guerra civil

Salvador Dali - A Face da Guerra 1940

É contra mim que luto
Não tenho outro inimigo.
O que penso o que sinto o que digo
E o que faço
É que pede castigo
E desespera a lança no meu braço

Absurda aliança
De criança e de adulto.
O que sou é um insulto
Ao que não sou
E combato esse vulto
Que í  traição me invadiu
e me ocupou

Infeliz com loucura e sem loucura,
Peco í  vida outra vida, outra aventura,
Outro incerto destino.
Não me dou por vencido
Nem convencido
E agrido em mim o homem e o menino.

Miguel Torga

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Como é frustrante tentar e não conseguir. Tentar pela enésima vez e não ter sucesso. Saber exatamente o que fazer e não conseguir. E ficar frente a frente com a própria fraqueza, isso é chato. Essa guerra eterna contra mim. Na verdade é bem mais que chato, mas deixa estar…
 

E eu estou aqui e vivo esse momento lindo. E vou viver. Troquei a contagem de pontos que já estava me enjoando pela contagem de calorias. Embora esteja flertando mesmo com a antiga dieta das cores do VP, mas ainda não animei. Sigo tentando e não tenho engordado, tenho sentido menos fome. Comecei a tentar mastigar mais devagar, a comer mais devagar, porque percebi assustada como comia depressa. E tenho tratado de controlar a ansiedade e o destempero em que caio í s vezes. Nossa, como eu queria logo emagrecer pra não precisar pensar nisso todo santo dia. Queria que os bons hábitos se automatizassem logo de uma vez pra gastar energia noutras coisas mais legais. Assim, queria que comer menos e bem fosse um hábito já incorporado, e que esse assunto chato não me consumisse tanto.

Tenho que ter paciência, muita paciência comigo mesma, como se eu fosse minha filha querida. E isso estou tentando fazer, diariamente.

Eu fico até com vergonha de dizer, dado o meu histórico de fracassos, mas tenho sentido que agora vai. Todo viciado diz isso né? Pois é, mas as vezes vai mesmo, e quem sabe a hora não é agora? E também não me resta muito mais do que tentar, nem que seja pra não engordar mais. A outra coisa que começo a tentar é a comer mais frutas, eu não tenho comido fruta nenhuma e isso não pode ser, mesmo pra quem não quer emagrecer, não pode ser.

Também ando revendo a lista das 101 coisas. Segunda vou voltar pra yoga e começar a esboçar um plano de voltar a dançar. Devagar, ainda, mas vou esboçar.

Andei usando mais lentes de contato, e fiz minhas unhas eu mesma dia desses, ficou tão bonito… Mas ontem quebrou uma unha bem no meio da carne e eu tive que cortar todas bem curtinhas, aí­ não animo a pintar. Ou talvez anime, sei lá.

Amanhã começa o ano e sexta feira eu volto a trabalhar. Ah, viva a rotina, isso sim. E esse post encheção de linguiça é pra não me deixar esquecer. Post melhor foi esse aqui, fase em que eu realmente emagreci, e tive uma ótima experiência com o blog.

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Sugestão de leitura para dias de guerra civil na cabeça: Fazer da Mente uma Aliada

E você também pode ouvir essa música que ajuda. É só clicar play.

http://www.divshare.com/flash/playlist?myId=5767601-876
E fique em paz.

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Figura: Premonição da Guerra, Salvador Dali

6 comentários em “guerra civil”

  1. Oi Nalu, concordo com voce em gênero, número e grau…. eu quero minha vida por inteiro, chega de ficar 80% do tempo pensando em emagrecer, ai que desperdício de energia, de criatividade, de vida !!! E olha que já experimentei isso, foi naquele tempo de CCA, fiquei 3 anos magra, sem alterações de peso mas me pergunto se foi CCa ou a homeopatia que fazia na época ou os dois juntos… vai saber ? Voltei para homeopatia, sinto que me deu uma equilibrada, ainda estou muito vulnerável mas um pouco mais controlada, não tenho tido ataques fulminantes de comilança apesar de que percebo que poderia estar comendo menos mas…. sinto fome caramba!!! Por que sinto tanta fome??? SE eu me apaixonar, se tiver um encontro aí eu ganho super poderes mas como vou fazer isso acontecer se ando escondida, escondida atrás de roupas que jamais usaria num estado normal, lúcido, confortável, odeio preto mas coloco direto porque emagrece, tudo na minha vida é guiado por esse inferno da forma física, uma prisão como coloquei no post, quero minha alforria, deixar de ser algoz de mim mesma, me libertar do meu inimigo interno como voce bem colocou…. bem amiga, continuo aqui na luta, vou continuar tentando entrar na blogsfera apesar de preferir comentar outras coisas que não sejam apenas se comi ou não comi, talvez já seja um prenúncio da minha pseudo libertação, gastar palavras com dietas, refeições, ui, chega, tô cheia, cheia de idéias, querendo viver, querendo meus outros sentidos nessa vida tão passageira, beijos, Ge.

