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Hábitos e Baby Steps

Para quem tem DDA é muito difí­cil ser persistente. É muito difí­cil lidar com muitas coisas por fazer e é complicado decidir sobre prioridades. Eu sou assim. Mas agora, mais que nunca eu sei que preciso de método e organização na minha vida. Porque eu sou caótica e bem desorganizada, e isso me faz mal, muito mal. Posso dizer que isso foi o que mais me atravancou a vida até agora. Eu sinto, agora que sei sobre DDA (ou TDAH) que é um fio que perpassou toda minha vida e muitas das minhas escolhas.

Para tentar me organizar, resolvi procurar dicas sobre organização, sobre melhoria de qualidade de vida com organização e acabei voltando num blog que eu lia há muito tempo, mas depois parei, por ser em inglês. O Zen Habits. E lendo muito nele e sobre ele, cheguei ao ebook Zen to Done, que é uma espécie de manual de organização pessoal. Eu li esse livro (de maneira meio descuidada,na verdade) e resolvi implementar um passo do livro na minha vida. Dois, na verdade. Um é ter um caderno de notas e anotar tudo ali. E o outro é implementar um hábito de cada vez por 30 dias. O hábito que eu resolvi implementar é meditar. Eu vou meditar durante 30 dias ao menos uma vez por dia. Se for possí­vel, duas vezes. O livro traduzido para o português e pode ser encontrado  aqui:

http://xa.yimg.com/kq/groups/17371930/1578380509/name/ztd.pdf

Meditar é preciso, viver será preciso?

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“Uma árvore em flor fica despida no outono. A beleza transforma-se em feiúra, a juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica sempre igual e nada existe realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente.”

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Dalai Lama

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Eu não estava gostando muito de mim nos últimos tempo. Parecia que eu estava me deixando levar por uma parte de mim que eu não gosto, não curto e com a qual eu não me sinto bem. Senti isso por muitos meses. Eu pensava isso, sabia quela era o ponto, mas continuava agir assim, continuava a deixar essa parte aparecer.

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Há pouco tempo, por outros motivos, voltei a meditar mais continuamente. E posso constatar mais uma de mil coisas que são maravilhosas na meditação. A meditação me reconecta com a parte mim com a qual eu me sinto mais í  vontade, a parte de mim que eu acho melhor. Eu tenho menos conflitos internos quando eu medito. Voltei a meditar e já estou bem mais leve.

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Eu sou fã incondicional da meditação, e quase sou mais conhecida por aí­ como alokadameditação. Eu fiz um curso há muitos anos de Meditação Transcendental, e é essa que eu faço mais amiúde. Mas í s vezes faço outras também, principalmente quando as crianças estão dormindo por perto, porque a MT não se pode fazer nem perto de doentes nem perto de crianças… E a Oração Centrante, por exemplo é quase idêntica a MT, e pode ser aprendida de graça em muitos lugares. Essas duas meditações são meditações com mantra. Basta escolher (ou receber de um mestre) um mantra, sentar-se e repetir mentalmente o mantra, por 20 minutos, duas vezes ao dia…

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E acho que foi a meditação que me salvou dos remédios anti depressivos, porque eu tenho uma predisposição, inclusive genética pra depressão e há muito tempo não tomo nada pra isso. E posso dizer que fora um pequeno grande assunto aí­, eu estou satisfeita com praticamente todo o resto da minha vida, não tenho depressão nenhuma mais. E a meditação me salva da insônia, não há remedio melhor. E sei disso, porque eu tenho uma insônia crônica, já tentei muita coisa, mesmo. Mas só a meditação me ajudou efetivamente, inclusive a suportar muito bem séries de dias sem dormir.

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E isso porque eu medito muito pouco, praticamente nada (com excessão dos periodos de gravidez, nas duas eu meditei bem mais). Essa irregularidade me privou de ter mais resultados, de melhorar outras coisas e de realmente acabar com outra sombra que me acompanha, a ansiedade. Agora acho que retomei a rotina da meditação e vou seguir fazendo mais regularmente mesmo. Ainda não consegui fazer duas vezes ao dia, (quem consegue parar duas vezes ao dia trabalhando, com um bebê e uma criança em casa?), mas chego lá. Agora não paro mais.

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Estou lendo um livro muito legal sobre meditação, bem básico, mas bem didático, resume tudo e tem informações ótimas. Tem muita informação mesmo. Uma pena que a tradução é horrorosa, horrorosa mesmo, parece que o cara jogou em algum programa de tradução automática e só arrumou um pouco, tem cada erro que dá até gastura de ler. Por isso nem vou indicar aqui.

jorge jorge

“Eu estou vestida e armada com as roupas e as armas de São Jorge, para que os meus inimigos tenham pés e não me alcancem, tenham mãos e não me toquem, tenham olhos e não me vejam, e nem mesmo em pensamento eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão. Facas e espadas, se quebrem sem o meu corpo tocar. Cordas e correntes, arrebentem sem o meu corpo amarrar. Amém. Que o nosso Guerreiro São Jorge interceda junto a Deus por Nós!”

