da mama e funciona como antioxidante (farelo e germe de cereais, gema de ovo, farinha de aveia e legumes). Cereais integrais, banana e chocolate são ricos em um tipo de aminoácido que aumenta a sí­ntese de serotonina, um neurotransmissor que regula o sono e o humor.

Fonte: Eliezer Berenstein, ginecologista e autor de “A Inteligência Hormonal da Mulher” (ed. Objetiva) e Alessandra Rascovski, endocrinologista e especilialista em TPM.

A Ira Feminina

A Ira Feminina

Sandra Moreira Ebisawa

Sinto-me dentro de um caldeirão, sendo cozinhada através dos tempos, com ingredientes do pecado original – a culpa da decadência humana é minha, a força poderosa que amedronta, a que destrói ou fortalece, sou eu. A responsabilidade de resignificar essa história, descobrindo sua essência bem dentro de mim, é minha também.

Sou Mulher. Perceber a “crueldade feminina” diante do sofrimento imposto í  mulher através da história de nossa gênese enquanto seres humanos, é tarefa hercúlea. Requer ponderação, enquanto busco dentro de mim, os primórdios do meu próprio sofrimento, para entender e dar í  luz a verdadeira redenção feminina, que eu tanto necessito para simplesmente ser. Acredito ser esse o grande sofrimento da alma feminina.

Tantas mulheres morreram pela culpa, pelo veredicto que se impôs a elas pela história. Mártires e sacrificadas somos nós até hoje…A história sempre contradisse o verdadeiro anseio feminino. O anseio de libertação. Para mim este tem sido um exercí­cio de auto conhecimento, de redenção, um verdadeiro purgatório. Sentar-me aqui e escrever sobre a crueldade, não é confortável. Mas me parece fundamental que esse estado seja trazido í  minha consciência, a fim de que eu possa utilizá-lo. É como uma cozinheira que não poderá alquimizar os alimentos sem saber como lidar com o fogo.

O que sinto agora é como um parto. Algo dentro de mim está se desenvolvendo, um tipo de consciência que antes não estava aqui. Esse incômodo permanente que até agora não tinha um nome, já está em mim há muito tempo. Tantos erros já foram cometidos por causa disso, ciclos internos atropelados, gritos estridentes e mudos ecoam ainda dentro de mim. Meus homens e meus filhos já sofreram muito com esse desvario. E ainda assim, sou eu a responsável. Preciso parir, dar í  luz, emergir e libertar a Lilith amaldiçoada de dentro de minhas células.

A primeira crueldade que a culpa gera é a submissão de minha força natural í s leis de dominação da terra, de aperfeiçoamento da natureza (como se isso fosse possí­vel). Fui eu quem neguei í  Adão a doce ilusão de sua supremacia, fui eu quem nos igualou e fui banida, me transformando num demônio. Fui a culpada pela expulsão do paraí­so.
Como posso ser í­ntegra e feliz com toda essa carga sobre meus ombros? Ainda não descobri, mas vou. Esse banimento em mim me remete a Lilith, ela está aqui entre nós, dentro de nós e precisa ser rendida. Precisamos dessa redenção. Estamos banidas de nossa Terra, de nosso lugar no mundo. Fomos condenadas e até hoje, mesmo com todas as conquistas, continuamos excluí­das, amaldiçoadas.

í€s vezes me dá a impressão de que toda essa “conquista feminina” foi orquestrada pelas forças “poderosas” que determinaram o próprio banimento da mulher. Posso até estar sofrendo de paranóia, o que seria mais do que compreensí­vel, mas o que percebo no processo de emancipação da mulher, é uma aliança entre a mulher e o homem para fortalecer o império contra a alma feminina.

Que me perdoem os entendidos, mas creio que posso devanear, já que todas as informações oficiais são duvidosas. Me causa estranheza que o feminismo tenha surgido ao mesmo tempo em que a industria farmacêutica lança seu mais poderoso produto no mercado: a pí­lula anticoncepcional. As mulheres passaram a contar com o apoio da ciência para não conceber. Não precisam mais estar atentas aos seus ciclos naturais se quiserem evitar filhos, seus homens estão eternamente desobrigados da responsabilidade com a fertilização, já que passaram a prescindir até dos preservativos, não precisam mais conhecer os perí­odos férteis da mulher.

