Complexo de Cinderela

COMPLEXO DE CINDERELA
Coleção: COMPORTAMENTO
Autor: DOWLING, COLETTE
Editora: MELHORAMENTOS
Assunto: PSICOLOGIA
Ficha Técnica
ISBN: 8506037395
ISBN-13: 9788506037393
Livro em português
Brochura
53ª Edição – 2002
222 pág.

A exemplo de muitas mulheres, Colette Dowling foi levada a acreditar que sempre haveria alguém mais forte para protegê-la. Mas, com o fim de seu casamento, ela se deparou com uma nova realidade – agora precisava assumir suas responsabilidades sozinhas e cuidar de si mesma. Esse integrante estudo da psicologia feminina causa, ainda hoje, impacto entre as leitoras. Muitas se reconhecem “cinderelas” ao rejeitar, inconscientemente, suas responsabilidades e ao pensar que a solução de todos os problemas depende de encontrar o seu “prí­ncipe encantado”.

corra parte 2

Nossas compulsões e os sentimentos aprisionados que as alimentam estão localizados onde também se escondem os tesouros de nosso verdadeiro “eu”. Para descobrir o que existe sob a superficie das compulsões, precisamos aprender a voltar para nossa experiência, não para a direção oposta. […]

Coloque de lado a resistencia por um minuto e imagine que há um enorme leão feroz atrás de você. É isso que acontece com os sentimentos aprisionados dentro de nós, dos quais tentamos escapar por meio das compulsões. Quando os leões, que são esses sentimentos vêm í  tona, colocamos nossos tênis de corrida e corremos í  toda. Comemos mais chocolate, encontramos mais coisas pra fazer, navegamos na internet ou sacamos o cartão de crédito. í€s vezes conseguimos escapar do leão. Um dia, se tiver sorte, não conseguirá mais correr. Ao cair terá a certeza de que será devorado. Quando o leão derrapar até parar a seu lado, para sua grande surpresa, não morderá sequer um fio do seu cabelo. Em vez disso o leão se transformará em um gatinho, e , quando ele abrir a boca, você verá repousando em sua lí­ngua o presente que ele vem tentando lhe entregar a anos! O leão é sua compulsão e todos os sentimentos dos quais você corre. E, como o leão, esses sentimentos guardam grandes tesouros. Mas é preciso parar de correr para recebê-los.

=====

Esse é outro trecho que gostei deste livro. Que coloco aqui pra lembrar, estou dizendo isso em voz alta pra mim mesma.

Creative Commons License

Imagem daqui

corra

Creative Commons License

Imagem daqui

Isso tudo é um Aprendizado. Se é! Aprender a comer, a respirar, a silenciar a mente. Aprender a me aceitar, aprender a não ter repugnância cada vez que me vejo. Aprender a não compactuar com a faceta ridí­cula do mundo, aprender a ver o que nisso tudo faz mal pra mim, pessoinha de umbigo enorme, e o que faz mal para as mulheres como um todo.
Aprender que é preciso separar o joio do trigo e aprender que isso é muito dificil nesse mundo atual. (Não, atual não, é dificil no mundo, seja de qual modo, preciso aprender a não ser cronocêntrica). Aprender a ser melhor quando tudo conspira pra que eu seja o pior. Muita informação pra lidar, muito cansaço, muito trabalho, filho e marido pra criar, alimentar, cuidar. E aprender a ser gente decente no meio disso tudo, é tão dificil. Aprender que é preciso sossegar a alma e o corpo de vez em quando, que é preciso ser paciente e tolerante, até mesmo com a intolerância. Aprender a comer põe isso tudo na pauta pra mim.
Qualquer aprendizado coloca. Onde está minha paz, ela me pergunta. E eu respondo uma resposta tardia, suja de cansaço e de não pertencimento. Eu achei que poderia ser simples (mentira!) achei que aprender a comer pra emagrecer, ficar saudável e poder chamar mais uma vida pra esse mundo era fácil.
Mas não é fácil, não é simples, é um verdadeiro Aprendizado, está tudo misturado. Eu preciso me aceitar como sou, pra efetivar alguima mudança. Eu preciso aceitar a minha realidade e parar de ser tão pequena. Mas pequena é minha realidade, eu não tenho grandes causas, eu não tenho bandeiras nem sabedoria. Mas continuo correndo, pra ver se aquela luz ali no fim é o que parece. Deixa eu correr um pouco mais, deixa eu Aprender, que na minha vidinha azul celeste, é uma coisa que faz valer í  a pena. Beijos.

