a volta das que foram

Foto do Post secret, de novo

Pois é. O caminho das pedras quando sozinho é mais longo. Pelo menos no meu casinho. Então apesar de todos os senãos, eu voltei. Espero que pra ficar, espero que em definitivo. Porque não dá mais pra ficar assim. Dessa vez eu sinto que vai ser diferente (papo de drogado né?) Mas não, não é. Quando eu parei de fumar eu senti o mesmo, nessa intensidade. Não tinha certeza do sucesso, em absoluto, mas tinha certeza de que poderia fazer os sacrifí­cios requeridos daquela vez. Porque o ganho era maior. Até agora nada foi realmente maior do que o ganho de comer. Do que o ganho no prazer de comer. Senão eu não estaria gorda, off course. E eu até tentei ficar na boa gorda. Mas não consegui. Afinal toda minha vida eu lutei pra ser normal. E ser gordo não é estar dentro dos parâmetros de normalidade né?

Muita gente luta pra ser diferente. Eu só lutei pra ser normal toda vida. Porque eu sempre precisei controlar uma sociopata que vive aqui dentro. É a Sheilla Sociopata. Mesmo. Me lembro de falar desde a adolescência que eu só queria me adaptar. Que tudo que eu queria era não me sentir tão diferente, tão inadaptada.

Devo dizer que não adiantou, que eu continuo inadaptada. E continuo querendo me adaptar, porque é sofrido e nem um pouco glamouroso ser diferente, distoante.

Assim eu sei que isso é mais uma incapacidade de lidar com a minha sociopata e misantropa interior. Porque nem isso eu consigo ser inteiramente*. Eu odeio o ser humano, mas no fim é o ser humano que eu mais amo.

Bão, mas essa lenga lenga é só mesmo pra dizer que voltei pro VP. Hoje E que dessa vez parece que vai, pq tenho um sentimento muito parecido com o que motivou muitas vezes antes.

*E quem disse que há de ser inteiro algo em alguma coisa?

7 comentários em “a volta das que foram”

  1. oi Nalu,
    eu muito me identifiquei com esse seu post, os mesmos sentimentos e (não)sentimentos. a sensação de ser inapta esteve em mim todo o tempo e ainda está, o último baque que eu sofri foi quando me disseram mesmo que veladamente que eu estava inapta para o meu trabalho, que eu amo e sempre achei fazer bem, isso me esmigalhou.
    nem sei porque estou escrevendo tudo isso, talvez seja transferência pela identificação mesmo. Desculpe-me.
    Abraço,
    Verônica

  2. Simplesmente amei seu blog também!!
    Poxa vida, quanta coisa em comum mesmo! Se procurarmos mais com certeza encontraremos mais coincidências, legal isso…
    Olha, eu também estive minha vida toda pós adolescencia lutando contra a balança, e assim como vc, num dado momento foi como se tivesse dado um estalo e me dei conta de que dessa vez seria diferente, que eu teria finalmente peito para ir até o fim da forma correta,pelo caminho mais longo porém definitivo. Chega de atalhos…. Dessa vez é pra valer!!
    Bjos, vou passar sempre por aqui, gostei demais! E boa sorte e muita perseverança para nós!

  3. Nalu amada, adorei mais este post seu. Estou ensaiando pra escrever um post sobre “normalidade e adaptação” há tempos. Mas por outros motivos, um pouco inspirado no seu post sobre “sermos idiotas”, e um pouco pra refletir em como quero passar isso pra minha filha.
    mas isso tudo vou escrever num post. O que eu queria te dizer mesmo, é que há algum tempo desisti de me adaptar. Faço algumas concessões, pra enfrentar ambientes que não me pertencem, mas não quero mais me adaptar, ser igual.
    meu problema com peso é, entre outras coisas poder usar roupas bonitas ´(99% só fica bem em corpos minimamente magros), a questão profissional, já que o mercado de trabalho também tem preconceitos, e pela minha saúde mesmo, já que quero ter outro filho e esse aspecto é super importante pra ter uma gravidez tranquila…
    Falei uma bíblia, pra variar, desculpe. Me empolgo com seus posts…
    beijos

  4. Ei Nalu!
    Acho o VP uma proposta excelente! Muito interessante mesmo. Siga em frente que vai dar tudo certo!
    Beijos!

  5. Nalu, eu vivo o seu contrário mas por favor, não pense nem por um segundo que estou contando uma vantagem.Estou numa luta pra engordar, não gosto de comer, não como por prazer.Na minha idade não dá pra ser tão palito quanto eu estou desde o “evento”.Não quero mais tomar remédio como já fiz tantas vezes .Hoje, quando me obriguei a almoçar, me senti como aqueles gansos alimentados a força pra se fazer o foie gras.

  6. Oi Nalu…
    a cinesiologia é fascinante! To me conhecendo aos poucos e queria entender melhor como funciona… vc saberia me explicar? =D
    Fiz apenas uma consulta, tenho mais 4 pela frente… a coisa estava feia! Tenho que consertar…
    Hoje já notei muitas diferenças… realmente adorei!
    Beijos

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