Algumas coisas que eu acho intrigantes:
Por que ter um pouco de “cultura” é ofensivo, muitas (e muitas e muitas) vezes por si só? Porque sempre parece que é pessoal? (Não, eu não estou falando de mim, que eu não sou culta).
Acho incrível isso, parece ofensivo que as pessoas saibam as coisas e digam que sabem. Acho incrível porque isso não me ofende, me causa admiração e inveja, e eu queria entender o mecanismo de quem se ofende. E por zeus, eu já vi isso acontecer tanto tanto tanto…E sempre fico com cara de ué? Como assim? Na paz, só pra entender.
Penso que seria mais ou menos como ficar ofendida com a beleza. Já pensou sentir-se ofendido com a sinples presença da Ana Paula Arósio? Da Catherine Zeta-Jones? Do Gael Garcia Bernal? Heim? Heim?
Engraçado né? Será que é porque a cultura supostamente dependeria de um esforço pessoal e a beleza não? Sei lá…
Eu gosto de saber, gosto muito. Deve ser o eixo 3-9 super ativado no meu mapa. Pena não ter o aparato necessário para aprender mais, saber mais.
Mas eu entendo perfeitamente que esta não é a praia de todo mundo. E daí né? Cada um com seu cada qual como diz o outro e a minha mãezinha querida. Que aliás quando nova era linda que só vendo!!!! Vou perguntar a ela se alguém já se ofendeu com a beleza dela. Mas ela não vai saber, ela desde o inicio dos tempos se acha feia, uma dó.
Estou só viajando, este é um post viação Hell man’s.
Por que as pessoas mais radicais e intolerantes normalmente são as que mais se irritam e ficam radicalmente inflamadas com radicalismos?
Aliás, falta uma palavra na língua portuguesa que signifique inveja sem desejo de que o outro perca a coisa invejada ou sem desejar o mal. O termo que por si só designaria a chamada “inveja branca”. Será que tem e eu não sei? Porque não seria só admiração. Seria um misto de admiração e vontade de ter, sem o componente maléfico. Ou será que o componete maléfico não é um componente do significado da palavra inveja? Mas acho que é, senão não seria um dos sete pecados capitais.
É realmente estranho quando as pessoas se ofendem com essas coisas. Especialmente com as coisas que não caem do céu, que levam tempo, esforço, trabalho mesmo pra alcançar, como a cultura. Oras, se é questão de esforço, tempo e trabalho, o invejoso também pode chegar lá, certo? Errado, pq ele não quer. Isso de esforço cansa e ter inveja gasta menos energia. Que fiquem cômodos! Eu vou voltar pro meu livro…
Beijoca!
Nalu, também não consigo entender como as pessoas se sentem ofendidas por tão pouco. Adorei o comentário da Dani, acima!
Beijos!
Sabe, Nalu, acho que vou embarcar na sua Hell Man´s. Estive pensando e acho que até entendo que o conhecimento e a demonstração deste provoquem repulsa em algumas pessoas, afinal vivemos num paÃs tão inculto, onde cultura é quase artigo de luxo. Sei lá, acho que estou viajando mesmo, mas o que você acha? Não pode ser por aÃ? Somos tão poucos com acesso ao conhecimento, que temos a chance de nos encantar com ele e a possibilidade de desejarmos conhecer mais…
Adoro vir por aqui, embora o tempo não me permita que eu o faça com a freqüência que desejo. Sempre trazes muitas coisas bacanas pra gente refletir.
Ah,e amei o post do Tatá. Bjs “mis”!
nalu, acho que existe sim a inveja branca. É quando se quer ter algo, mas conseguimoEs ficar feliz por quem o tem. eu sinto muito isso.
E pra mim a beleza alheia me é mais ‘estranha’do que a cultura, exatamente porque a cultura a pessoa pode ter se esforçado pra ter, enquanto a beleza ela pode simplesmente ter nascido assim. Mesmo assim uma coisa que me atrai é a beleza, feminina, masculina ou de qualquer coisa. O mundo merece ser embelezado…
beijos!!
“Em verdade, em verdade, vos digo:-Quem tem ouvidos pra ouvir que ouça!”