Quarto

QUARTO
Autor: DONOGHUE, EMMA
Tradutor: RIBEIRO, VERA
Editora: VERUS EDITORA
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA – ROMANCES
ISBN: 8576861313
ISBN-13: 9788576861317
Idioma: Livro em português
Encadernação: Brochura
Dimensão: 23 x 16 cm
Edição: 1ª
Ano de Lançamento: 2011
Número de páginas: 349
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Esse livro me emocionou muito , em algumas partes eu chorei de soluçar.
Sobre o livro e para ler trechos dele: http://www.record.com.br/quarto/

Para Jack, um esperto menino de 5 anos, o quarto é o único mundo que conhece. É onde ele nasceu e cresceu, e onde vive com sua mãe, enquanto eles aprendem, leem, comem, dormem e brincam. í€ noite, sua mãe o fecha em segurança no guarda-roupa, onde ele deve estar dormindo quando o velho Nick vem visitá-la. O quarto é a casa de Jack, mas, para sua mãe, é a prisão onde o velho Nick a mantém há sete anos. Com determinação, criatividade e um imenso amor maternal, a mãe criou ali uma vida para Jack. Mas ela sabe que isso não é suficiente, para nenhum dos dois. Então, ela elabora um ousado plano de fuga, que conta com a bravura de seu filho e com uma boa dose de sorte. O que ela não percebe, porém, é como está despreparada para fazer o plano funcionar.

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Aos cinco anos, o mundo do que pequeno Jack se resume a um pequeno quarto de 4 m por 4 m sem janelas. No pequeno que divide com Ma, sua querida mãe, existem apenas Cama, Armário, Mesa, Berço, Fogão, televisão e Banheira.
Para entreter o esperto menino, Ma desenvolve de maneira criativa brincadeiras, exercí­cios e procura ensinar-lhe o que Jack estudaria se pudesse ir í  escola. O único momento em que se separam é quando o velho Nick, que seqí¼estrou Ma e a mantém cativa há sete anos, visita a jovem. Nessas horas, Jack fica estrategicamente preso no armário.
Apesar de lhe proporcionar um ambiente lúdico e saudável, Ma sabe que isso é muito pouco para o menino.  A curiosidade de Jack vai crescendo, assim como Com uma linguagem especial e de forma sensí­vel, Emma Donoughue conta em QUARTO a vida nesse ambiente sufocante, através da ótica infantil de Jack.

A Próxima Grande Sensação

PROXIMA GRANDE SENSAí‡AO, A
Formato: Livro
Autor: EDWARDS, JOHANNA
Editora: ESSENCIA
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA – ROMANCES
ISBN: 8576654253
ISBN-13: 9788576654254
Idioma: Livro em português
Encadernação: Brochura
Dimensão: 23 x 16 cm
Edição: 1ª
Ano de Lançamento: 2009
Número de páginas: 320
 
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Achei chato, não li todo, larguei no meio.
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Durante toda a vida, Kat Larson esperou por coisas – Ligações que nunca aconteceram, caras que não apareceram, convites que teriam se perdido no correio. Porém, mais do que tudo isso, sempre esperou ser magra. Aos 27 anos, ela achava que nunca poderia ser feliz, a menos que perdesse alguns quilos. Muitos quilos. Nem seu chefe, para quem a segunda-feira dava o tom da semana inteira e, por isso, marcava uma reunião toda segunda í s 8 horas em ponto, era capaz de tirar tanto seu humor quanto uma balança. Depois de ter feito todo tipo de dieta, Kat decide adotar uma estratégia mais ousada – entrar para ‘From fat to fabulous’, um novo reality show em que seis mulheres, todas tamanho 46 ou mais, lutam contra as saliências (e, principalmente, umas contra as outras).

A Menina Que Brincava Com Fogo

Menina Que Brincava Com Fogo, A
Coleção: MILLENNIUM, V.2
Autor: LARSSON, STIEG
Tradutor: BRUCHARD, DOROTHEE DE
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA – FICí‡íƒO POLICIAL
ISBN: 8535914226
ISBN-13: 9788535914221
Livro em português
Brochura – 23 x 16 cm – Peso 0,898 Kg 1ª Edição – 2009
608 pág.

