Dia 19

mitobelezaDia 19 — O livro de não ficção favorito
O Mito da Beleza
 

“O Mito da Beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres”, de Naomi Wolf, foi publicado no Brasil em 1992. Hoje é difí­cil de ser encontrado, apesar de ainda ser bastante atual. O texto da quarta capa permite uma pálida idéia do conteúdo do livro:

“Estamos em meio a uma violenta reação contra o feminismo que emprega imagens de beleza feminina como arma polí­tica contra a evolução da mulher” – diz Naomi Wolf nesse livro de leitura agradável, repleto de dados estatí­sticos e observações sagazes.
Liberada, profissionalmente capaz de competir com os homens em todos os ní­veis, ativa, apta a lidar com a dupla jornada – trabalho e lar -, a mulher de hoje enfrenta, na realidade, uma tripla jornada. Nas horas de folga de suas múltiplas atribuições, ela investe obsessivamente em sua beleza, para manter a juventude e a formosura que lhe permitirão preservar justamente trabalho e lar.
Versão moderna dos controladores sociais instituí­dos pela Revolução Industrial, o mito da beleza não deixa a mulher vencer seu maior dilema: o espelho nem sempre lhe retornar as imagens que a pornografia e a publicidade instituí­ram como os novos sí­mbolos do sagrado.
Com O mito da beleza Naomi Wolf surpreende quem achou que a mulher havia percorrido todos os caminhos possí­veis e reatualiza as trilhas apontadas por pioneiras como Gloria Steinem e Germaine Greer.

Entrevista de Naomi Wolf í  Revista Época
http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2013/01/naomi-wolf-cultura-reprime-o-desejo-das-mulheres.html Continuar lendo Dia 19

Modernidade e Holocausto

Modernidade e Holocausto
Zygmunt Bauman
Brochura
14 x 21 cm
268pp
R$ 52,00
ISBN:
978-85-7110-483-9
Tradução: Marcus Penchel
SINOPSE

Este livro – que fez jus ao prêmio Amalfi (1989), concedido ao melhor livro de sociologia publicado na Europa – discute o que a sociologia pode nos ensinar sobre o Holocausto, concentrando-se mais particularmente, porém, nas lições que o Holocausto tem a oferecer í  sociologia.
Zygmunt Bauman, sociólogo de origem polonesa, ressalta aqui como o significado do Holocausto pôde ser subestimado em nossa compreensão de modernidade: ora o Holocausto é reduzido a algo que aconteceu com os judeus, ora é visto como representando aspectos repulsivos da vida social que o progresso da modernidade irá gradualmente superar.
Não há nada comparável a este livro na literatura sociológica. Sutil, porém intenso e perturbador, causará grande impacto tanto naqueles que lidam diretamente com a disciplina da sociologia como nos interessados por um dos fenômenos mais terrí­veis de nosso tempo.

Promiscuidades

“Não existem boas moças.
Todas nós somos ordinárias,
no melhor sentido da palavra.”

Naomi Wolf

Tem alguns tempo que eu estou com dificuldade de terminar um livro. Eu nunca consigo ficar sem ler, não se passa um dia sem que eu leia algumas páginas, mas tem tanta coisa interessante, tem tanto livro bom pra ler que eu sempre começo um monte e vou pulando de galho em galho e não termino. No momento eu luto pra terminar esses
quatro aqui
, mais especialmente o das compulsões, porque os outro vão devagar, devagar mesmo.

Mas daí­ a bocó me chama pra ler um livro de uma autora que eu gosto muito, a Naomi Wolf. E eu aceitei. Modos que comecei mais um livro. E de cara já gostei do resumo que catei por aí­ na internet. O livro é Promiscuidades.

