Impermanência

Os budistas têm um conceito maravilhoso, que é este de impermanência. É maravilhoso mas ao mesmo tempo assustador, muita gente não sabe lidar com ele. O conceito, resumindo bem grosso modo, diz que tudo, ABSOLUTAMENTE TUDO na vida é impermanente. Tudo vai acabar um dia, inclusive eu, você, a Giselle Bundchen e as borboletas azuis. Tudo vai deixar de ser como é agora.

Essa, que é uma noção irrefutável, deveria estar sempre presente, sempre sendo nossa guia e companheira. E assim deveria servir para nos fazer viver melhor.

Mas a gente se esquece com muita facilidade desse preceito. Aliás parece que organizamos a vida em torno do esforço para esquecer que somos impermanentes, que temos um fim anunciado. E desperdiçamos horas preciosas da nossa vida tão curta, tão efêmera. Arrumamos inúmeros grilhões, alienamos nossa liberdade, nossa emoção e fala pra mim, a troco de que? De tão pouco, de tanta mesquinharia e pequenez! E estar eternamente angustiada com um corpo que não nos traz alegria é uma prisão, é um desperdí­cio de vida sem tamanho. Eu já tentei me satisfazer com esse corpo assim mesmo, já tentei muito e com força, mas não adianta, eu não sou zen a esse ponto, ele me incomoda. Eu disse um dia desses, não adianta fugir, o incômodo com o peso vai existir sempre, sempre me atrapalhando roubando horas, dias e meses de alegria e prazer. E eu não posso ficar parada. Então, estou aqui, na lanterninha, mas sabendo que não vou desistir. As coisas estão caminhando devagar, mas estão caminhando. E pensando na impermanência e em como queremos passar o tempo de vida que temos, que tal olharmos agora no espelho e darmos as boas vindas ao resto de nossas vidas? Eu vou ali fazer isso.

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Falando naquilo que muda, estou pensando em mudar de endereço, para http://leveza.motime.com
Esse outro site de hospedagem é cheio de coisinhas legais, tipo, a gente consegue agrupar os posts por categorias. Esse é inglês, e tem o equivalente deles em italiano, que é o http://www.splinder.com
Estou testando, quem sabe mudo…

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