50 perguntas que libertam a mente

“Algún dí­a en cualquier parte, en cualquier lugar indefectiblemente te encontrarás a ti mismo, y ésa, sólo ésa, puede ser la más feliz o la más amarga de tus horas.”

Pablo Neruda

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Eu vi no blog da Ana Paula, o Colorida Vida, um post falando sobre estas perguntas. Eu li e fiquei encantada com elas, estou meditando mesmo sobre cada uma, acho que realmente podem abrir a cabeça. Por isso vou deixar essas perguntas aqui, primeiro porque acho que tem tudo a ver com o lance de emagrecer. Emagrecer nunca é só emagrecer mesmo.

E depois enquanto eu reformulo tudo que preciso reformular pra entrar nessa de cabeça de novo. No post , a Ana Paula fala que viu originalmente aqui.

Eu acho que vou responder uma pergunta por dia, por pos, ou por dia, mas no dia quando tiver tempo. Porque a verdade verdadeira é que um bebê de dois meses consome todo meu tempo. Quase todo, incrí­vel.

Foto sob licença creative commons, daqui.

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Essas perguntas não têm resposta certa ou errada.

Porque í s vezes fazer a pergunta certa é a resposta.

1. Qual seria a sua idade se você não soubesse quantos anos tem?

2. O que é pior, fracassar ou nunca tentar?

3. Se a vida é tão curta, por que a gente faz tanta coisa que não gosta e gosta de tantas coisas que não fazemos?

4. Depois que tudo for dito e feito, você terá dito mais ou feito mais?

5. Cite uma única coisa que você gostaria de mudar no mundo.

6. Se a felicidade fosse a moeda do paí­s, que tipo de trabalho te faria rico?

7. Você está fazendo aquilo em que acredita ou se acomodou com o que faz?

8. Se a expectativa de vida fosse de 40 anos, em que isso mudaria sua vida?

9. Até que ponto você controlou o caminho que sua vida tomou até aqui?

10. Você se preocupa em fazer certo as coisas ou fazer as coisas certas?

11. Você está almoçando com três pessoas que respeita e admira. Todas elas começam a criticar um amigo í­ntimo seu, não sabendo que é seu amigo. A crí­tica é injusta e de mau gosto. O que você faz?

12. Se você pudesse dar um único conselho a um recém-nascido, qual seria?

13. Você passaria por cima de uma lei para salvar uma pessoa amada?

14. Você já viu loucura onde depois viu criatividade?

15. Há algo que você sabe que faz diferente das outras pessoas? O que é?

16. Por que o que te faz feliz não faz todos felizes necessariamente?

17. Cite uma coisa que você ainda não fez mas que quer MUITO fazer. O que te impede?

18. Você está se prendendo a algo que não deveria?

19. Se você tivesse que mudar de estado ou paí­s, para onde iria e por quê?

20. Você aperta o botão do elevador mais de uma vez? Tem certeza de que isso acelera o elevador?

21. Você preferiria ser um gênio preocupado ou um Zé-ninguém feliz?

22. Por que você é quem você é?

23. Você tem sido o tipo de amigo que gosta de ter como amigo?

24. O que é pior, quando um bom amigo vai pra longe ou perder o contato com um amigo que mora bem próximo de você?

25. Cite algo pelo qual você é mais grato.

26. Você preferiria perder suas velhas recordações ou nunca poder construir memórias novas?

27. É possí­vel saber a verdade sem antes questioná-la?

28. O seu maior medo já se concretizou?

29. Você se lembra algo que te deixou extremamente aborrecido há 5 anos? Hoje, aquele episódio importa?

30. Qual é sua memória da infância mais querida? O que a faz tão especial?

31. Quando no seu passado recente você se sentiu mais vivo e intenso?

32. Se não agora, quando?

33. Se você ainda não alcançou o que quer, o que tem a perder?

34. Você já esteve com alguém, não disse nada, e saiu com a sensação de que teve a melhor conversa da sua vida?

35. Por que religiões que pregam o amor causam tantas guerras?

36. É possí­vel saber, sem sombra de dúvida, o que é bom e o que é mau?

37. Se você ganhasse 1 milhão de dólares, largaria o seu emprego?

38. Você preferiria ter menos trabalho ou mais trabalho em algo que realmente goste?

39. Você sente que viveu este mesmo dia 100 vezes?

40. Quando foi a última vez que você entrou na escuridão com apenas uma vaga luz de idéia de algo em que você acreditava?