Lisbeth parece uma garota frágil, mas é uma mulher determinada, ardilosa, perita tanto nas artimanhas da ciberpirataria quanto nas táticas do pugilismo. Mikael Blomkvist pode parecer apenas um jornalista em busca de um furo, mas no fundo é um investigador obstinado em desenterrar os crimes obscuros da sociedade sueca, sejam os cometidos por repórteres sensacionalistas, sejam os praticados por magistrados corruptos ou ainda aqueles perpetrados por lobos em pele de cordeiro. Um destes, o tutor de Lisbeth, foi morto a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados – um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres. A arma usada nos crimes não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo homicí­dio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela apenas está esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça a seu modo. Mas ele também sabe que precisa encontrá-la o mais rapidamente possí­vel, pois mesmo uma jovem tão talentosa pode deparar-se com inimigos muito mais formidáveis, e que, se a polí­cia ou os bandidos a acharem primeiro, o resultado pode ser funesto, para ambos os lados.

Comecei a ler em 08/03/2011

Os Homens que não amavam as mulheres


Homens Que Nao Amavam As Mulheres, Os
Coleção: MILLENNIUM, V.1
Autor: LARSSON, STIEG
Tradutor: NEVES, PAULO
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA – FICí‡íƒO POLICIAL
ISBN: 8535913246
ISBN-13: 9788535913248
Livro em português
Brochura
– 23 x 16 cm 1ª Edição – 2008
‘Os homens que não amavam as mulheres’ é um enigma a portas fechadas – passa-se na vizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestí­gios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso í  ilha onde ela e diversos membros de sua extensa famí­lia se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada – o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou.
Terminei hoje 08/03/2011. O livro faz parte de uma trilogia, que pode ser vista aqui . Já comecei o segundo volume.

Carta a D.

Cart a D.CARTA A D. – HISTORIA DE UM AMOR

Tradutor: AZZAN JR, CELSO
Autor: GORZ, ANDRE
Editora: COSAC NAIFY
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA-ROMANCES
Ficha Técnica
ISBN: 857503605X
ISBN-13: 9788575036051
Livro em português
Brochura – 13,5 x 20 cm 1ª Edição – 2008 – 112 pág.

Este é o último livro do filósofo francês André Gorz, escrito para homenagear sua mulher, Dorine, com quem partilhou a vida por quase sessenta anos. O casal cometeu suicidio em 22 de setembro de 2007; os corpos foram encontrados um ao lado do outro, e um cartaz, na porta de sua casa, pedindo que a polí­cia fosse avisada. Gorz, discí­pulo de Sartre e co-fundador do ‘Le Nouvel Observateur’, era um crí­tico radical da mercantilização das relações sociais, contrário í  crença no trabalho assalariado, além de ser autor de vários livros sobre ecologia. Desde o iní­cio da década de 90 vivia em retiro com a mulher, que sofria, há anos, de uma doença degenerativa. Os dois viveram uma grande história de amor e companheirismo, após terem se conhecido em Lausanne, numa noite de neve, em outubro de 1947. Desde então, nunca mais se separaram.

Aqui você baixar as primeiras páginas do livro.Aqui você pode ler um pouco mais sobre ele.

Aqui tem uma página bonita sobre ele.

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Saiu na Imprensa:

Zero Hora / Data: 19/3/2008

Um amor para recordar

Carta a D. é uma elegia do filósofo André Gorz para a mulher com quem viveu 50 anos

Histórias de amor com algo de fatalidade estão sempre no limite incômodo entre a emoção e a hiperglicemia. É, portanto, surpreendente quando aparece um ensaio conciso, seco, honesto no limite do brutal e que é, antes de tudo, uma dilacerante carta de amor.

É o caso de Carta a D. (Annablume/Cosac Naify, 80 páginas), um relato do filósofo francês André Gorz escrito para sua esposa, a inglesa Dorine Keir, já no fim da vida do casal, ambos intelectuais militantes de esquerda.

