ana e o tse

De como a Ana e o TSE vão me ajudar a emagrecer.

Ontem, num papo com as minhas amadas motherns, falávamos de auto-estima, de nossa satisfação ou não com o corpo. E certamente sobre como todas as mulheres da face da terra estão a cinco quilos da felicidade.

Eu pra variar, coloquei que não conseguia emagrecer, que não tinha força de vontade e coisa e tal. Coloquei que não me acostumo com tanta gordura que me deformou em tão pouco tempo coisa e tal.

E fiquei pensando na minha imensa e linda coleção de fracassos coloridos e de toda a numeração, variando de 67 a 96. E fiquei triste, de novo, pensando, nossa, eu sou um fracasso, não vou conseguir, e toda aquela ladainha enfadonha que já descrevi no post anterior.

Aí­, no meio da conversa, a Ana falou duas coisas que me tocaram. Uma delas foi a seguinte:

“Nalu,

Se eu pudesse nos dar um conselho (hohoho) seria o de esquecer totalmente que a gente tá nesse barco há algum tempo. Seria o de começar a comer como se hoje fosse o primeiro dia das nossas vidas. Nascemos hoje, adultas, comendo já, mas hoje estamos começando um novo caminho. Seria o de esquecer todas as jacas anteriores, todas as vezes que não deu certo. Porque assim a gente não ia começar se desacreditando, né?? E se a gente já começa se desacreditando, já está perdendo a batalha…”

E né, é isso mesmo, adianta ficar pensando nos fracassos? Eu tenho muitos e a cada dia pelo que vejo, aparece mais um, ontem mesmo eu não consegui completar o dia direitinho. e não vou usart a desculpa de que estava de plantão. Com um pouco de planejamento eu poderia ter driblado o fato. Quer dizer, eu escorrego por nada e tenho motivos de sobra, mas de sobra mesmo pra me achar fracassada, pra ter certeza que não vou conseguir.

Mas esse raciocí­nio tem um problemão. Eu não posso fracassar, isto não está no script, é uma possibilidade com a qual eu não posso contar. Ou seja, risca ela aí­, porque não vai dar. Eu só posso mesmo acreditar e seguir em frente. Move on!

Então, eu tenho que levantar e seguir, não me resta outra opção. Daí­ decidi tentar seguir o conselho da Ana e tentar nascer de novo, hoje.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=glVwjLp2o9Y&hl=en&fs=1]

A outra coisa que ela falou foi sobre essa propaganda do TSE, mostrando como quatro anos é muito tempo quando as coisas estão dando erradas. Eu estou nessa por mais de quatro anos e sei muito bem do que se trata. Por isso decidi mais uma vez.

Vejam o ví­deo ai que é isso mesmo, a mulher do video sou euzinha.

Não, mais uma vez não, pela primeira vez que vai dar tudo certo. Resolvi ativar novamente a página de numerologia. Eu estava com muita, muita vergonha de mostrar esse peso horroroso, alarmante, detestável, mas é melhor encarar. Ai vai ter uma página de pesagem semanal. E não vou desistir agora. Dessa vez, a despeito das jacadas tem algo diferente, até as jacadas estão sendo devidamente anotadas, coisa que eu nunca fiz, sempre desistia ali pela segunda jaca. Eu tenho persistido por mais tempo que nunca.

Pois é, eu me aguardo novamente, que desta vez eu vivo pra contar.

calos cerebrais

Embora nossa mente busque desesperadamente a previsibilidade, acabamos por aprender que o mistério
é mais poderoso que qualquer certeza que lutemos para impor
.”

Deepak Chopra

=====

Ai eu já tava com todo um discurso pronto de “eu não tenho jeito mesmo, eu não consigo, eu sou terrí­vel, eu me odeio, eu não presto, sou uma gorda inútil” e tudo o mais. Isso pra não dizer o que eu realmente pensava, e ainda penso í s vezes, que é mais pesado que isso aí­. Já tava preparando a cama quente pra chorar.

