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Eu sou a favor da cama compartilhada, do parto natural, da amamentação exclusiva, de educar sem nenhuma palmada. Acho que isso é o melhor para os meus filhos. Não consegui amamentar o primeiro, espero conseguir do segundo, mas o resto tudo consegui até agora, com Tatá fazendo 6 anos. Espero continuar assim. Eu dou pouco remedio, trato com a antroposofia, enfim faço a linha mais natureba mesmo, com tudo que implica isso, inclusive criticas. Mas não acho que seja regra pra ninguém, cada uma sabe de si e faz o que acha melhor. Mas que maternar é um mar de escolhas, isso é. Como a vida aliás é assim. Existe muita controvérsia, e descobri que pediatras são como obstetras, que há linhas e correntes diferentes, mais ou menos intervencionistas e que é preciso escolher o que mais se afina com a gente.
Bom, só pra constar mesmo.

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Update: Agora lembrei. E ser assim, ter essas convicções de vez em quando ofende as pessoas gratuitamente. Não sei porque. Ou até sei, mas não seria elegante dizer. Tem um quê quase religioso, sei lá.

playlist

Lista de músicas para o amor perdido:

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Update

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Uma Canção Desnaturada – Chico Buarque

Que Pena – Jorge Ben Jor

Gostava tanto de você – Tim Maia

Ilusión – Marisa Monte, Julieta Venegas

Girl, You’ll be a woman soon – Neil Diamond

Eu sei que vou te amar – Tom Jobim Vinicius de Moraes

Pedaço de Mim – Chico Buarque

Everithing I own – Bread

A íšltima Canção – Paulo Sérgio

Why does it always rain on me? – Travis

Os verdes campos da minha terra – Putman, versão Geraldo Figueiredo, Agnaldo Timóteo (?)

Valsa para uma menininha – Toquinho

Tocando em Frente – Almir Sater

Que saudade d’ocê – Vital Farias

everything I own

“Nobody else could ever know
The part of me that cant let go.”

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You sheltered me from harm.
Kept me warm, kept me warm
You gave my life to me
Set me free, set me free
The finest years I ever knew
Were all the years I had with you

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I would give anything I own,
Give up my life, my heart, my home.
I would give everything I own,
Just to have you back again.

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You taught me how to love,
What its of, what its of.
You never said too much,
But still you showed the way,
And I knew from watching you.
Nobody else could ever know
The part of me that cant let go.

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I would give anything I own,
Give up my life, my heart, my home.
I would give everything I own
Just to have you back again.

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Is there someone you know,
Youre loving them so,
But taking them all for granted.
You may lose them one day,
Someone takes them away,
And they dont hear the words you long to say

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I would give anything I own,
Give up my life, my heart, my home.
I would give everything I own
Just to have you back again.

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As melhores coisas, como todo mundo sabe não podem ser ditas no blog. Daí­ eu procuro músicas pra traduzir. Fica besta, mas fica aí­. Uma hora eu volto a falar, ou não. Enquanto isso eu curto um coração partido. E não, não tem a ver com casamento, que vai super bem, dia 10 fizemos 8 anos juntos, e tudo vai muito bem, somos muito apaixonados ainda… O que me parte o coração é outra coisa indizí­vel. Não é um fato, é um sentimento. E não importa, porque já passa, também. Mas eu vou esgotar isso primeiro. Mesmo que seja colocando centas músicas tristonas aqui. É assim que eu me viro desde sempre.

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Ilustração de Liniers

são aqueles ares

Na verdade eu só queria mesmo falar sobre Buenos Aires. Sobre como é uma experiência quase mí­stica pra mim estar lá. Sobre como eu me encontrei na estrangeiridade. O fato de ser estrangeira faz com que eu me encontre mais, faz com que eu seja eu. Porque eu realmente não sou daqui. E nem de lá, e nem de lugar nenhum.

