silêncio é natal

Hay, en la espera,
un rumor a lila rompiéndose.
Y hay, cuando viene el dí­a,
una partición del sol en pequeños soles negros.
Y cuando es de noche, siempre,
una tribu de palabras mutiladas
busca asilo en mi garganta,

para que no canten ellos,
los funestos, los dueños del silencio.

Alejandra Pizarnik

Los trabajos y las noches, en Obras completas. Poesí­a y Prosas

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Eu sinto falta da amiga. Muita falta, nesses dias. Sinto falta de alguém com quem conversar por horas ao telefone, de poder falar de tudo e mais um pouco. De conversar, conversar. Eu elaboro as coisas falando. Saudades da intimidade conquistada ao longo de tantos anos. Mas isso é idealizar, nos últimos tempo s eu não tinha esse ouvido. Eu tenho uma capacidade espantosa de esquecer as coisas ruins que vivi com as pessoas. E eu me sinto só. Meus melhores amigos também estão assim. Ele, também casado, pai, não tem tempo e tem muita coisa pra administrar. Ela também dividida entre tragédias familiares, não tem condição, nem mí­nima. E outros amigos não são amigos de conversar horas a fio… E esse silêncio dói. E tem muita coisa aqui dentro pra ser dita.

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E ai vou buscar por Alejandra, e o primeiro poema que sai é esse ai em cima. Sincrônico. Irônico.

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E fico inventando coisas, mexo em blogs que ninguém lê. Pra quê? Pra quê? Vontade de saber.

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Nossa, os livros salvam. A mim sempre, sempre salvaram. (Eu ia escrever salvaram e escrevi lavaram, que os livros sempre me lavaram…)

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Feliz Natal.

até 2009

“E não há melhor resposta que o espetáculo da vida:

vê-la desfiar seu fio, que também se chama vida,

ver a fábrica que ela mesma, teimosamente, se fabrica,

vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida;

mesmo quando é assim pequena a explosão, como a ocorrida;

mesmo quando é uma explosão como a de há pouco, franzina;

mesmo quando é a explosão de uma vida severina.”

João Cabral de Melo Neto

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Acho que estou realmente de férias! Meu corpo quer descanso, minha cabeça está longe, longe e eu quero distância da balança. Então acho que vou encerrar as atividades por aqui algum tempo, até ano que vem, mesmo que seja pra clarear as idéias.Pra recomeçar.

Se eu sentir necessidade, eu volto antes, com qualquer post ai. Mas hoje não sinto vontade de falar sobre nada relacionado ao emagrecimento. Estou curtindo outras paradas. E é férias, é fim de ano, é época de balanço mesmo. Vou me recolher pra fazer o meu balanço. Agora no finzinho descubro novos prazeres bem antigos, tenho que me render í  velhos fracassos. Mas não faltam planos, não falta esperança de que tudo seja bom. Então um pequeno hiato, boas festas pra todos, eu volto daqui a pouco.

Feliz 2009 para todos, que tenham ótimas festas. Muito, muito obrigada pela companhia. Muito obrigada pelos comentários, porque foram eles que me ajudaram, que me fizeram seguir com o blog. Espero vocês em 2009. Acho que até lá vou zerar esse blog, transferir tudo pra outro lugar e recomeçar do zero. Nada melhor que a possibilidade de fazer tudo diferente né?

o lado sombrio do prazer

Estou lendo um livro muito interessante, apesar do tí­tulo muito besta. É A Fórmula da Felicidade. Gostei particularmente deste trecho abaixo.

(Terminei de ler, acheio ótimo, o melhor livro desseassunto que eu li)

Tem tudo a ver com a questão do emgrecimento, principalmente se o excesso de peso é devido í  compulsão alimentar, como no meu caso.

Sobre o livro, veja aqui. Se quiser ler mais sobre o capí­tulo do qual eu extraí­ este trecho, leia aqui, O Lado Sombrio do Prazer.

(Apesar do tí­tulo, o livro é legal. Eu adoro livros que falam sobre o cérebro, especialmente sobre a felicidade e o cérebro. Tem muita coisa sendo publicada esses dias sobre o tema, que certamente não deixam de ter um quê de auto-ajuda. Mesmo assim, eu gosto deste tipo de livro.)