Um verdadeiro incentivo a negligencia masculina ao que é essencialmente feminino, e isso com o apoio do movimento de libertação da Mulher. Que desatino! Esse foi o maior crime contra a alma feminina. Quantas conseqí¼ências desastrosas não surgiram dessa “conquista”? Ao utilizar a pí­lula e levantar a bandeira da liberdade sexual, gerações inteiras de mulheres passaram a enviar mensagens a seus cérebros de que não havia necessidade de produzirem determinado hormônio, para 40/50 anos depois, na menopausa, precisaram repor os mesmos hormônios artificialmente. Quanto lucro para essas indústrias! Um planejamento digno de admiração, não fosse essa a principal arma contra a mulher, representante mais significativa da alma feminina na humanidade. Nesse momento da história, nós agimos exatamente como Lilith, nos privando da força natural feminina e utilizando essa mesma força contra nós mesmas.

Hoje nos vemos distanciadas de nossos ciclos naturais, nos perdemos quando as sensações da energia feminina emergem em nosso corpo. Nos perturbamos com a menstruação, com a menopausa, com nossa capacidade de sentir orgasmos. Não sabemos mais parir ou amamentar sem o apoio da ciência, que passou a ser um selo de qualidade em tudo que nós fazemos e sentimos. Ciência í  serviço da industria, que está a serviço do capitalismo, que está a serviço da conquista da terra, do território, da alma feminina.
A ira feminina voltou-se contra nossos próprios corpos, desejávamos o sentimento de pertencer e para isso nos aliamos ao patriarcado, reproduzindo seu modelo…seu modus vivendi.

Em nossos corações sabemos que a ira feminina está presente em nossos atos e pensamentos. Sempre que nos sentimos culpadas por não conseguir estar com nossos filhos, por não conseguir entregar um trabalho no prazo ou mesmo por não corresponder aos desejos “sexuais localizados” de nosso parceiro, estamos experimentando a ira feminina atuando em nós. Ela se manifesta através de nossas frustrações pessoais, profissionais e sociais.

Ela se manifesta nos cânceres de mamas, de ovários, de útero. A ira feminina se expressa também através dos maremotos, terremotos e dilúvios, numa tentativa desesperada de salvar a Terra. Tantas são suas manifestações e tão grande o seu poder. Procurando uma explicação que me satisfizesse para o fato da mulher atual estar enfartando tanto quanto os homens, encontrei o seguinte ao pesquisar a palavra enfarte:Infarto: área de necrose conseqí¼ente í  baixa de teor de oxigênio; enfarte. Enfarte: ato ou efeito de enfartar, fartação; empanzinamento. Isso me sugeriu a asfixia que a alma feminina experimenta atualmente. Com seu corpo pedindo socorro! Precisando ardentemente ser regida por sua própria natureza! Uma analogia í  Mãe Terra e suas terrí­veis manifestações em resposta í  negligência de seus ciclos, suas necessidades.

Um dia desses uma criança me perguntou como o homem pode ser sido a primeira criatura se não existia a mãe dele. Como ele poderia ter nascido? Foi aí­ que, tentando lhe responder, me lembrei de uma conversa que tive com uma amiga, chegamos í  conclusão que o homem foi feito do pó, ou seja, do barro, da terra, sí­mbolo do feminino, onde Deus (céu, masculino) soprou e criou a existência humana. Do alto de seus 9 anos, ela fez uma carinha iluminada e disse: Agora sim, eu entendi mais ou menos. Pois acho que eu também estou começando a entender mais ou menos.

Mas de uma coisa eu já começo a entender com mais clareza: é vital que nossa essência seja resgatada e que a partilha entre as mulheres seja estimulada, se quisermos ter uma representação autêntica da Alma feminina em nosso mundo. Só assim nossos filhos não serão mais “roubados” pela sociedade para se tornarem os prisioneiros, guardiões do portal invisí­vel que nos separa de nós mesmas e nos mantém banidas.

Dia da Mulher

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Dia Internacional da Mulher

Porque amanhã é o Dia Internacional da Mulher e esse poema apesar de muito batido pela internet afora é a coisa mais linda e diz tão bem sobre o ser mulher…

Com licença poética

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

Adélia Prado

Encontro

Só passando para dizer que essas meninas são maravilhosas e que foi uma experiência incrí­vel ter conhecido as três. No sábado nós rimos tanto, mas tanto que eu até emagreci! :o) Não lembrava mais do tempo em tinha rido daquela forma…Tá vendo como ser feliz queima calorias? Nós nos encontramos três vezes e todas três foram maravilhosas.

