iluminuras
Eu tenho muito poucas certezas nesta vidinha de meu Deus. Mas uma delas é que eu já fui um monge copista em algum lugar em alguma dimensão. Eu olho uma iluminura e quase posso me lembrar do cheiro, do clima, do trabalho que deu. Podem rir, mas é isso que o cinema e a literatura fazem podem fazer com a cabeça de uma pessoa. Talvez se não fosse o Nome da Rosa eu jamais me recordasse disso. Então não é fantástico? Até porque eu nunca vi (nessa dimensão, nesse tempo, nessa vida) nenhuma iluminura ao vivo, só pela internet .
Me lembrei disso de novo, dos meus velhos tempos da Idade Média porque vi no blog do Marcelo Coelho um link pra uns sites de iluminuras, que é uma coisa linda.
que filme é você?

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Você é “Imensidão Azul” de Luc Besson. Você é sonhador, único.
Muito sublime e encantador(a).
Faça você também Que bom filme é você?
sexta feira 13
Conhecimento esotérico e picaretice
Estamos na era que as bibliotecas morreram, foram para o limbo e reencarnaram como a wikipedia. De jornalista a estudante vagabundo, todos crêem que o “verdadeiro” conhecimento pode ser acessado e compreendido em 2 segundos. O Santo Graal do conhecimento Miojo Lamen.
Então. Vão lá e leiam o post todo que vale a pena. Mesmo quem não curte astrologia ou esoterismo (o blog é de astrologia), pode ler que tá muito legal. Eu assino embaixo.
domingo
insone
Uma das coisas que mais me dão prazer na vida é aprender. Saber algo novo, saber, aprender, saber. E em tempos de prazeres escassos e muito trabalho e obrigações sem fim, nem desse prazer consigo desfrutar porque vivo com sono. Sou um zumbi ambulante a maior parte do tempo.Tenho insônia das brabas e quando consigo a proeza, o feito incrível de adormecer, oitocentos e vinte e cinco fatores se apressam em me acordam. E quem vive com sono e já tem uma natural dificuldade de escolher custa muito a aprender o que seja. Tem tanta coisa pra eu saber e é tão bobo descobrir que não posso porque vivo com sono…
Falando em insônia, eu assisti Clube da Luta esse final de semana final de semana passado (e mais Hora de Voltar e Agora ou Nunca). E caraca, que filmaço. Queria saber porque cargas d’água demorei tanto pra ver. E queria saber escrever bem pra falar dele, eu nunca imaginei que ia gostar tanto. Acho que teve muito a ver com a questão da insônia, que me acompanha implacável há 4 anos. Como tem uma hora que diz no filme, quem sofre de insônia nunca está realmente dormindo nem acordado, algo assim, eu acho. E é isso mesmo. Zumbi, é o que sou numa grande parte do tempo. Mas o filme não é sobre insônia, mas insônia tem a ver. Enfim, queria saber falar dele pra dizer porque gostei tanto, tanto. Pode ser até que a semana que vem eu não goste mais, pode ser, isso acontece muito comigo. Mas agora, ainda mais com essa insônia horrorosa e com o dia que me espera amanhã eu estou entusiasmada com ele
desejo
(…)Desiderium, sidera, designiu. Estranhos entrelaçamentos estes nos quais a linguagem nos enleia, pois na origem do nome desejo, desiderium, sussurra ao fundo a palavra sidera : as estrelas, as constelações siderais.
Sidera pertencia ao vocábulo dos adivinhos e sacerdotes. Consultava-se então os céus como um oráculo em busca de revelações. No desenho das estrelas, nosso destino encontrava seus desígnios. Eis outra vez o conluio das palavras: desígnio e desenho bebem na mesma fonte etimológica.
De sidera, provêm considerar e desejar. Considerare era observar os astros para encontrar significado, no futuro, ao que acontecia no agora. Desiderare (desejar), ao contrário, era renunciar í s estrelas ou ser desprezado por elas. Ao mesmo tempo ficar ao desamparo de sua providência mágica e arremessar-se no interior do insondável, na exterioridade de si em busca de uma completude.
Por isso o desejo, já em seu étimo, é uma lacuna. O desejo é sempre uma falta, faz parte de seu desígnio não ser satisfeito. Não apenas porque o objeto ao qual o desejo se endereça é uma alteridade que sempre exclui aquele que deseja. Mas porque quem deseja, deseja que o outro o deseje. Desejar o desejo do outro é sua definição atualizada: expulso de mim, procuro a totalidade do Outro. (…)
Maria Tereza Lopes Dantas.
tpm
Ao telefone com uma amiga
fazendo o trivial
Hoje você gostaria de usar sua mente para o lazer, lendo, visitando exposições de arte e concertos ou batendo papo com amigos. Embora tais atividades sejam aparentemente triviais, elas são uma parte importante de sua vida, pois lhe dão a oportunidade de descansar entre um interesse mais sério e outro. Não hesite em tirar uma folga se puder e simplesmente relaxe e aproveite. Este trânsito também é importante em outro sentido, pois a põe em contato com seus sentimentos, principalmente os de amor e amizade. É importante ver que eles estão presentes em sua vida. Em outras palavras, mesmo que os dias como o de hoje não pareçam muito significativos, eles são importantes porque nos fazem suportar momentos mais difíceis.
Trânsitos selecionados para hoje:
Mercúrio Sextil Vênus , exato í s 02:44
Período ativo de 29 Março 2007 ao 31 Março 2007.
Pois é.
Eu quero minha mãe…
Ano 1000, ano 2000
Ano 1000 Ano 2000
Na pista de nossos medos
Autor: DUBY, GEORGES
Tradutor: SILVA, EUGENIO MICHEL DA
Editora: UNESP
Assunto: HISTORIA GERAL
ISBN : 8571391807
ISBN-13: 9788571391802
Livro em português
Brochura
1ª Edição – 1997 – 144 pág.
Medo da miséria, medo do outro, das epidemias, da violência e do além. É a partir dos nossos medos contemporâneos que Georges Duby se debruça sobre os da Idade Média. E não apenas as semelhanças, como também as diferenças que são ricas em ensinamentos. Assim, a solidão que acompanha a miséria de hoje era desconhecida dos nossos ancestrais do ano mil.
Veja a chocante permanência, entre o ano 1.000 e 2.000, dos nossos medos: medo da miséria, medo do Outro, medo das epidemias, medo da violência e medo do Além. Veja o trabalho de um gênio – Georges Duby.
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Que livro interessante, mostra como ainda temos medos similares aos da medievalidade. Adorei.
***Livro todo lido. Concluído em 01/04/07