Pouco conhecido no Brasil, Gorz (austrí­aco de nascimento cujo nome original era Gerhard Hirsch) foi um dos grandes pensadores europeus de esquerda no século 20. Amigo de Jean-Paul Sartre e de Simone de Beauvoir, foi um dos fundadores da revista Le Nouvel Observateur e diretor da publicação Les Temps Modernes, fundada por Sartre em 1944. Publicou dezenas de livros sobre a questão social e as relações de trabalho no capitalismo e foi um pioneiro da causa ambiental.

Carta a D., best-seller imediato na França em 2005, foi sua última obra. O livro é, ao mesmo tempo, uma reflexão lúcida e descarnada sobre o valor do amor e um balanço final da vida de seu autor, o que inclui, forçosamente e em primeiro lugar, o casamento de mais de meio século que teve com a inglesa Dorine. É ela a D. a quem a “carta” se dirige, em um texto no qual o racional ex-marxista reconhece que sua formação intelectual muitas vezes impediu-o de assumir uma postura mais emocional ao analisar os sentimentos transbordantes que nutria pela esposa.

D. não foi apenas a mulher com quem Gorz passou a vida, foi aquela com quem ele escolheu terminá-la. Em setembro do ano passado, o casal, então já com mais de 80 anos, se suicidou. Ela sofria de uma grave doença degenerativa provocada por uma substância de contraste para Raio X que não foi eliminada pelo organismo. Ao testemunhar os anos de batalha da mulher com a dor, Gorz já sinalizava na Carta a D. a atitude que o casal tomaria: “Nós desejarí­amos não sobreviver um í  morte do outro. Dissemo-nos sempre, por impossí­vel que seja, que, se tivéssemos uma segunda vida, irí­amos querer passá-la juntos”.

A Carta a D. de André Gorz é um testemunho que vem se juntar a um tipo peculiar recente de livros de memórias e depoimentos. Textos que buscam, por meio de narrativas de uma qualidade literária mais trabalhada, fazer uma arqueologia dos afetos revirando escombros da memória. Uma linhagem que remonta ao best-seller de 2005 O Ano do Pensamento Mágico, de Joan Didion, publicado em 2006. Textos que, como Carta a D., em vez de simplesmente narrar suas memórias, refletem sobre o próprio processo que as cristalizou.

Minúsculos Assassinatos e Alguns Copos de Leite

MINíšSCULOS ASSASSINATOS E ALGUNS COPOS DE LEITE
Autor: Fal Azevedo
ISBN:9788532523556
Páginas:204
Formato : 14×21

Sinopse do Livro

“Tenho 44 anos e sei que isso não é felicidade.

Mas sei também que não deixa de ser.”

Boitempo II, livro de poemas memorialí­sticos de Carlos Drummond de Andrade, traz o seguinte subtí­tulo: “esquecer para lembrar”. Parafraseando e contradizendo o “poeta maior”, a pintora quarentona Alma passa em revisão sua biografia, num ritual pessoal de “lembrar para esquecer” – um acerto de contas com o passado na tentativa de escrever felicidade em seu futuro, algo mais intenso do que “sigo vivendo”. Alma é a protagonista de Minúsculos assassinatos e alguns copos de leite, primeiro e surpreendente romance da paulistana Fal Azevedo.

A autora constrói, no livro, a narrativa de maneira não-linear, alternando discursos diferentes, momentos distantes e vozes distintas. Tais vozes interagem indiretamente com Alma, através de cartas, postais e e-mails, e confundem-se com a própria protagonista e narradora – qual um diálogo interno de alguém em auto-análise.

O nome da personagem, aliás, é o sopro de uma humanidade marcada por conflitos, diferenças, feridas. Alma desenrola, no presente, em sua casinha, na estância balneária de Bertioga, em São Paulo – em meio aos vários cachorros, inúmeros gatos, os bolos, os mimos do vizinho, Seu Lurdiano, as missivas e correios eletrônicos de uma extensa legião de amigas e amigos (Biuccia, Cláudio, Tela, Binho, Ticcia, Gigio, Rose, entre outras e outros) -, o novelo da sua vida, atravancada em nós trágicos e dolorosos.