A ânsia descontrolada pelo prazer

Uma das conclusões mais irritantes dos estudos fisiológicos sobre o sentimento de gratificação é que as dependências quí­micas, não importa de que natureza, usam os mesmos mecanismos que no dia-a-dia são responsáveis pelo aprendizado e pela fruição normal do prazer, sendo, portanto, necessários a sobrevivência. Precisamente por isso, o estudo das dependências também mostra revelações importantes quanto í  atividade psí­quica de pessoas saudáveis. A dependência é um acidente na busca de todos nós por felicidade.

A evolução não programou nada para evitar que nos prejudicássemos dessa maneira, pois não podia prever essa circunstância que só ocorreria em um futuro distante. Há uma centena de milhões de anos, quando a maior parte dos nossos padrões de comportamento atuais foi estabelecida nos genes, não se podia imaginar que os humanos um belo dia consumiriam bebidas alcoólicas, construiriam cassinos e sintetizariam cocaí­na. Há apenas dez gerações, na época em que a fome era um flagelo freqí¼ente em muitos paí­ses, não se tinha idéia de que a agricultura altamente mecanizada viria a ampliar a oferta de alimentos de tal forma que a obesidade se tornaria um grave problema de saúde pública.

A dependência, portanto, pode ser compreendida como um desejo que escapou do controle. Podemos relacionar até mesmo os sete pecados capitais a um excesso da nossa aspiração natural pela felicidade. Orgulho é amor-próprio em altas doses, avareza é parcimônia excessiva e inveja é um exagero da nossa tendência natural de buscar nas outras pessoas um ponto de comparação. A gula surge sempre que o organismo não responde í  ingestão de alimentos com a sensação de saciedade. A luxúria nos domina quando não encontramos no sexo uma satisfação plena, o que nos faz querer sempre mais. A ira e a agressividade descontrolada, não submetida í  razão. A preguiça é o estado em que ficamos quando, depois de um relaxamento saudável, não conseguimos recuperar o ritmo e a motivação naturais. As drogas funcionam exatamente como as fatí­dicas alavancas nos salões de jogos e nas gaiolas dos ratos, aumentando a quantidade de dopamina no cérebro. Sob efeito do álcool, o ní­vel dessa substância praticamente dobra; e com nicotina e cocaí­na, até mesmo triplica, como constatou o toxicólogo italiano Gaetano Di Chiara. Como a dopamina desperta e intensifica a atenção, depois de fumarmos um cigarro nos sentimos agradavelmente estimulados para o trabalho. Duas taças de vinho nos enchem de otimismo.

Todas as dependências quí­micas, portanto, estão baseadas no mesmo mecanismo, e as drogas apenas se diferenciam pela maneira como o ativam. A nicotina libera dopamina de forma mais direta, com a ativação dos neurônios correspondentes. O álcool, a heroí­na e a morfina aumentam o ní­vel desse neurotransmissor por via indireta, pois inibem os neurônios que normalmente contrapõem ao circuito de expectativa. A cocaí­na, por sua vez, evita a reabsorção normal da dopamina pelas membranas celulares, conseguindo assim que essa substância circule por mais tempo no cérebro. Quem consome o “pó branco” vivencia um estado parecido com aquele em que se encontrava Leonard, o paciente de Oliver Sacks, sob o efeito do medicamento L-Dopa, que o fazia sentir-se todo-poderoso.

Em última análise, o que importa é saber o caminho pelo qual um ní­vel mais alto de dopamina será obtido. É necessário que essa situação aconteça, pois ela estabelece no cérebro uma associação quase indissolúvel entre a droga e a ânsia de consumi-la. Ao reconhecer um cigarro, o cérebro de um fumante aciona imediatamente o comando “acender”. O estí­mulo “garrafa”, por sua vez, desencadeia o desejo de beber. Basta a visão de uma seringa para que o aviso do desejo surja no cérebro de um dependente de heroí­na, como mostraram análises com o tomógrafo de emissão de pósitrons. É dessa maneira que a nicotina, o álcool e a cocaí­na penetram nas estruturas cerebrais responsáveis pelas sensações de prazer: como os guerreiros gregos escondidos no cavalo de Tróia. Em outras palavras, o cérebro de quem tem uma dependência é como uma cidade conquistada.