Mas surpreendentemente me deu preguiça de fazer isso. Preguiça de sentar e chorar, de me lamentar. E principalmente, preguiça de desistir! E eu fiquei estupefata com isso sabem? Era um comportamento tão naturalizado em mim que não caberia margens de dúvida que ele iria acontecer. Ontem eu deslizei meio feio, mas sem sair dos pontos previstos. E foi feio, porque comi doce, o que seria muito mal pra mim, mas acabei levantando e simplesmente decidi não ferrar o resto do dia. E continuei, até anotando. E até meditando, vejam só quanto progresso…

E hoje já estava esperando um começo desanimado, meio assim sem fé em mim mesma. Mas me surpreendi e não estou com disposição de me achar uma fracassada, uma inútil. Isto é tão surpreendente no meu mundo, mas tão surpreendente que eu estou até com medo. Um medinho assim da felicidade, sabem, quando a história é boa demais? Ai aparece o seguinte pensamento: “mas que bobagem, ficar animada por causa de algumas horas de liberdade dos pensamentos destruidores?”

Mas isso é muita, muita coisa. Além de ser novidade, e das boas. Então é isso, preguiça de desistir. Bem dizia um conhecido meu que a maior força dessa vida é a inércia. Eu tanto tentei afastar esses pensamentos destrutivos que até já tinham criado calos no meu cérebro, que acabei conseguindo. E acabei estacionando nesse lugar mais confortável de persistir. Espero que isso dure. Porque eu tenho tanto trabalho a fazer nessa área que vou precisar mesmo de toda positividade que houver. Toc toc toc na madeira.

A figura aí­ é um página recente da agenda. Achei que era boa pra hoje.

katmandu

“A vida de amanhã está muito distante”

Martial

=====

í€s vezes parece que nada adianta. í€s vezes parece que vou me perder ou já me perdi no meio do caminho. E me pergunto o que faço aqui desperdiçando horas, dias, minutos de silêncio e sossego da mente e do corpo. í s vezes penso estar em meio a uma fantasia coletiva, as vezes penso estar dentro da Matrix, mas tendo cada vez mais vislumbres da real realidade. Mas sei que preciso fingir e fugir de algo pra estar aqui.

Sei que algo em mim é muito violentado quando eu tento ser alguém que não sou. Mas que preciso ser porque o que sou não pode funcionar direito neste mundo. E a culpa não é do mundo, não há que se falar em culpa, apenas as coisas são assim, estão assim, pouco importa, pois é a minha pele que sente.

E tudo é fake, muito fake e as minhas emoções acabam se tornando tais, fazer o quê?

=====

De volta pra Matrix: Eu fiquei assim meio desolada porque depois de tanto esforço eu me peso ontem e a balança acusa que eu ganhei peso? Como assim? Oi?

Duro de engolir, depois de tanta privação. Vontade de catar tudo e ir embora sozinha pra Katmandu, quem sabe não seria uma excelente idéia? Mas a verdade é que preciso encontrar Katmandu dentro de mim né? A Katmandu da Matrix.

Depois da decepção inicial eu parei e pensei que é assim mesmo, isso acontece í s vezes neste processo. Hoje de manhã ousei me pesar de novo e estava menos, mas ainda assim, mais.

O que seria um motor pra eu desistir antes, foi transformado apenas em um grande suspiro, de: “pois é, mais uma semana sem ganho de leveza, mas tudo bem, a porta ainda está aberta”. Sigo tentando, pois não. Espero ter cada vez menos vislumbres de realidade dentro desta matrix. Se é pra estar aqui que seja direito. (Como se fosse possí­vel, há!) Sentindo o gosto falso das coisas não sentidas. E escrevendo frases feitas.

E voilá, acabo chegando na saí­da. Beijos em tod@s.

nos meus tempos de criança

Eu fui uma criança pobre. E como muitas meninas da minha época, eu era apaixonada por artigos de papelaria, que em fins dos anos setenta, começo dos oitenta era caro e bastante escasso. Ainda mais que eu morava numa cidade do interior. Mas era tudo inacessí­vel e eu não tive quase nada dessas coisas.

Eu cresci, estou envelhecendo e a paixão não me deixou. E eu ainda amo qualquer coisa de papelaria, borracha com cheiro, canetas coloridas, adesivos super fofos, tudo. E tenho mais uma esquisitice que é ter mania de agenda. Eu tenho muitas agendas, já fiz agenda de uma página por dia toda manualmente (e ficou linda!). Daí­ que pra agenda magra foi um pulo. Agora que eu posso, me divirto com canetas, papéis, adesivos, tudo muito fofinho e bonitinho e quase.

