Quando o Corpo Consente

Tí­tulo: Quando o Corpo Consente
Autoras: Marie Bertherat, Thérí¨se Bertherat e Paula Brung

Ano: 1997
161 pág. 21 x 14 cm

DESCRIí‡íƒO

Em 1996, Thérí¨se Bertherat escreveu com sua filha Marie Bertherat, que estava grávida, e Paule Brung, uma parteira, Quando o Corpo Consente. Neste livro a três vozes, elas falam do jogo das forças que se animam no corpo da mulher grávida. Thérí¨se Bertherat propõe também movimentos muito precisos para preparar seu corpo para o nascimento.

Este é o diário de Marie. Com palavras simples, ela conta o que experimentou em seu corpo e percebeu na própria carne. Durante nove meses.

Para lhe transmitir isso, ela prosseguiu sua pesquisa com inteligência e rigor. Sempre de forma generosa e com a doçura obstinada que é o seu jeito de ser… Mas que não haja equí­voco: esses nove meses que a tornaram mãe não devem ser vistos como convite í  caminhada fácil…

Uma mãe, Thérí¨se Bertherat, descobre a filha que julgava conhecer tão bem -, e essa revelação a surpreende, enchendo-a de alegria e respeito. Uma filha, de repente, pede í  mãe algo além de afeto e carinho. Solicita sua experiência como terapeuta.

Thérí¨se Bertherat a tranqí¼iliza e lhe explica o jogo de forças que nela se manifestam. Propõe-lhe catorze movimentos muito precisos para preparar o corpo para a hora do nascimento. Baseados em dados anatômicos e fisiológicos corretos, eles despertam na futura mãe o gosto pelas sensações sutis, o desejo de habitar todos os recantos do próprio corpo com ternura, com respeito por ela e pelo bebê. Se você está grávida e, por isso, preocupada, desejosa de uma palavra de apoio ou de uma explicação prática, ouça o que estas mulheres têm a lhe dizer.

Como Paule Brung, uma parteira especial com quarenta anos de profissão e a confiança que só se adquire com experiências que tiveram um desfecho feliz, todas as três encontram, a seu modo, os gestos e as palavras certas.

tenha a santa paciência

Si cada dí­a cae
dentro de cada noche,
hay un pozo
donde la claridad está encerrada.
Hay que sentarse a la orilla
del pozo de la sombra
y pescar luz caí­da
con paciencia.

Pablo Neruda, El mar y las campanas (Obras completas, III, p. 931)

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Tudo está conectado né? Pois é, e as caracterí­sticas da gente também, por supuesto…E daí­ que eu sou (como todo mundo) um pacote de caracterí­sticas. Que me fazem fazer as escolhas que eu faço, que por sua vez fazem de mim quase tudo que eu sou, bláblábla.

E o que isso tem a ver com emagrecer? Acho que é óbvio, mas também é daquelas coisas óbvias que eu preciso falar em voz alta pra que eu mesma acredite e pra ver se tomo uma atitude.

Porque o fato de eu ser uma pessoa extremamente impaciente (mas realmente muito, muito impaciente) me atrapalha demais na dieta. Eu sou praticamente um poço de impaciência. E não tenho paciência com dieta (ou regime, ou reedeucação alimentar, ou Aprendizado, whatever…) E vê lá se dieta sem paciência funciona. Claro que não.

Mas peraí­! Voltemos ao exercicio que a personal witch me passou: eu sou impaciente, mas posso mudar né? Ou posso ser impaciente numas coisas e noutras não…

Faz parte do pacote não ser acabada, graças a Zeus. Graças a Zeus eu NíƒO posso encher a boca pra falar: Eu sou assim, Eu sou assado. Toda hora eu mudo. (Tenho medo de gente com certezas demais, gente que é demais, chega a me dar arrepios na espinha).

Y oigo una voz que dice con razón
“Vos siempre cambiando, ya no cambiás más”
y yo estoy cada vez más igual
Ya no se que hacer conmigo.

Cuarteto de NosYa No Sé Que Hacer Conmigo

(clica ai pra ouvir que essa música é ótima. E me lembra de mudar mas não tanto assim)

http://www.divshare.com/flash/playlist?myId=6722723-3b6

Bom, não importa. O fato é que eu preciso entender que pra se fazer dieta há que se ter paciência. Na verdade eu preciso entender que pra se viver há que se ter paciência…

É bem isso que eu estou tentando (e tenho até conseguido) ter, paciência com a dieta, paciência pra viver um dia depois do outro sem que estes se transformem numa massa sem fim de descontroles. E paciência comigo mesma e com as pessoas.