Ai embaixo tem informações sobre ele. Retiradas daqui

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Em seu novo livro Promiscuidades, Naomi Wolf fala do amadurecimento sexual da mulher. Com divertidas e ousadas histórias, ela ilustra o medo e a empolgação, as fantasias e realidade que compõem a jornada de descoberta erótica e emocional da jovem contemporânea. Revela os jogos sexuais, as paixões proibidas, a perda da virgindade e os ritos da iniciação Segundo Naomi Wolf, a sexualidade das adolescentes de hoje está comprometida. Numa sociedade sem ritos de passagem que orientem as meninas até a idade adulta, são poucos os marcos que indicam como crescer e se transformar numa mulher sexualmente ativa, saudável, dotada de amor-próprio. A partir dessas constatações a autora propõe mudanças no comportamento dos pais em relação í  educação das filhas com o objetivo de criar uma ética de “maturidade” e uma ética de “responsabilidade sexual” que ajudarão as jovens a reconhecer o momento certo de se tornar mulheres.

Ao esclarecer a influência do mito da “piranha imaginária” que condiciona o desenvolvimento sexual da mulher, Promiscuidades examina o preconceito que se abate tanto na juventude, quando um simples “ficar com” pode provocar comentários negativos, quanto na idade adulta: “As mulheres, estejam elas escrevendo, lutando pela guarda dos filhos, entrando com uma ação por assédio sexual, ou apenas tentando fazer seu trabalho, temem ser definidas pejorativamente, muito mais do que os homens, por sua experiência sexual.”

Promiscuidades é também uma convocação a mulheres de todas as idades a não só reivindicar, mas também celebrar a natureza extraordinária de sua sexualidade.

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Sobre a autora

Assessora informal da primeira dama dos Estados Unidos Hillary Clinton, a escritora americana Naomi Wolf formou-se em literatura pela Universidade de Yale em 1984 e obteve bolsa de doutorado na Universidade de Oxford, Inglaterra. Seu primeiro livro, O mito da beleza, despertou a atenção de homens e mulheres, o entusiasmo de feministas e crí­ticas acirradas dos contrários ao movimento. Tornou-se um best-seller internacional, traduzido e vendido em 14 paí­ses. Suas palestras, trabalhos para revistas e televisão, bem como consultoria a personalidades polí­ticas, a confirmam como uma das grandes pensadoras do feminismo americano, hoje.

vida para consumo

VIDA PARA CONSUMO
A transformação das pessoas em mercadoria
Zygmunt Bauman
Tradutor:  MEDEIROS, CARLOS ALBERTO
Editora: JORGE ZAHAR
Assunto: CIENCIAS SOCIAIS-SOCIOLOGIA
ISBN: 853780066X ISBN-13: 9788537800669
Livro em português – Brochura
1ª Edição – 2008

Um dos mais perspicazes pensadores da atualidade, Bauman nos revela neste livro a verdade oculta, um dos segredos mais dissimulados da sociedade contemporânea: a sutil e gradativa transformação dos consumidores em mercadorias. As pessoas precisam se submeter a constantes remodelamentos para que, ao contrário de roupas e produtos que rapidamente saem de moda, não fiquem obsoletas. Bauman analisa como a sociedade de produtores moderna foi gradualmente se transformando em uma sociedade de consumidores. Nessa nova organização social, os indiví­duos se tornam ao mesmo tempo promotores de mercadorias e também as próprias mercadorias que promovem, e todos habitam o espaço social que costumamos descrever como “o mercado”.
O sociólogo examina ainda o impacto da conduta consumista em diversos aspectos da vida social: polí­tica, democracia, comunidades, parcerias, construção de identidade, produção e uso de conhecimento. E dá especial atenção ao mundo virtual: redes de relacionamento, como Orkut e MySpace, não refletem a idéia do homem como produto?
Sobre o autor: ZYGMUNT BAUMAN é um pensador clarividente, autor de inúmeros best-sellers e professor emérito de sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia. Tem outros 14 livros publicados no Brasil

O Intolerável Peso Da Feiúra

O INTOLERíVEL PESO DA FEIíšRA

JOANA DE VILHENA NOVAES

ISBN: 8576171090
Editora: EDITORA GARAMOND
Número de páginas: 272
Encadernação: Brochura
Edição: 2007