Clique aqui para ler mais.

A Jornada Mí­tica de Cada Um

A JORNADA MíTICA DE CADA UM

Sam Keen e Anne Valley-Fox
* Editora: Cultrix
* Autor: VALLEY FOX & KEEN
* ISBN: 8531602165
* Origem: Nacional
* Ano: 1991
* Edição: 1
* Número de páginas: 210
* Acabamento: Brochura
* Formato: Médio
Num sentido estrito, a palavra mito se aplica a um intrincado conjunto de histórias, rituais, ritos e costumes ligados entre si que informam e dão significado e senso de direção básicos a uma pessoa, famí­lia, comunidade ou cultura.
Os que não se lembram da história estão condenados a repeti-la. Se não fizermos um esforço para, gradativamente, irmos tomando consciência de nossos mitos pessoais, acabaremos dominados pelo que os psicólogos diferentemente denominam de compulsão repetitiva, complexos autônomos, engramas, rotinas, enredos, jogos. Quem é autor da própria história confere autoridade í s suas ações. Adquirimos autoridade e poder pessoal na medida em que questionamos o mito mantido pelas autoridades e criamos um mito pessoal que nos ilumine através da nossa verdadeira forma.
Você sabe que mito está vivendo?
Para manter nossa vibração ao longo de toda a existência temos de estar sempre nos inventando, compondo temas novos para nossas narrativas de vida, lembrando-nos do passado no presente, visionando o futuro e dando de novo legitimidade ao mito pelo qual vivemos.
A Jornada Mí­tica de Cada Um oferece ao seu leitor os meios adequados para detectar seus mitos pessoais, escrevê-los e contá-los a outros. Este livro inclui ainda inúmeros exercí­cios, acompanhados de exemplos de histórias pessoais e citações inspiradas que visam estimular a jornada de cada um para o centro de seus objetivos, abrindo as portas de um universo de autodescobertas e significados.

imperatriz

Segunda de manhã. Belo dia pra lembrar. De tudo que eu tenho escrito por aqui.

E me lembrei de repente, bem de repente, que até aqui eu abri mão de muitos alguns sonhos pra agradar aos outros. Zotros que nem tão importantes assim na minha vida eram, são, foram. Por exemplo, eu sempre quis fazer um curso de leitura corporal. E alguém que eu admiro disse que era besteira, que não era legal e blábláblá. Mas mesmo assim eu queria! Mas não fiz, também pra não ficar diminuí­da aos olhos dessa pessoa. Tamanha bobagem.

Eu engoli a vontade e vai ver até engordei uns quilos por isso. Eu deveria ter ido ver com meus olhos que era uma coisa boa. Ou não. Engolir sonhos por causa de algo tão bobo deve engordar bastante.

Outra coisa: eu acho que sou boa ouvinte, sempre quis ajudar os outros ouvindo. Mas não fiz um curso de psicanálise pelos mesmos motivos que não fiz um curso de leitura corporal.

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Acho que descobri um pouco que preciso ouvir e ajudar os outros como missão. Eu vou seguir fazendo alguns cursos pra isso, quero atender pessoas, quero poder sentar em algumas tardes e ouvir os outros. Não vai ser agora, vou seguir me preparando, preciso alugar uma sala, me aperfeiçoar mais.

Já tenho alguns instrumentos bons que são a astrologia, o Tarô, e outras esoterices. Isso ajuda e é um bom motivo pra ouvir. E eu sempre acho que as pessoas precisam muito serem ouvidas. Então ano que vem acho que mais uma meta é essa, vou alugar uma sala e começar a atender. Como hobby (porque isso pra mim vai ser sempre um bom hobby, profissão eu já tenho), e pra ajudar, pra ouvir as pessoas e com certeza me ajudar também, pois me sentindo bem e fazendo o que gosto eu me ajudo.

Essa lição eu aprendi estou aprendendo, preciso ir ver se as coisas são boas por minha conta, preciso deixar de fazer ou não fazer as coisas só por medo de não agradar os outros.

