a brincadeira dos filmes

Meu marido me convidou para uma brincadeira (a palavra meme me dá gastura…). Eu tenho que escolher alguns filmes com alguma coisa em comum e falar sobre eles. Dai eu escolhi três filmes que tem uma temática que eu adoro. Todos os três filmes são bem marromenos, um (acho que os 3!) ainda é um filme de adolescente, mas a temática me encanta e a verdade é que eu gosto de filme ruim (também).

O que eles têm em comum é o fato de que os personagens principais se encontram consigo mesmo em outras fases de suas vidas e observam o rumo que tomou suas vidas e como isso aconteceu.

Esse tema mexe muito comigo. Porque eu (e a torcida do flamengo) sempre penso nesse grande E SE? que é a vida da gente…

Neles eu penso sobre o imponderável e em como as coisas dão onde dão. Nada mais nada menos que naquele velho lance de tentar organizar o caos, de tentar dar um sentido. Pois a busca de sentido é onipresente no ser humano né? Eu não sei de nada, mas eu (e a torcida do atlético) tenho um certo horror de pensar que as coisas não têm sentido. Eu não posso saber se tem sentido, NUNCA vai acontecer essa sapiência. Então eu tenho que fantasiar e prefiro sempre, mas sempre e eternamente as soluções mágicas.

Então no meu imaginário eu não dou espaço pra coincidencias. Pode ter sido só coincidência? Pode ter acontecido de não ter nada mágico por trás? Pode, pode sim, mas como eu não vou saber (as certezas são algo muito afastado da minha vida), então eu prefiro acreditar fantasiar que o sentido é o mais mágico possí­vel. Aliás, que a magia é o sentido. Por isso eu acredito em várias coisas. Foi a ação do acaso, de uma confluência lógica de coisas com alguma explicação simétrica, mas chata, ou foi algo mágico, maravilhoso? Foi obra do divino, do transcendente? Se não há certeza eu faço a opção pelo mágico.

Minha blogueira favorita, num comentário de um outro blog legal disse que religião é ética for dummies. Sim eu entendo o que ela quis dizer. E de algum modo acho que ela tem razão, enquanto a religião pode servir de fonte de interditos e de normatizadora e blá blá blá blá blá e várias outras coisinhas. Mas a minha praia é um pouco outra. Eu mantive a religiosidade (de um modo bem esquizofrênico, eu sei) na minha vida por vários motivos, incontroláveis e inconscientes e conscientes e controláveis.

E dos motivos que eu posso nomear, há essa necessidade do mágico, do brilhante. E também uma certa inclinação pela beleza, pois é mais bonito visualmente pensar em algo como “o que está em cima é como o que está embaixo“, na influência das estrelas e dos céus na minha trajetória do que achar que não há nada, que há um vazio. Pois esse vazio eu prefiro encher de estrelas. De magia. De orixás e mantras e terços e de acasos lindamente conspiradores.

Eu ainda sou a menina esperando a mamãe contar mais um conto de fadas.

Talvez Sempre esses pensamentos mágicos me alivia(e)m um pouco. Eu sei que gosto muito de pensar que há magia. (Acho que também não é de se desprezar a força – real – dos árquétipos, do inconsciente coletivo e isso é muito religioso. E outros 500 tb)

Por isso a temática desses filmes me fascina tanto. Apesar de serem filmes que nada tem a ver com religiosidade nem religião.

Os três falam do reencontro da pessoa consigo mesma numa época diferente da vida…Esse tema me atrai porque mostra a fragilidade absoluta das nossas escolhas. Uma grande e antiga amiga minha falava o seguinte: “Eu chego da faculdade tarde da noite, e tenho que passar por alguns lugares perigosos, então eu corro, corro, morrendo de medo de topar com algum ladrão, algum mau elemento. Mas e se justamente a minha pressa me fizer cruzar com ele? Justamente os segundos que eu economizei serem os que me levarão ao que eu mais temia?”

Esse é o imponderável que me atrai os olhos. Eu fico como criança em vitrine de brinquedos.

O primeiro e melhor deles é o Dona da História. (trailer acima)

Que delí­cia poder ver os caminhos que você percorreria caso suas escolhas fossem outras heim?

 
 

O outro é Duas vidas, sinopse aqui

 

E o terceiro, bem infantil é De repente 30

 
Eu me diverti muito com eles todos. Me tocaram nesse calcanhar que eu tenho tão exposto. E podem assistir.
 
O Zero Zen tem uma crí­tica muito legal sobre o Duas Vidas. Detonando, é claro, mas muito divertida e muito pertinente. (palavra pomposa essa).
 
Aproveito e passo a brincadeira, se elas quiserem, para a Meg, para a Alena, para a , para a Chris.
 

5 comentários em “a brincadeira dos filmes”

  1. Oi Nalu, eu não acho o Duas vidas bobo. Acho até muito serio. Quem sabe sou eu é que sou boba? Tomara… cansei de ser séria,. ahahahahahahahahahaha. Mas adorei este filme e mexeu super comigo.Beijo e beijo na sua mãe.

  2. Ai, Nalu, eu adorei os três filmes, sabia? Rsrsrsrs
    Principalmente o “De Repente, 30”, com a fofíssima Jennifer Garner. Eu até escreveria à respeito dele, mas o tempo aqui tá cuRto, então vou deixar para o meu post!
    Beijos pra você e para sua mommy!

  3. O auto-questionamentoAcho é fundamental para melhorarmos como pessoa e os 3 filmes, embora de forma diferente, abordam bem este ponto. Adorei o post.
    Beijos

  4. Nalu, sabe que não vi nenhum dos tres? Gente, que vergonha! Ando tão desatualizada de filmes…minha vida está uma correria a praticamente dois anos!hohohoho…mas aproveito para ir pegando as dicas com vcs…Assim que tiver uma “folga” e pequerrucha permitir, alugo todos!
    Bjkas

  5. Nalu, respondi. A Dani já tinha me desafiado.
    Adorei o tema. Dona da História eu vi no teatro e amei. Aliás, concordo com você, esse tema é mesmo fascinante.
    Nessa mesma linha, lembrei de mais três: o alemão Corra Lola Corra (que é muito bom) e os hollywodianos Memórias de uma mente sem lembranças, e Efeito Borboleta. Os dois últimos são mais bobinhos, mas também gostei. Bjs

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