“Beleza é artigo de primeira necessidade”: este é o lema que perpassa os depoimentos das mulheres entrevistadas por Joana Vilhena ao longo dos dez anos de sua pesquisa de campo. Nas academias de malhação, nas antes-salas das clí­nicas de cirurgia plástica, ou nos grupos de pacientes a espera de gastroplastia redutora, há o consenso: “só é feia quem quer”. E quem não quiser se enquadrar nos atuais cânones de beleza sofrerá o merecido castigo da rejeição e da exclusão. Pois beleza e feiúra nada têm de “natural”. São vivenciadas em termos morais, e lembra a autora que a feiúra era vista, pelos antigos gregos, como reveladora de defeitos de caráter. Na sociedade ocidental contemporânea, que se define pela busca narcisista do gozo imediato e pelo abandono dos valores religiosos, culpa e pecado emigram para o terreno da modelagem do corpo.

Monique Augras. Veja


No decorrer da história das artes houve uma ruptura no conceito de um padrão único de estética. Vários artistas sofreram por essa mudança, que significou um redesenho de todas as possibilidades de entendimento sobre a forma. Nas artes a tirania da figura-fundo e do desenho em perspectiva linear foi enfrentada, não sem preço, que o diga Van Gogh, permitindo para o mundo culto e erudito uma estética das possibilidades e da tendência ao infinito pela multidiversidade.
No entanto, nosso corpo, e em especial o corpo feminino, não experimentou essa ruptura estética. O texto de Joana Vilhena de Novaes nos fala desta tirania estética. Se numa viagem no tempo descobrimos que esta imposição estética sobre o corpo ocorreu em várias épocas, de diferentes maneiras, ela agravou-se no tempo de hoje.
Joana nos oferece uma dimensão trágica desta tirania sofisticada do contemporâneo. Porque temos a possibilidade de modificarmos o nosso corpo com o desenvolvimento de uma infinidade de tecnologias, que vão desde as tecnologias de educação fí­sica í s cirurgias de correção, a manutenção de um corpo nãp adequado passou a ser considerada socialmente como um desvio de caráter e um ato de vontade.
A tirania estética atual transformou o corpo inadequado de outrora, que podia ser considerado no locus simbólico do sujeito vitimizado, para um outro lugar, onde o sujeito passou a ser responsabilizado por não estar com seu corpo adequado.
A gravidade aumenta quando sabemos que no universo simbólico o padrão é etéreo e difí­cil de ser objetivado e mensurado. A perfeição idealizada encontra na realidade sempre alguma imperfeição que, segundo a autora, obrigarão o sujeito í  submissão de uma bateria de esforços absolutamente insanos e cruéis, em busca de um modelo inalcançável.
Joana Vilhena de Novaes é uma crí­tica do comportamento contemporâneo e nos oferece um belo texto, permeado de uma ironia maravilhosa, que se oferece como um libelo de liberdade.

Ricardo Vieiralves de Castro
Professor da UERJ
Diretor do Museu da República


SOBRE A AUTORA

Joana de Vilhena Novaes é doutora em Psicologia Clí­nica pela PUC-Rio e coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social (LIPIS) da Vice-Reitoria Comunitária da PUC-Rio. A autora é também consultora de várias empresas para assuntos de estética feminina e possui considerável número de artigos publicados em periódicos, revistas e jornais no Brasil e no exterior.

 

Breve história do feminismo no Brasil

Breve História do Feminismo no Brasil – Maria amélia de Almeida Teles
Editora: Brasiliense
ISBN: 8511021450
Ano: 1993
Edição: 1
Número de páginas: 179
Acabamento:
Brochura
Formato: Pequeno
Coleção: TUDO É HISTí“RIA

A história da condição da mulher brasileira não foge í  regra universal da opressão do feminismo ao longo dos tempos. Reunindo algumas ações individuais e coletivas de mulheres brasileiras – incluindo a repressão especí­fica í s mulheres durante a ditadura – com uma vivência no movimento feminista de São Paulo, a autora incita a pensar na possibilidade de criar um novo pensamento, prática e ação, diferente do poder patriarcal.
 
