coisinhas

Hoje e ontem foram dias exemplares. Muito tempo que eu não cuidava tão bem de mim. Apesar do plantão de 24 horas, foi tudo muito bem. Fiz tudo bem, apesar de poder melhorar.

Mas isso a gente sempre pode né?

Só não estudei que fico passeando entre assuntos e não me decido o que aprender desta vez. E como eu não tenho pretensão nenhuma com estudo, é mesmo só diversão, vou levando. Quero dizer, eu não estou estudando pra mudar de carreira nem nada, que já tenho uma boa carreira. O que porventura viesse dos estudos seria puro lucro. Então posso me dar ao luxo.

Tem o doutorado, mas esse ainda não mexi, não peguei, tem trabalho pra entregar, tem muito pra fazer, mas esse estudo também tem que ser divertido, senão eu não encaro.

Também juntei praticamente todos os posts dos meus blogs num blog só, há muito tempo que queria fazer e amenizar um pouco essa esquizofrenia (que eu curto, só pra constar) tornando meu arquivo mais fácil. Juntei até o blog de livros que não tem posts propriamente, é mais um registro meio incompleto dos livros que eu fico lendo e dos que eu fico folheando…

Vai que algum dia algum servidor destes resolve acabar e matar todos os posts né? Falta ainda o primeiro blog, do blogger.com.br ainda e o leveza.motime.com que não têm como importar automaticamente, tem que ficar fazendo post por post, meio chatinho. Mas devagar eu arquivo tudo num só. Algum dia eu vou querer saber o que estava rolando no passado né? E também vejo o que fazer com dois blogs no ar, porque com dois ao invés de postar mais eu acabo travando e não postando é nada.

Não sei porque fiz tudo tão de acordo nesses dias. Não teve click nem nada, aconteceu, só. Espero que continue assim, espero mesmo.

E eu li essa frase num blog que eu gosto muito, e ficou marcada na minha cabeça. Eu já tinha lido esse livro do Leloup, mas não me lembrava nem de longe dessa frase.

Mudar de olhar é mudar de mundo.

Jean-Yves Leloup, em sua autobigrafia O absurdo e a graça, Verus Editora, Campinas, 2003

coisinhas

 

Hoje e ontem foram dias exemplares. Muito tempo que eu não cuidava tão bem de mim. Apesar do plantão de 24 horas, foi tudo muito bem. Fiz tudo bem, apesar de poder melhorar.

 

Mas isso a gente sempre pode né?

 

Só não estudei que fico passeando entre assuntos e não me decido o que aprender desta vez. E como eu não tenho pretensão nenhuma com estudo, é mesmo só diversão, vou levando. Quero dizer, eu não estou estudando pra mudar de carreira nem nada, que já tenho uma boa carreira. O que porventura viesse dos estudos seria puro lucro. Então posso brincar.

 

Tem o doutorado, mas esse ainda não mexi, não peguei, tem trabalho pra entregar, tem muito pra fazer, mas esse estudo também tem que ser divertido, senão eu não encaro.

 

Também juntei praticamente todos os posts dos meus blogs num blog só, há muito tempo que queria fazer e amenizar um pouco essa esquizofrenia (que eu curto, só pra constar) tornando meu arquivo mais fácil. Juntei até o blog de livros que não tem posts propriamente, é mais um registro meio incompleto dos livros que eu fico lendo e dos que eu fico folheando…

 

Vai que algum dia algum servidor destes resolve acabar e matar todos os posts né? Falta ainda o primeiro blog, do blogger.com.br ainda e o leveza.motime.com que não têm como importar automaticamente, tem que ficar fazendo post por post, meio chatinho. Mas devagar eu arquivo tudo num só. Algum dia eu vou querer saber o que estava rolando no passado né? E também vejo o que fazer com dois blogs no ar, porque com dois ao invés de postar mais eu acabo travando e não postando é nada.

 

Não sei porque fiz tudo tão de acordo nesses dias. Não teve click nem nada, aconteceu, só. Espero que continue assim, espero mesmo.

 

E eu li essa frase num blog que eu gosto muito, e ficou marcada na minha cabeça. Eu já tinha lido esse livro do Leloup, mas não me lembrava nem de longe dessa frase.

 

Mudar de olhar é mudar de mundo.

 

Jean-Yves Leloup, em sua autobigrafia O absurdo e a graça, Verus Editora, Campinas, 2003

todo pasa

Nem todo mundo lê os dois blogs. Então eu vou duplicar os posts enquanto não resolvo o que fazer, porque levar dois blogs eu já vi que não é pra mim, não consigo.