Aqui tem um maravilhoso texto budista, do venerável mestre Thich Nhat Hanh. Lindo texto.

Figura de Marta Oliveira: http://www.artbr.com.br/todosossantos/martaoliveira/index.html

patinha bonita

“Aceitar-me plenamente? É uma violentação de minha vida.
Cada mudança, cada projeto novo causa espanto: meu coração está espantado.
É por isso que toda minha palavra tem um coração onde circula sangue”

Clarice Lispector, Um sopro de vida, Nova Fronteira, 1978

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Essa semana minha personal witch* me deu um dever de casa pra fazer. Eu teria que evitar me julgar. Policiar meus pensamentos e pegá-los no pulo e não deixá-los ir pra frente se fossem negativos.

Rá! Logo eu, judiciosa por natureza? Carrasca e tudo mais? (E o post de hoje do outro blog foi dedicado a mim também.) Aliás, alguém aí­ consegue isso? Como se faz isso?

Seria o mesmo que conseguir a proeza de parar o diálogo interno**! Missão ninja. Mas eu tento, estou tentando. Segundo ela nós nos tratamos da mesma forma que os adultos nos tratavam quando tinhamos até 5, 6 anos. Aff… Minha história de tratamentos até essa época definitivamente não foi das melhores. E não tenho auto piedade por causa disso. Mas é fato. Só que é um exercí­cio que acaba ajudando no emagrecimento. Apesar de que í s vezes eu duvido muito da eficácia deste tipo de coisa. Mas. Vamos lá fazer, né? Minha criança interior agradece. (Mas o que raios é criança interior, heim?)

É preciso reforçar o clichê da auto-estima, ué. É? Mais fazer do que questionar, que minha garganta dói de tanto questionar. Minha Rebeldia sempre foi verbal.

E eu não me vi afinar, minhas roupas não estão mais largas, eu continuo imensa nas fotos. Mas me sinto melhor, me sinto menos feia e seinto força. De onde vem essa força, eu não sei, mas voua aproveitar enquanto ela está aqui. E amanhã vou anotar de novo. Hoje sei que não extrapolei, mas não anotei. Trabalhei debaixo do sol das duas horas da tarde, literalmente e fiquei esgotada, por causa do calor. Eu tenho uma alergia séria ao calor. ODEIO.

Como diz a Menina: das dez coisas que eu mais odeio neste mundo, as 9 primeiras são o calor. E como eu trabalho na rua, amarguei muito sol hoje.

Não jaquei não.

Vou emagrecer devagarzinho, mas vou. Porque eu não consigo comer 1000 calorias, 1200 por dia, eu preciso de mais. Mas,

“Se sorte está contra você, para quê*** pressa? Se a sorte está com você, para quê pressa?”

Provérbio afegão

*é a moça que me faz massagem e acupuntura, uma bruxa de verdade, com vassoura e tudo.
**esse exercicio é muito legal, e por instantes para mesmo o diálogo mental.
***Para quê? Tem acento?
Imagem Whimiscal Taro, inspirada no The Ugly Duckling

pois é

Eu estava estudando e meditando um pouco sobre a carta do Tarot “A Justiça” quando me deparei com uma citação que adorei.

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E resolvi dedicar para tod@s @s paladin@s da justiça, guardiães da moral e dos bons costumes, para @s que tomam para si os cargos de carrasco, julgador, sentenciador. E @s afins tod@s.

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“Eu amo o mau que sabe que é mau, mais do que o justo que sabe que é justo. Mas dos maus que se julgam justos, diz-se o seguinte: ‘Já nos umbrais do inferno eles não tentam retroceder, pois imaginam que estão sendo levados para o inferno a fim de salvar as almas dos que lá estão’.”

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Contos de Chassidim

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perfeitinha

Nada existe
sem o defeito
que lhe dá graça.
Só amo a graça
do imperfeito.

O perfeito
quando existe
tem o defeito
de ser triste.

(Lácrima Cristi)

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A semana passada foi toda muito boa. Eu vi um número na balança que há tempos não via. Acho que ano passado não vi esse número nem uma vez. Teve uma jacada sexta (e sábado e domingo pq teve churrasco hohoho). Mas programada. (A primeira só, porque este post deveria ter sido escrito sábado). Eu estava de plantão e foi um plantão super pesado. Fisicamente cansativo. E além do mais eu estou no auge da tpm.