41. Se todos seus conhecidos morressem amanhã, quem você visitaria hoje?

42. Você concordaria reduzir sua vida em 10 anos para ser super atraente ou famoso?

43. Qual é a diferença em estar vivo e viver plenamente?

44. Quando vai ser o tempo de parar de calcular os riscos e apenas seguir adiante e fazer o que é certo?

45. Se aprendemos com nossos erros, por que temos tanto medo de errar?

46. O que você faria diferente se soubesse que ninguém te julgaria?

47. Quando foi a última vez que você reparou no som da sua respiração?

48. O que você ama? Suas ações recentes refletem este amor?

49. Daqui a 5 anos, você vai lembrar do que fez ontem? E ante-ontem? E o dia anterior?

50. As decisões são feitas agora. A pergunta é: você está decidindo por si só ou deixando que outros decidam por você?

el tiempo viejo que lloro

Si arrastré por este mundo
la vergí¼enza de haber sido
y el dolor de ya no ser,
bajo el ala del sombrero
cuántas veces embozada
una lagrima asomada
yo no pude contener.

Alfredo Le Pera

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O lance de ter ficado um tempo sem compulsão é que agora eu sei que é possí­vel. E isso pode ser perigoso. É como saber que eu posso parar de fumar. Da primeira vez que eu parei foi uma surpresa pra mim ter conseguido, porque eu realmente achava que não ia conseguir. E eu consegui (alias, pensando agora é uma constante em mim achar que não vou conseguir algumas coisas e a mesmo assim conseguir). E isso me fez pensar antes de voltar: Ah, mas se eu parei uma vez eu paro de novo…

e com a compulsão acontece algo assim: A sensação de ficar livre dela era tão boa, mas tão boa, eu crescia aos meus próprios olhos, sabem? eu crescia, eu gostava de mim, eu me sentia muito bem comigo mesma, num orgulho até meio bobo e infantil.

E voltar a ter compulsão é tão humilhante, é tão patético, de uma certa maneira.

Só que eu tb não vou ficar cultivando ódio de mim mesma, foi isso que me fez chegar nesse patamar de gordura. Esse ódio já se foi há muito tempo, não vou ressuscitar ele agora. Eu só preciso de olhar pra dentro e descobrir onde eu tirei a força de não me render í  compulsão.

quem seria?

Há entre mim e os meus passos
Uma divergência instintiva.
Há entre quem sou e estou
Uma diferença de verbo
Que corresponde í  realidade.”
(ílvaro de Campos)

(Um post com constatações óbvias. E mais um da série posts chatos hohoho.)

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Tem a pessoa que eu sou e a pessoa que eu quero ser. Entre elas tem um trabalho. E tem é claro que a pessoa que vou me tornar vai inevitavelmente ser um hí­brido entre essas duas. Acontece que eu sempre fico mais feliz quando estou trabalhando pra me tornar o que eu quero ser. O eterno vir-a-ser, é verdade. O ser em potência.
Eu tenho (e todo mundo, claro) a imagem (inclusive corporal) de quem eu gostaria de me tornar. A imagem fantasia, e a imagem mais próxima da realidade que é aquela que eu acho que dá pra ir trabalhando…

Creative Commons License
Imagem daqui

Trabalhando é palavra, eu fico muito melhor quando sinto que posso ir trabalhando essa pessoa e para essa pessoa. Por exemplo, se eu já sei que ficar aprisionada na minha procrastinação só me leva í  infelicidade e í  um mar de lamúrias e péssima qualidade de vida, então o remédio é combater a procrastinação, (que é algo arraigado em mim), né? E ai quando venço a procrastinação do dia, fico bem, minha qualidade de vida sobe. Se eu quero ser um ser humano melhor e faço algo no dia por isso, óbvio que melhora. Eu melhoro.
A sensação boa, (e eu sei que isso é obviululante [By Ana] pra muita gente, mas isso aqui é etc, e tal…) é a diferença. E porque algo tão simples é tão dificil de praticar? Simples, mas não fácil, essa é a verdade.
Eu perdi o fio da meada e fiquei mais de alguns dias ai sem fazer as coisas direito. E minha auto-estima entrou em coma, tão fraquinha já ela… E quando isso acontece eu fico com a sensação que a Nalu-que-eu-quero-ser tá indo embora, me dando tchauzinho do convés de algum navio que vai levar ela pra muito, muito longe, sem volta.
Mas é bom ter esta consciência, eu preciso ir ali, trabalhar pela pessoa que eu quero ser. Volto depois. Escrever sobre esses demônios essas bobagens todas, sobre esses dilemas faz parte de ser quem eu quero ser, por isso vou persistir ainda mais, mesmo que isso resulte em muitos posts chatos e longos. A finalidade maior aqui é me ajudar a ser quem eu gostaria. E só pra constar, eu sei que nunca vou ser quem imagino, mas posso diminuir a distancia entre o que sou e o que eu quero ser. Na verdade a busca é sempre essa mesmo, de coerência. Mas nada é garantia.

