o poder do agora

coisas.jpgNo meu dia tem que ter: (ou eu gostaria que tivesse)

1. duas xí­caras de chá verde
2. um copo de suco de hortelã
3. 3 porções de frutas, verduras e legumes (no mí­nimo)
4. Uma sessão de histórias com Tatá
5. uma carta de tarô
6. uma carta de baralho cigano
7. uma hora de estudo(no mí­nimo)
8. uma hora de leitura(no mí­nimo)
9. 3 sessões de qi mental
10. Pelo menos uma sessão de meditação
11. uma sessão de cuidados com a pele
12. uma sessão de balanço do dia
13. uma sessão de anotação do dia

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Mas não estou dando conta de tudo. Na verdade de quase nada. Vou ver se compro de novo este livro: O poder do Agora ( que eu tinha e dei) pra ver se consigo engatar na saga de prestar atenção. Eu sempre estou perdendo o fio da meada a partira da tarde, a partir da hora que saio pra trabalhar. Como meu trabalho não tem rotina nem horário, nem local fixo, eu muitas vezes me embanano e faço besteiras.

Coloco o livro ai pra quem quiser dar uma olhada, baixar, espiar, etc.

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o Poder Do Agora – Eckhart Tolle

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a louca

O Louco
Imagem do Tarô da Criança interior

O Louco


Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”

Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim. E quando cheguei í  praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.

Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”

Assim me tornei louco.

E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.

Gibran Khalil Gibran – O Louco – Editora Acigi – 1999
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Aí­, eu não tenho nada pra dizer agora. Mas preciso vir aqui, já viu né? Um pouco de falta de atenção e olha, lá se vão… Acho que preciso de contratar uma empresa de vigilância, pra me lembrar de não esquecer que eu preciso me lembrar incessantemente. Porque minha louca menininha interior se esquece que a vida é séria e vive correndo atrás de borboletas açucaradas e coloridas. Sabe, essa menininha acha que a vida é curta, que não pode ser prisioneira de restrições e dias cinzas…

E eu, como boa mãe preciso orientar essa enininha, antes que ela apodreça sem amadurecer. Mas pelo visto não estou sendo boa mãe, porque a menina me escapa e se machuca constantemente. Ai eu penso se não seria melhor contaratar uma empresa para vigiar a menininha elbrar a ela que a vida pode seim er uma chatice sem fim em alguns perií­odos, as que a longo prazo compena. Mas como explicar isso pra uma menina de 2 anos de idade?

distracção

distracção
do Lat. distractione
s. f., acto de separar uma parte de um todo; falta de atenção; abstracção;
inadvertência;
irreflexão;
alheamento;
divertimento;
passatempo;
recreação.
Coisa mais louca: para um dia meu ser bom em termos alimentares, eu preciso prestar atenção. O tempo todo. Preciso pensar em comida o tempo todo, sem cessar, de forma obsessiva.
Se eu me distraio um pouquinho, baubau, lá se foi um dia. Isso é serio, eu já percebi como é grave isso em mim. Eu tenho que praticar a atenção plena. E como isso é cansativo… e chato e perigoso. Porque eu preciso pensar e o tempo todo em não comer. E todo mundo sabe que poder tem o “não” para o inconsciente.
Eu espero que isso se automatize algum dia e eu possa voltar a comer normalmente, da maneira que as pessoas normais comem.
Meu problema é com os abismos e as borboletas. Eu não consigo ultrapassar meus abismos porque estou sempre atrás das borboletas…

Leitura do dia: Gula

meme

“Quiero veneno para morir o
sueños para vivir.”

