Janeiro

IMG_0227Recheios de Janeiro

 

Faltou dezembro, eu sei. Estou escrevendo um pouco sobre DDA (ou TDAH) que eu acho que tenho no nalua.com.br Mas a marca do DDA é a inconstância, a falta de continuidade, por isso eu mesma não espero grande coisa.

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Janeiro não tenho muito o que falar, só vou deixar registrado mesmo. Aconteceram muitas cosias boas, mas não tô no espí­rito agora, e se eu deixar, vai ficar como dezembro, e eu não vou colocar. É só isso.

Livros:
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Até outubro esperei

Recheios de Outubro

o tempo voaDe Amor nada Mais Resta que um Outubro

e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.

E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo mí­stico.
Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.
Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem.
Natália Correia, poeta portuguesa

Novembro chegou? Mas cê jura que já? A sensação que eu tenho é que os anos  voam e os dias duram uma eternidade, como diz a Virginia Woolf.
Mês parado, com muito choro, muito improdutivo. Só li, horrores, desses livros aí­ dois tem mais de 600 páginas. Ler é o que eu faço de melhor nessa vida. pena que é improdutivo e solitário. Pena não, é divertido, não vamos fingir. Mas preciso sair mais da toca da coruja. Tenho que sarar primeiro, pra ir ver o sol de acordo.
Que novembro seja gentil, como alguém disse.
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Livros
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Fui eu quem se fechou no muro

Recheios de Setembro


“Hoje me deu uma tristeza,
sofri três tipos de medo
acrescido do fato irreversí­vel:
não sou mais jovem.
Discuti polí­tica, feminismo,
a pertinência da reforma penal,
mas ao fim dos assuntos
tirava da bolsa meu caquinho
de espelho
e enchia os olhos de lágrimas:
não sou mais jovem…”

Adélia Prado

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Que não falte a falta. Mas como falta né?

E como falta, como a gente sente falta e falta aos outros a nós mesmos a tudo. E como é difí­cil ser artista da própria vida (segundo o Bauman, nesse livro lindo, A Arte da Vida, somos todos, queiramos ou não artistas da própria vida. Não artí­fices, artistas mesmo.) Ele conseguiu fazer com que o projeto do Sartre ficasse ainda mais difí­cil. E  eu rio né? Porque de arte a minha vida no momento não tem nada. Tem muito é de juntar pedacinhos de mim mesma. Não, nada mudou, continuo aqui no mesmo lugar, do mesmo jeito, mesmo status quo de anos atrás. Mas em julho eu simplesmente pirei, chutei o balde, e adoeci. E agora tô começando a me recuperar. Nada grave, mas nada simples também. E esses últimos meses tem sido assim, meio parados, meio sem recheio, só o arroz com feijão mesmo e tá bom, muito bom, ainda tenho que agradecer o trivial.

Mas agora outubro, mês bonito, que eu sempre gostei, que vem renovando, vem anunciando o fim do ano, o fim da época. Que: se é boa pra que pressa? E se é ruim: pra que pressa?

Que venha outubro. E que venha saúde, alegria e temperança.
Livros
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As coisas que eu penso e que ninguém quer entender

Recheios de Agosto

scumbag-brain-depressed

Quando eu saí­ de uma importante depressão, eu disse a mim mesma que o mundo no qual eu acreditava deveria existir em algum lugar do planeta. Nem se fosse apenas dentro de mim… Mesmo se ele não existisse em canto algum, se eu, pelo menos, pudesse construi-lo em mim, como um templo das coisas mais bonitas em que eu acredito, o mundo seria sim bonito e doce, o mundo seria cheio de amor, e eu nunca mais ficaria doente. E, nesse mundo, ninguém precisa trocar amor por coisa alguma porque ele brota sozinho entre os dedos da mão e se alimenta do respirar, do contemplar o céu, do fechar os olhos na ventania e abrir os braços antes da chuva. Nesse mundo, as pessoas nunca se abandonam. Elas nunca vão embora porque a gente não foi um bom menino. Ou porque a gente ficou com os braços tão fraquinhos que não consegue mais abraçar e estar perto. Mesmo quando o outro vai embora, a gente não vai. A gente fica e faz um jardim, qualquer coisa para ocupar o tempo, um banco de almofadas coloridas, e pede aos passarinhos não sujarem ali porque aquele é o banco do nosso amor, do nosso grande amigo. Para que ele saiba que, em qualquer tempo, em qualquer lugar, daqui a não sei quantos anos, ele pode simplesmente voltar, sem mais explicações, para olhar o céu de mãos dadas. Rita Apoena

