Uma vez que somos destinados a viver as nossas vidas na prisão das nossas mentes, o nosso dever é mobiliá-las bem
Peter ustinov
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Hoje eu resolvi começar mais um programa de emagrecimento. Bilionésima vez. Ops, mas eu dise que não ia mais contar. Só que são oito horas e dezesseis minutos e eu já esgotei a minha cota de alimentação. E estou mega, super, ultra estressada. Por conta de coisas graves acontecendo no trabalho. E olha, o meu trabalho é o grande responsável por eu ter engordado tanto esses anos. O meu trabalho não, claro, mas a forma como eu lido com ele. Tem dez anos que eu estou nesse trabalho, que é maravilhoso por um lado o trabalho dos sonhos em termos de horas trabalhadas/recompensa. Mas do ponto de vista emocional pode í s vezes ser massacrante. E eu não aprendi ainda a lidar com isso.
O processo é o seguinte: acontece alguma coisa ruim. Minha primeira reação é o stress, puro e simples, até porque algumas vezes eu realmente tenho a integridade física ameaçada. (A integridade emocional ameaçada é a rotina do meu trabalho, mas as vezes acontece de o físico estar em perigo também.)Então, sem que eu possa fazer nada, o gatilho do stress é disparado, e eu sinto que uma reação em cadeia toma conta do meu corpo, que chega a doer. Ai eu me lembro de anos e anos tentando controlar o stress, racionalmente, emocionalmente, com técnicas de relaxamento, com sermões auto-aplicados e etc. e tal e um tempo depois eu consigo não prolongar o stress. Mas aí já ferrou um pouco pelo menos. Claro que seria pior se eu não conseguisse nem mesmo controlar depois. Mas um dano no organismo faz. E é muito mais dificil controlar a fome, a gula ou o que seja nesse nivel. (Não, eu não estou me desculpando, eu sou adulta e não preciso disso, eu apenas estou narrando o que acontece comigo.)
E hoje, eu fiquei muito, mas muito estressada com algo no trabalho. Num ponto muito crônico, dificil mesmo de controlar. Até pq não foi só esse acontecimento. Ele foi o coroamento de um processo que eu vivi nesse semestre. Um processo ruim. E ai eu chegei em casa e não tinha nada pra comer, nada saudável. Daí fiz uma refeição que se encaixava na cota diária, mas que era calórica e nada saudável, por puro cansaço e esgotamento.
Ai descansei, mas o stress do dia, o ruminar e a expectativa de um plantão ininterrupto de 24 horas amanhã me fizeram implorar por uma compensação oral, por mastigar, ruminar alguma coisa. Eu queria um cigarro na verdade. Mas como tem alguns anos que eu parei de fumar, não podia e eu não ia dar essa pala, claro. Ai tinha biscoito polvilho. Que eu comi um tanto (eu não canso de dizer que essa comida é patética). Um tanto controlado, se comparado a outras vezes, mas que fez um estrago na minha cota.
E vejo como preciso aprender a lidar com isso, como estou engatinhando ainda nesse processo todo. Mesmo depois de tanto tempo nessa, mesmo depois de 3 anos de blog, mesmo depois de tudo, eu ainda sou uma retardada alimentar. Ou emocional, sei lá. Ainda bem, já dizia o poeta, que a esperança é um urubu pintado de verde.
P. S. Enquanto eu escrevia este post, meu pc queimou. Explodiu, escafedeu-se. Com direito a um cheiro insuportável de queimado que se alstrou pela casa e está grudado aqui. Ainda bem que eu estava escrevendo este post no google docs, que salvou automaticamente. Mas perdi o histórioco de uma vida inteira de nerd, aiaiaiai. Ainda bem que vão se os dedos e ficam os anéis.