Eu perdi o dó da minha viola


ithinkVocê não pode rezar uma mentira

Mark Twain

=====

Fim de semana de orgia alimentar. Fim de semana não, semana inteira de orgia alimentar. Certamente passei dos cem. Mas não vou pesar hoje. Nem amanhã.

Talvez eu realmente deva encarar honestamente a realidade de que gosto MUITO mais de comer do que de ser magra. Mas não posso abrir da mão saúde. Nem da saúde mental. Cilada.

Eu estava me lembrando que antes de engravidar dessa segunda vez, eu tinha emagrecido um tantão, sem fazer nada radical. Ai fiquei tentando me puxar da memória e a única coisa diferente é que eu estava numa fase que estava com um prazer verdadeiro de me cuidar, de me arrumar, que estava vaidosa, de dentro pra fora.

Comecei uma espécie de terapia de novo. Aconteceram coisas que me magoaram muito, muito esses dias. Ainda bem que a gente sobrevive. Acho que a tempestade hormonal está passando. Também sei que preciso demais dormir e controlar o stress.

A despeito de tudo, me passa pela cabeça fazer novamente o programa de cores, antigo, do VP. E obviamente não tomei floral direito, não fiz o qi nem sequer uma vez, não fiz nada efetivamente para emagrecer.

Uma parte de mim não quer mesmo emagrecer. E ela tem vencido sistematicamente.

Eu dou atenção í s pessoas erradas. Isso vai ficando cada vez mais claro pra mim.

O Intolerável Peso Da Feiúra

O INTOLERíVEL PESO DA FEIíšRA

JOANA DE VILHENA NOVAES

ISBN: 8576171090
Editora: EDITORA GARAMOND
Número de páginas: 272
Encadernação: Brochura
Edição: 2007

“Beleza é artigo de primeira necessidade”: este é o lema que perpassa os depoimentos das mulheres entrevistadas por Joana Vilhena ao longo dos dez anos de sua pesquisa de campo. Nas academias de malhação, nas antes-salas das clí­nicas de cirurgia plástica, ou nos grupos de pacientes a espera de gastroplastia redutora, há o consenso: “só é feia quem quer”. E quem não quiser se enquadrar nos atuais cânones de beleza sofrerá o merecido castigo da rejeição e da exclusão. Pois beleza e feiúra nada têm de “natural”. São vivenciadas em termos morais, e lembra a autora que a feiúra era vista, pelos antigos gregos, como reveladora de defeitos de caráter. Na sociedade ocidental contemporânea, que se define pela busca narcisista do gozo imediato e pelo abandono dos valores religiosos, culpa e pecado emigram para o terreno da modelagem do corpo.

Monique Augras. Veja


No decorrer da história das artes houve uma ruptura no conceito de um padrão único de estética. Vários artistas sofreram por essa mudança, que significou um redesenho de todas as possibilidades de entendimento sobre a forma. Nas artes a tirania da figura-fundo e do desenho em perspectiva linear foi enfrentada, não sem preço, que o diga Van Gogh, permitindo para o mundo culto e erudito uma estética das possibilidades e da tendência ao infinito pela multidiversidade.
No entanto, nosso corpo, e em especial o corpo feminino, não experimentou essa ruptura estética. O texto de Joana Vilhena de Novaes nos fala desta tirania estética. Se numa viagem no tempo descobrimos que esta imposição estética sobre o corpo ocorreu em várias épocas, de diferentes maneiras, ela agravou-se no tempo de hoje.
Joana nos oferece uma dimensão trágica desta tirania sofisticada do contemporâneo. Porque temos a possibilidade de modificarmos o nosso corpo com o desenvolvimento de uma infinidade de tecnologias, que vão desde as tecnologias de educação fí­sica í s cirurgias de correção, a manutenção de um corpo nãp adequado passou a ser considerada socialmente como um desvio de caráter e um ato de vontade.
A tirania estética atual transformou o corpo inadequado de outrora, que podia ser considerado no locus simbólico do sujeito vitimizado, para um outro lugar, onde o sujeito passou a ser responsabilizado por não estar com seu corpo adequado.
A gravidade aumenta quando sabemos que no universo simbólico o padrão é etéreo e difí­cil de ser objetivado e mensurado. A perfeição idealizada encontra na realidade sempre alguma imperfeição que, segundo a autora, obrigarão o sujeito í  submissão de uma bateria de esforços absolutamente insanos e cruéis, em busca de um modelo inalcançável.
Joana Vilhena de Novaes é uma crí­tica do comportamento contemporâneo e nos oferece um belo texto, permeado de uma ironia maravilhosa, que se oferece como um libelo de liberdade.

