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Disciplina
Disciplina é a capacidade que permite í razão ser mais forte e vencer nossas vontades e nossa preguiça. É porque desenvolvemos essa qualidade que conseguimos fazer exercícios maçantes todos os dias na mesma hora; que evitamos comidas com muitas calorias ou prejudiciais í saúde; que nos faz abrir mão de coisas materiais para poupar e atingir um objetivo maior. Pessoas disciplinadas conseguem estudar quando, na verdade, estavam com vontade de assistir í televisão ou bater papo com os amigos.
Não resta a menor dúvida: os disciplinados terão maiores chances de sucesso nas atividades í s quais se dedicarem. Entre talento e disciplina, é melhor ter os dois. Porém, a longo prazo, esta última é mais importante. Mas precisa ser conquistada.
É verdade que há pessoas que aceitam melhor as contrariedades. Essa capacidade de aceitação aumenta í medida que se desenvolvem a linguagem e o raciocínio lógico. Ambos nos ajudam a compreender por que nossas vontades nem sempre podem ser satisfeitas. Aprendemos a suportar melhor a dor.
O adulto experimenta enorme satisfação quando se sente disciplinado. Sim, porque é nestes momentos que nos consideramos animais mais sofisticados, que definimos com propriedade de racionais.
A alegria íntima de quem se levanta cedo, faz exercícios e chega na hora certa aos compromissos assumidos é algo que não pode ser subestimado. Sentimo-nos fortes quando conseguimos nos controlar – coisa muito difícil. Sentimos que vencemos a batalha mais árdua: a interior. A auto-estima cresce.
Devemos aprender, desde cedo, a abrir mão das vontades, sempre que a razão assim achar conveniente e útil.
*Texto livremente adaptado do artigo “Disciplina e Educação” do médico Flávio Gikovate.