Breve história do feminismo no Brasil
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o mito da beleza

mitobelezaUm dos meus livros preferidos está disponí­vel para baixar em ebook. Achei maravilhoso, porque ele esta esgotado e é bem difí­cil de encontrar. Eu achei acho que ler esse livro é como ir pra guerra, ter um filho, e etc., nunca mais se é a mesma pessoa, não se vê mais o mundo do mesmo jeito. Comigo pelo menos. Adorei, apesar de ter achado uma leitura dolorida. Mas como tudo em mim é dolorido mesmo, relevem e leiam se puderem. Aqui.

Livro: O MITO DA BELEZA – Como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres
Autora: Naomi Wolf
Tradução: Waldéa Barcellos
ISBN:85-325-0131-1
Páginas: 440
Formato : 14×21

O Desafio do Conhecimento

001082

DESAFIO DO CONHECIMENTO, O
PESQUISA QUALITATIVA EM SAUDE
Autor: MINAYO, MARIA CECILIA DE SOUZA
Editora: HUCITEC
Assunto: MEDICINA E SAUDE-SAUDE PUBLICA
ISBN : 8527101815
ISBN-13: 9788527101813
Livro em português
Brochura – 16 x 23 cm 10ª Edição – 2007 – 408 pág.

Em sua nova edição, O DESAFIO DO CONHECIMENTO apresenta um conteúdo ampliado e aprimorado das oito edições anteriores, trazendo ao leitor uma reflexão madura sobre pesquisa social e pesquisa qualitativa em saúde. A autora, uma das mais importantes cientistas sociais do campo da saúde no Brasil, oferece aos leitores orientações sobre teoria, metodologia, estratégias, técnicas e exemplos práticos a partir de seus mais de trinta anos de experiência profissional. Por isso, este livro problematizador e questionador apresenta também instrumentos práticos para o passo de uma investigação.
Pela sua complexidade e abrangência, é uma obra imprescindí­vel para cientistas sociais, planejadores, epidemiologistas e para diferentes categorias de investigadores, profissionais e estudantes que se proponham a pesquisar utilizando a abordagem da pesquisa social qualitativa.

A Estrutura Das Revoluções Cientí­ficas

Coleção: DEBATES, 115
Autor: KUHN, THOMAS S.
Tradutor: BOEIRA, BEATRIZ VIANNA
Editora: PERSPECTIVA
Assunto: CIENCIAS/FILOSOFIA E HISTORIA
ISBN : 8527301113
ISBN-13: 9788527301114
Livro em português
Brochura
8ª Edição – 2003 – 264 pág.

Obra tida hoje como uma contribuição fundamental para o estudo da história das ciências e das idéias. í€ sua luz, as revoluções sociotecnológicas e polí­ticas do mundo moderno são reintegradas no processo estrutural especí­fico, assim como no contextual. Kuhn argumenta que a ciência não é estacionária, mas, ao contrário, “uma série de interlúdios pací­ficos pontuados por revoluções intelectualmente violentas”.

Sobre a Felicidade

9788579391446

Sobre a Felicidade

Ansiedade e Consumo na Era do Hipercapitalismo

Autor: Renata Salecl
Editora: Alameda
1ª edição, 2005, São Paulo
Páginas: 58
Formato: 14 x 22 cm
Acabamento: Brochura
ISBN: 859832517-1

Neste ensaio, que apresenta ao leitor brasileiro sua autora, Salecl faz uso do imenso arsenal disponí­vel na história da cultura, da psicanálise í  filosofia de Walter Benjamin, dos mais recentes estudos sobre a ansiedade e o consumo ao fenômeno dos livros de auto-ajuda, a fim de colocar o atual momento da história (e as rápidas e crescentes mudanças na ordem da economia, da tecnologia e da sociedade) em um imaginário divã. Após a leitura de Sobre a felicidade, será difí­cil continuar acreditando que a democracia representativa faz as pessoas livres, ou que a simples visita a um supermercado é um ato inocente.

A autora: A socióloga e filósofa eslovena Renata Salecl, pertencente ao grupo do filósofo Slavoj Zizek, estuda os fenômenos comportamentais no atual momento do capitalismo. Professora na London School of Economics e na University of Cambridge, na Inglaterra, ela é autora de On Anxiety (Routledge, 2004) e Perversions of Love and Hate (Verso, 2000).
 

***Livro todo lido. Concluí­do em 20/03/07