Gunnar Ekelí¶f
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Vou responder í  brincadeira que a Ge passou para mim. Obrigada pela lembrança, Ge! Não vou repassar pra ninguém em especial, quem quiser responder, pode fazer, se quiser fazer nos comentários, também vale.
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1. O QUE MAIS GOSTO EM MIM? Da minha voracidade pela vida.
2. O QUE MENOS GOSTO? Da minha voracidade pela vida.
3. O QUE MAIS GOSTO DE FAZER? Ler, aprender, conversar, namorar, agarrar meu filhote.
4. O QUE MAIS GOSTO DE COMER? Doces em geral, doces macios e cheios de chocolate, muito chocolate.
5. O QUE DETESTO COMER? Eu não como nada que eu deteste.
6. COMO ME SINTO HOJE EM RELAí‡íƒO A MEU CORPO? Aprisionada, estrangeira, alienada, infeliz
7. COMO EU QUERO ME SENTIR EM RELAí‡íƒO A MEU CORPO? Eu quero me sentir bem, cuidada, normal.
8. COMO EU ENCONTRO FORí‡AS PARA SEGUIR EM FRENTE? Na verdade, na verdade, ainda não encontrei, eu estou estagnada, ora andando pra trás. Mas não perco o urubu de vista.
9. O QUE VOU FAZER QUANDO ATINGIR O MEU PESO? Nossa, nem sei, nem consigo elaborar isso direito. Mas acho que vou dar uma festa, mesmo que seja uma festa interna. Vou ser muito feliz, eu acho.
Tem mais sobre mim aqui.

um post muito grande

Uma vez que somos destinados a viver as nossas vidas na prisão das nossas mentes, o nosso dever é mobiliá-las bem
Peter ustinov
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Hoje eu resolvi começar mais um programa de emagrecimento. Bilionésima vez. Ops, mas eu dise que não ia mais contar. Só que são oito horas e dezesseis minutos e eu já esgotei a minha cota de alimentação. E estou mega, super, ultra estressada. Por conta de coisas graves acontecendo no trabalho. E olha, o meu trabalho é o grande responsável por eu ter engordado tanto esses anos. O meu trabalho não, claro, mas a forma como eu lido com ele. Tem dez anos que eu estou nesse trabalho, que é maravilhoso por um lado o trabalho dos sonhos em termos de horas trabalhadas/recompensa. Mas do ponto de vista emocional pode í s vezes ser massacrante. E eu não aprendi ainda a lidar com isso.

O processo é o seguinte: acontece alguma coisa ruim. Minha primeira reação é o stress, puro e simples, até porque algumas vezes eu realmente tenho a integridade fí­sica ameaçada. (A integridade emocional ameaçada é a rotina do meu trabalho, mas as vezes acontece de o fí­sico estar em perigo também.)Então, sem que eu possa fazer nada, o gatilho do stress é disparado, e eu sinto que uma reação em cadeia toma conta do meu corpo, que chega a doer. Ai eu me lembro de anos e anos tentando controlar o stress, racionalmente, emocionalmente, com técnicas de relaxamento, com sermões auto-aplicados e etc. e tal e um tempo depois eu consigo não prolongar o stress. Mas aí­ já ferrou um pouco pelo menos. Claro que seria pior se eu não conseguisse nem mesmo controlar depois. Mas um dano no organismo faz. E é muito mais dificil controlar a fome, a gula ou o que seja nesse nivel. (Não, eu não estou me desculpando, eu sou adulta e não preciso disso, eu apenas estou narrando o que acontece comigo.)

E hoje, eu fiquei muito, mas muito estressada com algo no trabalho. Num ponto muito crônico, dificil mesmo de controlar. Até pq não foi só esse acontecimento. Ele foi o coroamento de um processo que eu vivi nesse semestre. Um processo ruim. E ai eu chegei em casa e não tinha nada pra comer, nada saudável. Daí­ fiz uma refeição que se encaixava na cota diária, mas que era calórica e nada saudável, por puro cansaço e esgotamento.

Ai descansei, mas o stress do dia, o ruminar e a expectativa de um plantão ininterrupto de 24 horas amanhã me fizeram implorar por uma compensação oral, por mastigar, ruminar alguma coisa. Eu queria um cigarro na verdade. Mas como tem alguns anos que eu parei de fumar, não podia e eu não ia dar essa pala, claro. Ai tinha biscoito polvilho. Que eu comi um tanto (eu não canso de dizer que essa comida é patética). Um tanto controlado, se comparado a outras vezes, mas que fez um estrago na minha cota.