fresa em chocolate

Continuando a série sobre os significados mais comuns do excesso de peso, hoje eu li o seguinte trecho do texto:

3. Eu me sinto confinado.

Se você se sente assim habitualmente, seu subconsciente aceitará este sentimento como uma ordem, e o confinará da maneira da maneira mais direta que conhece, criando um corpo pesado e limitador.

Então, posso dizer que num determinado momento, por tudo que expliquei no outro post falando do segundo item, eu me senti confinada sim… Eu tinha tomado 3 decisões em pouco tempo que praticamente não tinham mais volta. Um cargo público, o casamento e o fim do Mestrado. Claro que tudo assim tão rápido e tão depressa deve ter levado meu corpo a pensar que era mesmo confinamento. Vai saber né?

Coisa mais estranha os caminhos que a mente da gente pega. Eu sei que até então levava uma vida que não conhecia a compulsão por comida.

Lembro bem das primeiras crises de compulsão que tive. Foram por chocolate, mais especificamente um chocolate chamado Stikadinho, que era um pequeno tabletinho recheado de morango, esse aí­ da foto. Morango e Chocolate, olha só! Aliás um excelente filme, que eu preciso rever, eu vi há muitos anos…

Eu nem sabia o que era compulsão por comida, até devorar a primeira caixa desse chocolate…E foi esse o caminho das pedras, logo depois que eu tomei posse. Eu tomei posse pesando uns 58, 60 quilos, não lembro exatamente. Mas lembro que preocupação com peso não era nem de longe o centro da minha vida como é agora. E eu não me orgulho de estar ocupada com tal bobagem agora. E sei que no futuro há uma grande chance de eu me arrepender de ter gastado tanto tempo na vida com isso. Mas tal qual a compulsão, eu não consigo evitar.

P.S. É muito interessante observar o caminho da cabeça da gente, caminho que 90% das vezes passa batido.,se a gente não presta atenção. Depois de escrever esse post, eu fui votar e depois fui em um shopping almoçar comida japonesa. Depois do almoço eu passei na sorveteria e automaticamente pedi um sorvete de morango e chocolate. Que na verdade há muito tempo eu não tomava desses sabores e nem estava me lembrando do post. Só depois de ter tomado um tanto já é que me dei conta do que ficou em minha cabeça na parte não consciente.

P.S2. Porque eu sou gorda sim, eu devo cortar açúcar sim, mas poucas coisas na vida são melhores que um sorvete num dia insuportavelmente quente como hoje. De fresa y chocolate, então…

“Quando se está preso,

o pior é não poder fechar a porta.”

Stendhal

not guilty

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Creative Commons LicenseFigura daqui, licenciada sob uma Licença Creative Commons.

“É impossí­vel começar a aprender
aquilo que já se pensa saber.”
Epicteto
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Estava eu lendo novamente o texto sobre os significados mais comuns do excesso de peso. Também porque eu acredito que quase todas as manifestações fí­sicas são resultado de algum processo emocional.
E no primeiro item já consegui identificar um padrão que pode ter sido iniciado na minha infância. (Certamente na infância de muita gente.) Continuar lendo not guilty

fantasmas famintos

Se você está aqui É porque veio Se você veio até aqui É porque está atrás de alguma coisa Se você não quer nada Por que não vai embora?
Titãs – Do álbum Tudo ao mesmo tempo agora
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Estou aqui escrevendo sem nem saber o quê. Porque essa é a pior hora do dia no que diz respeito a compulsão pra mim. e sou capaz de sentar e comer 50 chocolates. Literalmente. Uns 3 pãezinhos, enfim, essa hora o vazio não tem fim. Eu me sinto dominada por um perfeito fantasma faminto. Continuar lendo fantasmas famintos

caridade e esperança

Eu queria vir aqui e dizer que estou conseguindo. Que tudo ficou pra trás, que eu tenho a força e coisa e tal. Queria que fosse possí­vel viver num mundo de fantasia. Ou queria me conformar em ser gorda. Olha que eu tento. Mui bravamente. Mas.

A história da minha vida, que já está cansando. E eu ontem li uma frase assim: “Você não será capaz de realizar aquilo que não acredita”. Continuar lendo caridade e esperança