Ricardo Vieiralves de Castro
Professor da UERJ
Diretor do Museu da República


SOBRE A AUTORA

Joana de Vilhena Novaes é doutora em Psicologia Clí­nica pela PUC-Rio e coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social (LIPIS) da Vice-Reitoria Comunitária da PUC-Rio. A autora é também consultora de várias empresas para assuntos de estética feminina e possui considerável número de artigos publicados em periódicos, revistas e jornais no Brasil e no exterior.

 

adeus dietas

elvgren01.jpg

Segundo a astrologia hoje estou vivendo uma revolução lunar. também segundo a astrologia a revolução lunar é um bom momento para se começar uma dieta. Eu até ia, sabe, mas resolvi dar adeus geral í s dietas. Fazer dieta engorda. E eu quero é emagrecer. Acho que vou até criar um blog chamado “adeus dietas”. Pra ficar no lugar do finado leveza de ser. Não sei ainda. Talvez faça.

===

Eu sempre fui magra. No dia em que comecei a me preocupar engordei horrores. E a cada dieta engordava um pouco mais. a última foi há pouco e eu engordei. Então tudo que eu li sobre o fracasso das dietas me convenceu. Adeus dietas. Adeus para todo o sempre. Pouca gente iria entender isso, mas fazer o quê né?

por que o mundo odeia as gordas

De todas as formas de discriminação, a que ronda as mulheres gordas talvez seja a mais perversa. Atitudes racistas ou homofóbicas são publicamente condenáveis. Por outro lado, parece que não há nada de errado em fazer piadas de mau gosto sobre a aparência dessas pessoas. Diferente do negro e do gay, o gordo raramente é poupado de comentários sobre o fato de ter emagrecido ou não -como se isso fosse o equivalente a ter mudado a cor dos cabelos. O preconceito aparece em diversas situações, como mostra a pesquisa realizada com 9.405 leitoras de Marie Claire. No caso da mulher, a gorda é ‘simpática’ ou, no máximo, ‘tem um rosto bonito’. Se quiser andar na moda, tem que fazer roupa sob medida porque o GG não costuma freqí¼entar as araras dos bons estilistas. Se for disputar uma vaga de trabalho, precisa torcer para que nenhuma magra queira o mesmo posto. E, se resolver malhar na academia, vai ter que superar a incômoda sensação de que é o centro das atenções. Porque o mundo não perdoa quem está fora das medidas.

“Ser gordo não é opção. É destino.” Quem afirma é o endocrinologista Alfredo Halpern, um dos maiores especialistas brasileiros no assunto obesidade. Aqui, ele explica por que í s vezes é tão difí­cil emagrecer.

Marie Claire – Quem é gordo sempre come demais? Alfredo Halpern – Não. Muitas vezes, a pessoa gasta poucas calorias, ou acumula gordura com mais facilidade. Há, ainda, organismos que têm dificuldade de utilizar gordura como fonte de energia. E tudo isso pode ter causas biológicas.

Não. Muitas vezes, a pessoa gasta poucas calorias, ou acumula gordura com mais facilidade. Há, ainda, organismos que têm dificuldade de utilizar gordura como fonte de energia. E tudo isso pode ter causas biológicas.

MC – O que regula o apetite?

AH – O fato de alguém comer mais ou menos depende de, no mí­nimo, 50 substâncias que circulam no sangue, no cérebro, no tubo digestivo…

O fato de alguém comer mais ou menos depende de, no mí­nimo, 50 substâncias que circulam no sangue, no cérebro, no tubo digestivo…

MC – Há causas genéticas?

AH – São muitas variantes e todas reguladas por diferentes genes. Um desbalanço em determinado gene pode criar uma necessidade de comer açúcar que só algumas pessoas sentem, assim como um desequilí­brio genético de outra espécie faz com que alguém tenha uma fome voraz. E não é sem-vergonhice, é fome de verdade.

São muitas variantes e todas reguladas por diferentes genes. Um desbalanço em determinado gene pode criar uma necessidade de comer açúcar que só algumas pessoas sentem, assim como um desequilí­brio genético de outra espécie faz com que alguém tenha uma fome voraz. E não é sem-vergonhice, é fome de verdade.

MC – Nesses casos, é impossí­vel emagrecer?

