férias, graças a zeus.

 
eu estou de férias. espero que definitivamente e que não me encham a paciência nesse período me ligando do trabalho. desligar o celular que para mim é a maior coleira eletrônica. só ano que vem eu vejo trabalho novamente, se os céus permitirem. é o período mais feliz da minha vida, férias que palavra doce. falando nisso, na internet eu não encontrei a origem da palavra férias. procurei pouco é verdade, mas não achei. meu melhor amigo mandou fotos do seu filho recém nascido hoje. muito fofo. vontade de ter outro filho.

sampa

 
eu quero mudar pra são paulo. se não fosse meu cargo (que se já é barra pesada aqui, imagina em sp) eu tinha ido pra lá e não meu marido vindo pra cá. tudo que eu quero tem em são paulo, tudo que eu penso e vou procurar está em são paulo. fora que nas fases ruins da vida a gente quase sempre quer mudar de lugar, como se fosse resolver alguma coisa…mas que eu queria ir pra sampa, eu queria…
 

passa

e aí­ eu fico pensando que tudo passa que nada permanece. é óbvio mas o óbvio é que me consome o tempo. que 2006 já tá passando e foi um grande ano. um ano que eu descobri coisas sobre mim que nem suspeitava, algumas nada alentadoras. mas descobrir novidades verdadeiras e subversivas a respeito de si com 35 anos não é um feito pouco. não está sendo o ano que eu esperei nem que eu desejei, mas acho que no frigir dos ovos da minha vidinha besta, esse ano vai ter utilidade. acho que algumas ilusões que eu tinha a meu respeito se acabaram, foi um ano de me olhar no espelho e ver que tem muita coisa que eu queria dar conta e não dou. e agora preciso aprender a respeitar isso também. a tolerar a diferente em mim. a outra significativa que eu acabo me tornando. e tentar lembrar que nada disso importa muito, na verdade.

muro

hoje deu pra notar que eu estou í  beira de um esgotamento. e apavorada com a perspectiva de não poder tirar férias. desanimada de saber que é tão, mas tão difí­cil mudar. com a ní­tida sensação de estar afundando em areia movediça, que quanto mais eu me esforço pra sair mais eu me afundo. e está inaugurado o muro das lamentações. mas estou a quatro passos e um careca do paraí­so.

eu até quis achar uma foto minha pequena onde eu estivesse triste. mas não tem. essa é a menos feliz, vê se pode. eu sempre fui super risonha em fotos. sempre sempre, minhas fotos mostram sorrisão 99% das vezes. até as adultas, até as defases em que eu me lembro de não estar tão bem. mas depois que eu engordei isso mudou radical e ferozmente. não tem mais fotos sorrindo. nenhuma. não com o sorrisão caracterí­stico. í s vezes tem uma droga de um meio sorriso amarelo.

um dia desses vi um programa no discovery channel relacionando fotos de mulheres com 21 anos que estavam sorrindo e grau de felicidade na maturidade (coisa mais fácil de medir heim?). quanto mais as fotos de 21 anos fossem sorridentes, mais chances a pessoa supostamente teria de ser feliz na velhice. eu coloco o adendo de que se ela não for gorda…pode até ser…

sabe o que me relaxa agora? fazer templates pra blog. fazer não. reformar. que eu não tenho cacife pra fazer.

fase chata

então era bom crescer. fico pensando em como desperdicei tempo na minha vida. e agora fico pensando (que nem a trouxa que sou), em tudo que não fui, que podia ter sido. por isso certas coisas me encantam tanto hoje em dia. pela lembrança de que eu poderia ter sido diferente, ter feito diferente. todo mundo podia na verdade. mas é preocupante quando a maior fonte de prazer de um ser humano começa a ser o sono. ai começam as merdas, a gente começa a pensar merda atrás de merda e não sei como saio dessa. tô na fase chata, muito chata, e só.

ser imatura cansa

 
 
eu preciso me respeitar mais. preciso resolver essas palhaçadas que eu deveria ter resolvido há muitos anos atrás. normalmente as pessoas resolvem isso na adolescência. mas eu não, eu não resolvi até hoje, que droga. é uma merda cansativa ser assim, não ter respeito por si, ter vergonha do que se é, do que se gosta. estar sempre na defensiva, sorrindo amarelo, credo. que incapacidade. credo. ah cansei de mim, e nem tenho mais idade pra isso.
 
eu só tô um pouco cansada, é só isso. na iminência de não poder tirar férias do meu trabalho que está me estressando até o talo. eu odeio meu trabalho tem horas. me sinto acorrentada nele. e nem adianta que eu sei o que você está pensando e sinceramente, quem dera fosse fácil assim.