Tem sido menos dificil do que eu achava. Eu realmente tenho sentido menos fome e tenho tirado um pouco o foco da comida, de todas as maneiras. Também resolvemos fazer uma espécie de hora da fruta aqui em casa, porque meu filhote não tem comido fruta nenhuma e precisamos melhorar esse hábito nele em nós. E isso ajuda também.

Então me dá uma felicidade boba ver que eu estou avançando, mesmo tão devagar. E que eu estou preparada para seguir.

Porque eu sei que ainda vou escorregar. É impossí­vel ser perfeito. Como diz Salvador Dali, “Não se preocupe com a perfeição. Você nunca a alcançará.” Então preciso apenas saber que durante muito tempo eu vou passar privação. E que para nunca mais vou poder comer como agora, porque isto não é jeito de comer, simplesmente. Preciso me educar, preciso Aprender, isto é um Aprendizado mesmo, para ser introjetado.

Bem, o que eu tenho a dizer é que estou indo, enfim, sinto uma vibe dos primeiros tempos, em que eu emagreci mesmo, em que consegui. E a fé em mim mesma está forte, agora, mesmo eu sabendo como eu sou imperfeita, complicada e tal. É só isso, por hora, eu vou me comportar essa semana que começa.

el tarot de los amantes


Todas las relaciones amorosas reflejan nuestra relación con nosotros mismos

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El Tarot de los Amantes

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Buenos Aires é o paraí­so do Tarot. Essa cidade tem tantos, mas tantos tipos de tarot e cada um mais bonito do que o outro que quem é apaixonado por tarot como eu se deslumbra fácil. Tem duas e livrarias enormes, especializadas em esoterismo com uma variedade impressionante, que não tem nada parecido no Brasil. Faz a livraria cultura empalidecer. Além de toda livraria que vc entra ter uma boa variedade de livros e decks diferentes. E além de ter algumas santerias em vários lugares que também têm um monte de tarots diferentes. Ainda tem casas de artgos para jogos que tem alguns tarots também.

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As duas livrarias maravilhosas são a Devas e a Kier.* Eu fiquei literalmente babando lá, pior do que criança em loja de doce ou de brinquedo. E ainda fiquei hospedada do lado da DEvas da Av. Corrientes, ou seja eu entrava lá todo dia. Na Devas, meu marido viu um deck que chamou a atenção dele e por causa dele eu comprei. É o The Lover’s Path tarot, de Kris Waldherr (de quem eu já tinha o tarot das deusas), ou El Tarot de los Amantes. Eu não tinha aberto esse baralho ainda.

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E ontem fui jogar para uma amiga muito querida que queria saber sobre sua vida amorosa . Ai abri a caixa e fiquei encantada, totalmente encantada. O tarot é lindo, super bem apresentado, com uma caixa linda, um livro lindissimo, ilustrado, com historinha e significado de cada carta (que são um pouco diferentes das cartas tradicionais). Enfim, fiquei encantada com tanta beleza. Foi uma compra que valeu muito í  pena. E foi muito, muito mais barato que aqui no brasil.

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No site de Kris Waldherr tem uns ebooks pra baixar de graça, com ahistória de algumas histórias de amor que ilustram esse baralho. Aqui a história de Dante e Beatriz, por exemplo.

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* Os sites da Devas e da Kier são muito fracos, e por eles não dá pra ter nem uma idéia do que são as lojas. No site não tem nem a centésima parte da variedade que tem nas lojas. A melhor loja da Devas é a da Av. Corrientes.

guerra civil

Salvador Dali - A Face da Guerra 1940

É contra mim que luto
Não tenho outro inimigo.
O que penso o que sinto o que digo
E o que faço
É que pede castigo
E desespera a lança no meu braço

Absurda aliança
De criança e de adulto.
O que sou é um insulto
Ao que não sou
E combato esse vulto
Que í  traição me invadiu
e me ocupou

Infeliz com loucura e sem loucura,
Peco í  vida outra vida, outra aventura,
Outro incerto destino.
Não me dou por vencido
Nem convencido
E agrido em mim o homem e o menino.

Miguel Torga

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Como é frustrante tentar e não conseguir. Tentar pela enésima vez e não ter sucesso. Saber exatamente o que fazer e não conseguir. E ficar frente a frente com a própria fraqueza, isso é chato. Essa guerra eterna contra mim. Na verdade é bem mais que chato, mas deixa estar…
 

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Fazer da Mente uma Aliada

Fazer da Mente uma Aliada

ISBN: 8576651130
ISBN-13: 9788576651130
Livro em português
Brochura
1ª Edição – 2005

Sakyong Mipham

Lí­der espiritual de uma das mais importantes linhagens do budismo tibetano, o Sakyong Mipham apresenta de maneira simples e direta essa tradição milenar í  cultura ocidental. Nascido na índia mas criado nos Estados Unidos e no Canadá, ele conhece bem as maiores dificuldades que nós, ocidentais, encontramos no caminho do autoconhecimento e da meditação.

