tá rolando

é melhor morrer do que ser gordaEnquanto eu me acabo querendo emagrecer, a vida tá acontecendo. Eu me martirizo e me odeio por não conseguir algo que eu nem sei se quero ou devo conseguir, e a vida tá rolando… Eu realizo um dos maiores sonhos da minha vida e não aproveito porque estou gorda, fico absurdamente limitada.

Enquanto me privo de muitas coisas por causa do peso e da feiúra, a vida acontece, as flores desabrocham e blábláblá… Pois não mais. Cansei. A vida tá ai na janela e eu vou ali ver o sol um pouco. Gorda ou não.

Chega uma hora que é preciso escolher por qual viés a gente vai se relacionar com a vida né? Porque as opções são praticamente ilimitadas e eu posso escolher me relacionar de muitos modos. Espero conseguir sustentar a minha escolha de não me relacionar com a vida mais pelo viés do meu peso, da minha aparência, ou pelo conteúdo das revistas femininas.

Eu sou assim. Ou estou assim, não importa. E a vida tá ai. Pra ser curtida e vivida. Pq eu tenho certeza que no balanço final eu não sentir falta das dietas que eu não fiz. Então. See you.

volta

Pois o blog está reformulado, agora o visual diferente está preparado para ser um blog que abarque o blog Leveza do Ser e o blog Livros também. Eu não queria perder esse blog, deixá-lo í s moscas. Na verdade eu nem sei pra que tenho blog, mas tenho e ai está, eu gosto, me divirto.

Minha maior diversão é mexer no template do blog, adoro, me relaxa tanto….

Tem algumas coisas diferentes neste novo. Aos poucos vai ficar completo. A categoria dos posts que forem do blog Leveza do Ser vão abrir com um template diferente, como se estivesse no próprio blog, bem como a categoria do Blog Livros. Assim fica mais fácil, é uma tentativa de domar minha esquizofrenia blogueira. E tentar volta a escrever. E seguir me divertindo.

carta de tarô

You are The Wheel of Fortune

Good fortune and happiness but sometimes a species of
intoxication with success

The Wheel of Fortune is all about big things, luck, change, fortune. Almost always good fortune. You are lucky in all things that you do and happy with the things that come to you. Be careful that success does not go to your head however. Sometimes luck can change.

What Tarot Card are You?
Take the Test to Find Out.

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Digamos assim que eu A-D-O-R-E-I! Apesar dos reveses, combina comigo.

Vai pro Dossiê.

Via Clarah Averbuck

soltas

“Nada existe de mais frágil do que uma criatura iludida a seu próprio respeito”

(Torres Pastorinho)

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E eu sou geneticamente brega. Não tem jeito. DNA a gente não muda né? Pois é.
Ainda bem que tem coisa que de tão brega vira cult. Ou cool ou qq outra palavra em inglês. Apesar de achar que não é o caso aqui. Quando que Lonely is the night vai virar cult, meu zeus?

cabeçadas

Foto surrupiada do blog Post Secret.

“Fecha a boca e abra a mente!”.

Frase da nutricionista ontem. E ela fica falando que meu problema é a cabecinha. Que ela vai ter que tratar a cabecinha. Credo, eu não tenho condição de levar í  sério alguém assim, que fala isso…

E passa uma dieta de fome, que sem anfetamina é impossí­vel de encarar. Eu tentei, mas não rolou. E tentei mesmo.

Ela fala pra mim que se eu comi duas colheres de arroz e um pires de legumes, é i-m-p-o-s-s-í­-v-e-l que eu esteja com fome. Que ela não vai aceitar isso e que é a cabecinha que tem problemas.

Ah, data venia nobre colega, vai tomar! Como é que alguém mesmo que tenha estudado nutrição vem me falar que eu não estou com fome? Como é que alguém pode achar que sabe a fome que o outro têm? Arrogância extrema, isso eu acho. E altamente legitimada né? Como assim, minha fome é imaginária? E o que sabe ela da fome? Isso eu não admito.

Ninguém pode saber mais da minha fome do que eu. Nem ela nem ninguém. Isso eu não faço mais, delegar a alguém esse tipo de coisa.

Outra época isso significaria que eu não iria tentar e essa seria uma perfeita desculpa pra chutar o balde outra vez. Mas não. Eu fui atrás de alternativa. E nesse ponto, até hoje depois de tudo que eu conheci no maravilhoso mundo das gordas, a melhor coisa que existe é o VP. Pelo menos lá eu não passo fome. E posso comer o que eu quiser. Esse post aqui da estranha Carrie diz tudo sobre a seita, ops, o programa dos VP…

Eu já to grandinha e minha cabecinha não é tão ruizinha assim a ponto de eu comer todos os meus pontos em chocolate, então posso me aventurar. Eu venho fazendo isso já tem um tempo e tenho emagrecido. Devagar, devagar. Mas minha avómaravilhosa dizia que devagar também é pressa. E francamente ela sabe mais do que a Nutri. Muito mais.