casa na areia

Imagem daqui, creative commons

ERRO

Edifiquei minha casa sobre a areia Todo dia recomeço

Eunice Arruda

=====

O estrago desses dias sem estar atenta foi grande. Juntou a falta de planejamento, que me fez não comprar boas coisas saudáveis, a sí­ndrome do jaque, uma dispersão sem tamanho, que quase me preocupa.

O que eu poderia dizer hoje? Que construí­ minha casa sobre a areia? Que não sei porque o erro é mais forte do que eu? Que perco tempo vida e alegria nessa brincadeira chata de querer emagrecer. Que eu não sei realmente porque sempre erro? Nem porque insisto em não me aceitar como sou?

Estou comigo mesmo a cada minuto do dia. Não tenho nenhum descanso das minhas fraquezas, nenhuma ausência de mim mesmo. É dificil ter que ouvir aquela voz interior implacável, sempre mostrando meus erros e falhas. (Do livro dos Comedores Compulsivos Anônimos – Para Hoje, pág. 285, 11 de outubro)

E de que adiantaria ausência de mim se teria que retornar as mesmas falhas? O fato: Não emagreci. Não engordei também, o que seria até aceitável, com tanto descuido. Tanto descuido. Descuidada demais, estou eu. Preciso estar atenta, preciso ver agora. Retomo a respiração para encontrar o caminho. Respire fundo, Inspira, expira. Mas descubro que só dói quando eu respiro. É isso, sem cabeça nem pés de barro. Seguindo. Só pra não perder o costume. Eu venho aqui porque quero alguma coisa. Preciso comer frutas. Frutas. Verduras. Grãos integrais. Reduzir açúcar, massa. Caminhar. É isso. Tão simples, tão complicado! Amanhã é segunda, dia bom, quando eu estou em dia com meu trabalho. Estar em dia no trabalho me traz leveza. Amanhã vou seguir firme, firme. Minha primeira meta é emagrecer 7 quilos. Nada mais, se eu conseguir já vai ser um grande feito, grande mesmo. Amanhã vou tomar chá, vou comer frutas, tomar água, fazer o qi, meditar, trabalhar bem e evitar açúcar. Enfim, amanhã vou me cuidar.

Minúsculos Assassinatos e Alguns Copos de Leite

MINíšSCULOS ASSASSINATOS E ALGUNS COPOS DE LEITE
Autor: Fal Azevedo
ISBN:9788532523556
Páginas:204
Formato : 14×21

Sinopse do Livro

“Tenho 44 anos e sei que isso não é felicidade.

Mas sei também que não deixa de ser.”

Boitempo II, livro de poemas memorialí­sticos de Carlos Drummond de Andrade, traz o seguinte subtí­tulo: “esquecer para lembrar”. Parafraseando e contradizendo o “poeta maior”, a pintora quarentona Alma passa em revisão sua biografia, num ritual pessoal de “lembrar para esquecer” – um acerto de contas com o passado na tentativa de escrever felicidade em seu futuro, algo mais intenso do que “sigo vivendo”. Alma é a protagonista de Minúsculos assassinatos e alguns copos de leite, primeiro e surpreendente romance da paulistana Fal Azevedo.

A autora constrói, no livro, a narrativa de maneira não-linear, alternando discursos diferentes, momentos distantes e vozes distintas. Tais vozes interagem indiretamente com Alma, através de cartas, postais e e-mails, e confundem-se com a própria protagonista e narradora – qual um diálogo interno de alguém em auto-análise.

O nome da personagem, aliás, é o sopro de uma humanidade marcada por conflitos, diferenças, feridas. Alma desenrola, no presente, em sua casinha, na estância balneária de Bertioga, em São Paulo – em meio aos vários cachorros, inúmeros gatos, os bolos, os mimos do vizinho, Seu Lurdiano, as missivas e correios eletrônicos de uma extensa legião de amigas e amigos (Biuccia, Cláudio, Tela, Binho, Ticcia, Gigio, Rose, entre outras e outros) -, o novelo da sua vida, atravancada em nós trágicos e dolorosos.