Setembro chegou e eu nem notei. Agosto foi estranho, deprimente, estranho, me deixei levar, me deixei pegar pela onda negra de novo.
Não tenho o que falar, ainda não saí­ de agosto. Vou colocar pra não perder o hábito, mas na verdade não fui anotando o que me aconteceu em agosto, escrevo agora o que me lembro, agosto começou cedo e ainda não terminou, espero que dessa segunda não passe.
Agosto
Filmes
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Cinzas de agosto e na mesa o vinho derramado

Recheios de Agosto
noteasy

Nisto erramos: em ver a morte í  nossa frente, como um acontecimento futuro, enquanto grande parte dela já ficou para trás. Cada hora do nosso passado pertence í  morte.

Lucius Annaeus Seneca

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Julho foi um mês chato. Eu tive crises de angústia muito chatas. Espero que agosto seja melhor. Por isso nem tenho muito que falar, julho se foi e deixou um gostinho chatinho.

 Julho
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Devia ter arriscado mais

 
oqnaoleve

Apenas nos deveria surpreender o ainda podermos ser surpreendidos. 

François La Rochefoucauld

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Demorei pra acertar junho. Planos, o mês dos planos depois do maio de amor. Não tenho muito o que dizer de junho, foi um mês bom, mas que eu não prestei atenção, nem sei como traduzir isso de não prestar atenção, mas é verdade, eu não prestei atenção. Como se ele tivesse passado batido, o que acabou se traduzindo nessa demora em postar, em fazer o balanço. e não passou, aconteceu tanta coisa legal.

Isso é mau, isso é muito mau, não posso deixar de prestar atenção. Não tem muita vida sem atenção. Espero que seja uma lição aprendida. E teve tanta coisa pra eu me entusiasmar… Que pena.

Junho

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É mês de maio, a vida tem seu esplendor

Recheios de Maio

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Maio já está no final
O que somos nós afinal se já não nos vemos mais
Estamos longe demais longe demais
Maio já está no final
É hora de se mover prá viver mil vezes mais
Esqueça os meses esqueça os seus finais esqueça os finais
Eu preciso de alguém sem o qual eu passe mal sem o qual
eu não seja ninguém eu preciso de alguém
Kid Abelha

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Maio foi um mês surreal, surreal. Começou em abril e acho que está terminando só hoje. Vou postar hoje, 2 de junho, mas com data de 31 de maio, só pra fins de organização, porque a verdade é que ainda é maio. Hoje é maio.

Tanta alegria, tantos preparativos, minha vida em suspensão, tanta coisa boa. E uma coisa péssima no final. Isso é a vida. Isso É Vida.

E maio começou em abril. Depois de uma conversa com uma amiga, quando eu pensei em fazer um encontro de bruxas, aproveitar e celebrar meu aniversário. E aí­ um grupo de amigas queridas resolveu comparecer. E vieram. 13 amigas, num bate e volta só pra me dar um abraço e celebrar meu aniversário. De 4 estados diferentes do paí­s. Mas meu Deus, quanta felicidade! Dizem que a gente alcança um ponto auge da vida e nem percebe. Acho que eu tive a fortuna de perceber esse ponto. ¡Gracias, muchissimas gracias!

Não tenho mesmo, não tive antes e continuo sem ter agora como expressar o que essas meninas significam pra mim. São mais que amigas, acho que nós já passamos dessa esfera. Somos Co-Madres* mesmo. Nos conhecemos num grupo de mães. E aprendemos a ser um pouco mães umas das outras também.

E esse aniversário acabou sendo uma oportunidade dessa moçada toda, que conversa o dia inteiro, todo dia, há tantos anos, de se encontrar, ao vivo, quase todas juntas no mesmo lugar numa tarde que eu achei inesquecí­vel.  Nós já nos encontramos várias vezes, em lugares e circunstâncias diferentes, mas nunca em número tão grande, quase todas nós juntas. E daqui de BH estavam os amigos que eu amo também. Com poucas ausências, justificadas. Os Amigos, na verdade. Ou seja, tudo perfeito.

E quem eu amo mesmo estava lá, comigo, celebrando a nova década que entrou mesmo, com força toda.  Agora eu sou uma quarentona de verdade. Mesmo que o aniversário tenha sido de 41.