(leia o resto do post). Continuar lendo jorge jorge

tao te king poema 5

yin-yang

O Céu e a Terra não mostram apego, tratam as coisas como oferendas de palha.
O Sábio não tem apego e trata os homens como oferendas de palha*.
O espaço entre Céu e Terra assemelha-se a um fole.
Seu vazio é inesgotável.
Quanto mais se movimenta, mais surgirá dele.
Quem muito fala, rapidamente se esgota.
Por isso é melhor conservar o centro de si mesmo.

*Cachorros feitos de palha ricamente ornados eram feitos para oferendas nos rituais. Depois de cumprir a finalidade, eram atirados fora.

Tao Te King – Albe Pavese (Ed. Madras)

meditação amorosa

Meditação adaptada pelo Venerável Nhat Hanh do texto Visuddhimagga, escrito por Buddhagosa em 430 d.C. – texto tradicional do budismo theravada.

Esta meditação pode ser praticada da seguinte maneira:

primeiro, a recitação na primeira pessoa, referindo-se a si mesmo
segundo, a recitação em terceira pessoa, referindo-se í  pessoas que lhe são indiferentes (se possí­vel substituir o “ele/ela” pelo nome)
terceiro, a recitação em terceira pessoa, referindo-se í  pessoas amadas e bem quistas (se possí­vel substituir o “ele/ela” pelo nome)
quarto, a recitação em terceira pessoa, referindo-se í  pessoas que lhe tenham causado sofrimento (se possí­vel substituir o “ele/ela” pelo nome)
quinto, recitar em segunda pessoa, referindo-se a todos.

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Meditação amorosa

Que eu possa estar em paz, feliz e leve de corpo e de espí­rito
Que eu possa viver em segurança e livre de males
Que que eu possa estar livre da raiva, das aflições, medos e ansiedades
Que eu possa aprender a me olhar com olhos de compreensão e amor
Que eu possa reconhcer e tocar as sementes de alegria e felicidade que existem em mim
Que eu possa aprender a identificar as fontes de raiva, cobiça e ilusão que existem em mim
Que eu possa alimentar as sementes de alegria em mim todos os dias
Que eu possa ser sereno, firme e livre
Que eu possa estar livre do apego e da aversão sem me tornar indiferente

Que ele/ela possa estar em paz, feliz e leve de corpo e de espí­rito
Que ele/ela possa viver em segurança e livre de males
Que ele/ela possa estar livre da raiva, das aflições, medos e ansiedades
Que ele/ela possa aprender a me olhar com olhos de compreensão e amor
Que ele/ela possa reconhecer e tocar as sementes de alegria e felicidade que existem em mim
Que ele/ela possa aprender a identificar as fontes de raiva, cobiça e ilusão que existem em mim
Que ele/ela possa alimentar as sementes de alegria em mim todos os dias
Que ele/ela possa ser sereno, firme e livre
Que ele/ela possa estar livre do apego e da aversão sem me tornar indiferente.

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Fonte: http://samoockah.blogspot.com/2007/03/meditao-amorosa.html

oração para os namorados

santo antônioGrande amigo Santo Antônio, tu que és o protetor dos namorados, olha para mim, para a minha vida, para os meus anseios. Defende-me dos perigos, afasta de mim os fracassos, as desilusões, os desencantos. Faze que eu seja realista, confiante, digno(a) e alegre. Que eu saiba caminhar para o futuro e para a vida a dois com a vocação sagrada para formar uma famí­lia. Que meu namoro seja feliz e meu amor sem medidas. Que todos os namorados busquem a mútua compreensão, a comunhão de vida e o crescimento na fé. Assim seja.

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Ouça:


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oremos pelas mulheres

orarNa minha busca por rezas de benzedura, tentando buscar uma tradição familiar que vai desaparecer se eu não resgatar, eu me deparei com essa oração pelas mulheres num livrinho de orações espí­ritas que eu tenho e achei tão curioso, tão peculiar, que resolvi postar. Claro que eu achei curiosí­ssima. Embora não se trate de uma benzedura.

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Vamos Orar Pelas Mulheres

 

Julgai entre vós mesmos: é próprio que a mulher ore a Deus sem trazer o véu?

I Corí­ntios 11:13.