Fiz as preces no VP, não engordei e isso é bom. Estou em movimento. Então eu vou contar os meus pontinhos pra sair logo dessa droga de prisão. E a nutri pode ir lá catar a fome de outra gorda desesperada. O tratamento com ela até que é legal, tem acupuintura, agulhinhas com choquinho e coisa e tal, mas francamente…

Falar que eu não estou com fome, ora senhora nutri vai te catar. Não é possí­vel levar a sério uma profissional dessas. Então fala logo de uma vez que é preciso passar fome. É mais honesto, Ms Nutri. Mas não venha querer se apropriar da minha fome não, viu? Me tratar como criança, porque todo mundo se acha no direito de infantilizar quem é gordo? Ah, passar bem!

minina, minina

Eu não tenho muito costume de pintar as unhas, de ir ao salão, fazer escova e afins. Eu até gosto, mas tenho preguiça. Quer dizer, eu sempre tenho alguma coisa que eu acho mais interessante pra fazer. Eu acho perda do meu tempo fazer isso, porque sou muito ávida pra zilhões de coisas, então não posso evitar o sentimento de estar gastando um tempo precioso onde eu poderia estar fazendo um monte de outras coisas indo ao salão, fazendo unhas e etc. Mas gosto de estar com unhas feitas, cabelo arrumado e tal. Por isso, inevitavelmente sempre opto por não estar com unhas feitas, cabelo de escova e tal.

E tem gente que confunde isso. E confunde isso com alguma tosca noção de que eu acho isso fútil, porque eu sou intelectual (isso também é um confusão das bravas). E que oh, oh, oh (seria mais coerente com a noção de que elas têm de intelectual?) que eu desprezaria isso.

O que não é verdade. Como a gente sempre conhece mal as pessoas né?

Eu só tenho preguiça. Mas acho bonito, não acho tão fútil e etc. Se já está pronto eu curto. Acho divertido.

O fato é que quarta feira eu pintei as unhas de vermelho. Coisa que acho que desde solteira eu não fazia, não sei mais porque. Fiz escova no cabelo também.

E teve mais de uma pessoa que veio me falar que eu fiquei mais feminina assim. De cabelo escovado e unhas pintadas.

Eu me espanto com isso. Muito e de verdade. Embora não seja novidade passar por isso. Eu me espanto porque nada na minha essência mudou. Só o visual mudou e ainda assim até a próxima acetona. Eu só não estou de coque com minha juba indomada e tenho as unhas pintadas de vermelho. E ainda assim fiquei mais feminina.

Sabe que eu acho isso uma visão muito pobre de feminilidade? Mas muito pobre mesmo. Eu não fiquei mais feminina por causa da escova e das unhas vermelhas. E nem as unhas vermelhas ou a escova foram reflexo de uma súbita “feminilização” do meu ser. Disso eu tenho certeza absoluta.

pra que eu me lembre

Eu fico pensando que encontrar comigo de novo é difí­cil. Muito difí­cil e vejo como o equilí­brio é muito delicado. Acho que agora preciso entender que uma máxima que eu li neste livro aqui é verdade. (Aliás acho que esse livro está sendo pra agora o que este outro foi há dois anos.

Emagrecer primeiro, depois o resto. Análise não emagrece, yo se, bem sabe quem lê isso aqui. Ficar analisando não fecha a boca. Porque se é verdade que a gente fica mal porque está gordo, também é verdade que se está gordo porque se ficou mal. Eternamente né?

E essas duas semanas eu não tenho tido fome. Eu já tive uma fase assim uns tempos atrás, mas desta vez está durando mais. Quase como se eu tivesse encontrado comigo mesma antes. Porque eu poderia até nunca emagrecer, mas eu não seria eu nunca mais. Nunca fui gorda na vida e não reconheço essa pessoa. Esse discurso é chato e eu sou a primeira que acho isso. Mas as coisas parecem estar entrando nos eixos, eu quero acreditar. Menos falação e mais ação.

A semana foi lindinha, sim. Não foi perfeita, como não poderia ser, mas foi boa, como em muito tempo, muito tempo… que bom ter este refresco de liberdade, de se ver um pouco menos escravo desta chatice. Ufa!

Então talvez algo esteja mesmo mudando. eu sei também que não vou nunca mais ser a mesma pessoa, mas quero gostar de ser, só isso.

Coloquei as fotos pra que eu me lembre. Não escolhi só foto em que eu acho que fiquei bem. Nem magra. Fiz um amostra de quem eu penso que era, como era. Algumas estão bem ruinzinhas, são velhas e meu scanner já tá na hora de ser trocado. Mas isso é pra mim mesma, de resto. Pra que eu me lembre.