Nada tinha me preparado para Buenos Aires, nada poderia me preparar. E acho que ninguém entende muito esse amor, esse espanto. Aliás, algumas pessoas entendem. Tem que me conhecer muito, muito pra sacar.

É um pouco mais do que entusiasmo de iniciante. Não foi a beleza, que a cidade é muito bonita, mas não pra tanto, não foram as pessoas, não foram os lugares, nem a cultura. Acho que me identifiquei com a alma de Buenos Aires, pois essa cidade tem alma sim senhor. Buenos Aires é uma velha senhora culta, enjoada e orgulhosa. Pelo menos. E junta com minha tendência* í  ser tão entusiasmada… Já tive vergonha de ser tão entusiasmada, hoje não posso mais.

O que é o fileteado porteño, meu deus, que coisa mais linda!

As fotos, algumas pelo menos, da viagem, da universidade.

Com a chegada do ano novo, esse blog vai passar por mudanças. Até segunda feira mais tardar. Aquelas necessárias pra eu emagrecer. Porque eu não suporto mais ser assim. Eu poderia ter curtido muito mais a viagem, as aulas, o doutorado se não estivesse tão gorda. Eu poderia estar curtindo melhor a vida né? E não aguento mais. Pensei muito se devia escrever isso aqui, porque esse blog mais parece um relato de sucessivos fracassos. Mas afinal o objetivo dele, por mais mal educado que seja dizer isso não é entreter leitores, não é ser legal ou divertido, é ser mais uma ferramenta pra me ajudar. Então relevem os maus modos e desejem me sorte!

*Tendência í , a ou tendência de? Nossa meu português tá de doer. Fora que esses dias estava com dificuldade de somar e dividir. Imagina o que me aguarda, aff…

corrientes

Bom, eu não tenho cabeça pra mais nada né? Além disso estou altamente monotemática, só penso nisso, só falo disso.

A viagem tá chegando e acho que vou bem, porque se eu me conheço um pouco não vou ter crise de compulsão por lá né? Apesar dos alfajores e cia…

Mas depois da viagem esse blog volta com força total, espero.

Por enquanto Av. Corrientes, aqui vou eu. Até a volta. Ou antes se acontecer algo que deva contar.

Por enquanto, o tango que tornou essa avenida para onde eu vou famosa. E não reparem ser Julio Iglesias. Porque eu gosto dele, tá?

Interessante é que eu cresci com meu pai ouvindo e minha mãe cantando “Corrientes, 348, quem sobe ao segundo andar?” E agora na primeira vez que saio do paí­s é justo para ficar na Av. Corrientes…

Bueno, Hasta la vista

limón y sal

“Tengo que confesarte ahora, nunca creí­ en la felicidad,a veces algo se le parece pero es pura casualidad.”

Adorei essa moça. Estou na busca por música latina né? Já que argentina se encontra pouca (ou eu não sei procurar direito), acho que ela é mexicana. Hermana, de todo modo.

Vi aqui.

novos ares

Eu ainda não fui. Vacilei um monte de vezes, queria e não queria ir, e ainda penso um pouco. Francamente, essa cidade não estava nos meus planos de viagem tão cedo. Na verdade, talvez nunca. Mas numa destas viradas do destino, parece que eu vou mesmo pra lá. Sem ser como turista ainda por cima. Daí­ fui descobrindo sobre a cidade e acho que pode virar um caso de amor. Como com São Paulo, que também nunca faria parte dos meus sonhos ou destinos de viagem, mas que acabou virando um dos lugares que eu mais amo nesta vida.

Ando ouvindo o pouco que conheço de música da Argentina. Soda Stereo, Redonditos de Ricota, Carlos Gardel, Gotan Project, Piazzola. É vergonhoso conhecer tão pouco. Poesia então, nada, nada, somente essa moça aí­ e Borges e um pouco da poesia de Cortázar.

Espero conhecer mais em breve, se der tempo. Gostaria de conhecer a poesia argentina, deve ter coisa legal. O bom é ir í  terra de Cortázar que é o escritor que eu mais gosto. E desde tempos bem longí­nquos, eu gosto bastante dos Redonditos.

Então, hasta luego, quizás.

BUENOS AIRES

Antes yo te buscaba en tus confines
que lindan con la tarde y la llanura
y en la verja que guarda una frescura
antigua de cedrones y jazmines.

En la memoria de Palermo estabas,
en su mitologí­a de un pasado
de baraja y puñal y en el dorado
bronce de las inútiles aldabas,

con su mano y sortija. Te sentí­a
en los patios del Sur y en la creciente
sombra que desdibuja lentamente

su larga recta, al declinar el dí­a.
Ahora estás en mí­. Eres mi vaga
suerte, esas cosas que la muerte apaga.