E vejo como preciso aprender a lidar com isso, como estou engatinhando ainda nesse processo todo. Mesmo depois de tanto tempo nessa, mesmo depois de 3 anos de blog, mesmo depois de tudo, eu ainda sou uma retardada alimentar. Ou emocional, sei lá. Ainda bem, já dizia o poeta, que a esperança é um urubu pintado de verde.

P. S. Enquanto eu escrevia este post, meu pc queimou. Explodiu, escafedeu-se. Com direito a um cheiro insuportável de queimado que se alstrou pela casa e está grudado aqui. Ainda bem que eu estava escrevendo este post no google docs, que salvou automaticamente. Mas perdi o histórioco de uma vida inteira de nerd, aiaiaiai. Ainda bem que vão se os dedos e ficam os anéis.

fio de cabelo

Não tema a perfeição.
Você jamais a alcançará.

Salvador Dali
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Dai que a corrente tem a força de seu elo mais fraco né? Pois eu descubro a imensa fraqueza da minha correntinha. É assim: a gente entra nessa onda de emagrecer e vai levando, emagrece aqui e ali, mas a gente sabe que algumas pontas estão soltas, as fraquezas. E nossa, as minhas são tantas, que eu nem dou conta de enumerar. Ai a dedução é que minha corrente é fraquinha que nem um fio de cabelo estragado. Cheia de elos partidos. Quase dá um bolero piegas.
Mas atenção é tudo. Ou deveria ser. Com atenção eu quero corrigir esses erros. Hoje tomei uma decisão de gente grande, espero que ela dê resultados. Na verdade espero nada, ela vai dar resultados, porque eu envelheci um dia de repente e não fica mais bem brincar de criancinha birrenta né?
Peso de hoje, 96,1. Tá brabo sair desse patamar,mas é aquela história, ou vamos ou venhamos. Eu vou ali fazer um cardápio pra amanhã e já volto. Que minha vida não tá moleza não, meus senhores, não tá moleza. Crescer não é fácil, ainda mais quando você tem outras vidas pra cuidar né messs? Beijos e até amanhã com novas músicas escolhidas especialmente pra você.

http://www.divshare.com/flash/playlist?myId=5767601-876

juí­zo

Vou recomeçar pela centé… Não, nem vou contar, não posso. Mas não posso também ficar sem vir aqui. Eu preciso de um grupo de apoio, eu preciso estar em contato com esses assuntos, alimentação saudável reeducação e etc, porque senão eu vivo como se amanhã não houvesse.
E vou gradativamente esquecendo as coisas e deixando uma rotina me engolir e eu esqueço das escolhas saudáveis e me afogo em açúcar.
Preciso voltar a escrever, a me lembrar. Eu não posso me distrair. Não agora. E comer é pra sempre, como eu li neste blog aqui, que me lembrou que eu preciso pensar em mim. Em cuidar de mim, porque senão…
Então comecemos bem a semana, querida. Tenta por um pouco de juí­zo nessa cabecinha oca, ok?

hoje

Então somos feitos para morrer presos na borda do poço para onde a verdade se retirou?



Rousseau
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Coisas a fazer antes de morrer de tão gorda. Ou diet or die. Ou ainda: Tentando ser feliz e ressuscitar.

  1. Comer quatro nozes de noite
  2. Comer duas frutas
  3. Tomar quatro xí­caras de chá
  4. Evitar a todo custo doces.
  5. Mastigar devagar, beeem devagaaaar…
Anotação mental: Dessa vez eu consigo
Segunda anotação mental: Isso se encaixa no treino de força de vontade que eu preciso fazer
Terceira anotação mental: Eu preciso conseguir, eu preciso provar pra mim mesma que sou confiável e não vou mais me trair.
Quarta anotação mental: Eu sou uma porca gorda
Quinta anotação mental: lembrar de não me dizer essas coisas.
Fiz uma página com a nova numerologia.
Arquivei os posts anteriores. Começo hoje amanhã tuuuuuudo de novo. Sem mais lenga lenga. A amiga querida deu a idéia. E eu vou entrar no projeto rumo aos quarenta em boa forma. Mental e fí­sica.

não posso nem imaginar

Alguns dias atrás eu estava no meio de um pensamento, quando uma idéia me surgiu, a idéia de eu me imaginar, mas imaginar mesmo, magra. E eu que fazem exatos 3 anos estou lutando muito pra emagrecer e – ironia das ironias – engordei e não foi pouco, percebi que na verdade nunca tinha me imaginado realmente magra.

