No vácuo de um quarto no espaço sem fim

O céu não ajuda a quem não quer se mexer.

Sófocles

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Eu fico fingindo que não é comigo. Como se fingir fosse me fazer emagrecer. Ou ao menos parar de engordar. Mas óbvio. Não faz. Olá Pensamento Mágico, como vai você?

Porque as tensões, as dores, o conví­vio pesado, tudo isso continua. Os montes de problemas rocambolescos na minha famí­lia continuam.

E eu como. Como também para aliviar. Porque sou feita de um material muito poroso, muito frágil, não consigo não me afetar, ainda. Já foi pior, mas está longe do ideal. Olá, auto engano, como vai você?

Outro dia eu fiz brigadeiro de colher e estava comendo, da panela, depois de um dia difí­cil, cheio de mau humor (alheio, porque se tem coisa que eu rarissimamente sou é mal humorada, e quando sou dura 10 minutos), cheio de chatices. E comendo eu pensei, mas caramba, num cenário assim árido, como aprender a prescindir desse prazer tão incrí­vel (porque para mim é um prazer imenso o gosto e a textura de um brigadeiro de colher na boca), como aprender, como conseguir resistir a isso? Esse é o meu desafio. Isso é o que eu preciso aprender.

Assim que eu emagrecer uns quilos aí­ pra minha m primeira meta, eu vou me presentear com uma boneca cigana parecida com essa aí­ da foto. Acho que estou precisando da cigana interior pra me movimentar. É só pensar nisso e me da vontade de sair por aí­, de me enfeitar, de ser cigana mesmo. Saviya, cadê você?

Eu tenho muito mais a dizer, mas não interessa a ninguém e muito é impublicável. Então tenho feito um esforço de escrever em blog secreto, pra ir monitorando os dias, as sensações, pra descobrir padrões e tal. Epara me aliviar também.

E também pra ver se eu encontro algo mais.  Algo mais por aí­, que está faltando.

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