Seu olho me olha mas não me pode alcançar

Se você passar
Daquela porta
Você vai ver
Como é
Que são as coisas
Como é
Que estão as coisas

Sei que o mundo pesa
Muitos quilos
Não me leve a mal
Se eu lhe pedir
Para cortar os grilos
Guardar os grilos
Cortar os grilos
Guardar os grilos

Aí­ então você
Vai se convencer
Que se o mundo pesa
Não vai ser de reza
Que você vai viver

Descanse um pouco
E amanheça aqui comigo
Sou seu amigo
Você vai ver

 

Erasmo Carlos

 
Perdi a mão, mesmo. Perdi o rumo e a dieta saiu de cena. Tanto na cabeça, tanto plano, tanta coisa pra fazer/pensar, tanto rumo pra tomar, a dieta ficou. Não engordei tanto, mas…
Preciso voltar. Preciso voltar, a mesma ladainha de sempre. Ainda bem que eu penso  que esse é um percurso pra toda vida, ou quase toda. Preciso me reorganizar, preciso priorizar, preciso anotar e preciso cozinhar. E pra que tudo isso dê certo eu preciso viver. Ainda bem que junho tem sido um mês muito bom nesse sentido.
Tenho sentido muita falta das minhas saia coloridas e dos meus xales.

Saia do meu caminho, eu prefiro andar sozinho

íguas mansas não fazem bons marinheiros.

Provérbio Indiano

=====

Tem duas semanas (ou mais) que empaquei. E de uns dias pra cá estou desanimada, cansada demais, triste e chata. Ontem fiz uma orgia com minha sobremesa preferida, aquela de mais de 2500 calorias. E nem olhei o floral. E não fiz nem qi, nem nada, nem chá eu tomei. E hoje comi sem anotar, macarronada com linguiça de porco. E tava me consumindo de tristeza e mimi e dozinha de mim e como é tudo triste e difí­cil, ai coitadinha de minzinha, mundo cruel.

Aí­ vem a moça perolada e conta que entrou em meta. Que já é oficialmente magra. E eu fico emocionada de verdade, porque acompanhei, porque sei como é dificil e sei o quanto é importante essa conquista pra quem tá nessa vida.

Então eu fui para a cozinha fiz um chá de cavalinha, fiz um chá verde. Deixei esfriando e vim pra cá ver o peso, como andou, como foi esse ano em temos de emagrecimento.

Sorte que eu tiro as fotos das pesagens. E fiz o acomapnhamento do ano todo até agora, 3 meses completos. E achei q ia me estapear e espernear de raiva, mas na verdade o que vi foi positivo. Emagreci desde o começo ano todo 7,5 (pq comecei com 102, depois q fui pra 104). Emagreci desde que comecei, dia 25/02 9,5 kg. Então tá bom né?
Mesmo que o saldo do perí­odo todo seja menor e que o saldo do VP seja pior ainda (desde que comecei a ir nas reuniões, olha que engraçado, diminuiu demais o emagrecimento), ainda estou com lucro. Fiz a média por mês e dá uns 2,5 kg. Tá ótimo, porque se eu continuar assim, mesmo em passo de lesma chego no final do ano com 30 kg a menos, maravilhoso!
Aí­ fiquei menos triste e menos chata. E me renovou um pouco o ânimo. É isso, xô mimi, vou lá começar mais um vidro de floral. Porque desta vez, (fiz o pacto de Scarlett) eu não vou largar, eu não vou parar, mesmo com passo de lesma machucada.

Só existe a solução da matemática

Livre não sou, que nem a própria vida
Me consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Miguel Torga

=====

Tem um tempo já que eu estou escrevendo uma espécie de recapitualação diária, para efeitos terapêuticos.Tem sido bom, revelador, mas ainda tá meio subutilizado. Uma coisa que eu fiz em dezembro e repeti agora em janeiro e tá sendo bem legal, é um pequeno inventário das coisas boas do mês, coisinhas pequenas mesmo, e outras nem tanto. Fiz lá no blog privado, mas resolvi trazer pra cá, para me lembrar. E também porque foi o mês do reiní­cio da dieta, do Aprendizado. Que na verdade está escorregando ainda, mas a vontade pelo menos continua aí­.