Cada capí­tulo da obra é intitulado com o nome de alguma comida, tempero ou bebida – “Doce de leite”, “Croquete”, “Manjericão”, “Suco de uva”. Paladares que marcam o gosto, na memória, de cada instante vivido com pessoas que forjaram sua história: pai; mãe; a irmã do meio, Violeta; o padrasto, Eliano; a meia-irmã, Ana Beatriz; os avós paternos, Estela e Juan; os maternos, Greta e Max; o ex-marido, Otávio; a única filha, Fernanda. A lembrança é um relicário de sensações muito reais; as cicatrizes são as provas cabais da experiência – “uma vida feita de pequenas omissões e minúsculos assassinatos”. A vida que só Alma sabe viver.

Verdadeiro soco no estômago, o livro de Fal Azevedo é uma grata surpresa na cena literária contemporânea, que emociona sem pieguices. As perdas dos entes mais queridos de Alma levam, invariavelmente, o leitor a reavaliar suas relações familiares e a pensar, com o coração apertadinho, em ligar para o pai, a mãe, os irmãos, os filhos, quem quer que lhe seja especial. Afinal, a morte, essa novidade indesejada, sempre nos pega de surpresa e rouba um pedaço da gente.

vida para consumo

VIDA PARA CONSUMO
A transformação das pessoas em mercadoria
Zygmunt Bauman
Tradutor:  MEDEIROS, CARLOS ALBERTO
Editora: JORGE ZAHAR
Assunto: CIENCIAS SOCIAIS-SOCIOLOGIA
ISBN: 853780066X ISBN-13: 9788537800669
Livro em português – Brochura
1ª Edição – 2008

Um dos mais perspicazes pensadores da atualidade, Bauman nos revela neste livro a verdade oculta, um dos segredos mais dissimulados da sociedade contemporânea: a sutil e gradativa transformação dos consumidores em mercadorias. As pessoas precisam se submeter a constantes remodelamentos para que, ao contrário de roupas e produtos que rapidamente saem de moda, não fiquem obsoletas. Bauman analisa como a sociedade de produtores moderna foi gradualmente se transformando em uma sociedade de consumidores. Nessa nova organização social, os indiví­duos se tornam ao mesmo tempo promotores de mercadorias e também as próprias mercadorias que promovem, e todos habitam o espaço social que costumamos descrever como “o mercado”.
O sociólogo examina ainda o impacto da conduta consumista em diversos aspectos da vida social: polí­tica, democracia, comunidades, parcerias, construção de identidade, produção e uso de conhecimento. E dá especial atenção ao mundo virtual: redes de relacionamento, como Orkut e MySpace, não refletem a idéia do homem como produto?
Sobre o autor: ZYGMUNT BAUMAN é um pensador clarividente, autor de inúmeros best-sellers e professor emérito de sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia. Tem outros 14 livros publicados no Brasil

Assim Se Benze em Minas Gerais

ASSIM SE BENZE EM MINAS GERAIS,

de Núbia Pereira de Magalhães Gomes e Edimilson de Almeida Pereira

“Assim se Benze em Minas Gerais” dos escritores Núbia Pereira de Magalhães Gomes e Edimilson de Almeida Pereira, recebeu a primeira menção honrosa no Concurso Nacional de Folclore Sí­lvio Romero/FUNARTE, em 1987.

O livro mostra a presença das caracterí­sticas sagra-das nos tipos de benzeções, revelando o lado mí­tico do mineiro. Núbia Pereira de Magalhães Gomes é professora de Lingí¼í­stica da UFJF e membro da Comissão Mineira de Folclore. Edimilson de Almeida Pereira é mestrado em Literatura Portuguesa pela mesma universidade e poeta. A dupla de autores já publicou o livro “Negras Raí­zes Mineiras: os Arturos”.