E cheia de planos, mas deixa esses pra junho.  Agora no final de maio perdi um colega de trabalho, trabalhando, em consequência também do risco que a gente corre nesse ofí­cio ingrato. Foi muito triste, porque ele ficou desaparecido cinco dias, e foi morto de maneira violenta e muito triste. As duas últimas semanas de maio foram adrenalina pura. Mas. C’est la vie.

Por isso maio foi de pouco filme, pouca leitura, pouca cozinha porque eu fiquei envolvida demais nisso tudo. E nossa, que recheio em maio, que maio, que maio!

Alegrias

  • Confraria
  • O Mês quase todo de preparação pro Grande Encontro.
  • O Grande Encontro
  • Aniversário do meu amor
  • Meu Aniversário

Filmes
Livros

  • O Espetáculo Mais Triste da Terra
  • A Ciranda das Mulheres Sábias
  • Norwegian Wood (lendo ainda)

Comidas

  • Bolo
  • Latke
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♫ Mês de Maio, Almir Sater
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 COMADRE — Em espanhol, esse termo significa
 algo semelhante a "eu sou sua mãe e ao mesmo
 tempo você é minha mãe". E uma palavra usada
 para descrever a relação í­ntima entre mulheres
 que cuidam uma da outra, que dão ouvidos e
 ensinam uma í  outra, de uma forma na qual a
 alma está sempre incluí­da; í s vezes ela é o
 assunto da conversa, e í s vezes é com ela
 diretamente que se fala.
Esse grupo começou como Mais Que Comadres.
Mas estava destinado a Comadres mesmo.

Logo eu que queria mudar tudo

digaporfavor
É tão bonito quando a gente pisa firme
Nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos
É tão bonito quando a gente vai í  vida
Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração

Gonzaguinha

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Abril

O mês mais louco em muito tempo. Começou com a viagem para São Paulo, que foi maravilhosa. A recepção das meninas queridas de lá é uma das coisas mais deliciosas que a vida me trouxe. Amei a viagem, me diverti muito, foi tudo uma delí­cia.

Depois teve Confraria duas vezes. O que não acontece com frequência, porque estamos sempre na correria e é dificil juntar as agendas das bruxas, cada uma mais ocupada que a outra. Mas nos encontramos, e ainda conseguimos ir uma vez no Comida Di Buteco.

Daí­ eu caí­ num principio de depressão, sem quê nem porque. E o mês foi avançando, mudanças impressionantes no meu trabalho, loucura, loucura.

Em abril eu não cozinhei nada, não fiz dieta, não vi nenhum filme. Tinha muito tempo que eu não passava um mês todo sem ver filme. Em compensação vi as três primeiras temporadas de True Blood. Mas isso nem conta porque a gente vê seriado aqui em casa todos os dias.

E fecha abril com chave de ouro, com a preparação de uma das coisas mais legais que podiam acontecer agora. Uma acontecimento que tá me fazendo tão, mas tão feliz que a sensação é a de que eu vou acordar a qualquer minuto e descobrir que era sonho. Mas, hei, Nalu: Não é sonho!

Alegrias

  • Confraria
  • Viagem pra São Paulo
  • Tarde na Babi
  • Almoço no Masp
  • Exposição sobre a índia com a Dê
  • Encontro com a Dani
  • Gael e os bichos
  • Confraria no Comida di Buteco
  • Noite Sylvia e Karina
  • E a chave de ouro, aquela preparação.

Filmes

  • True Blood 1ª 2ª e 3ª temporadas

Livros

  • O Filho Eterno
  • A Casa de Papel
  • Extremamente Alto e Incrivelmente Perto
  • Por Favor Cuide da Mamãe
  • Frango com Ameixas
  • Nas tuas Mãos

 

Aquele Abraço

Uma grama de ação vale uma tonelada de teoria

Engels

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O que dizer de março? Nossa, que mês interminável. Cheio de notí­cias que não foram boas, operação da minha mãe, problemas no trabalho, MUITOS planos não concretizados, conversas ruins. Falta de força. Muito tempo em casa. Ainda bem que passou, acho que é isso. Foi um mês pobre, parado, abafado. Não fiz nada, me diverti muito pouco. Sensação de estar presa no mesmo lugar, não avancei em nada. Bom, mas acabou. Ufa.

 Março.
Acontecimentos Continuar lendo Aquele Abraço