tempo que passa

há cinco anos atrás eu era magra, bonita, acadêmica, solteira, socióloga, baladeira, viajava muito, não queria casar nem ter filhos, fumava, bebia, acampava, pegava carona, virava noites. minha vida era noturna e eu era bem mais desbocada. bem mais faladeira. bem mais antenada e tinha muito mais contatos.

hoje eu sou gorda, casada, funcionária pública, advogada, mãe. tem cinco anos que eu não faço uma viagem decente, balada nem te conto. meu sonho de consumo é dormir. e o mais engraçado é que tirando o gorda, todo o resto foi por opção. se é que na vida a gente tem mesmo alguma opção de alguma coisa.

só pra constar. e embora í s vezes eu tenha uma certa dificuldade pra me reconhecer. ah, e só pra não ficar estranho: não era melhor, não era pior. era diferente.

e parece que eu nasci há dez mil anos atrás.

6 comentários em “tempo que passa”

  1. Se vc nasceu ha cez mil anos atras, nao era de se esperar outra coisa, senao que tivesse em outro lugar.
    Disse bem: É diferente e vc pode fazer as escolhas que quiser; voltar a ser magra, bonita já é, voltou a estudar, casada quer ficar, o filho sempre terá e até pensa em outro( ha poucos dias atras falou…), que bom que parou de fumar, beber as vezes é muito bom,viajar é necessario planos.
    Bem, passado o cansaço deste trabalho que não se mescla com prazer, quem sabe vc não vê algo além de querer dormir. Porque dormir é diferente de sonhar.
    Saudades.Gosto muito de vc.
    E viva o humor.Porque pra viver, precisamos dele. E MUITO!
    Estou de volta.
    Quase boa.

  2. Pipida, que bom que você voltou! E que está 100% outra vez. Nem me fala em precisar de humor pra viver. Sem ele nada feito né? E o cansaço ainda não passou não hahahaha. Um dia ele passa. E gostei da frase se você nasceu há centos anos atrás, tinha que estar em outro lugar. Tinha mesmo. Ainda mais depois das nossas conversas rs. Beijo.

  3. Nalu, obrigada pela sua visita lá no Terra Temperamental. Adorei e pode ler Tête-è-Tête que você vai adorar. Eu não conhecia seu espaço, adorei. Li os posts recentes e fiquei fazendo os testes que você indica no egotrip ahaha. Acho que todas passamos por fases em que temos dificuldades em nos reconhecer, né? Mas achei legal o que você escreveu, não significa que as coisas estão melhores ou piores, elas apenas ficaram diferentes e… elas podem ficar diferentes de novo. Abraço, vou visitá-la mais vezes e acompanhar o processo. Lou. P.S.: eu também, como seus pais, já pensei em dar o nome de Nalu se eu tivesse uma filha, mas porque eu tenho uma grande grande amiga com este nome.


  4. Lou, seja bem vinda! Que legal você conhecer uma Nalu. Pessoalmente eu não conheço nenhuma. Obrigada pela visita, volte sempre. Tête-a-Tête está na minha lista de desejos e na lista de próximos a ler. Mas nossa, como tem coisa pra se ler nessa vida não é? Abração.

  5. Então Alena, as escolhas, sempre elas, né? Escolhemos pra não ficar presas e ocasionalmente acabamos presas das escolhas..C’est la vie!!!!

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