Cada capí­tulo da obra é intitulado com o nome de alguma comida, tempero ou bebida – “Doce de leite”, “Croquete”, “Manjericão”, “Suco de uva”. Paladares que marcam o gosto, na memória, de cada instante vivido com pessoas que forjaram sua história: pai; mãe; a irmã do meio, Violeta; o padrasto, Eliano; a meia-irmã, Ana Beatriz; os avós paternos, Estela e Juan; os maternos, Greta e Max; o ex-marido, Otávio; a única filha, Fernanda. A lembrança é um relicário de sensações muito reais; as cicatrizes são as provas cabais da experiência – “uma vida feita de pequenas omissões e minúsculos assassinatos”. A vida que só Alma sabe viver.

Verdadeiro soco no estômago, o livro de Fal Azevedo é uma grata surpresa na cena literária contemporânea, que emociona sem pieguices. As perdas dos entes mais queridos de Alma levam, invariavelmente, o leitor a reavaliar suas relações familiares e a pensar, com o coração apertadinho, em ligar para o pai, a mãe, os irmãos, os filhos, quem quer que lhe seja especial. Afinal, a morte, essa novidade indesejada, sempre nos pega de surpresa e rouba um pedaço da gente.

Extremamente Alto & Incrivelmente Perto

EXTREMAMENTE ALTO & INCRIVELMENTE PERTO

Autor: FOER, JONATHAN SAFRAN
Editora: ROCCO
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA
ISBN: 8532520561
ISBN-13: 9788532520562
Livro em português
Brochura
1ª Edição – 2006 – 360 pág.
Nunca é possí­vel reconhecer o último momento de felicidade que antecede uma tragédia. Seja ela o ataque í s torres do World Trade Center, seja o cruel bombardeio aliado sobre Dresden, que arrasou a cidade e a população civil da histórica cidade alemã na Segunda Guerra Mundial. Portanto, dificilmente há tempo de verbalizar o amor que se sente pelas pessoas próximas que, por um golpe do destino, tornam-se distantes. Esta constatação e os dois acontecimentos históricos guiam ‘Extremamente alto & incrivelmente perto’. O principal narrador do livro, Oskar, é um menino extremamente inteligente de 9 anos de idade, sofre com a morte do pai, uma das ví­timas do ataque ao World Trade Center, que estava no local da tragédia por um mero acaso – uma reunião no Windows of the World, o restaurante no último andar de uma das torres. A dor de Oskar não vem só da perda, mas do fato de julgar ser o único a ouvir as últimas palavras emitidas pelo pai, deixadas numa secretária eletrônica. Continuar lendo Extremamente Alto & Incrivelmente Perto

Tete-a-Tete

TETE-A-TETE: SIMONE DE BEAUVOIR E JEAN-PAUL SARTRE

TíTULO ORIGINAL: TETE-A-TETE: SIMONE DE BEAUVOIR AND JEAN-PAUL SARTRE
ISBN: 8573027827
IDIOMA: Português.
ENCADERNAí‡íƒO: Brochura | Formato: 16 x 23 | 436 págs.
ANO DA OBRA/COPYRIGHT: 2005
ANO EDIí‡íƒO: 2006
AUTOR: Hazel Rowley
TRADUTOR: Adalgisa Campos da Silva

Clique aqui para ler o primeiro capí­tulo do livro.

Biografia focada na relação amorosa de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir confirma a enorme influência do casal de escritores sobre o pensamento polí­tico e a moral de sua época

“Um compreensivo, mas franco relato da parceria duradoura de Sartre e Beauvoir… Rowley consegue recapturar o charme e o brilho da relação em seus estágios iniciais, o que faz sua história ainda mais tocante e depressiva” New York Times

“Os leitores vão virar essas páginas… hipnotizados” The Washington Post

O impacto da obra de Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre no pensamento moderno é inestimável, mas o casal de escritores-filósofos-existencialistas é lembrado igualmente pela vida que levou. Eram brilhantes, corajosos, indiví­duos profundamente inovadores. Este livro mostra a paixão, energia, audácia, humor e contradições de seu notável e pouco-ortodoxo relacionamento. Mostra também, sobretudo, como a coragem e o brilho intelectual de Sartre e Beauvoir influenciaram de forma determinante o pensamento da época em que viveram.