AH – Há quem não consiga, mesmo levando uma vida espartana… Poucos têm algum sucesso í  custa de muito esforço ou de intervenções cirúrgicas. É preciso lutar contra forças quí­micas, metabólicas, hormonais e neurológicas, comandadas pela genética e facilitadas pelo meio em que vivemos. Até a capacidade para atividades fí­sicas tem a ver com genética. Hoje já se sabe que o bebê de uma mulher gorda se movimenta menos do que o filho de uma magra. E assim será, por toda a vida.

Há quem não consiga, mesmo levando uma vida espartana… Poucos têm algum sucesso í  custa de muito esforço ou de intervenções cirúrgicas. É preciso lutar contra forças quí­micas, metabólicas, hormonais e neurológicas, comandadas pela genética e facilitadas pelo meio em que vivemos. Até a capacidade para atividades fí­sicas tem a ver com genética. Hoje já se sabe que o bebê de uma mulher gorda se movimenta menos do que o filho de uma magra. E assim será, por toda a vida.

****************

As formas arredondadas e volumosas surgiram naturalmente quando a baiana Eliana Kertesz começou a trabalhar com argila, há 12 anos. Hoje, a artista plástica é conhecida como a ‘Botero’ brasileira, com suas esculturas de mulheres gordas e sensuais, feitas com bronze, terracota, alumí­nio e resina. ‘Odeio a ditadura da beleza magra, e protesto através dessas formas fartas. As esculturas são o meu jeito de dizer que o gordo também é belo’, diz. Para Eliana, uma mulher que se diz nem gorda nem magra, o problema só existe quando a própria pessoa sofre com a gordura. ‘Mas não tem cabimento a gente se incomodar só porque está incomodando os outros. O que estamos vivendo hoje em dia é um patrulhamento.

****************

NíƒO É PREGUIí‡A

“A herança da tendência í  obesidade não é diferente daquela que explica por que existem pessoas altas e outras de baixa estatura. Num mundo sedentário, com alimentos deliciosos ao alcance da mão, considerar a obesidade um problema de caráter é pura ignorância. Perder peso é empenhar-se numa batalha contra a biologia da espécie humana. Só os obstinados são capazes de vencê-la.” Drauzio Varella (‘Folha de S.Paulo’, em 2004)

****************

A MENTIRA DO CINEMA

Bochechuda e visivelmente mais cheinha. Foi assim que a atriz Renée Zellweger incorporou a famosa Bridget Jones, personagem que traduzia as angústias da mulher moderna -sempre í s voltas com o primeiro dia da dieta, o último cigarro e a falta de namorado. Gordinha nesse filme, Renée reapareceu magérrima em ‘Chicago’ para interpretar a problemática Roxie. Como ela, muitos atores engordam e emagrecem a cada filme. E, para o público, fica a falsa impressão de que é fácil controlar a balança. “Mas isso só é possí­vel quando a pessoa não tem tendência para engordar”, diz o endocrinologista Márcio Mancini. Quem não se encaixa nesse time é duplamente prejudicado: além da frustração pessoal, esse efeito ioiô das telas reforça o mito do ‘só é gordo quem quer’ na vida real.

****************

SUCESSO FORA DOS PADRí•ES DA TV

“Nas novelas, tem gente que enfeita a história, e tem gente que conta a história. Acho que estou no segundo time”, diz a atriz Vera Holtz, que saiu no bloco da baiana Margareth Menezes vestida de “XL Bundchen”, no último carnaval. “A avenida é o lugar onde dá para brincar com isso. “E esse também é um jeito de defender as gordinhas”, diz. Na televisão desde 1988, Vera nunca se sentiu prejudicada por causa do manequim 46. “A rua é mais cruel. As pessoas dizem que pareço muito mais magra na televisão. E olha que a telinha engorda!”, diz. No papel de Ornela, na novela ‘Belí­ssima’, a atriz faz sucesso. “Acho que ela é popular porque está mais perto da realidade da mulher brasileira.”

****************

SENTADA, COM UM BALDE DE PIPOCA

Além da herança genética, ser gordo tem a ver com o modo de vida. ‘Os hábitos modernos promovem a obesidade. As pessoas passam a maior parte do tempo sentadas, a automação resolve quase tudo e, o que é pior, hoje os alimentos são mais calóricos e as porções aumentaram. O antigo saquinho de pipoca virou um balde’, diz Anete Hannud Abdo, endocrinologista do PRATO -Programa de Atendimento ao Obeso do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clí­nicas, em São Paulo. As mulheres que se tratam lá acreditam que a gordura é a causa de fracassos na vida amorosa, de frustrações profissionais e de todas as infelicidades. ‘Parte do nosso trabalho é tentar inverter essa lógica, mostrando que a solução desses problemas é que pode ajudar a emagrecer.

