O Coração das Trevas

Não vou fazer o resumo aqui, tem muita resenha deste livro por aí­ e um outro da editora aí­ embaixo.

Mas esse livro me fez pensar mais uma vez que definitivamente eu não sou boa leitora. Eu já sabia disso, mas finjo que sou boa, tento ser, me engano que sou. Mas a verdade é que não sou. Não achei uma leitura legal de se fazer. Consigo reconhecer que é um grande livro, com uma narrativa poderosa, profunda e as vezes muito desconcertante e incômoda. Que é uma viagem mesmo ao coração das trevas. Mas é um livro áspero demais, cru demais e com testosterona demais. Eu gostei, fiquei envolvida pela leitura, mas achei incômoda. Não é um livro que eu gostaria de reler. Fico pensando se a tradução tem algo a ver com isso. Vou parar em uma livraria e dar uma olhada na outra tradução. Mas certamente não tem, certamente, a quem eu quero enganar? O problema foi que eu realmente não curti essa leitura, embora não tenha ficado agarrada nela, empacada, li quase de uma vez. Continuar lendo O Coração das Trevas

A Noite

 

“Nunca me esquecerei daquela noite, a primeira noite de campo, que fez minha vida uma noite longa e sete vezes aferrolhada. Nunca me esquecerei daquela fumaça.
Nunca me esquecerei dos rostos das crianças cujos corpos eu vi se transformarem em volutas sob um céu azul e mudo.
Nunca me esquecerei daquelas chamas que consumiram minha fé para sempre. Nunca me esquecerei daquele silêncio noturno que me privou por toda eternidade do desejo de viver.
Nunca me esquecerei daqueles momentos que assassinaram meu Deus, minha alma e meus sonhos, que se tornaram deserto.
Nunca me esquecerei daquilo, mesmo que eu seja condenado a viver tanto tempo quanto o próprio Deus. Nunca.”

Elie Wiesel,  A Noite. Continuar lendo A Noite

Balanço das leituras de 2011

Janeiro já vai longe, mas acho que ainda dá tempo pra dizer sobre os melhores livros que eu li em 2011.

Com certeza foram dois, Marcas de Nascença e A Elegancia do Ouriço. Eu amei todos dois, achei impressionantes, tinha muito tempo que eu não gostava tanto assim de livros. Gostei demais também de Minha Querida Sputnik.

Gostei muito do Jardim de Cimento e do Caderno Vermelho, e de A Casa dos Espí­ritos. Gostei de Um Dia, de Desonra, de O Segredo de Frida Kahlo, de É Isto Um Homem, de Complexo de Portnoy (que merece ser relido, pq li muito picado, muito vai e volta), de Modernidade e Holocausto. Gostei médio de Liberdade, de Memória Inventada e de O Tempo entre Costuras, Orgulho e Preconceito, A Chave de Sarah e Um Teto Todo Seu. Os outros acho que nem precisa de comentar, gostei razoavelmente. De alguns nem gostei.

Eu realmente gostaria de fazer anotações, resumos, resenhas do que eu leio, mas não consigo quase nunca traduzir em palavras o que eu achei mesmo de um livro. Então fica assim mesmo, só a mera catalogação deles, um registro do que eu li. E quando li. Hoje tive uma ideia de guardar os meus livros por ano de leitura, aí­ seria só vir aqui e buscar o livro, ver a data e descobrir onde está, porque nesse mara de livros cada vez mais revolto que é minha casa, daqui a pouco estaremos afogados em livros, e sem saber como localizar nada mais.