Em Tête-í -Tête, a biógrafa Hazel Rowley nos oferece o primeiro retrato duplo dessas duas figuras colossais e sua intensa e turbulenta relação. Através de entrevistas originais e acesso a material inédito, Rowley os retrata de perto, em seus momentos mais í­ntimos.

Testemunhamos Beauvoir e Sartre em seu cí­rculo social, descobrimos a natureza dos seus múltiplos relacionamentos românticos, que rompiam os padrões culturais e morais da época. Sarte e Beauvoir tiveram vidas afetivas e sexuais intensas e abertas, chegando a se envolver simultânea e separadamente com o mesmo amante. O livro também relata relações intensas, tempestuosas e duradouras, com a que juntou Beauvoir e o romancista Nelson Algren.

Também os seguimos em suas muitas viagens, envolvendo encontros com personalidades como Franklin Roosevelt, Nikita Kruschev e Fidel Castro, conhecendo ainda seus esforços para protestar contra as guerras na Argélia e no Vietnã. Conferimos as conversas do casal sobre clássicos de Sartre como A Náusea, O Ser e o Nada e As Palavras, e sobre as obras-primas de Beauvoir O Segundo Sexo e Os Mandarins, além de suas memórias. E ficamos sabendo das angustiadas discussões que levaram Sartre a recusar o Prêmio Nobel.

– Minha tarefa foi em parte montar um retrato em cores das pessoas que formavam o que Sartre e Beauvoir chamavam de ‘a famí­lia’. Não é possí­vel compreender o relacionamento entre os dois sem compreender as outras pessoas que eram í­ntimas deles – explica a autora.

Edição brasileira traz trechos embargados por herdeiros na Europa

Tête-í -Tête, que apresenta inúmeros extraconjungais do casal, foi lançado inicialmente em duas versões, depois que a filha adotiva de Sartre, Arlette Elkaim Sartre, herdeira de seu legado, fez objeções ao uso de cartas inéditas. Alguns trechos destas correspondências estão publicados na versão americana, regida por leis de direitos autorais mais flexí­veis, mas não nas edições européias. A edição brasileira se baseia no texto da edição publicada nos EUA.

Segundo a autora, as alterações que restaram são mí­nimas e não vão prejudicar significativamente um livro que se baseia em correspondências antes inéditas entre os existencialistas franceses e seu grande cí­rculo de amigos e amantes. “Uma quantidade muito grande de material veio í  tona após a morte de Sartre e Beauvoir, incluindo grossos volumes de suas cartas. Mas ninguém sabia nada sobre essas pessoas que os cercavam”, afirmou a autora Hazel Rowley í  agência Reuters em sua residência em Nova York.

A americana Hazel Rowley é especialmente interessada por Beauvoir e Sartre há mais de 25 anos. Em 1976, ela entrevistou Beauvoir e escreveu sua tese de doutorado sobre existencialismo. Foi bolsista da Rockefeller Foundation e do Bunting Institute. Lecionou na Universidade de Iowa, nos EUA, e na Deakin University, na Austrália. É autora de Richard Wright: the Life and Times, uma biografia do escritor afro-americano autor de Native Son. Rowley vive em Nova York e em Paris, onde escreveu este livro.

REPERCUSSíƒO NA IMPRENSA INTERNACIONAL:

“Beauvoir é a heroí­na do livro, mas Rowley revela muito de Sartre: o quanto ele trocava, sustentava e dependia de suas muitas amantes; e a necessidade compulsiva que ele tinha de seduzir mulheres muito mais atraentes do que ele, apesar de sua tépida sensualidade. Fora as intrigas, Rowley conclui que para [ambos] o compromisso mais duradouro era não ao outro ou aos seus muitos amantes, mas í s letras, í  polí­tica, e ao legado filosófico”, Publishers Weekly

“Começando com seus primeiros encontros em 1929 e continuando até suas mortes mais de 50 anos depois, esta narrativa maravilhosamente construí­da apresenta as vidas complicadas destes intelectuais de vontade de ferro; e seus muitos amantes, companheiros, amigos, preocupações e paixões, prendendo a atenção do leitor como se fosse um romance-mas claramente comunica a força da realidade. Meticulosamente pesquisada e bem escrita esta biografia dupla é altamente recomendada”. Library Journal