E é legal também, porque me lembra da gratidão sobre as coisas boas acontecendo e me lembra de viver mais plenamente, cada vez mais, embora, claro nem sempre eu consiga…

Mas fica o registro. Coisas boas também sempre me ajudam na dieta. Por exemplo, esse fim de semana que cozinhei e vi dois filmes, eu fiquei menos obcecada por comida.  Por isso preciso de muita distração, e por isso esses inventários estão me ajudando.

Filmes:
  • Direito de amar
  • A Dificil Arte de Amar
  • A Troca
  • Além da Vida
  • A Origem
  • Dançando no Escuro
  • 500 dias com ela
Coisas boas:
  • Aniversário do Rada
  • Volta do Tatá (aff q eu já tava roxa de saudade)
  • Baile da Laí­s
  • Cineminha
  • Churrasco com as famí­lias
  • Carta Xamânica do ano (Aranha)
  • Rokkon 21/01
  • Reunião das meninas pra fazer pavê aqui em casa
  • Almoço com comadres mineiras
  • Confraria
  • Iní­cio da dieta
Leituras:
  • O Eu sem Defesas (ainda lendo)

(Esse mês eu li muito pouco. Porque como esse livro
é obrigação, me parou tudo. E eu não me deixei
começar nem acabar outro, tinha q terminar esse
.)
Cozinha

  • Pão light de frigideira
  • Pavê
  • Sanduiches light
  • Lasanha do Tariq
  • uns 3 bolos de baunilha delicioso
  • Bolo Festa
  • Bolo light
Nalu A*)
http://nalu.in

♫ Livre Como Um Deus – Nando Reis

abundantia

Eu abro o Oráculo das Deusas e pergunto, with all my heart:

O que preciso fazer para conseguir reunir forças para emagrecer?

Aí­ me sai essa carta:

” Toda a abundância do universo se verte sobre você. Esteja aberto para a receber.”

Estou meditando sobre ela, não consegui captar ainda a mensagem… Quem tiver algum insight, pode falar.


Fonte: Oráculo das Deusas

Om Ganeshaya Namaha

Saudações do mais profundo do meu Ser ao Senhor dos inúmeros, aquele que remove todos os obstáculos da vida.

Om Gam Ganapataye Namaha*

=====

Mais um sábado, mais uma semana que passou voando. Para onde estão indo meus dias? Nossa, a rapidez com que esse ano está passando é de estarrecer. E eu não fiz praticamente nada! Quer dizer, eu fiz, mas sensação é de não ter feito tanto assim. Essa semana eu li esse livro. Muito interessante também, tem alguma coisa em comum com com o Método Gabriel. Eu tenho tentado fazer as visualizações, mas meus dias estão caóticos e não tenho conseguido a frequência necessária para ver resultados. Também estou finalmente saindo de um estado meio depressivo que eu estava há uns dois meses. Ainda tem vestí­gios, ainda tem resquí­cios, mas estou bem melhor. Estou fazendo uma espécie de terapia, e acho que estou no caminho certo.

Desculpas, desculpas, ainda vivo delas…

Tenho lido estes livros, e estou formando na minha cabeça o cenário para emagrecer de uma forma verdadeira, já que até agora nada funcionou para mim. Além disso estou tomando o floral pra compulsão e comprei essa semana a tal caralluma fimbriata para experimentar. Tudo isso pra conseguir de verdade fechar a boca.

Eu ainda quero falar desses livros, mas cadê tempo, cadê disposição? Preciso falar ao menos que uma coisa que eles tem em comum (e outros ainda que eu li) é a importancia da visualização, a importancia de imaginar-se com o corpo que quer ter. Até hoje, depois da dieta das cores do VP (que eu lamentei muito ter acabado) foi a única coisa que me fez perder mesmo peso. É isso que eu estou tentando retomar, é isso que eu preciso me dar a chance de fazer, pra ver se saio desta cilada de uma vez por todas.