  2. NALU
    ME PERGUNTO SEMPRE QDO LEIO O QUE VC ESCREVE SE REALMENTE VC COME TANTO. NA VERDADEÉ A CULPA QUE TE SABOTA. PENSA NISSO.
    BJ

  3. Nalu, olha o que eu ouvi hoje do meu terapeuta: “Eu fico bobo com o quanto você se desafia o tempo todo. Isso é ao mesmo tempo tão bonito e tão duro…”
    É bem por aí, né?
    Beijo.

  4. “O que sou é um insulto
    Ao que não sou”
    Achei o máximo isso.
    É assim que sinto também.
    Quanto a “não conseguir”.
    Menina: parei de fazer contas… porque se penso que dois meses se passaram e ainda estou praticamente na mesma do primeiro dia do ano fico desesperada.
    Então estou tentando pensar diferente. Pensar que estou “mudando” justamente por estar aceitando melhor ser esse “insulto” a tudo que idealizei ser na vida.
    Exagerei.
    Eu sonhava ser professora universitária e estou no meio do doutorado, então, nesse ambito está ok.
    Só a gordura me incomoda.
    Mas sabe que fazendo ginástica todo dia me incomoda menos. Porque estou ficando mais saudável. Vejo no meu corpo, no meu “fôlego”, na minha disposição, que estou mais saudável. Não sinto mais dores nas pernas e nas costas (o que é uma grande melhora).
    Mas continuo “comilona” (rss).
    Incrível como é difícil vencer isso. Um dia vai bem. Outro dia o filho pede um “bolo” e daí o bicho pega. Nem 1600 kcal rsss sempre um pouco mais.
    Então o peso fica variando entre 97 e 99. Isso é chato, mas quando variava entre 105 e 110 era bem pior (rsss). Mas está difícil de baixar.
    Ano passado cheguei em 94,5. Mas durou pouco (rss). Voltando de viagem, cheguei esse ano com 98.6 e agora 97.4 a 99.0, varia um pouco nas semanas. Uma média de 98,5, tal como no primeiro dia do ano. O médico disse “seu corpo está resistindo, seus hábitos são de alguém com 98,6 quilos” rsss, mas foi antes de ir para a academia.
    Sinto que estou “afinando”, mas o peso está resistente. Isso irrita as vezes.
    Mas acho que temos de encontrar nosso caminho e perseverar. Constância (tenho dificuldades imensas com isso).
    As vezes me pergunto se vou conseguir emagrecer. Mas tenho que acreditar senão fico louca.
    Vamos lá…
    Desculpa o exagero é que me sinto a vontade contigo.
    Beijos e até mais!

  5. Nalu,
    Estou adorando essa leva de posts aqui no Leveza. Talvez porque reflitam o meu estado atual ou porque eu realmente me sinto inspirada pelo que você escreve.
    Estou fazendo os mudras rodos os dias e tenho percebido resultados, fora isso, estou conseguindo vencer minha compulsão, principalmente aquela que envolve carboidratos.
    Eu queria lhe agradecer por você existir. Faz tempo que estou querendo escrever isso aqui e um tanto mais de coisas, mas ‘conhecer’ você foi algo imprescindível no meu processo de mudança.
    Um beijo.

  6. Nalu
    Hoje ao me pesar engordei 300 gramas, quase chorei, fiquei triste, triste, sem razão claro. Não me empenhei para que fosse diferente, mas me dei o direito de ter ficado triste.
    A orientadora, nos elogiou e disse que mesmo os que oscilaram o peso, foi oscilação de magro, menos de 500 gramas.
    Ai quase chorei, do meu choro.
    Nas paredes ainda continua essa frase: “Desistir é uma solução permanente para um problema temporário.” Meta Real®
    Pois é, e continuo o aprendizado de ser magra.
    No passado eu já fui, mas o passado é passado.
    Bjs

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