“… a surpresa da estação, um livro de virar páginas… Emerge um retrato admirador, porém equilibrado, de intelectuais ativistas, determinados a praticar a liberdade que prezavam. Rowley resume suas idéias com claridade e brevidade impressionantes. Ela também aponta aspectos ofensivos ou mal-orientados de seu comportamento, como as descrições frias de Sartre de ter tomado a virgindade de uma amante, ou seu apoio duradouro do comunismo.” Los Angeles Times

“A narrativa de Rowley é sóbria, compacta, í s vezes elí­ptica; sempre informada e informativa. Esta especialista em Beauvoir, que escreveu a tese de doutorado sobre ‘Autobiografia Existencialista’, juntou relatos de testemunhas oculares, entrevistas e cartas inéditas, para reconstituir estes fragmentos de um pacto de amor que, tanto pela sua singularidade como pela sua crueldade ocasional, aparentemente deixa estupefata a América contemporânea”. Le Monde

“Hazel Rowley, autora de biografias de Christina Stead e Richard Wright, fez entrevistas extensas e pesquisou mais da correspondência inédita de Sartre e Beauvoir do que qualquer biógrafo anterior. O livro gerou controvérsia desde o começo… Rowley é uma narradora fascinante. Seu livro conta a historia repugnante, inspiradora e improvável mais completamente e concisamente que qualquer outro.” New York Times Book Review

“Rowley revela por completo a natureza quimérica e as dolorosas conseqí¼ências da infame aliança entre Sarte e Beauvoir. Paciente e analiticamente, ela narra o í­mpeto e conseqí¼ências da incansável mania de sedução de Sartre e a bissexualidade defensiva de Beauvoir, e detalha com algum desalento o espantoso emaranhado de seus vagamente incestuosos e sempre manipuladores casos amorosos… Em última análise, o que Rowley revela com perspicácia e franqueza nessa dupla biografia é que esses dois lutadores da justiça e liberdade estavam comprometidos a todo custo a transmutar existência em arte”. Booklist

“Escrevendo a partir de cartas não publicadas e entrevistas com ex-amantes de ambos escritores, Rowley magistralmente alterna em sua descrição de Sartre e sua ‘esposinha’ como freqí¼entadores de cafés, intelectuais de esquerda e manipuladores sexuais cruéis e ciumentos, como que saí­dos direto de Ligações Perigosas”. Entertaiment Weekly

Precisamos falar sobre o Kevin

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN
Autor: SHRIVER, LIONEL
Editora: INTRINSECA
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA-ROMANCES
ISBN: 8598078263
ISBN-13: 9788598078267
Livro em português
Brochura
– 16 x 23 cm 1ª Edição – 2007
464 pág.

Kevin Khatchadourian, 16 anos, é autor de uma chacina na qual matou sete colegas, uma professora e um servente num colégio dos EUA. Neste livro, a autora fez um thriller psicanalí­tico em que a mãe do assassino escreve cartas ao pai ausente. Discute casamento, maternidade e famí­lia, enquanto denuncia o que há com sociedades contemporâneas que produzem assassinos mirins em série, ou ‘pitboys’.

Saiu na Imprensa:
Veja/ Data: 7/11/2007

A mãe do monstro

Em um romance perturbador, uma mulher tenta entender o que levou o filho a cometer uma chacina

Miguel Sanches Neto

Chacinas como a da escola Columbine, nos Estados Unidos – na qual dois estudantes armados mataram treze pessoas, entre colegas e professores, em 1999 –, costumam desafiar toda explicação. As respostas automáticas quando o tema é a violência juvenil não parecem suficientes. Não, os assassinos adolescentes não são ví­timas da exclusão social ou fruto do descaso dos pais. A americana Lionel Shriver, de 50 anos, escreveu um livro polêmico e primoroso do qual essas teses primárias saem totalmente demolidas: Precisamos Falar sobre o Kevin (tradução de Beth Vieira e Vera Ribeiro; Intrí­nseca; 464 páginas). Sétimo romance da autora, a obra ganhou o Prêmio Orange, da Inglaterra, em 2005, e se tornou best-seller – merecidamente. Uma de suas grandes qualidades está na forma como a escritora evita os estereótipos sobre o tema. O assassino que ela criou não pertence a minorias, não vem de famí­lia desestruturada nem foi rejeitado na escola.

