osso e mandinga

Eu ainda não acertei o passo. Não perco a esperança, mas também tem limite. A esperança é muito mesmo um urubu pintado de verde.
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Eu acho surreal entrar estar sentada em um restaurante (no caso era um restaurante japonês, num shopping caro) perguntar se eles fazem limonada que não seja suí­ça e eles responderem “ah, limonada só tem suiça”. Como assim? A soma dessas coisinhas me faz não pertencer.

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Eu ando cansada. e com preguiça. Uma preguiça metafí­sica. Que parece feitiço, uruca, mandinga, mau olhado, sei lá o quê mais. E não me larga. E eu queria ser menos carne.

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Canseira (quase náusea) de gente que só quer falar de si e despejar suas verdades e ainda acha que é justo e imparcial e cuidadoso. Então tá, mas vai mais pra lá ok?

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Ontem eu vi Volver. Ainda bem na última hora. Eu e Akio acabamos conseguindo manter o ritual de assistir Almodóvar no cinema. Só por isso eu encarei Savassi Cineclube. í” cineminha horroroso, sô. Mas o filme é lindo doce delicado. í€s vezes eu me sinto infantil (uma guria inconveniente) de ser tão entusiasmada com algumas coisas e não conseguir disfarçar. Foda-se, mas na hora é muito chato.

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Muitas vezes eu me sinto como o woody allen em bananas. Não é esse o filme que ele vai ficando igual aos seus interlocutores? Se for então é meio assim.

4 comentários em “osso e mandinga”

  1. Não acredito que escrevi 379173985734957195 palavras e não foi.
    Vou tentar de novo.
    Sei muito bem o que vc falou. Comigo aconteceu de querer comprar umas coisinhas e quando fui pagar, não aceitava cheque e nem cartão. Seeeeeeeeeeeeei. E se minha compra tivesse dado 500,00? Tinha que te-los na carteira. Virei as costas e deixei tudo lá. Otimo comerciante.
    O filme do Woody Allen que vc falou chama-se Zelig.
    E tem uma cena do Woody Allen que não me sai da cabeça que é quando ele tá na frente de um pelotão de fuzilamento e pula o muro e do outro lado tem outro pelotão tambem. E isto foi uma sessão de analise dele.
    Ah! Inadaptaveis…
    Carpinejar: ” Não me deixe viver o que posso que me seja permitido dasaprender os limites”
    Isto deveria estar escrito no ceu igual a mãe do Woody Allen em Contos de NY…
    Beijo

  2. Sua sensação de preguiça e apatia se chama muita vontade de mudar e não saber como. Não? Já passei por isso . Por que tudo não é mais simples?
    (Ah, tô com saudade daquele outro layout.)segredo egoísta.

  3. Nalu,
    quando você fala das pessoas e suas verdades…bem..há duas semanas eu tava feliz. FELIZ. Na verdade, na quinta-feira eu tinha saído com amigos, bebido um pouquinho a mais…na sexta não acordei com ressaca…pisava em nuvens…até que , depois do almoço, me sentí cansadérrima e entendí o que é passar por uma sessão de vampirismo.
    Depois me dá teu endereço, porque vou te mandar um colar, última sensação do artesanato…feito de alho. Coisa fina!
    Quanto ao episódio limonada, tenho de uma lanchonete, que assim que abriu dentor da empresa, fui conferir. Pedi um café com leite. E eles demoravam séculos, séculos MESMO. Os atendentes se atrapalhavam, era uma coisa horrorosa. E eles , depois de servirem o café [com o leite], faziam um “desenhinho” com calda sobre a espuma. E eu, querendo apressar, disse que não precisava do desenho não. E o atendente me responde: “Desculpe, mas tem que ter o desenho, senão, não está bom para o cliente”.
    Ao ouvir risos atrás de mim, eu notei que estava com cara de pastel de vento. Resignada, aguardei até que o café ficasse decorado, de acordo com o gosto do cliente.
    É nessas horas que pensamentos preconceituosos como “sempre vai servir café”, passam pela cabeça da pessoa.
    Mas o importante, veja bem, é que ele sempre servirá, mas com desenho.

  4. oi Nalu!
    li um pouco do seu blog!
    desculpe a intromissão, mas vi as fotos do seu casamento (você colocou aqui) e achei você com cara de astróloga. espero que não se importe de eu dizer isso…
    até mais! abraço!

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