Também estou com uma verdadeira coleção de arquivos de áudio para emagrecer, ainda não consegui seguir nenhum de verdade, estou escolhendo, estou mesmo montando um quebra cabeças pra ver se adapto as coisas ao meu estilo, porque até agora nada funcionou, mas como ser obeso é uma cilada, preciso encontrar algo que funcione. E enquanto isso vou atacando pelas beiradas mesmo. Agora preciso no mí­nimo tratar de não engordar mais, senão a coisa pode ficar realmente ruim para mim. Ainda vou falar também sobre os arquivos.

Post cem por cento inspirado no belo relato da moça perolada sobre o sucesso dela, que foi muito inspirador para mim. Vale a pena ler.  Eu até já estou recitando o mantra de Ganesha. O post de hoje é uma homenagem a ela, que a força dela precisa ser comemorada.

=====

Aqui tem um relato muito legal do uso do mantra: http://caminhodomeio.wordpress.com/2009/04/03/mantra-om-gam-ganapataye-namaha/#more-2381

um tudo tão magoado


fatA vida de amanhã está muito distante

Martial

=====

Não tem dado tempo pra fazer muita coisa nessa vida. Eu ando cansada. Mais que cansada, eu ando estressada, um stress crônico acumulado, fruto de muitos anos numa situação permanentemente estressante, meu trabalho. Mas isso é um dado da minha vida, um fato, não vai mudar agora, não vai mudar tão cedo.

Eu já tentei atacar este stress em varias frentes, mas até hoje, onze anos depois, não adiantou. Eu tenho me agarrado na esperança e expectativa da aposentadoria especial, que meu cargo tem direito, porquê, nossa, haja stress. Não foi í  toa que comecei a engordar juntinho com esse trabalho. Mas sigamos.

Eu sabia que a balança tava meio doida, hoje acusou mais, mas não cem quilos. Aleluia. Eu de novo, preciso engrenar… Não tenho muito mais o que falar, só tô escrevendo pra não passar batido e …

=====

Post mal escrito em 08/09/10, não deu tempo de publicar.

Quando a festa acabar eu sei que você vai me procurar


naraMorro do que há no mundo:
do que vi, do que ouvi.
Morro do que vivi.
Morro comigo, apenas:
com lembranças amadas,
porém desesperadas.
Morro cheia de assombro
por não sentir em mim
nem princí­pio nem fim.
Morro: e a circunferência
fica, em redor, fechada.
Dentro sou tudo e nada.

 

Cecí­lia Meireles

Estou lendo o método Gabriel, ouvindo o áudio (em espanhol) e fazendo o qi. Aparentemente eu emagreci um quilo e meio em dois dias. É claro que eu tendo a não acreditar nisso e a ver a balança como doida. E também podem ser alterações hormonais, de águas do corpo e tal.

Tenho tomado o ótimo floral pra compulsão também, tá ajudando. Tudo é bem vindo pra me ajudar a sair desse descontrole por doces, que é o que me engorda.

Mas mesmo assim eu agradeço. Na balança velha, minha amigona que eu tanto gostava marca 96, uma bela diferença pra os 100 quilos que me assombravam há pouco. A balança velha é mais generosa. Mas eu sempre acho que ela está errada. De todo modo acho que vou ficar pesando só com ela mesmo, ela é melhor até pra fotografar e acho que vai me dar mais ânimo. É tudo bobagem, mas vou ficar com ela mesmo.

O método Gabriel é igualzinho ao Qi mental, nossa, o principio é o mesmo, fiquei impressionada. Acho que eu preciso mesmo de visualizações, eu preciso primeiro convencer meu corpo de que ele precisa emagrecer, que é seguro emagrecer, que eu não vou correr perigo se eu emagrecer. Vou indo, venho aqui, vou anotando coisas, vou fazendo visualizações e vou emagrecendo. Espero agora engrenar (caras, eu devia ter vergonha de escrever isso mais uma vez, ô papo de bêbado) , meu problema sempre é esse, ultrapassar um certo ponto de empacamento que eu não sei direito ainda qual é, qual é o gatilho que dispara a parada.