****************

COMO AS GORDAS SE MOBILIZAM NOS EUA

As integrantes do Fat Action Troupe AllStar Spirit Squad são mais que simples lí­deres de torcida: além de animar os jogos, elas agitam os estádios com sua luta pelo direito de não ser magra (www.fatasspdx.com). As Padded Lilies formam um grupo diferente de nadadoras: são mulheres gordas, especializadas em nado sincronizado, que defendem a idéia da boa forma em qualquer “tamanho” (www.paddedlilies.com). Formado por artistas gordos, o grupo The Original Fat-Bottom Revue excursiona pelo paí­s mostrando o lado sexy da obesidade (www.bigburlesque.com)

****************

MODA X TAMANHO GG

Na temporada de desfiles de 2005, o estilista John Galliano escolheu apenas tipos fora do padrão para mostrar sua coleção – gordinhas, anãs, esqueléticas, gente mais velha e mais nova, mostrando que o mundo abriga muitas variedades além das modelos altas e magérrimas. Isso não significa, porém, que os dias da ditadura estética estejam contados. “O que se vende é a imagem da modelo esbelta ou da gostosona da novela. O mercado muitas vezes é cruel, assim como é da natureza humana a exclusão de determinado grupo”, diz a estilista mineira Graça Ottoni. Para ela, fazer roupas para mulheres gordas é difí­cil, assim como para qualquer um que fuja do padrão. “Trabalhamos em série. Uma pessoa muito alta ou muito baixa também deveria ter uma roupa feita sob medida”, afirma a estilista, que confecciona até o número 46. O estilista Lino Villaventura já criou até vestido de noiva para uma cliente com mais de 100 quilos. “Mas é complicado confeccionar em grande escala por causa das proporções. Tem quem seja mais cheinha nos quadris; para outras, o problema está no busto. A modelagem não pode ser padronizada”, diz Lino. Há, ainda, outro motivo: segundo ele, as próprias mulheres não gostam de ver roupas enormes na loja. “Mesmo quem é gordinha quer vestir roupa de magra. O preconceito não é declarado, mas existe, como no caso dos negros, dos nordestinos e tantos outros grupos.”

****************

PRESSíƒO Pí“S GRAVIDEZ

A atriz Ní­vea Stelmann controlou a dieta durante a gestação. O medo de ser taxada de gorda ronda as mulheres também durante a gravidez, um perí­odo em que as curvas generosas poderiam ser encaradas com mais condescendência. Segundo o ginecologista Renato Kalil, de São Paulo, mulher não perde mais do que 5 quilos assim que o bebê nasce – o restante vai exigir dieta e exercí­cios. Dependendo da urgência, tem quem recorra í  lipoaspiração – foi isso o que a atriz Giovanna Antonelli decidiu fazer, oito meses depois do nascimento de Pietro, para complementar a perda dos 20 quilos que ganhou durante a gravidez. Para as grávidas famosas, aliás, a pressão para entrar logo no jeans é ainda maior. A atriz Ní­vea Stelmann, de 31 anos, nunca havia se preocupado com o peso, até engordar 6 quilos nos primeiros três meses da gravidez. Foi quando decidiu prestar mais atenção na dieta. “Eu me irritava porque os figurinos da novela ficavam apertados. Além disso, tinha de lidar com a falta de delicadeza das pessoas que não pensavam duas vezes para dizer que eu tinha engordado muito ou para mencionar o meu ‘bochechão’. Chorei muitas vezes.” Ní­vea engordou 14 quilos no total. Logo depois que Miguel nasceu, a atriz voltou í  malhação e fez drenagem linfática. “Com tudo isso e a amamentação, perdi peso rapidamente. E passei a ouvir: ‘Que incrí­vel, como você está magra!’. Poucos me perguntaram se eu estava me saindo bem como mãe. A admiração vinha por outro lado. Fazer o quê? O mundo funciona assim.”

Giovanna Antonelli fez lipoaspiração depois do parto (Valéria Martins)

****************

MILITí‚NCIA VIRTUAL

No endereço www.magnuscorpus.com.br, a discriminação é o principal tema. O site é o representante brasi- leiro do ISAA – International Size Acceptance Association, instituição norte-americana que orienta e defende as pessoas contra o preconceito.

