
Acho que esse blog já nasceu moribundo. Porque eu não quero emagrecer. Eu não quero perder quilos. Porque perder 15 quilos, engordar e depois perder mais 17, 20, 25 quilos é fácil. Quer dizer, nem tanto, mas a gente consegue. E sabe que consegue.
 O difícil é conseguir perder a compulsão (que desanda pra outro lugar), o difícil é descobrir porque estou tão gorda, porque fiz isso com Migo Mesma, como diz uma moça por aí… Difícil é perceber os sentimentos que eu como. Difícil é entender porque eu me empaturrei de chocolate ao invés de berrar. E mandar pra pqp. E não dei uns gritos. Porque claro que se engorda porque se come muito. É óbvio que tem que fechar a boca, tem que fazer exercícios. E se quiser uma vida mais saudável eu também já sei a cartilha. Essa parte eu já passei, então tenho que ir pra próxima.
Não, eu não desisti de emagrecer não. (Nem de blogar). Eu vou emagrecer de algum jeito. Mas eu quero descobrir uma maneira de não engrossar as estatísticas da recaída. Eu quero resolver esse problema na minha vida. Mas isso sou eu, pra você pode ser diferente. and so what?
E eu não sei fazer de outra maneira que não seja como autodescoberta. Eu sempre preciso transformar as coisas que faço em viagens interiores e com isso não vai ser diferente. Eu tenho o estranho hábito de pensar. E buscar informação. Adoro a informação pela informação. Esquisitice, fazer o quê? Fui batizada assim. Esquisita. Mas pode me chamar de Estranha.
E aqui eu só falo do meu jeito, do meu caminho e do meu aprendizado. E falo cada vez mais pra mim mesma. Pra me conscientizar do discurso que faço pra mim, pra ver o que ando me dizendo sobre essa parte da minha vida.
E no meu caminho tem mentalização, tem uma série de amuletos e tem mandingas pra me ajudar. Tem amuletos e tem muletas sim. Eu já descobri que preciso, gosto e tiro partido deles. Eu gosto sim de me imaginar magra e se está funcionando, quem vai dizer que tá errado? E se eu acho que é possível uma auto-regulação do corpo e do apetite: acho sim…
Então eu vou continuar com papos tipo chacras, tipo força do pensamento (não exatamente isso, mas o jargão é esse), papos do tipo emoções que desencadeiam doenças. Tipo recitação de mantras. Tipo simpatia pra emagrecer… Tá valendo o que funciona. Para mim. Ou você queria que eu escrevesse sobre o jeito da cunhada da minha vizinha? Sim, minha praia é essa. Eu se tiver que emagrecer vai ser assim.
Você tá vendo contradição aqui? Pois então, lê só isso aqui:
“Coerente: um sujeito que nunca teve outra idéia.”
Millôr Fernandes
Eu li lá no blog Coisas Bobas.
E isso junto com minha tendência de consumir informação. Porque eu já vi que pra emagrecer tem mais de mil caminhos e dietas. Dá um giro por ai, na blogosfera mesmo e você encontra mais de mil. Na boa. Revistas e livros também.
Eu tenho muitos livros desse assunto sim, e leio mesmo. Eu gosto. Você gosta de correr, de ver novela de colecionar tampinha de garrafa? Pois eu gosto de ler. í€s vezes justamente pra não pensar, saca? Dos assuntos que estão na minha cabeça neste momento, tudo, não importa a linha eu sou sem-critério. E adivinha: Vou continuar! Semana passada eram contos de fada, essa semana no começo foi complexo de édipo, hoje é emagrecimento. Falou?
Então o moribundo aqui não vai morrer, mas não é blog de dieta, muito embora quando ele nasceu eu achasse que era. Mas não é. O que exatamente é eu não sei, mas eu quero me tornar leve não só no corpo. Na cabeça também.
Então, quer ver como eu sou freak? Olha aqui a minha biblioteca de emagrecimento. Minha cabeça tá cheia de informação sem filtragem. Alguém se habilita a filtrar pra mim?
Nossa, essa frase do Millôr que você garimpou é muito boa !!!