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E falando em tarô, resolvi tirar uma carta on line pra me ajudar a refletir um pouco sobre essa questão de alugar uma sala, começar a ouvir os outros. Saiu essa. Muito apropriada, e indica que eu estou no caminho certo. Gostei muito.

A IMPERATRIZ

Este arcano revela que tudo está em seu devido tempo e lugar. Não queira o impossí­vel: antecipar os acontecimentos! A questão solicitada está em desenvolvimento e é plenamente possí­vel realizá-la; a alegria e o prazer é uma constante na pergunta. Acredite em si e continue com seus planos que tudo sairá a contento. Este arcano sugere que existe absoluta convicção para o sucesso, seja crescendo ou permanecendo, pois um dos principais aspectos deste momento é a natureza da preservação e da irreversibilidade; porém, essa capacidade gera a dissimulação para manter o seu projeto de vida e a estrutura escolhida. Preste atenção! Todos os caminhos estarão abertos, e você deve continuar nos investimentos pessoais, pois há uma enorme força evolutiva a favor dos acontecimentos desejados. Podemos extrair uma reflexão para você: “Uma vida feliz dependerá exclusivamente de nossos planos, ações, interesses e pontos de vista em comum”.


Tarólogo e astrólogo Nei Naiff – 2001. Texto autorizado somente para a Revista Planeta na Web, proibida reprodução comercial sem consentimento do autor.

Fonte: http://www.terra.com.br/planetanaweb/produtos/novo_taro/index.htm

labirinto

… É preciso escolher seu caminho entre os muitos caminhos.

(Sri Aurobindo, Savitri, VI:1)

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Minha alimentação está(va) saindo perigosamente do controle. Estes dias estava indo depressinha, depressinha rumo í  uma depressão ferrada. Sexta feira eu estava péssima, péssima, muito mal estava tudo muito ruim. Mas ajudada por uma amiga super querida, apareceu uma bruxa no meu caminho. Uma bruxa super do bem. E lá fui eu fazer shiatsu com ela. A sessão durou 3 horas! Porque conversamos tudo que podí­amos, falamos sobre muita, muita coisa, trocamos esoterices sem fim, de bruxa pra bruxa e ela me fez uma massagem maravilhosa, colocou algumas agulhas de acupuntura em mim e eu sai de lá bem mais contente.

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Na verdade estes dias todos eu tenho pensado muito no meu chamado, na minha jornada, na minha missão na vida. E ter assistido na mesma semana dois filmes emblemáticos neste sentido(vou falar deles depois) me fizeram pensar muito nisso, esse assunto voltou com força total, inclusive em sonhos mirabolantes e cheios de indicações.

Além disso conversei muito isso com a bruxa, que tem uma história de vida fascinante. Vou falar bastante disso que tenho pensado ainda, inclusive ia falar aqui neste post mesmo, mas merece mais reflexão, quero elaborar mais. Sobre essa jornada, sobre tudo que isso envolve. E claro, como o emagrecimento tem a ver com isso.

E também vim aqui escrever para cumprir a meta de vir sempre, pra não perder o foco de vez, que já tá fugindo, já estou desviada bons quilômetros do caminho! E amanhã já vou retomar o controle, tentar domar a compulsão que está ferrenha estes dias, no meu encalço. Encalço nada, já me pegou, mas eu vou fugir dela. Ou chamar ela pra tomar um chá. Chá verde, obviamente.

problemas no acesso ao blog

levezalogopMudei o template e tirei o livro ai da barra lateral e do post que estava pra ver se melhora o acesso ao blog.  A Ge, por exemplo, disse que não estava conseguindo entrar aqui, espero que melhore. Porque embora eu tenha pouquinhos leitores e comentaristas, os que eu tenho são da melhor qualidade, todo mundo que comenta aqui eu adoro os blogs e os comentários. E fico triste se alguém não consegue acessar. Este tema ainda é provisório, vou fazendo mudanças aos poucos pra ver se fica mais leve de acessar. E assim que passar ao próximo ano, eu volto com o template de antes. Se alguém notar algum problema, por favor, podem me avisar?

Enquanto isso, podem ficar í  vontade pra fuçar por ai, viu?

o lado sombrio do prazer

Estou lendo um livro muito interessante, apesar do tí­tulo muito besta. É A Fórmula da Felicidade. Gostei particularmente deste trecho abaixo.