Realmente mesmo. Que essa idéia na verdade me assusta e muito. Não sei porque, não vem ao caso, eu não consigo mais fazer esforço para descobrir o porque. Mas foi uma constatação que me assustou bastante. Porque depois de três anos devorando livros e auto conhecimento, dissecando os caminhos do meu cérebro no que diz respeito a engordar, eu achava que não houvesse ainda um recanto tão óbvio escondido. Mas tem. Eu quase entrei em pânico quando comecei a me forçar a imaginar como seria a vida comigo magra. Não foi no sentido de visualização, no sentido do qi, de formar uma imagem mental não, nada disso.

Foi mais no sentido de imaginar quem eu seria magra de novo. Isso me assustou muito, de uma maneira que eu não achava possí­vel. O fato é que eu fugi da imagem de magra. Foi quase como se eu estivesse cometendo um sacrilégio, um pecado, um crime ao imaginar a minha vida comigo magra. E isso foi surpreendente. E eu fiquei curiosa pra saber quem eu seria magra de novo? Eu realmente e conscientemente tenho medo de algumas coisas nessa brincadeira, tenho medo de que aconteçam algumas coisas se eu ficar magra, mas eu sempre que pensava nisso achava que os prós eram maiores. Mas meu inconsciente, subconsciente ou seja lá como se chama essa parte de mim, me avisou que não, que algo em mim ainda acha que os prós são menores. Que ainda foge apavorado com a simples idéia de me ver magra.

rê bordosa

Viver cometendo erros não é só mais digno, é mais útil do que viver sem fazer nada.

George Bernard Shaw
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Mais de uma semana sem vir aqui. Tudo parou e eu comi como se amanhã não houvesse. Crises homéricas de compulsão, crises de ressaca moral, de tudo e mais um pouco. Sem deprimir, sejamos claras. E eu olhava pra mim mesma e mal podia acreditar no que fazia. Sem frutas, sem verduras, sem arroz integral. Sem meditação, sem o qi. E com quase zero do meu suco sagrado de hortelã. E sem água. Um deserto total, uma vontade de me acabar inteira. Foi tanto açúcar que eu fiquei horrí­vel, envenenada e intoxicada de açúcar. Minha pele está péssima, eu me senti cansada, cansada, doente, sem forças.
Tudo bem que foi semana de TPM, mas foi uma orgia alimentar. Foi um descuidar sem fim.
E havia a possibilidade de eu estar grávida, o que me enchia de alegria e medo. Foi bom esse susto pra colocar ordem na cabeça. Foi uma semana em que eu pensei muito, muito. Existiram muitos posts não escritos, muitos caminhos que eu esqueci no meio de um bombom ou de um prestí­gio.
E claro que a balança marcou um número horrí­vel, inacreditável, ao mesmo tempo que a cabeça e o coração brigaram e muito. Ao tempo que eu me olho mais uma vez e vejo como não posso confiar em mim, como sou a bêbada que promete mais e mais uma vez parar de beber e nem ao menos termina a frase e já enche o copo de cachaça.
Mas uma semana nova começa e só pra não fugir do clichê (porque querer emagrecer é um imenso, enorme, inacreditável clichê), hoje é o primeiro dia.Amanhã, ou mais tarde volto com novidades e com uma descoberta, um insight, digamos, que me ocorreu esta semana.

Um homem vai ao médico e pergunta: “será que viverei até os cem anos? O médico lhe responde: “Você fuma”? “Não”, foi a resposta. “Bebe? Come bem? Se arrisca de vez em quando? Faz amor sempre, todo dia? Viaja? Se cansa”? “Não”, era a resposta. Ao que o médico encerra o diálogo: “então, para que você quer viver até os cem anos”?