A Ana me trouxe dois presentes que foram tão acertados… Parecia até que ela já me conhecia. Vejam que doce…

Agora algumas fotos dos encontros…Estou esperando as meninas me mandarem mais :o))
 


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Depois vou atualizar tudo, peso, cardápio lá no outro blog, etc., mas agora ainda estou meio na correria e com crise de preguicite. Sem contar que a foi a semana da jacaria total… Não fosse o bom senso da Marina, que nos levou a um lugar com comidas light maravilhosas, teria sido bem pior.
Mas é pra frente que se anda. E eu tenho fé que mais cedo ou mais tarde eu consigo mudar.
Então aí­ vai uma frase do lindo livro que a Ana me trouxe, que muita gente deve conhecer mas que não é demais lembrar:
Se você continuar fazendo o que sempre fez, continuará obtendo o que sempre conseguiu. Para conseguir algo diferente, faça algo diferente.”

Joseph O’Connor
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Resolvi começar a postar com meu nome verdadeiro. Um comentário da J.J. Dani me alertou para alguma coisa que eu não tinha pensado. Evel (Leve), parece muito com evil…E eu não acho que essa palavra tenha uma energia muito legal rsrs! Então prefiro meu nome verdadeiro, que eu adoro. E já que mostrei o rosto, porque não o nome, não é?

Oração

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Oração

Recebi desta lista de discussão, não sei o autor, mas achei engraçado e oportuna para fechar o carnaval e começar um novo mês, novinho em folha, com mais oportunidades para todos nós.

Oração da Mulher

Senhor, me ajude a nunca desistir de ser mulher.
Coloque um espelho no meio do meu caminho entre a lavanderia, o supermercado, o sapateiro, o colégio e a locadora.
E que, ao me olhar, eu goste do que veja.

Não deixe que eu passe uma semana sem usar um batom bem vermelho, uma
bota bem alta ou um jeans bem justo.

Proteja meus cachos do vento e os brincos e anéis dos olhares invejosos.
Nunca deixe faltar na minha vida comédias românticas e boas depiladoras.

Se eu estiver com vontade de chorar, faça com que eu chore um dilúvio.
E que tenha saí­do de casa sem pintar o olho.

Para cada dia de TPM, me dê uma vitrine com sapatos lindos.
Já que eu nunca pedi milagres, faça que minhas celulites sejam ao menos discretinhas.

Dê-me saúde, tempo livre, silêncio.
E que nunca falte absorvente na minha bolsa.

Nos engarrafamentos, faça com que eu ligue o rádio e esteja tocando
minha música preferida.

Dê forças para eu insistir que meus filhos comam salada, digam “por favor” e “obrigado”, limpem a boca no guardanapo, façam as pazes e puxem a descarga.
Cegue meus olhos para as sujeiras nos cantos e os brinquedos no meio
da sala (eles vão estar sempre lá, isso eu já vi).

Ajude para que eu chegue do trabalho e ainda consiga brincar, ver
desenho, contar história ou fazer cócegas!
E se eu não tiver a menor condição de me manter em pé, faça com que
meu filho chegue dormindo da escola.

Em dias difí­ceis, me dê persistência para seguir na dieta.
Dê também firmeza para os seios…

Proteja minhas poucas horas de sono e não me julgue mal caso eu não
acorde no meio da noite para cobrir meus filhos.
Não deixe que a minha testa fique tão franzida a ponto de parecer uma
saia plissada, e eu, uma louca estressada.

Faça com que o sol seja meu personal trainer, meu complexo de
vitaminas, meu carregador de bateria, mas quando eu pedir um diazinha
de chuva, não pergunte por quê.

Para cada batata quente no trabalho, me dê um café recém-passado.
Entenda que, quando eu rezo para cancelarem uma reunião não é gastar
reza í  toa, pode ter certeza.

No meio de tudo isso, faça com que eu ache tempo para virar namorada
de novo, ir no cinema, jantar fora, beijar na boca, dormir abraçadinha.

Ilumine o espelho do banheiro e proteja minhas pinças, meus cremes e segredos.

Ajude a não faltar gasolina e não furar o pneu e, por favor, afaste
os motoqueiros do meu retrovisor.

Senhor, por pior que seja o meu dia, faça com que ele termine, e não
eu.

Amém.

Pessoa, sempre

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Pessoa, sempre…

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, í  margem de nós mesmos”.

(Fernando Pessoa)