Tem tudo a ver com a questão do emgrecimento, principalmente se o excesso de peso é devido í  compulsão alimentar, como no meu caso.

Sobre o livro, veja aqui. Se quiser ler mais sobre o capí­tulo do qual eu extraí­ este trecho, leia aqui, O Lado Sombrio do Prazer.

(Apesar do tí­tulo, o livro é legal. Eu adoro livros que falam sobre o cérebro, especialmente sobre a felicidade e o cérebro. Tem muita coisa sendo publicada esses dias sobre o tema, que certamente não deixam de ter um quê de auto-ajuda. Mesmo assim, eu gosto deste tipo de livro.)

A ânsia descontrolada pelo prazer

Uma das conclusões mais irritantes dos estudos fisiológicos sobre o sentimento de gratificação é que as dependências quí­micas, não importa de que natureza, usam os mesmos mecanismos que no dia-a-dia são responsáveis pelo aprendizado e pela fruição normal do prazer, sendo, portanto, necessários a sobrevivência. Precisamente por isso, o estudo das dependências também mostra revelações importantes quanto í  atividade psí­quica de pessoas saudáveis. A dependência é um acidente na busca de todos nós por felicidade.

A evolução não programou nada para evitar que nos prejudicássemos dessa maneira, pois não podia prever essa circunstância que só ocorreria em um futuro distante. Há uma centena de milhões de anos, quando a maior parte dos nossos padrões de comportamento atuais foi estabelecida nos genes, não se podia imaginar que os humanos um belo dia consumiriam bebidas alcoólicas, construiriam cassinos e sintetizariam cocaí­na. Há apenas dez gerações, na época em que a fome era um flagelo freqí¼ente em muitos paí­ses, não se tinha idéia de que a agricultura altamente mecanizada viria a ampliar a oferta de alimentos de tal forma que a obesidade se tornaria um grave problema de saúde pública.

A dependência, portanto, pode ser compreendida como um desejo que escapou do controle. Podemos relacionar até mesmo os sete pecados capitais a um excesso da nossa aspiração natural pela felicidade. Orgulho é amor-próprio em altas doses, avareza é parcimônia excessiva e inveja é um exagero da nossa tendência natural de buscar nas outras pessoas um ponto de comparação. A gula surge sempre que o organismo não responde í  ingestão de alimentos com a sensação de saciedade. A luxúria nos domina quando não encontramos no sexo uma satisfação plena, o que nos faz querer sempre mais. A ira e a agressividade descontrolada, não submetida í  razão. A preguiça é o estado em que ficamos quando, depois de um relaxamento saudável, não conseguimos recuperar o ritmo e a motivação naturais. As drogas funcionam exatamente como as fatí­dicas alavancas nos salões de jogos e nas gaiolas dos ratos, aumentando a quantidade de dopamina no cérebro. Sob efeito do álcool, o ní­vel dessa substância praticamente dobra; e com nicotina e cocaí­na, até mesmo triplica, como constatou o toxicólogo italiano Gaetano Di Chiara. Como a dopamina desperta e intensifica a atenção, depois de fumarmos um cigarro nos sentimos agradavelmente estimulados para o trabalho. Duas taças de vinho nos enchem de otimismo.

Todas as dependências quí­micas, portanto, estão baseadas no mesmo mecanismo, e as drogas apenas se diferenciam pela maneira como o ativam. A nicotina libera dopamina de forma mais direta, com a ativação dos neurônios correspondentes. O álcool, a heroí­na e a morfina aumentam o ní­vel desse neurotransmissor por via indireta, pois inibem os neurônios que normalmente contrapõem ao circuito de expectativa. A cocaí­na, por sua vez, evita a reabsorção normal da dopamina pelas membranas celulares, conseguindo assim que essa substância circule por mais tempo no cérebro. Quem consome o “pó branco” vivencia um estado parecido com aquele em que se encontrava Leonard, o paciente de Oliver Sacks, sob o efeito do medicamento L-Dopa, que o fazia sentir-se todo-poderoso.

