labirintos

Na amnésia dos últimos dias, percorro meu itinerário vagando pelos labirintos da mente.
Nos espaços vazios dos territórios ulteriores mergulho, me perco.
E quanto mais me perco mais me encontro livre.
Na vertigem da infinidade de novos mundos conhecidos a amnésia me liberta dos preconceitos passados.
A memória é paralisia.
Lanço minha âncora ao vento, sem ponto de partida ou chegada.
Clandestino, passageiro, minha história é o presente.

Cafuncio (quem quer que seja esse)

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Nesse momento eu não estou bem, mas cansei de reclamar. Apesar de que eu não considero exatamente reclamações o que faço por aqui. Aqui é minha parada diária de pensamentos. Magros, de preferência, mas nem sempre. É onde eu exorcizo meus demônios, onde eu os convido a tomar chá de artemí­sia*. Por isso é natural que o tom seja pessimista. Aqui é pesado justamente pro dia ser leve. Porque eu já disse que não gosto de postura pessimista e do esforço que faço pra não sucumbir num mar de fel. E é assim que acontece.

Mas também, quando percebo que tá reclamão demais, vejo que é hora de mudar um pouco o tom, pra voltar a motivação. Ontem mesmo acabou dando resultado. Eu vir aqui reclamar. Eu fiquei dentro dos pontos, mil vivas pra mim. E tenho que dizer que o qi, mesmo eu não fazendo as 3 x ao dia, tem feito um bonito resultado na minha barriga. Ela dimnuiu a olhos vistos. E eu não recuperei o quilo perdido, mesmo com a semana passada tão ruim, mesmo com Danete no café da manhã (eu lembro disso e começo a rir, isso lá é comida de gente?)

Mas ainda tenho um longo caminho pela frente e muito demônio pra exorcizar. Porque não é simplesmente emagrecer, eu já vi que se trata de algo bem mais enraizado que isso, é algo maior que todos os meus quilos a mais. Emagrecer não é tão dificil, quando o lance é emagrecer. Mas para mim quase nada é só.

Por isso pra algumas pessoas é tão simples. Vou perder X quilos até o natal e elas perdem mesmo. Sem muita neura. Mas, eu não sou assim. Eu sou o que sou, complicada. Dia desses a Vânia disse que meu blog era um labirinto. Eu achei muita graça, porque é isso mesmo. Na verdade eu sempre estou cercada de labirintos mentais e fí­sicos. E vou contar, muitas vezes eu me perco nos labirintos que eu mesma crio e fico lá, largada e perdida por muito tempo. Mas, é assim que eu opero, se fosse simples eu não seria Nalu, o pacote de ser quem eu sou inclui muitos labirintos.

Eu sempre opero em modo labirinto. Eu tive um amigo que falava: mas você sempre escolhe o mais dificil né, Nalu? Então, escolho mesmo, não é por graça, eu não posso evitar. Mas desse labirinto, criado e construido e acrescido por mim durante os anos, eu vou sair, podem apostar. E bem mais leve.

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Há dois labirintos do espí­rito humano: um respeita í  composição do contí­nuo, o outro í  natureza da liberdade; e ambos têm origem no mesmo infinito
Leibniz

A firmeza de propósito é um dos mais necessários elementos do carácter e um dos melhores instrumentos do sucesso.
Sem ele, o génio desperdiça os seus esforços num labirinto de inconsistências
Philip Chesterfield

Um comentário em “labirintos”

  1. Nalu, eu não quero falar mais do passado sabe por quê? Acho que nos obrigamos a ser fiéis ao que éramos (e não ao que somos).
    Hoje me peguei “labirintando” rsss milhoes de vezes e aí eu dizia: “já vivi isso” (que estava lembrando) “então quero viver outra coisa AGORA”…
    Parece “bobo” mas ficar presa no meu passado estava me fazendo “recuperar” o peso eliminado”
    Então não quero mais saber! Meu desafio atual é sair dos 97,7, o peso que deu hoje de manhã! Só isso!
    Sei lá, posso estar errada (o André Comte-Sponville diz que só somos nós mesmas porque “nos confessamos nós mesmas” então as vezes me sinto infiel, por não querer mais “labirintar” pelo passado ou pelo futuro… não sei se sou capaz!
    Ouxe, que é seu blog né? Não é justo labirintar por aqui (rsss) só vc!
    Beijos, é que sinto que vc me entende!
    Até mais

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