logorréia

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” Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido í  resposta que o mundo me der.”

Jung
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E de novo eu não tenho muto a dizer, mas eu venho até aqui. Eu preciso persistir. E preciso chover palavras, porque não há muito mais a fazer. Escrever emagrece. E já que ninguém me lê, vão-se palavras.
Eu tenho que retomar a comida saudável. Escorreguei, mas não levantei totalmente. Preciso seguir, há uma vida a ser vivida e inventada. E há vida além da gordura também, não dá pra esperar. Eu sinto falta do meu suco de hortelã, preciso fazer de novo.
Estranhamente, apesar de tanto escorrego eu estou feliz. Talvez a chave tenha caí­do perto de mim, talvez haja um pequeno sorriso í  espreita na tarde fresca e cheia de cigarras.
Enfim, enfim e no começo, há a vida esperando ali fora. E há aquele projeto de mim mesma, malditos existencialistas!
E boa filha protestante, eu preciso fazer de mim mercadoria, já diziam os fetiches do tempo. Mas não mercadoria-corpo, não pense
bobagens. Mercadoria pra ser exposta nos bazares da classe média e boba. Que é o que sou. Nem pra ser grande e boba, aff. É só mesmo uma logorréia longa e tediosa, não ligue.
Deixa eu voltar pras minhas anotações adolescentes, que quase não há mais tempo. Ou hoje já é muito tarde, nos vemos amanhã.

2 comentários em “logorréia”

  1. Eu te leio!
    Beijo grande, bom fim de semana, firme aí. Escorregar faz parte de qualquer caminhada. Ajustar o passo e seguir é o maior desafio. Então, em frente.

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