Em última análise, o que importa é saber o caminho pelo qual um ní­vel mais alto de dopamina será obtido. É necessário que essa situação aconteça, pois ela estabelece no cérebro uma associação quase indissolúvel entre a droga e a ânsia de consumi-la. Ao reconhecer um cigarro, o cérebro de um fumante aciona imediatamente o comando “acender”. O estí­mulo “garrafa”, por sua vez, desencadeia o desejo de beber. Basta a visão de uma seringa para que o aviso do desejo surja no cérebro de um dependente de heroí­na, como mostraram análises com o tomógrafo de emissão de pósitrons. É dessa maneira que a nicotina, o álcool e a cocaí­na penetram nas estruturas cerebrais responsáveis pelas sensações de prazer: como os guerreiros gregos escondidos no cavalo de Tróia. Em outras palavras, o cérebro de quem tem uma dependência é como uma cidade conquistada.

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números infames

“Um jovem monge perguntou ao Mestre:
– O que eu faço para me emancipar?
O Mestre respondeu:
– E quem o pôs no cativeiro?”

Ensinamentos Advaita

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301105-82_9.jpgComo eu estou de férias e bem ociosa, (pelo menos por hoje eu fiquei), resolvi fazer um balanço dos meus anos de blog. Dos meus novembros de blog, pelo menos. E encontrei uma excelente razão pra fechar este blog. Encontrei um imenso fracasso traduzido em números e os números nao mentem, né?

201106-91_6.jpgEncontrei um desejo grande de mudar. Mentira. Eu não encontrei esse desejo, eu encontrei o desejo de emagrecer. Muito desejo e pouca força interna. Muita falação e pouca ação. Muita racionalização e uma irracional espera de um milagre. Muito pseudo saber e pouca noção do perigo. Muita infantilidade escondida nos velhos números. Eles avançam, implacáveis e eu envelheço a cada minuto.

E penso em fechar, porque aqui só me distraio e não sei se quero emagrecer. Aliás emagrecer eu quero, mas ainda não quis pagar o preço.Que adiantou 4 anos de terapia se meu principal objetivo eu não consegui? Se o ano fecha meio amargo e gordo? Se tenho vontade de gritar xingamentos pra mim mesma? Do mais puro ódio? 101107_908p.jpg

Mas eu não vou fazer isso, eu vou continuar, porque eu quero vir aqui refletir, eu quero vir aqui resolver essa pendenga, do jeito que for, eu quero resolver. E vejam bem, esse é o último post reclamão. Os outros podem até não ter resultados, mas não vão ser reclamões mais, pelo menos por um longo tempo. 101208-95_7.jpgPreciso resolver o que fazer de mim mesma, ainda não sei. Enquanto isso fico arrumando espaço pra 2009 entrar mais leve. Porque eu realmente preciso de espaço na vida, mas não é no meu corpo. Ele tá muito espaçoso já e isso me lembra do significado número 26 do texto.

Que eu preciso ler. De novo.

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Clique nas fotos para ampliar o terror.

A Fórmula da Felicidade

FORMULA DA FELICIDADE, A
Autor: KLEIN, STEFAN
Editora: SEXTANTE
Assunto: CRENí‡AS-AUTO-AJUDA
ISBN: 8575421638
Tradutor: Kristina Michahelles
Ano: 2005
Número de Páginas: 255
Formato: 16 x 23
Editora: Sextante
Acabamento: Brochura
Idioma: Português

Será possí­vel pesquisar cientificamente a felicidade? As neurociências não apenas provam que sim como garantem: podemos aprender a ser felizes. O cérebro humano possui um sistema especí­fico para isso. Este livro apresenta as mais recentes descobertas realizadas nessa área graças í  moderna tecnologia do século XXI e ao trabalho de cientistas, médicos, fisiologistas, psicólogos e especialistas em comportamento. Considerado por Antonio Damasio “o mais importante escritor sobre neurociências da alemanha”, o cientista Stefan Klein traça um panorama surpreendente do que vem sendo revelado sobre a relação entre a felicidade e as funções do amor e do sexo, da amizade, do padrão econômico, da atividade fí­sica, da dependência quí­mica e dos medicamentos antidepressivos. Os resultados são orientações fundamentadas que podemos usar para alcançar nosso mais precioso sonho: uma vida feliz, com mais bem-estar, saúde e harmonia em nossos relacionamentos.