****************

MAIS GORDINHAS

Em 1975, a obesidade atingia apenas 3% dos homens e 8% das mulheres no Brasil. No último levantamento feito pelo IBGE, em 2003, esses números pularam para 9% e 13%, respectivamente. Hoje, 39 milhões de brasileiros estão acima do peso e, destes, 10,5 milhões são obesos.

****************

VOCíŠ TEM PRECONCEITO CONTRA AS MULHERES GORDAS?

  • 66% admitiram já ter feito um comentário maldoso ao ver uma mulher gorda usando biquí­ni
  • 58% já se sentiram secretamente felizes porque a ‘ex’ do namorado engordou muito
  • 52% acham que é pior engordar 15 quilos do que reduzir o salário em 30%
  • 37% ficam incomodadas vendo uma mulher gorda comer hambúrguer com batatas fritas
  • 36% não iriam a um médico de regime que fosse gordo
  • 21% acreditam que as gordas são preguiçosas
  • 21% imaginam que, se um bonitão está com uma mulher gorda, é porque existem outros interesses
  • 18% dizem que uma pessoa muito gorda deveria pagar por dois assentos nos aviões
  • Apesar disso, 77% gostariam de ver uma gorda como protagonista da novela das 8. 9.405 leitoras responderam ao questionário online preparado por Marie Claire

****************

ESTí PROVADO: OS GORDOS GANHAM MENOS

Cada ponto a mais no í­ndice equivale a R$ 92 a menos no salário, em cargos de gerência. “Talvez isso aconteça porque a pessoa gorda é associada í  idéia de lentidão no trabalho, isto é, menor produtividade”, explica Case. Além de ganhar menos, os gordos geralmente perdem na hora da seleção. Segundo uma pesquisa feita pelo grupo Catho, em 2005, 65% dos diretores de empresa admitiram ter alguma objeção em contratar pessoas gordas. “Não levantamos os motivos. Mas, na minha opinião, quem tem o desleixo de engordar também vai ser desleixado no trabalho. Isso pode justificar a rejeição”, diz Thomas Case, fundador do Grupo Catho.

****************

NA REDE

íšnica no gênero, a revista virtual www.criaturagg.com.br conta com 3.200 leitores cadastrados. Dirigido por Kátia Ricomini, o site informa, por exemplo, como é possí­vel requisitar um cinto de segurança mais longo no carro ou como obter a carteirinha que dispensa a passagem pela catraca nos ônibus. “Ninguém precisa passar por essa humilhação”, diz.

FOTOS: REPRODUí‡íƒO/ARNALDO MAGNANI (GETTY IMAGES)/KEVIN WINTER (GETTY IMAGES)/MARK MAINZ (GETTY IMAGES)/ DIVULGAí‡íƒO/Mí”NICA IMBUZEIRO (AGíŠNCIA O GLOBO)/OTHER/FRANí‡OIS GUILLOT (AFP)/KATIA RICOMINI/CAMOMILAH, DIVULGAí‡íƒO/MARCELO CORREIA (DIVULGAí‡íƒO)/GABRIEL REIS AGRADECIMENTO: FNAC (ILUSTRAí‡íƒO BOTERO)

Matéria da Revista Marie Claire do mês de abril de 2006.

    Em Forma de Dentro para Fora


    Do livro “Em forma de dentro para fora“, de Victoria Moran
    516dNOZFTYL01. ACEITE-SE COMO VOCíŠ É HOJE
    Se você não se aceitar como a pessoa que é,
    não viverá plenamente e, se não viver plenamente, terá de
    encontrar essa plenitude de alguma outra forma.
    ACEITAR QUEM VOCíŠ É, DE CORPO E ALMA, não garante que você vá emagrecer. Contudo, isso a coloca na posição ideal para emagrecer — não apenas mais uma vez, mas de uma vez por todas. Se você não se aceitar como a pessoa que é, não viverá plenamente e, se não viver plenamente, terá de encontrar essa plenitude de alguma outra forma.
    Pode ser difí­cil aceitar a si mesma se você for uma pessoa obesa (ou se pensar que é), porque a cultura de massa veiculada pela imprensa e pela televisão sugere que ser gordo é abominável. Isso induz ao ódio por si mesmo, a mais comida e a menos exercí­cio (“Não posso ser vista em roupas de ginástica. Vou fazer ginástica depois que eu emagrecer os primeiros quatro quilos”).
    Continuar lendo Em Forma de Dentro para Fora