O site q eu hospedei um dia o blog http://leveza.motime.com acabou e apagou o blog. Só se acha em cache no google ou no archive.org. Por isso vou passar os posts dele pra outro blog. É chato isso. Eu fico mexendo nos blogs velhos,
como se desse pra alterar o passado. Tô com essa mania. Mas preciso tratar de alterar o presente e o futuro. O que já foi não importa mais, não existe simplesmente.

P. S. Este post foi escrito dia 6, mas eu não tenho tido tempo seguido que dê pra escrever com calma e publicar de um jeito decente, o jeito foi publicar hoje mesmo. O de hoje, pode ser que saia só zeus sabe quando…

A Ira Feminina

A Ira Feminina

Sandra Moreira Ebisawa

Sinto-me dentro de um caldeirão, sendo cozinhada através dos tempos, com ingredientes do pecado original – a culpa da decadência humana é minha, a força poderosa que amedronta, a que destrói ou fortalece, sou eu. A responsabilidade de resignificar essa história, descobrindo sua essência bem dentro de mim, é minha também.

Sou Mulher. Perceber a “crueldade feminina” diante do sofrimento imposto í  mulher através da história de nossa gênese enquanto seres humanos, é tarefa hercúlea. Requer ponderação, enquanto busco dentro de mim, os primórdios do meu próprio sofrimento, para entender e dar í  luz a verdadeira redenção feminina, que eu tanto necessito para simplesmente ser. Acredito ser esse o grande sofrimento da alma feminina.

Tantas mulheres morreram pela culpa, pelo veredicto que se impôs a elas pela história. Mártires e sacrificadas somos nós até hoje…A história sempre contradisse o verdadeiro anseio feminino. O anseio de libertação. Para mim este tem sido um exercí­cio de auto conhecimento, de redenção, um verdadeiro purgatório. Sentar-me aqui e escrever sobre a crueldade, não é confortável. Mas me parece fundamental que esse estado seja trazido í  minha consciência, a fim de que eu possa utilizá-lo. É como uma cozinheira que não poderá alquimizar os alimentos sem saber como lidar com o fogo.

O que sinto agora é como um parto. Algo dentro de mim está se desenvolvendo, um tipo de consciência que antes não estava aqui. Esse incômodo permanente que até agora não tinha um nome, já está em mim há muito tempo. Tantos erros já foram cometidos por causa disso, ciclos internos atropelados, gritos estridentes e mudos ecoam ainda dentro de mim. Meus homens e meus filhos já sofreram muito com esse desvario. E ainda assim, sou eu a responsável. Preciso parir, dar í  luz, emergir e libertar a Lilith amaldiçoada de dentro de minhas células.

A primeira crueldade que a culpa gera é a submissão de minha força natural í s leis de dominação da terra, de aperfeiçoamento da natureza (como se isso fosse possí­vel). Fui eu quem neguei í  Adão a doce ilusão de sua supremacia, fui eu quem nos igualou e fui banida, me transformando num demônio. Fui a culpada pela expulsão do paraí­so.
Como posso ser í­ntegra e feliz com toda essa carga sobre meus ombros? Ainda não descobri, mas vou. Esse banimento em mim me remete a Lilith, ela está aqui entre nós, dentro de nós e precisa ser rendida. Precisamos dessa redenção. Estamos banidas de nossa Terra, de nosso lugar no mundo. Fomos condenadas e até hoje, mesmo com todas as conquistas, continuamos excluí­das, amaldiçoadas.

í€s vezes me dá a impressão de que toda essa “conquista feminina” foi orquestrada pelas forças “poderosas” que determinaram o próprio banimento da mulher. Posso até estar sofrendo de paranóia, o que seria mais do que compreensí­vel, mas o que percebo no processo de emancipação da mulher, é uma aliança entre a mulher e o homem para fortalecer o império contra a alma feminina.

Que me perdoem os entendidos, mas creio que posso devanear, já que todas as informações oficiais são duvidosas. Me causa estranheza que o feminismo tenha surgido ao mesmo tempo em que a industria farmacêutica lança seu mais poderoso produto no mercado: a pí­lula anticoncepcional. As mulheres passaram a contar com o apoio da ciência para não conceber. Não precisam mais estar atentas aos seus ciclos naturais se quiserem evitar filhos, seus homens estão eternamente desobrigados da responsabilidade com a fertilização, já que passaram a prescindir até dos preservativos, não precisam mais conhecer os perí­odos férteis da mulher.