Livros que estão me esperando este ano

 

Não sei se vou ler todos, se vou conseguir ou vou querer, mas são estes: (ainda escrevendo, porque tem outros que agora onde estou, não me lembro). Não vou ler nessa ordem, a ordem é só a que me lembrei assim de chofre. E nem sei se vão ser esses mesmo, porque meu modo de ler é totalmente caótico. Certamente eu vou querer reler alguns. (Lembrei agora pelo menos do Trem Noturno Para Lisboa, que quero reler por causa de uma conversa com uma amiga). São estes:

 

  1. Pequena Abelha – Cris Cleave
  2. Amor sem Fim – Ian Mc Ewan
  3. As Brasas – Sandor Marai
  4. Minha Vida Na França – Julia Child
  5. Onze – Mark Watson
  6. Norweegian Wood – Haruki Murakami
  7. A Consciência de Zeno – Italo Zvevo
  8. Manual dos Inquisidores – António Lobo Antunes
  9. Grandes Esperanças – Charles Dickens
  10. Guerra e Paz – Tolstói
  11. Caçando Carneiros – Haruki Murakami
  12. Biografia de Neil Gaiman
  13. O Coração das Trevas – Joseph Conrad
  14. O Som e a Fúria – William Faulkner
  15. A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batatas – Mary Ann Shaffer/ Annie Barrows
  16. A Vida Modo de Usar – Georges Perec
  17. O Monge Endinheirado, A Mulher do Bandido e Outras Histórias de Um Rio Indiano – Gita Mehta

Ainda sobre O sol é Para Todos

Ainda sobre esse livro, saiu essa matéria no Estadão. Acho impressionante porque tenho lido vários blogs portugueses e brasileiros falando sobre esse livro e todo mundo acha maravilhoso. Nessa matéria que reproduzo abaixo, ainda se diz que é um livro que todos deveriam ler antes de morrer.

Eu vou acabar de ler e depois assistir de novo ao filme que tenho aqui em casa, e que eu acho um filmaço. Não tenho conseguido  deslanchar na leitura, não por causa do livro, mas por causa da minha cabeça que anda mais dispersa do que nunca. Mas hoje vou ver se continuo, pra ver o que tem de tão bom nesse livro.

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É Claro Que Você Sabe do Que Eu Estou Falando

E CLARO QUE VOCE SABE DO QUE ESTOU FALANDO
Autor: JULY, MIRANDA
Tradutor: PORTOCARRERO, CELINA
Editora: EDITORA SINERGIA
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA – CONTOS E CRí”NICAS
ISBN-13: 9788522009794
Idioma: Livro em português
Encadernação: Brochura
Dimensão: 13,5 x 20,8 cm
Edição: 1ª
Ano de Lançamento: 2008
Número de páginas: 192

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Sinopse
Dezesseis histórias curtas, a maioria publicada em revistas como The New Yorker, Zoetrope e The Paris Review, nas quais a autora dialoga com o leitor, conta seus segredos, revela os truques que executa e surpreende a cada momento. Em todos os contos, um elemento comum – personagens vivendo situações extremas em busca de um grande amor ou de um sentido para o cotidiano.

Amada

Amada – Toni Morrison
Tí­tulo original: BELOVED
Tradução:José Rubens Siqueira
Páginas: 396
Acabamento: Capa dura
Lançamento: 30/06/2011
ISBN: 9788535918939
Coleção Prêmio Nobel
Selo: Companhia das Letras
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Um dos melhores livros que eu já li, um dos que mais me tocou. Tem uma narrativa diferente, não linear, e é um ahistória linda e bem contada, emocionante, em que se entra na cabeça dos personagens de uma maneira bem visceral, bem diferente, é um livro que a gente sente.

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Eleito em 2006 pelo New York Times o livro de ficção mais importante dos últimos 25 anos nos Estados Unidos, Amada é o mais conhecido romance de Toni Morrison. Ambientado em 1873, época em que o paí­s começava a lidar com as feridas da escravidão recém-abolida, conta a história da ex-escrava Sethe, que após fugir de uma fazenda no Kentucky refugia-se em Cincinatti.
Lá, ela e a filha caçula se veem í s voltas com o fantasma de outra filha de Sethe, morta cerca de dezoito anos antes. Suas aparições cedem com a chegada de Paul D, velho conhecido dos tempos de escravidão. Mas a inesperada visita de uma jovem misteriosa chamada Amada, única palavra gravada na lápide da filha morta, obriga Sethe a confrontar uma verdade terrí­vel.
Numa prosa melódica que alterna diferentes registros e pontos de vista, manipulando com maestria os tempos da narrativa, a autora compõe um retrato lí­rico e cruel da condição do negro no fim do século XIX nos Estados Unidos.