“Assim se Benze em Minas Gerais” tem grande importância, pois valorizamos e somos fascinados com a arte de curar, especialidade das mulheres. O livro é uma obra de fôlego, para aqueles que contribuem e acreditam no conhecimento global da medicina de Deus e dos mitos. É antes de tudo é um importante acervo para a cultura popular brasileira. Mazza Edições


Creative Commons License

Imagem daqui

Sabe o cortisol, aquele hormônio que marca território quando vivemos uma situação de stress? Então, uma de suas tarefas é estocar gordura no corpo. E as pesquisas já comprovaram há algum tempo que o cortisol age muito mais intensamente em pessoas que dormem pouco. Para se manter acordado durante a noite, nosso organismo passa por uma série de alterações. A explicação é simples: o corpo interpreta a vigí­lia como se fosse uma ameaça – é o mesmo mecanismo desencadeado no homem primitivo quando tinha que enfrentar um perigo.

=====
O calor tá terrí­vel por aqui. Coisa horrí­vel mesmo, insuportável. Pra alguém alérgica ao calor como eu tudo fica mais dificil. Porque eu não consigo dormir direito. E sono é tudo de que eu preciso nesse momento. Eu não sei como é com todo mundo, mas eu quando não durmo direito, especialmente um tempo maior, fico fraca, fico sem forças pra resistir í s compulsões… É um ciclo vicioso terrí­vel.

Eu preciso dormir bem, pra ter forças e conseguir resistir. Eu tenho meditado pouco. A meditação que eu estava fazendo não estava muito legal, eu cismei que ela estava trazendo alguns efeitos colaterais e dei um tempo dela. Mas ainda não acertei com a nova meditação. E meditação é a minha maior terapia, ela segura minha onda. Quando eu faço direitinho ela me salva muito.Eu sempre emagreço quando medito regularmente.

Só isso, só mesmo pra vir aqui, pra me forçar. Sem grandes dramas hoje, que o dia tá quente demais e derreteu minha vontade de escrever e me fez esquecer que tinha algo a ser escrito.

quando deus ri

Creative Commons License

Imagem daqui

Deus ri-se da ansiedade dos que tentam controlar a vida e desgastam-se em armar esquemas para que nada fuja do planejado, e esquecem que a vida é fluida e fugidia, e quanto mais se quer controlá-la, mais escapa pelos nossos dedos

Daniel Rocha

–o0o–

O Homem faz planos. E Deus ri.

–o0o–

Baguncei tudo de novo. E vou chorar as pitangas sim, que é o melhor que eu faço. Isso aqui é pra mim, é onde eu choro e esperneio mesmo. é pra minha organização, principal propósito. Se não agrada, pois é…

Baguncei o coreto todo de novo e praticamente coloquei tudo a perder. E infelizmente não foi só no setor emagrecimento. Acontece que esse problema de emagrecimento é metáfora na minha vida. E está ligado a coisas outras, a outros nós que eu não consegui ainda desatar. Pois bem, o fato é que eu procrastinei, fingi que não tava vendo, fugi de mim mesma, mas o elefante branco no meio da sala só engordou e cresceu. Eu perdi o foco mais uma vez e dancei.

Então só resta uma coisa, que é recomeçar, de novo. Só vim aqui pra choramingar e pra escrever, pra registrar que hoje é o segundo dia do meu ciclo e eu estou cansada, cheia de complicações, de pepinos, de trabalhos que se acumularem na minha pasta porque eu fugi de mim mesma. Que eu estou triste, sem fé em mim mesma e de saco cheio. Mas que não vou desistir, não vou largar esse osso.

Eu tenho alguma séria lesão em algum compartimento do cérebro, pq eu já estou careca de saber que não adianta fugir de mim mesma, que não é produtivo fingir que não vi, que não adianta procrastinar, e que acima de tudo eu sou muito dispersiva pra poder me dar ao luxo de não seguir um plano e principalmente de não ter um plano. Eu sempre danço quando deixo tudo solto, não dá.

Eu fujo de mim mesma, mas não adianta, acabo trombando comigo mesma num relance na primeira esquina. Então, lets vamos, vamo que vamo. Bora correr o susto né?

Agora tenho planos e tenho o plano supremo de ter planos, mesmo que Zeus ria muito de mim.