Exercitando o pensamento…


Exercitando o pensamento
 
Por causa de um livro que estou lendo, “Gordura é uma questão feminista” hoje fiquei refletindo sobre um lance que também tem a ver com um comentário que a Gaby fez num post aí­ pra baixo.
A Gaby falou assim: “Nao se cobre tanto…eu ja fiz plásticas, tratamento ortomolecular, acupuntura e nada deu grande efeito. Porque? Porque eu não estava aberta. Porque eu estava preocupada com o momento: uma festa pra brilhar, um casamento pra ir, um namorado pra agradar, opiniões alheias pra acalmar. Eu queria o agora e vejo que emagrecer é um sempre e um todo.”

Fiquei matutando sobre isso, sobre o livro e pensei: porque será que esse tanto todo de dietas, programas de emagrecimento e afins tem uma taxa boa de sucesso, mas tantas vezes fracassa na manutenção?

Nós mesmas não conseguimos (um tanto de vezes) emagrecer e depois engordamos tudo de novo ou ainda mais? E ainda seguindo o fio da meada, será que isso não acontece porque esses programas, dietas e afins raramente atacam questões mais fundas que estão por trás da compulsão alimentar. E duas dessas questões são a vivência da fome para cada uma de nós e a necessidade (í s vezes tão desesperada) de acabar com esse comer descontrolado.

Acho que nós “gordinhas” não temos tanta consciência do mecanismo da fome real (o corpo sinalizando que falta comida) como as pessoas de peso “normal” (ai, eu detesto essas classificações, normal, anormal, mas não acho outro termo agora).

Pelo menos não ainda, e é por isso que lutamos. Mas acho que a comida assume um papel tão grande que a gente chega num ponto em que não sabe mais distinguir essa fome real. Aliás, a gente come de tal maneira que nem dá tempo ao corpo de sentir fome fí­sica. E nessa brincadeira acabamos classificando a comida de maneira errada. Um sundae vira pecado mortal, um chocolate um crime, uma comida frita então é um caso de polí­cia!

E sabemos também que não é por aí­, não precisamos decretar nosso julgamento, nos dar a pena e nos aprisionar numa vida de restrições, culpas e punições. (Hoje minha veia psicanalista atacou) Dieta acaba virando camisa de força moral. Nós nos aprisionamos e deixamos os outros nos aprisionarem.

Ah, fala sério, quantas de nós já não teve uma vergonha bem real, bem palpável, quase criminosa de comer em público algo declaradamente engordativo? Eu mesma anteontem (aí­ que jaca!) me peguei indo esconder um cheddar lá nos banquinhos do fundo do MC Donalds, e de costas, pra ninguém ver.

E como é que fica, nisso tudo a redescoberta da fome verdadeira (fome fí­sica), a descoberta do que a gente de verdade gosta de comer, quando a gente gosta de comer e como a gente gosta de comer? E não os sentimentos que a gente come?

Talvez essa “pensação” toda seja contraproducente para quem quer emagrecer rápido, quer ver o resultado logo na balança.

Mas eu não consigo colocar nada na minha vida sem refletir exaustivamente sobre aquilo e não vai ser diferente com o emagrecimento. Muito pelo contrário, acho que se a gente descobrir de verdade aquilo no comer que não é só o ví­cio, mas o gosto real, o emagrecimento será mais duradouro. Por isso é preciso ouvir o corpo e por isso eu gostei tanto do que a Gaby disse “Eu não quero mais dieta da lua, do abacaxi, do jejum, do arroz integral…quero a minha dieta, que cabe na minha vida, no meu bolso e no meu momento. Eu quero brilhar. Eu também quero e quero brilhar de modo duradouro.

E é por isso que deixei de chamar esse processo todo de reeducação, de dieta, de programa de emagrecimento (nada contra quem chama assim, é só o meu jeito) mas agora para mim é o Aprendizado. Ainda bem que eu arranjei esse nome, pois sou viciada em aprender, acho que até mais do que em comer.

Obrigada a todas que vieram me visitar, adoreeei, já estou me sentindo em casa!!!
Beijos a todas.

P.S. coloquei um novo sistema de comentar, que acho é mais fácil, pois não precisa ficar contando caracteres e todos os comentários aparecem na mesma página. Quem quiser me fazer feliz:o)

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Gente eu não ia pesar, até porque não fui pra parte prática do Aprendizado ainda, mas não resisti! E olha que o fato de eu estar anotando tudo, (que por si só já faz a gente se segurar um pouco) essa “pensação” toda, junto com os incentivos, e a água acabou funcionando? E eu estou em semana de TPM, que sempre me engordava! Nem acredito! Ai Jesus, dissolvi 600 gramas! Que delí­cia!

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