Dia 05

 a-elegancia-do-ouriçoDia 05 — Um livro que lhe faz sorrir
A Elegância do Ouriço

 Não, não é um livro alegre, nem de longe. Mas é um livro que faz com que eu me sinta feliz, que faz com que eu me lembre quem acho que sou. Que faz com que eu me lembre que é possí­vel ser elegante no meio do caos, da feiura, de tanto espinho. Que é possí­vel não trair tanto a si mesmo. Que é possí­vel que a arte seja a salvação mesmo, que a literatura tenha seu papel de redenção. E com esse livro  eu sempre lembro de algo que eu falo desde nova, que a vida vale a pena nem que seja pelo tanto de livro tão bom que tem ainda por ler, música boa por ouvir e filme bom por assistir.  Por isso é um livro que sempre que eu penso nele, eu não consigo evitar de sorrir.

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ELEGí‚NCIA DO OURIí‡O, A

Formato: Livro
Tradutor: D’AGUIAR, ROSA FREIRE
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA – ROMANCES
ISBN: 8535911774 ISBN-13: 9788535911770
Idioma: português
Número de páginas: 352
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Sinopse

í€ primeira vista, não se nota grande movimento no número 7 da Rue de Grenelle: o endereço é chique, e os moradores são gente rica e tradicional. Para ingressar no prédio e poder conhecer seus personagens, com suas manias e segredos, será preciso infiltrar um agente ou uma agente ou – por que não? – duas agentes. É justamente o que faz Muriel Barbery em A elegância do ouriço, seu segundo romance.
Para começar, dando voz a Renée, que parece ser a zeladora por excelência: baixota, ranzinza e sempre pronta a bater a porta na cara de alguém. Na verdade, uma observadora refinada, ora terna, ora ácida, e um personagem complexo, que apaga as pegadas para que ninguém adivinhe o que guarda na toca: um amor extremado í s letras e í s artes, sem as nódoas de classe e de esnobismo que mancham o perfil dos seus muitos patrões.
E ainda há Paloma, a caçula da famí­lia Josse. O pai é um figurão da polí­tica, a mãe dondoca tem doutorado em letras, a irmã mais velha jura que é filósofa, mas Paloma conhece bem demais o verso e o reverso da vida familiar para engolir a história oficial. Tanto que se impõe um desafio terrí­vel: ou descobre algum sentido para a vida, ou comete suicí­dio (seguido de incêndio) no seu aniversário de treze anos. Enquanto a data não chega, mantém duas séries de anotações pessoais e filosóficas: os Pensamentos profundos e o Diário do movimento do mundo, crônicas de suas experiências í­ntimas e também da vida no prédio.
As vozes da garota e da zeladora, primeiro paralelas, depois entrelaçadas, vão desenhando uma espiral em que se misturam argumentos filosóficos, instantes de revelação estética, birras de classe e maldades adolescentes, poemas orientais e filmes blockbuster. As duas filósofas, Renée e Paloma, estão inteiramente entregues a esse í­mpeto satí­rico e devastador, quando chega de mudança o bem-humorado Kakuro Ozu, senhor japonês com nome de cineasta que, sem alarde, saberá salvá-las tanto da mediocridade geral como dos próprios espinhos.