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i want to believe

I_want_to_believe5Como é horrí­vel não acreditar. Horrí­vel! Eu queria crer. Mas fé não é algo que se adquire. Pelo menos eu não consegui adquirir. Eu não tenho fé. Eu sou meio supersticiosa, é diferente. Mas até isso cada vez menos. 🙁

Não que eu não creia em nada (em alguma coisa eu devo acreditar) mas eu queria acreditar em justiça, queria olhar e ver algum sentido. Como todo o resto dos humanos, aliás. Tem gente que acredita que tem fé com uma fé que eu fico boba. Tem gente que acredita que acredita e eu queria muito ser assim. Porque eu não encontro consolo nem amparo em quase nada de tão grande assim. E fico desejando que a fé caia em meu colo (já que trabalho duro não adiantou) e que a perspectiva não seja tão desalentadora.

E isso não é porque eu estou triste, não é porque estou deprimida nem nada do gênero*, que eu não estou. Eu só queria acreditar que algum deus ou algo transcendente vai resolver alguma coisa e que alguma justiça vai ser feita nesse mundo jogado í s traças. Mas nem com toda a força e meditação que eu consigo a fé não vem. Eu queria sinceramente que ela viesse. Porque somente amor í s vezes não é suficiente.

*falta de fé não é sinônimo de depressão, nem de tristeza, mas concordo que é a primeira coisa que vem í  cabeça quando se imagina alguém sem fé. deve ser alguém deprimido, triste. mas não é o meu caso, pelo menos eu acho.

Talvez eu chame o mulder.

a minha espiritualidade

whatisspiritualityEm algum lugar eu li que Jung uma vez disse que nunca tinha encontrado ninguém com mais de trinta e cinco anos cujo problema não fosse de ordem religiosa. Bem, eu estou quase fazendo trinta e cinco anos. Sempre tive uma veia meio mí­stica, adoro esoterismo, coisas assim. Mas na verdade eu sempre gostei mesmo foi da parte estética da espiritualidade. Sempre achei visual e mentalmente bonito ter espiritualidade. As pessoas são calmas (visualmente) a bondade, a compaixão, o amor, tudo tão esteticamente ajustado…Fora que meu estilo de vestir (riponga) lembra pessoas “zen” (num certo imaginário coletivo). Eu estudei e estudo astrologia (desde 17 anos), eu jogo tarô, sei ler as mãos, e estou me preparando para benzer. Mas nada disso eu acho totalmente certo, no sentido de que nada disso na minha opinião detém a verdade. Como nenhuma religião que eu conheça possui o monopólio da verdade. Então foi a visualidade que me atraiu para esse mundo. Eu queria ser interessante na adolescência, e isso seria um ponto a mais pra mim, que me achava feia, mas inteligente. E eu nem era, pelos meus olhos de hoje, nem feia nem tão inteligente. Bem, mas o ponto é o seguinte: eu ando hoje com preocupações espiritualistas. Eu acho que sempre vou ser agnóstica. Nunca vou me ater í  nenhuma religião formal, mas eu ando pensando muito sobre a transcendência ultimamente e acho que tenho criado minha própria espiritualidade, como diz lá no orkut “tenho um lado espiritual independente de religiões”. Apesar de eu não ter escolhido essa opção no meu perfil. Mas além da oração centrante, que tenho tentado incorporar na minha vida diária, eu tenho lido muita coisa sobre budismo, ainda vou a um encontro com zen budistas, quando me der um estalo. E também tenho lido muita coisa sobre meditação. Essa fase já tem um ano ou mais. Fase de leitura desenfreada, porque eu quando me interesso por um assunto leio sobre ele até a alma doer. Compulsivamente. Mas dessa compulsão não me queixo nem faço a menor questão de abandonar. E também como há tempos estou lendo coisas sobre Jung, autores pós junguianos, que também mexem muito com a espiritualidade. E talvez então Jung tenha razão e no fundo minha desordem emocional (sim, porque eu sou desordenada emocionalmente) tenha lá seu fundo religioso. Certamente, como a de todo mundo ela está ligada í quelas questões de sempre “de onde vim…”, blá blá blá… E para mim, espiritualidade não é um dilema, ou um problema, uma angústia. É mais uma fonte de aprendizado, mais uma opção muito rica de diversão. É diversão sim, eu me divirto lendo sobre espiritualidade e pensando sobre ela também. No momento é o assunto mais divertido para mim (depois de mim mesma, claro). E o que mais gosto atualmente na religiosidade é que ela é um instrumento de autoconhecimento. Tarô, mapa astral, quiromancia, benzição, etc., são fontes muito boas de autoconhecimento. Assim como as religiões tradicionais também. Afinal, todas elas não tem um código de conduta? Mesmo que seja bem difí­cil, como no caso de zen budismo? Podemos trazer esse código de conduta mesmo para testar) para nosso autoconhecimento, quando estamos aprendendo sobre ele, pensando em nós mesmos naquela teia de conhecimento de uma religião especí­fica.