Acho que é por isso que eu tenho blog. Quer coisa mais papelaria do que um blog de menina, como são os meus? Por isso adoro ficar mudando a cara (embora isso também já tenha enchido um pouco e eu esteja querendo sossegar nestes mesmo), enchendo de frufrus e tal, bem realizando os desejos daquela menina dos anos 70/80.

E eu resolvi ressuscitar a antiga agenda magra que ainda tem muitas páginas em branco, porque não ajeitei com outra. Eu sei que é algo infantil, mas quem disse que eu tenho obrigação de crescer?

E outro dia ganhei da Ana (Ana, eu nunca te agradeci né? Muito obrigada!) uma cestinha fofa, com jeito de criança. Aliás, não fui eu quem ganhou, foi o Tatá, mas ele gentilmente me cedeu. E resolvi colocar na cesta todo o meu material da agenda magra. E cara, como uma coisa tão boba pode servir de tanta terapia! Eu adoro a cestinha e adoro ficar ali recortando, colando, preenchendo com carimbos e canetas coloridas a danada da agenda. E coloco sempre pensamentos inspiradores, pra ver se algo entra nessa minha cabeça dura. Eu relaxo e me divirto. Então, essa aí­ é a cesta. Com um monte de coisas dentro, tudo pra brincar de encher agenda.

Aqui o que tem dentro da cesta:

1 Estojo com canetas e mais canetas coloridas
2 Saco com carimbos diversos e durex colorido e enfeitado
3 Máquina fotográfica velha, só pra fotografar pesagens e coisas do blog Leveza
4 Calculadora (pra calcular pontos e etc.
5. A famosa agenda magra
6. O livrinho (na verdade uma velha agenda) de anotar o que eu como. Essa também estava abandonada, mas resolvi retomar, porque, sei lá.
7 Livrinhos do VP
8 Adesivos coloridos
9 Livrinho de motivação (um deles).
Faltam ai tesoura e um saquinho com palavras, frases e etcs. recortados de revistas diversas. E a fita métrica.
E os carimbos (outra coisa que eu adoro, carimbos.) Aliás eu adoro tudo que tem a ver com o que é gráfico. Deve ser meu passado de monge copista hahahaha.
Post meio besta, mas é pra me lembrar que eu preciso manter o foco. Preciso estar atenta e não me distrair.

post inútil

imagem de http://artistamuvek.blogspot.com

Eu não quero que esse blog fique só com posts falando de dieta. Apesar de este ser o assunto que ocupa minha cabeça agora. Ocupa nada, mas tem que ocupar. Preciso me enfiar nessa assunto pra né, todo mundo já sabe.

Ai fico aqui na dúvida do que fazer, se ressuscito o Leveza do Ser, se não… Acho que é o melhor negócio, porque senão aqui só vai ter post disso. Eu fico dividida, porque tem gente que só lê aqui, tem gente que só lê lá, e eu perderia com certeza.

Mas acho que vai ser o jeito. Já tentei algumas outras coisas, como separar a categoria, como se fosse um blog novo, mas aí­ quem lê feeds não separa. Em compensação, tenho andado sem assunto pra esse blog. Ele sempre foi diarinho e minha vidinha diarinha agora é dietinha, daí­…

Vê-se que eu estou com muito tempo nesta vida pra ficar pesando numa coisa besta destas né?

=====

Bom decidi que vou ressuscitar o Leveza mesmo. Em breve, mas acho que vou zerar ele, passar todos os arquivos pra outro lugar e começar de novo. Vamos ver. Em fase testes.

Imagem do blog: http://artistamuvek.blogspot.com

A Arquitetura do Eu

ARQUITETURA DO EU, A
PSICOTERAPIA, MEDITAí‡íƒO E TREINOS PARA O CÉREBRO

Autor: MASCARO, LEONARDO
Editora: CAMPUS

Assunto: PSICOLOGIA
ISBN: 8535220690
ISBN-13: 9788535220698
Livro em português
Brochura | – 16 x 23 cm 1ª Edição – 2008 200 pág.
O objetivo deste livro é apresentar ao leitor uma abordagem absolutamente do trabalho terapêutico, baseada em treinos para a mente e para o cérebro – a Neuropsicoterapia. Criada e desenvolvida pelo psicólogo e Mestre em neurociências, Leonardo Mascaro, esta abordagem visa a facilitar a experiência de autoconhecimento, mudança e desenvolvimento pessoal.