Força aà no seu projeto.
Beijos
oi, Nalu
gostei de ver vc falar o que todo mundo pensa e ninguém fala. emagrecer não é simplesmente uma questão de comer menos e malhar mais. é uma questão de se conscientizar de que isso é o melhor pra saúde, pra aparência e pra cabeça. é saber que não vai adiantar eu me empanturrar de gostosuras pq elas só trazem uma falsa idéia de conforto qd se passa por um problema. aliás, elas aumentam os problemas. pq se vc brigou com o chefe FDP e foi devorar um tabletão de chocolate, além de o chocolate não resolver seu problema com o chefe, ele ainda vai detonar seu corpo. eu acho que o caminho do sucesso para uma reeducação de vida – e não só alimentar – é a gente trabalhar de toda forma pra se conscientizar e se motivar. eu achei maravilhosa sua biblioteca de livros destinados ao emagrecimento. gostaria de ter eles aqui comigo. sabe pq? pq quando vc lê demais sobre este assunto, pensa nisso, vê histórias de outros e tudo mais, sua mente começa a ficar mais ligada no assunto e vai se direcionar para ele. ontem eu tava vendo quem perde ganha e fiquei animada depois, assim como fico depois de assistir aos globo repórter de dieta, saúde e emagrecimento. força aÃ, vc é muito inteligente e vai conseguir dominar sua outra nalu!
bjos,
Querida, não resisti: perfeito!!! Amei o post, irretocável. Um beijo prá você!
Ave maria, é muito livro. E deve ser uma loucura, cada um te puxando pra um lado diferente, né?
Eu procuro não ler desses livros pra não ficar doida, mas o único que li, vou guardar pra vida inteira, que é o Mulheres Francesas não Engordam. Sou grande fã dos bons hábitos, embora não consiga implementar a maioria deles…
Beijo!
Nalu, acho que somos gêmeas siamesas separadas no parto…rs…menina, penso exatamente como vc, inclusive tenho vários desses livros que vc mostrou (e me interessei por vários outros que vc na sua pilha tb…rs). Vc falou tudo, a transformação é de dentro pra fora, e dominar a compulsão é o mais difÃcil. É nisso que eu estou me concentrando agora, não faço questão de ter uma alimentação 100% certinha, mas me concentro em comer quantiddades moderadas, sem crises de gula. Até agora estou conseguindo manter o equilÃbrio com pouquÃssimas transgressões. Espero continuar assim, o emagrecimento será uma consequência…beijos e muito sucesso na sua jornada…
Nalu, se você escreve pra você tão bem assim, imagino quando escrever pro “público”…rs…
Adoro o que vc escreve. Amei esta frase do Millôr. Também me acho incoerente, e gosto disso. Sinal de que pensamos, né?
Sobre o emagrecimento, apesar de eu não estar emagrecendo (estou averiguando o porquê), estou numa fase sem compulsão nenhuma. Mas pra mim o efeito é inverso, quando eu falo é que eu me odeio por não manter a boca fechada, e como de raiva. Então eu não como os sentimentos guardados, eu como os que eu deveria ter guardado e não consegui… ai, complicado, né?
beijos!!
Oi Nalu,
gostei demais desse seu post e desse seu blog.
Eu sou magra, mas uma magra mal-resolvida com o próprio corpo e que tem uma relação muito ruim com a comida.
Sabe, à s vezes eu me pego comendo o restinho de comida que ficou no prato das minhas filhas e usando a desculpa que é pra não desperdiçar alimento. Tenho que me controlar e pensar: “Lugar de resto de comida é na lixeira, eu sou uma pessoa, eu não estou com fome, tenho que jogar isso é no lixo e não dentro de mim.”
Outras vezes eu ataco uma caixa de bombom e quando estou lá pelo terceiro ou quarto seguido eu consigo pensar: “se tivesse alguém aqui comigo agora eu não estaria comendo, eu estaria conversando, rindo.” Aà eu saco que eu preciso é de companhia, de um abraço, não de comida. Enfim, não é fácil pra ninguém…