Um verdadeiro incentivo a negligencia masculina ao que é essencialmente feminino, e isso com o apoio do movimento de libertação da Mulher. Que desatino! Esse foi o maior crime contra a alma feminina. Quantas conseqí¼ências desastrosas não surgiram dessa “conquista”? Ao utilizar a pí­lula e levantar a bandeira da liberdade sexual, gerações inteiras de mulheres passaram a enviar mensagens a seus cérebros de que não havia necessidade de produzirem determinado hormônio, para 40/50 anos depois, na menopausa, precisaram repor os mesmos hormônios artificialmente. Quanto lucro para essas indústrias! Um planejamento digno de admiração, não fosse essa a principal arma contra a mulher, representante mais significativa da alma feminina na humanidade. Nesse momento da história, nós agimos exatamente como Lilith, nos privando da força natural feminina e utilizando essa mesma força contra nós mesmas.

Hoje nos vemos distanciadas de nossos ciclos naturais, nos perdemos quando as sensações da energia feminina emergem em nosso corpo. Nos perturbamos com a menstruação, com a menopausa, com nossa capacidade de sentir orgasmos. Não sabemos mais parir ou amamentar sem o apoio da ciência, que passou a ser um selo de qualidade em tudo que nós fazemos e sentimos. Ciência í  serviço da industria, que está a serviço do capitalismo, que está a serviço da conquista da terra, do território, da alma feminina.
A ira feminina voltou-se contra nossos próprios corpos, desejávamos o sentimento de pertencer e para isso nos aliamos ao patriarcado, reproduzindo seu modelo…seu modus vivendi.

Em nossos corações sabemos que a ira feminina está presente em nossos atos e pensamentos. Sempre que nos sentimos culpadas por não conseguir estar com nossos filhos, por não conseguir entregar um trabalho no prazo ou mesmo por não corresponder aos desejos “sexuais localizados” de nosso parceiro, estamos experimentando a ira feminina atuando em nós. Ela se manifesta através de nossas frustrações pessoais, profissionais e sociais.

Ela se manifesta nos cânceres de mamas, de ovários, de útero. A ira feminina se expressa também através dos maremotos, terremotos e dilúvios, numa tentativa desesperada de salvar a Terra. Tantas são suas manifestações e tão grande o seu poder. Procurando uma explicação que me satisfizesse para o fato da mulher atual estar enfartando tanto quanto os homens, encontrei o seguinte ao pesquisar a palavra enfarte:Infarto: área de necrose conseqí¼ente í  baixa de teor de oxigênio; enfarte. Enfarte: ato ou efeito de enfartar, fartação; empanzinamento. Isso me sugeriu a asfixia que a alma feminina experimenta atualmente. Com seu corpo pedindo socorro! Precisando ardentemente ser regida por sua própria natureza! Uma analogia í  Mãe Terra e suas terrí­veis manifestações em resposta í  negligência de seus ciclos, suas necessidades.

Um dia desses uma criança me perguntou como o homem pode ser sido a primeira criatura se não existia a mãe dele. Como ele poderia ter nascido? Foi aí­ que, tentando lhe responder, me lembrei de uma conversa que tive com uma amiga, chegamos í  conclusão que o homem foi feito do pó, ou seja, do barro, da terra, sí­mbolo do feminino, onde Deus (céu, masculino) soprou e criou a existência humana. Do alto de seus 9 anos, ela fez uma carinha iluminada e disse: Agora sim, eu entendi mais ou menos. Pois acho que eu também estou começando a entender mais ou menos.

Mas de uma coisa eu já começo a entender com mais clareza: é vital que nossa essência seja resgatada e que a partilha entre as mulheres seja estimulada, se quisermos ter uma representação autêntica da Alma feminina em nosso mundo. Só assim nossos filhos não serão mais “roubados” pela sociedade para se tornarem os prisioneiros, guardiões do portal invisí­vel que nos separa de nós mesmas e nos mantém banidas.