Adorei esse livro, adorei! Nossa, foi um daqueles livros que me deu vontade que não terminasse. Que surpreendeu, que achei diferente, que me emocionou… Fiquei com muita vontade de elr mais cosias desse autor, principalmente o livro novo dele, Galveias. Também foi lido por causa da lista dos contemporâneos, mas principalmente porque eu já tinha comprado ele físico (esses dias saiu o ebook) e estava aqui me esperando pra ser lido já fazia algum tempo. O final dele é muito massa. Eu fiquei com impressão de que todo mundo que tem vontade de escrever “deveria” ler esse livro.
O escritor português José Luís Peixoto recria neste romance o sabor das grandes narrativas de formação. A vida de Ilídio, o protagonista, é o relato de uma perseguição que começa no dia traumático em que a mãe o abandonou na infância, avançando através de seu amor pela delicada Adelaide.
Determinada a afastar os jovens amantes, a tia de Adelaide a obriga a emigrar para Paris, seguindo o caminho que fizeram mais de um milhão de portugueses entre os anos 1960 e 1970. De Ilídio, Adelaide carrega só um livro, que recebeu de presente – o mesmo livro que a mãe lhe entregou quando era menino, dizendo que voltava logo.
Na França, a existência de Adelaide é um esforço contínuo para preencher vazios. Mais por infelicidade do que por felicidade, casa-se. Também um livro a conduz a esse marido que parece mais apaixonado pela política do que pela mulher.
O sonho de um reencontro é tortuoso. Mas Ilídio resolve viajar para a França em busca da amada, deixando para trás o pedreiro Josué, o homem que o criou. Cartas que não chegam aos destinatários, buscas que não se completam e amores difíceis trançam este delicado romance, no qual a dor se afirma como primeira condição do existir.