Mas não falo no sentido de querer mudar daqui, de ter sede de viajar e de conhecer outros lugares, isso eu nem tenho tanta. Não falo de não me sentir brasileira (eu sei o quanto sou, e é muito), não desprezo meu paí­s de jeito nenhum, não quero mudar daqui, etc. e tal. É outra coisa que eu não encontrei ainda como explicar. Eu falo de um estado interno de uma coisa que nem eu mesmo sei muito o que é. E era disso que eu queria falar, isso que encheu minha cabeça esses dias. Mas, a quem, pra que né? Não tenho tido nada na cabeça que interesse em um blog.

Então ficam as fotos da melhor viagem que fiz em muito, muito tempo, tanto que na verdade nem lembro se teve alguma melhor. Mais divertida, talvez, mas não teve uma em que eu me sentisse mais confortável. E eu como alguém que está 100% do tempo desconfortável, que sente dor o tempo todo, falo disso, dessa sensação que em alguns momentos beirou o oceânico. É assim que eu cada vez mais me sinto naquele lugar. Mesmo quando fui maltratada (e eu fui algumas vezes e foi bem desagradável), ainda assim eu descobri que ali eu sou o que eu sempre fui: uma familiar estrangeira.

silêncio é natal

Hay, en la espera,
un rumor a lila rompiéndose.
Y hay, cuando viene el dí­a,
una partición del sol en pequeños soles negros.
Y cuando es de noche, siempre,
una tribu de palabras mutiladas
busca asilo en mi garganta,

para que no canten ellos,
los funestos, los dueños del silencio.

Alejandra Pizarnik

Los trabajos y las noches, en Obras completas. Poesí­a y Prosas

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Eu sinto falta da amiga. Muita falta, nesses dias. Sinto falta de alguém com quem conversar por horas ao telefone, de poder falar de tudo e mais um pouco. De conversar, conversar. Eu elaboro as coisas falando. Saudades da intimidade conquistada ao longo de tantos anos. Mas isso é idealizar, nos últimos tempo s eu não tinha esse ouvido. Eu tenho uma capacidade espantosa de esquecer as coisas ruins que vivi com as pessoas. E eu me sinto só. Meus melhores amigos também estão assim. Ele, também casado, pai, não tem tempo e tem muita coisa pra administrar. Ela também dividida entre tragédias familiares, não tem condição, nem mí­nima. E outros amigos não são amigos de conversar horas a fio… E esse silêncio dói. E tem muita coisa aqui dentro pra ser dita.

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E ai vou buscar por Alejandra, e o primeiro poema que sai é esse ai em cima. Sincrônico. Irônico.

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E fico inventando coisas, mexo em blogs que ninguém lê. Pra quê? Pra quê? Vontade de saber.

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Nossa, os livros salvam. A mim sempre, sempre salvaram. (Eu ia escrever salvaram e escrevi lavaram, que os livros sempre me lavaram…)

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Feliz Natal.

mini craque

Mini craque. Porque ele é louco com futebol! Vejam as fotos:

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Clique para ampliar

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paciencia

Minha paciência anda curtinha como nunca foi. Eu ando descobrindo que ser legal tem limites. Eu faço questão de ser gentil, mas não quero e não vou mais tolerar agressão de graça. Vou mudar pra Mianmar. (A Kathia, que me contou que lá os homens são cachorros e passarinhos, e diz ela que os homens lá são bons). Porque eu ainda me espanto com tanta grosseria e sujeira por ai. Pessoas que realmente não vêem as outras, meu zeus, que coisa, me espanta muito o mundo não estar ainda pior. Como é que se leva a vida sem olhar pros semelhantes? Sem olhar de fato?

Se você não tem nada de bom pra dizer, porque não cala a boca? Porque precisa vir falar sem ser convidado? Eu não te perguntei, sabe? E ainda sou trouxa o bastante pra me importar. Mas realmente é problema seu. Não se espante se o telefone estiver ocupado, ok?

Mas ainda assim gosto do mundo. Ainda, ainda.

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Também os mortos me acompanham

Entre um e outro degrau

Paramos. Como quem descansa um fardo

Ao cair da tarde – xale vinho aquecendo o corpo –

os mortos me acompanham

Entre um e outro degrau

Mas

não me toquem – ainda

Eunice Arruda

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Tem posts novos no leveza. E chatos né Dani? hahahahaha

Figura daqui