Maio foi corrido, e normalmente estranho. Passou voando.
No começo do século XX, os alarmes sobre “superpopulação” refletiam, em última instância, a inadequação cada vez mais evidente da indústria de remoção e reciclagem do lixo em sua forma ortodoxa, inaugurada no princípio da era moderna e refinada no curso da história desse período. Acima de tudo, refletiam a impossibilidade da tarefa, nunca antes confrontada, de fornecer soluções globais para problemas produzidos localmente. O “problema”, ou seja, a redundância humana, é agora produzido em termos globais, e não no âmbito local; todas ou quase todas as terras do planeta caem hoje na categoria de produtoras de redundância pura e anseiam por exportar seu excesso populacional, embora nenhuma delas, ou quase nenhuma, seja capaz de absorver ou possa ser forçada a admitir os excessos populacionais produzidos em outros lugares. Em nossa era caracterizada por uma facilidade de viajar sem precedentes e por uma inédita mobilidade, os excedentes populacionais são fixados aos lugares em que são produzidos, os quais se mostram incapazes de acomodá-los – e as gangues especializadas no contrabando de pessoas são sua única chance de apelar contra o veredicto do destino.
Como observou Milan Kundera, o único significado até agora da unificação da humanidade é que não há para onde fugir.
(Do livro Isto não é um diário, Zigmunt Bauman)
Recheios
- Pizza Sur e cinema com Akio
- Clube do Livro
- Cervejada com Rada, Karina e Humberto
- Centro Zanmi
- Começo da Reforma
- Aniversário
Livros
- Madrugada Suja
- A Idade Decisiva
- Acabadora
- Isto Não É Um Diário
Filmes
- Cake
- Não Me Esqueça (documentário)
- Esse Viver Ninguém Me Tira (documentário)
- Simone de Beauvoir (documentário)
Séries
- O Desafio (3ª Temporada)
- Mad Man (1ª e 2ª Temporadas)
Não teve arte completa.
Não teve comida, porque maio foi o mês inteiro sem cozinha, sem fogão, sem geladeira.