=====

Livro todo lido.

É meio técnico demais, cansa um pouco. Mas tem coisas interessantes.

se eu pudesse elaborar

clique para ampliar

Continuando a desopilar o fí­gado, vamos lá, continuar a repetir, já que eu não posso recordar, pra quem sabe conseguir elaborar. E parar de repetir, né?

Porque eu quero emagrecer. Agora, eu digo. Na verdade, tem alguns anos que eu quero isso. Ou melhor, acho que sendo mulher nesta sociedade, desde sempre. Desde que se vaticinou que “uma mulher nunca está magra o suficiente“. Frase de nancy Reagan que acabou sendo um dos mantras do movimento Ana-Mia

Mas vamos dizer que esse “alguns anos”, que na verdade são 4, foram os anos em que isso acabou se tornando uma questão central pra mim (com tanta coisa legal pra ser a questão central da vida, eu fui arrumar logo esse!).

Eu quis, e sempre por motivos estéticos, nunca me preocupei de verdade com saúde, até porque estava gorda há pouco tempo e não achava que poderia fazer tanto estrago tão depressa.

Mas agora, veja só, eu quero mais do que tudo que posso querer, engravidar. Eu quero muito ter outros filhos e quero engravidar mais uma vez. Mas eu tenho 37 anos e 3 meses. O relógio tá batendo tictactictac. E eu estou com mais de 90 quilos. E tem meu histórico anterior de pré-eclampsia, de diabetes gestacional. E tem a situação da minha saúde agora, do meu fí­gado, da glicose e tudo mais. Então acho arriscado demais engravidar assim. Embora as vezes eu me sinta tentada a ignorar isso. Porque se eu fico tentando demais e não consigo heim? Não é a í  toa que quem pensa muito não faz. Mas se tivesse dependido de mim eu acho que já teria 3 filhos. Não tem nada que eu queira mais na vida agora. Mas acho que já falei isso.

E tem hora que eu queria chutar o balde, e tomar umas anfetaminas sim. Ai eu emagrecia rápido e pobrema resorvido. Mas né, para pobremas reais, não existem soluções imaginárias…

Mas pra minha sorte eu nunca tolerei mais do que uma semana de anfetamina. Ai eu não tenho muita alternativa. Mas pôxa, ta faltando força de vontade, a mardita.

Eu fico pensando, em que momento da vida a gente adquire força de vontade. Capacidade de renunciar ao principio do prazer (já falei disso aqui), que eu não tenho. Isso me intriga, eu penso em como é isso. Sera inato, será adquirido? Será que educar alguém pra isso adianta? Eu sou muito, muito hedonista, estou no paraí­so infantil das gratificações imediatas ainda. Mas a que preço? Ai como eu queria ter força de vontade!

Vou ali dar uma olhada nesse livro pra ver se encontro algo, porque minha cabeça já ta até fedendo de tanto pensar sem que eu consiga encontrar a resposta, sem que eu tenha passado ainda pelo ponto de viragem. Dá vontade de gritar, acorda!

se eu pudesse elaborar

Clique para ampliar eu grávida

Continuando a desopilar o fí­gado, vamos lá, continuar a repetir, já que eu não posso recordar, pra quem sabe conseguir elaborar. E parar de repetir, né?

Porque eu quero emagrecer. Agora, eu digo. Na verdade, tem alguns anos que eu quero isso. Ou melhor, acho que sendo mulher nesta sociedade, desde sempre. Desde que se vaticinou que “uma mulher nunca está magra o suficiente“. Frase de nancy Reagan que acabou sendo um dos mantras do movimento Ana-Mia

Mas vamos dizer que esse “alguns anos”, que na verdade são 4, foram os anos em que isso acabou se tornando uma questão central pra mim (com tanta coisa legal pra ser a questão central da vida, eu fui arrumar logo esse!).

Eu quis, e sempre por motivos estéticos, nunca me preocupei de verdade com saúde, até porque estava gorda há pouco tempo e não achava que poderia fazer tanto estrago tão depressa.