 

Kevin é um menino bonito e introspectivo, mimado pelo pai e admirado pelos professores. Sua mãe, Eva, narradora do romance, também é dedicada ao garoto, apesar dos desentendimentos que os separam. No entanto, ele é uma criança perversa, que distribui maldade ao seu redor. Esse jovem de classe média assassina onze pessoas, num crime planejado com muita frieza. Depois de recusar as razões mais óbvias para a chacina, a narradora apresenta duas respostas de ordem mais existencial: os jovens matam com um senso de espetáculo, para ocupar um lugar no mundo das celebridades, e porque são atormentados pelo senso de absurdo numa sociedade fundada no materialismo.

 

Eva Khatchadourian, a mãe de Kevin, é ela mesma assolada por uma sensação de permanente absurdo. Tem o sentimento de ser uma estrangeira em seu próprio paí­s. Ela recusa os valores americanos mais consumistas e enaltece suas origens armênias. Por ironia, casa-se com um tí­pico americano, que encarna os valores que ela abomina. Dentro de uma casa com ideais antagônicos, filho e mãe mantêm uma relação de conflito. A inadequação de Eva é intensificada com o crime de Kevin, que destrói a própria famí­lia. Esse, aliás, parece ser o grande objetivo oculto de sua perversidade.

 

Depois da tragédia, Eva resolve escrever para entender o ato do filho, empreendendo um monólogo solitário sobre a maternidade em uma série de cartas. Mesmo se passando nos dias de hoje, com referências a e-mails, Precisamos Falar sobre o Kevin retoma a tradição do romance epistolar, em uma narrativa mais lenta – que nem por isso se cala diante dos sentimentos mais selvagens da mãe. O romance termina, no entanto, com um fio de esperança. Depois da imensa incompreensão mútua e das piores conseqí¼ências, a mãe e o filho – que cumpre pena em um presí­dio – começam a expressar seus afetos. Eva, a estrangeira, talvez possa fazer da maternidade sua terra natal.

 

**Livro todo lido. Concluí­do em 06/04/08

As Mil e Uma Noites

LIVRO DAS MIL E UMA NOITES, V.1
Autor: ANONIMO
Tradutor: JAROUCHE, MAMEDE MUSTAFA
Editora: GLOBO
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA
ISBN: 8525039683
ISBN-13: 9788525039682
Livro em português
Encad. c/ sobrecapa
1ª Edição – 2005
424 pág.

Este livro foi traduzido diretamente de manuscritos árabes e na í­ntegra. A tradução, de Mamede Mustafa Jarouche, foi feita a partir dos três volumes do manuscrito árabe da Biblioteca Nacional de Paris, a fonte mais valiosa para a edição do livro. Além disso, o tradutor, que é professor do curso de árabe da USP, cotejou esses manuscritos com quatro das principais edições árabes do livro – a edição de Breislau (1825-1843), a edição de Bulaq (1835), a segunda edição de Calcutá (1839-1842) e a edição de Leiden (1984). E para suprimir lacunas dos manuscritos originais e apontar variantes de interesse para a história das modificações operadas no livro, utilizou ainda quatro manuscritos do chamado ramo egí­pcio antigo. A publicação do ‘Livro das mil e uma noites’ está projetada em cinco volumes. Este primeiro volume traz as 170 primeiras noites, com detalhada introdução de Mamede Mustafa Jarouche. Nela, o tradutor conta a intrincada história das supostas fontes em persa e sânscrito que teriam sido a base para o livro e conclui afirmando a originalidade árabe das narrativas. A edição apresenta centenas de notas sobre aspectos lingí¼í­sticos ou que explicam o cotejo entre manuscritos e edições árabes, além de anexos valiosos, com traduções de passagens do livro que possuem mais de uma redação, e que servem de elementos de comparação para o leitor interessado na história da constituição do próprio ‘Livro das mil e uma noites’. Os volumes seguintes também conterão notas e anexos, o que torna a presente tradução uma referência obrigatória daqui em diante para os admiradores e estudiosos da literatura árabe, no Brasil e no exterior.