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Livro mais conhecido da escritora americana Toni Morrison, prêmio Nobel de Literatura de 1993, Amada ganhou o Pulitzer de 1988 e em 2006 foi eleito pelo New York Times a obra de ficção mais importante dos últimos 25 anos nos Estados Unidos. Em 1998 recebeu uma adaptação cinematográfica – Bem-amada -, com Oprah Winfrey no papel principal.
A história se passa nos anos posteriores ao fim da Guerra Civil, quando a escravidão havia sido abolida nos Estados Unidos. Sethe é uma ex-escrava que, após fugir com os filhos da fazenda em que era mantida cativa, foi refugiar-se na casa da sogra em Cincinatti. No caminho, ela dá à luz um bebê, a menina Denver, que vai acompanhá-la ao longo da história.
Amada tem uma estrutura sinuosa, não-linear: viaja do presente ao passado, alterna pontos de vista, sonda cada uma das facetas que compõem esta história sombria e complexa. Considerado um clássico contemporâneo, faz um retrato a um tempo lí­rico e cruel da condição do negro no fim do século XIX nos Estados Unidos.

“A versatilidade e a abrangência técnica e emocional de Toni Morrison não têm limites. Não há como duvidar de sua estatura como uma das personalidades mais proeminentes da literatura americana de todos os tempos. Amada é um livro arrepiante.”
– Margaret Atwood, The New York Times

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Retirado do site da Companhia das Letras

A Minha Lista de Clássicos

classic

A minha lista de clássicos é esta. Não é baseada em nada, mas no meu imaginário, naquilo que me vem í  cabeça quando eu enso num clássico, ou num livro que eu teria que ler, ou ter lido já. É até bem óbvia, claro, mas é o que ficou na minha cabeça e não é definitiva, eu vou mexendo nela com o tempo. E lógico, é MUITO enviesada, mas é isso, eu procurei ir colocando os livros que me vinham í  cabeça, sem muito pensar e foram esses que apareceram… Continuar lendo A Minha Lista de Clássicos

Livros de 2011

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A melhor coisa que eu fiz foi voltar a ler literatura, voltei pro meu terreno, meu mundo. Esse ano quero ler mais ainda, revisar mais livros, queria ser paga pra ler, ou pra digitalizar livros, que bom seria!
 
Fevereiro
1. Os Homens Que não Amavam as Mulheres
2. Estresse Engorda
3. Mulheres, Comida e Deus
4. Imagine-se Magro
Março
5. Gordas em Recuperação
6. Você Tem Fome de quê? (releitura)
7. Um Caminho com o Coração
8. A Menina Que Brincava com Fogo
Abril
9. Pergunte ao Pó
10. Um Caminho com o Coração
11. 59 segundos (não terminei) Continuar lendo Livros de 2011

Mulheres, Comida e Deus

mulheres-comida-e-deusMulheres, Comida e Deus
Uma Estrategia Inspiradora Para Quase Tudo Na Vida
Autor: ROTH, GENEEN
Tradutor: SERAPICOS, ELVIRA
Editora: LUA DE PAPEL
Assunto: AUTOAJUDA
ISBN: 8563066188 ISBN-13: 9788563066183
Livro em português
Brochura
– 23 x 16 cm 1ª Edição – 2010

Neste livro, Geneen Roth mostra como aquilo que se come e a maneira como as pessoas se relacionam com a comida está intrinsecamente ligado í  maneira como nos sentimos e vemos a nós mesmos. ‘Mulheres, Comida e Deus’ baseia-se em casos reais, e mostra que a comida está longe de ser o único prazer verdadeiro em nossas vidas. A autora traça a relação entre sentimentos não digeridos e situações mal resolvidas com a comida. A autora ensina aos leitores como fazer autoanálise e, também, como usar a relação com a comida como ferramenta de autoconhecimento.