não posso nem imaginar

Alguns dias atrás eu estava no meio de um pensamento, quando uma idéia me surgiu, a idéia de eu me imaginar, mas imaginar mesmo, magra. E eu que fazem exatos 3 anos estou lutando muito pra emagrecer e – ironia das ironias – engordei e não foi pouco, percebi que na verdade nunca tinha me imaginado realmente magra.

Realmente mesmo. Que essa idéia na verdade me assusta e muito. Não sei porque, não vem ao caso, eu não consigo mais fazer esforço para descobrir o porque. Mas foi uma constatação que me assustou bastante. Porque depois de três anos devorando livros e auto conhecimento, dissecando os caminhos do meu cérebro no que diz respeito a engordar, eu achava que não houvesse ainda um recanto tão óbvio escondido. Mas tem. Eu quase entrei em pânico quando comecei a me forçar a imaginar como seria a vida comigo magra. Não foi no sentido de visualização, no sentido do qi, de formar uma imagem mental não, nada disso.

Foi mais no sentido de imaginar quem eu seria magra de novo. Isso me assustou muito, de uma maneira que eu não achava possí­vel. O fato é que eu fugi da imagem de magra. Foi quase como se eu estivesse cometendo um sacrilégio, um pecado, um crime ao imaginar a minha vida comigo magra. E isso foi surpreendente. E eu fiquei curiosa pra saber quem eu seria magra de novo? Eu realmente e conscientemente tenho medo de algumas coisas nessa brincadeira, tenho medo de que aconteçam algumas coisas se eu ficar magra, mas eu sempre que pensava nisso achava que os prós eram maiores. Mas meu inconsciente, subconsciente ou seja lá como se chama essa parte de mim, me avisou que não, que algo em mim ainda acha que os prós são menores. Que ainda foge apavorado com a simples idéia de me ver magra.

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