Correio Braziliense / Data: 16/8/2006
Ouvinte de Shahrazad
Nahima Maciel
“O Livro das Mil e Uma Noi­tes” não tem exatamente um autor e não se sabe ao certo quando foi es­crito. É anônimo e, durante sécu­los, as histórias contadas por Shahrazad fascinaram o mundo. Ganharam traduções em quase todas as lí­nguas e foram compila­das ao longo dos anos por gente tão desconhecida quanto o cria­dor da obra. Até o ano passado, o livro mais conhecido da literatu­ra árabe só havia chegado í s pra­teleiras dos leitores brasileiros em traduções do francês e do inglês. Agora, há muito o que comemorar desde que o tradutor Mamede Mustafa Jarouche se de­bruçou sobre o texto original.
Professor da Universidade de São Paulo (USP), descendente de árabes libaneses do Vale do Bekaa, Mamede concluiu a tradução de dois dos seis volumes da obra. Lançados pela Editora Globo, os livros mereceram o prêmio Jabuti de Tradução e são tema de pales­tra que Mamede faz, hoje, í s 19h, pelo projeto Vertentes Literárias, no Centro Cultural Banco do Bra­sil (CCBB). “O Jabuti significa a valorização da tradução direta. Vale para o árabe, mas também para o russo, o chinês, o japonês, o hebraico, o sânscrito, o latitn, o grego, enfim, todas as lí­nguas nas quais ainda circulam traduções indiretas”, celebra.
Manuscritos em Paris – As primeiras frases do clássico da literatura árabe foram escritas no século 9, mas dessa época exis­tem apenas alguns fragmentos em papiro, nada mais que 20 linhas. Mamede buscou o texto hoje traduzido para o português em manuscritos do século 14 da Biblioteca Nacional de Paris. Os dois primeiros volumes oferecem ao leitor detalhes de costumes de época e expressões que foram perdidas nas traduções indiretas. Escrito em árabe antigo, o texto tem estrutura complexa e, muitas vezes, fragmentada. É comum, por exemplo, encontrar observa­ções sobre quem está narrando a história. As notas trazem indica­ções como “disse o copista”, “dis­se o autor” ou “disse o narrador”.
Mamede fez questão de manter tais detalhes como forma de orientar o leitor, assim como a grafia dos nomes dos personagens, transcritas da forma mais fiel possí­vel. “No caso especí­fico da literatura, cuja matéria básica é a própria linguagem, parece­-me que a tradução direta é condi­ção ‘sine qua non’. Todas as lí­n­guas devem falar diretamente ao português, sem intermediários. Tradução indireta é o cúmulo do servilismo cultural, coisa de quin­ta categoria”, ataca Mamede.
Na obra,Shahrazad se oferece ao rei Sahriyar por vontade própria. Pretendia assim suspender um costume cruel. Sahriyar era um rei da dinastia sassânida que dominou a índia e a Indochina entre os séculos 226 e 641 d.C. A cada noite tomava uma mulher como esposa para matá-Ia no dia seguinte. Sharahzad pretendia seduzir o rei com histórias e, toda noite, desenvolvia narrativa cujo final ficava em aberto. Curioso, Sahriyar poupava a vida dela. “O livro é valorizado por grupos fe­ministas, que têm em Shahrazad uma espécie de precursora”, con­ta Mamede. A tradução é ponta-­pé para popularizar o acesso aos clássicos da literatura árabe. Ele traduziu outras obras como Kali­ia e Dimna, de Ibn Hazm.
Sobre o autor:
JAROUCHE, MAMEDE MUSTAFA
Mamede Mustafa Jarouche é professor de lí­ngua e literatura árabe na USP. Entre outros trabalhos, preparou e prefaciou uma edição das ‘Poesias da Pacotilha’e das ‘Memórias de Um Sargento de Milí­cias’. Atualmente, dedica-se í  tradução do ‘Livro das 1001 Noites’ a partir de seus originais árabes.