Jorge Luis Borges

ana e rebeca

Menina teve uma idéia,
e ainda não sabia
se era idéia brilhante.
Mas sabia – isso sim –
que precisava testar,
pra conseguir descobrir.

Olha o Olho da Menina – Marisa Prado, disponibilizado pela autora on line

 Pois é. Nos comentários do post de ontem, a Ana disse uma coisa muito legal: que a compulsão também era uma forma de quebrar regras. Eu li isso e sabe quando acende uma luzinha no alto da cabeça, como nos desenhos animados? Foi exatamente o que aconteceu comigo, fez até barulhinho!!!! Continuar lendo ana e rebeca

então, que saco!

Olha só. Eu engordei. É mole? Juro que pensei em trapacear. Colocar uma foto antiga da pesagem no controle do peso. Sábado passando em branco, dia de pesagem. O último já passou, sem resultado. Eu fingi que nem era comigo. Mas assustei e já é sábado de novo.

Penso assim: mas que merda, de que adianta tanto blábláblá se no final das contas eu não só não emagreci como ainda engordei?

Então fico p da vida, xingo e crio diálogos mentais massacrantes, do tipo que todo mundo com esse drama conhece:

mas eu não tenho jeito mesmo, que porca gulosa, que coisa horrí­vel, não consegue se controlar. Tão simples, basta ter controle. Ora bolas, pra alguém que já veio até aqui, porque não fecha a boca sua babaca, é tão simples.

E fico nesse diálogo (retardado) mental excruciante durante horas.

Que vergonha!!!!!!!!!

Olha só, as meninas vão vir aqui e tudo que eu sou é essa imensa decepção. Fulana é forte e tá conseguindo. A outra, uma coitadinha e também está conseguindo. A segunda é vermelha e consegue. Ai meus sais, mais uma amarela do cabelo verde que conseguiu! Mas como alguém amarelo do cabelo verde consegue emagrecer e eu não?!?!?!?!?!?! Até aqueloutra que usa saia de brim consegui! Talvez eu também devesse usar sai de brim e brincos dourados.

Eu sou idiota mesmo. Tenho mais é que me calar, e pronto

A segunda parte:

mas Nalu, olha só, foi a operação da sua mãe, depois a complicação da cirurgia dela, depois aquele problema tão grande que vc tá passando e não é pouca coisa, sua irmã surtando de novo, no hospital, vc sem apoio nenhum pra ir trabalhar e sustentar a porra da casa, 5 dias de férias perdidos, e ainda por cima uma TPM adiantada de novo (meu ciclo tá doido). Querer e não querer ir pro exterior em janeiro, mas a licença tá concerdida e agora eu tem que ir, ai meus sais…

Então, Nalu, calmaaaaaa. Tá vendo como tem um monte de motivos (bons) pra vc ter engordado? E de todo modo vc nem pensou em se educar , não fez visualização, não meditou, dormiu pouco… Nalu, minha filha, estado de exceção. Tirania do momento e vc sucumbiu…Again and again and again…

Dai outras centas horas nessa inhaca sem fim. Mil desculpas pra me isentar. Outras milhões pra me chafurdar na lama da auto-depreciação de vez. Fecho o blog. Sumo do mundo, como pode alguém ser assim tão idiota! Então pára de tentar emagrecer e se contenta.

E aqui em casa tem um espelhão no fim do corredor principal. Eu passo por ele. Olho de relance, finjo que não vejo. Sigo. Mas não dá. Volto e encaro a gorda ali. Dá pra me contentar em ser assim? Não, por enquanto não, não dá! Eu não gosto da imagem. Ela vai contra todas as milhões e milhões e milhões de imagens com as quais eu fui bombardeada desde que era aquela bebezinha linda, doravante educada pra se achar feia (qualquer dia tenho que contar mais sobre isso). No cinema, nas novelas, nas revistas femininas (e masculinas), na literatura e na poesia recheadas de imagens de um corpo feminino que não podia ser espelho do meu. Nem do seu, Pedro Bó. Isso não foi o que me ensinaram a achar bonito. Nem sexy. E no atual estado, nem muito menos remotamente aceitável. E destilo mais uma dose de ódio contra essa fulana gorda do espelho. Não faltam lamúrias.

Daí­ me canso. Tento esquecer e pensar em outras coisas. Não dá, o ví­cio em pensar nisso talvez seja mais forte do que o ví­cio do sabor.

Então, minha filha, dá um jeito né? Que puta saco isso.

Então percebo.

Que só tem um jeito. Recomeçar. De novo. E de novo. E de novo ad nauseam. É só o que eu posso fazer. Então hoje decidi mais uma vez um monte de coisa. Que nem vou contar que já tem lenga-lenga demais aqui.