 

O post ficou confuso. Mas combina comigo, confusa.

fidel

Eu nem acredito que agora já não dá mais pra realizar um sonho de adolescente: Ir í  Cuba com Fidel ainda no poder. Eu tive algumas oportunidades. E não aproveitei. E agora é tarde demais. Espero que isso sirva de aviso pra mim mesma a respeito de adiar os sonhos.

 

 

 

Eu não vou falar nada sobre ele. Nem sobre Cuba ou sobre a Revolução. Que além de não poder falar nada de modo não sentimental, realmente não há nada que eu possa falar. Não acrescentaria nada.

fidel

Eu nem acredito que agora já não dá mais pra realizar um sonho de adolescente: Ir í  Cuba com Fidel ainda no poder. Eu tive algumas oportunidades. E não aproveitei. E agora é tarde demais. Espero que isso sirva de aviso pra mim mesma a respeito de adiar os sonhos.

 

Eu não vou falar nada sobre ele. Nem sobre Cuba ou sobre a Revolução. Que além de não poder falar nada de modo não sentimental, realmente não há nada que eu possa falar. Não acrescentaria nada.

queijo

Eu não sei porque cargas d’água eu desenvolvi uma alergia das bravas a queijo parmesão. Na viagem eu passei mal por causa de uma pitada í­nfima, menor que a de sal que coloquei num prato só pra sentir o cheiro mesmo. Porque eu amava queijo parmesão. Amava mesmo. Mas a pitadinha de nada quase me estragou um dia inteiro de curtição.

 

Semana passada no almoço semanal na casa da minha mãe ela fez macarrão e colocou queijo. E o macarrão da minha mãe é misturado, ela não joga só por cima, mistura mesmo o macarrão, molho e etcs… Eu como tenho uma dificuldade grande pra aprender, fiz o prato e coloquei a primeira garfada na boca. Tiro e queda, passei mal pra caramba.

 

Bom, hoje lá fomos nós de novo pra almoçar na mama. E ela de novo fez macarrão. Dessa vez sem um pingo de parmesão. Mas só de olhar o macarrão eu comecei a passar mal. E não almocei direito.

 

Dai que lascou com a tarde. Eu ainda não extrapolei, mas ficou muito claro a falta que fez um café da manhã e um almoço decentes. Porque a falta de comida repercutiu í  tarde e agora eu estou morrendo de fome, mas fome de carboidrato, de coisas que engordam. Ou seja, óbvio que é mais que fome né? Pra vocês verem como é delicado o equilí­brio de um viciado, ainda mais em comida. Porque largar o cigarro foi muito mais fácil do que largar o ví­cio de comida, eu não estava exposta a dose nenhuma. E eu era fumante inveterada, ninguém acreditava que eu pudesse largar.

 

Eu quero duas coisas com esse post: agora que estou anotando tudo e conseqí¼entemente sendo obrigada a prestar atenção no que como, de verdade (que é a primeira vez em muito, muito tempo, que faço isso por dias seguidos, a sério e sem pirraça) eu resolvi que vou sempre escrever quando acontecer, pra ficar registrado pra mim mesma os gatilhos que disparam as “erradas”. Devagar eu aprendo. Não que eu já não soubesse dessas coisas em mim, mas agora resolvi prestar atenção.

 

A segunda é falar que eu fui em uma reunião dos Comedores Compulsivos Anônimos ano passado, mas achei muito pesada a ênfase que se deu í  palavra doença naquela reunião. Doença, doentes, somos todos muito doentes, não temos cura, muito complicado. Uma questão de semântica, talvez, mas pra mim viciado é menos pior do que doente. Eu aceito ser viciada, doente não. Fica claro que ainda não cheguei no Primeiro Passo né? Hahahahaha.

 

Talvez seja uma bobagem e seja isso mesmo que os gordos eu sejam seja: viciada(os), doente(s). Mas o fato é que eu tenho muitas e enormes, gigantescas reservas quanto ao significado disso atualmente. Vai ver por isso eu esteja tão gorda. Negação?

 

Gorda, vá lá, viciada também, mas doente, hummmm, sei não… Cada época tem seus bodes expiatórios, cada época tem suas doenças, e uma das de hoje é ser gordo. E as doenças são bem mais do que doenças, elas têm sentido social visse? Sempre, sempre.

 

Mas eu sou Antropóloga né? Ainda mais do que em comida, sou viciada em olhar por detrás das tramas, dos valores, do senso comum, fazer o quê? Não digo que estou certa, nem sempre vejo consigo ver o que é certo, mas são as conclusões que tiro. De anos de traseiro na cadeira, de cara nos livros e olho no mundo. Bão, só estou divagando (e me exibindo tb) um pouco.

 

E não estou negando ser viciada. Sou menos ingênua do que aparento (?). E as palavras nunca são bobagens. E eu não estou falando de nenhuma lei da atração. Não estou falando nada do tipo pensar e atrair.