Quem nunca sentiu a necessidade de desacelerar, ter uma vida mais tranqí¼ila e saudável, mas se viu incapaz de concretizar esse desejo, porque estava preso a antigos hábitos? Quantas vezes todos nós tentamos manter a concentração, mas a mente flana em devaneios e preocupações? Quantos dias tentamos controlar a tensão, mas a ansiedade nos traz mais uma noite de insônia? A mente pode parecer inflexí­vel, mas só precisamos aprender a treiná-la. Afinal, por que pensamos apenas em treinar o corpo, fazendo exercí­cios e dietas, e buscando técnicas de relaxamento? Ao treinar o cavalo selvagem da mente, deixamos de nos sabotar e descobrimos a paz e a alegria, caracterí­sticas naturais da mente.

Em Fazer da mente uma aliada, com introdução de Pema Chí¶drí¶n, o Sakyong Mipham apresenta as práticas da meditação e da contemplação como instrumentos que nos ajudam a colocar nossos problemas e conflitos em perspectiva. Descreve ainda as principais armadilhas que enfrentamos nesse caminho, assim como os antí­dotos propostos pelos grandes mestres budistas. E, com humor e elegância, ensina-nos até mesmo a lidar com problemas comuns que temos ao meditar, como dores nas costas ou a falta de disciplina.

Sobre o autor

Nascido na índia em 1962, o Sakyong Mipham é o sucessor espiritual de seu pai, o conhecido mestre Chí¶gyam Trungpa. É o atual detentor da tradição do budismo de Shambhala. Formado em filosofia, meditação e ritual budistas, o Sakyong visita todos os anos a índia, onde entra em retiro e se dedica aos estudos e í s práticas. Também ensina em centros Shambhala ao redor do mundo. Além de Fazer da mente uma aliada, é autor de Ruling your world: ancient strategies for modern life (2005).
Sobre Shambhala
O budismo de Shambhala é uma linhagem não sectária do budismo tibetano, vinculada í s linhagens Nyingma e Kagyí¼. Seu princí­pio fundamental é que todos querem ter uma vida sadia, digna e segura, e que isso é possí­vel. Para a realização desse objetivo, seus ensinamentos e práticas – que incluem atividades espirituais e seculares, nas áreas de arte, psicologia e saúde, entre outras – enfatizam a natureza essencialmente boa de todos os seres e propõem um envolvimento no mundo baseado no destemor, na sabedoria e na compaixão.
Seu lí­der atual é o Sakyong Mipham Rinpoche, filho do fundador de Shambhala, Chí¶gyam Trungpa Rinpoche. Trungpa foi um dos pioneiros na introdução do budismo tibetano no Ocidente, e deixou uma obra extensa e inovadora, que influenciou e continua a influenciar, além do budismo, diversas áreas da cultura ocidental, como a psicologia e a literatura. Entre os seguidores mais conhecidos de Trungpa estão, por exemplo, a monja Pema Chí¶drí¶n, os poetas Allen Ginsberg e William Burroughs, e a cantora e compositora Meredith Monk.
Para mais informações sobre o Sakyong Mipham, Chí¶gyam Trungpa e Shambhala, visite o website de
Shambhala Brasil (www.shambhala-brasil.org).

não sejas o de hoje

Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens…
não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabes que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:
É a passagem que se continua.
É a tua eternidade.
És tu.”

“Cânticos”, Cecí­lia Meireles, Editora Moderna.

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A folga, os dias de descanso, o estado de exceção, a folia, a pasmaceira estão acabando. Por um lado estou doida mesmo pra rotina se instaurar, pra que tudo comece e entre nos eixos, emfim.
Estou animada, apesar de não ter continuado na vibe tão boa que eu trouxe das viagens. Mas paciência, há que se saber lidar com isso também. Afinal, tudo nessa vida é conflito. E é preciso saber conviver com isso. E o mais complicado, saber não comer isso.
Amanhã o dia começa. Até lá. E aproveitando que é o primeiro dia do Ano Novo Tibetano, é o Losar 2136. é um excelente dia para se desejar o bem a todos os seres. Sempre há uma razão pra se recomeçar não é?
Quando eu penso em recomeço, sempre lembro dessa música:
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Imagem: Paulina Tarot