Mas agora, veja só, eu quero mais do que tudo que posso querer, engravidar. Eu quero muito ter outros filhos e quero engravidar mais uma vez. Mas eu tenho 37 anos e 3 meses. O relógio tá batendo tictactictac. E eu estou com mais de 90 quilos. E tem meu histórico anterior de pré-eclampsia, de diabetes gestacional. E tem a situação da minha saúde agora, do meu fí­gado, da glicose e tudo mais. Então acho arriscado demais engravidar assim. Embora as vezes eu me sinta tentada a ignorar isso. Porque se eu fico tentando demais e não consigo heim? Não é a í  toa que quem pensa muito não faz. Mas se tivesse dependido de mim eu acho que já teria 3 filhos. Não tem nada que eu queira mais na vida agora. Mas acho que já falei isso.

E tem hora que eu queria chutar o balde, e tomar umas anfetaminas sim. Ai eu emagrecia rápido e pobrema resorvido. Mas né, para pobremas reais, não existem soluções imaginárias…

Mas pra minha sorte eu nunca tolerei mais do que uma semana de anfetamina. Ai eu não tenho muita alternativa. Mas pôxa, ta faltando força de vontade, a mardita. Eu fico pensando, em que momento da vida a gente adquire força de vontade. Capacidade de renunciar ao principio do prazer (já falei disso aqui), que eu não tenho. Isso me intriga, eu penso em como é isso. Sera inato, será adquirido? Será que educar alguém pra isso adianta? Eu sou muito, muito hedonista, estou no paraí­so infantil das gratificações imediatas ainda. Mas a que preço? Ai como eu queria ter força de vontade!

Vou ali dar uma olhada nesse livro pra ver se encontro algo, porque minha cabeça já ta até fedendo de tanto pensar sem que eu consiga encontrar a resposta, sem que eu tenha passado ainda pelo ponto de viragem. Dá vontade de gritar, acorda!

yada yada parte 3.987

“O que é dignidade sem honestidade?”

Cí­cero

Ontem eu jaquei feio. Mas tão feio que não tenho nem coragem de contar aqui. Aliás nem deveria estar falando isso aqui, mas se não falar aqui onde vou falar? Lá no curso de emagrecimento não dá pra falar, porque a médica, se por um lado é muito boa, fera mesmo em nutrição, alimentos saudáveis e boas escolhas, por outro lado pesa os mesmo 40 quilos desde os 12 anos e não vai entender da minha fome. E sim, não é preciso ter adoecido pra tratar da doença não, eu concordo, mas vamos combinar que fome não é uma doença cujos sintomas estejam descritos em algum manual, ou que haja algum exame pra fazer e detectar ou algum remédio pra tratar né? E de mais a mais é algo que não dá pra ser tratado pelo viés de escolhas saudáveis. A minha fome não.

E não, eu não estou desqualificando a médica, ela realmente é ótima, e o curso dela é muito bom. E ao que parece funciona. Devagar, mas deve ter seus efeitos. E eu vou continuar fazendo, mas sinto que não vai adiantar, porque minha doença ela não pode tratar. Mas não porque ela não é boa, ela é, mas porque minha doença é de uma natureza diferente.

Eu sinto muita fome. E isso é um dado. Pode ser psicológica, pode ser carência, pode ser pra preencher algum vazio, pode ser pra me sabotar, pra me defender, enfim, pode ser muita coisa, mas o fato é que se ela não é real, pelo menos ela se manifesta no fí­sico e dói igualzinho a uma fome real.

Eu queria muito descobrir algo que fortalecesse a vontade interior. Eu sinto que essa é a chave que me escapa, eu não consigo sustentar a vontade por muito tempo. Sinto como se eu fosse ( e de fato sou) uma viciada em droga pesada. E acho que seria mais fácil par mim se fosse uma droga que eu pudesse parar de consumir de vez, abstinência total. Mas com comida não é assim. E eu olho tristemente o percurso se repetir, eu vou bem algum tempo, depois tropeço, logo em seguida caio, fico altamente deprimida e sem forças, com raiva, muita raiva de mim mesma e não consigo continuar. E a culpa não é de ninguém, não é da médica, não é daqueles que deveriam ter paciência comigo e não têm, não há culpados, exceto eu mesma. eu já deveria estar madura o suficiente pra conseguir controlar isso, mas não estou. E é tão ridiculo isso, tão imaturo. Não ter forças pra controlar o desejo diante de uma comida parece algo tão idiota. Tão infantil.  E  dá pra entender exatamente porque muitas vezes os outros infantilizam esses problema de ser gordo, porque olhando de longe parece fácil e parece ridiculo, mas não é pra quem está vivendo a coisa.

Enfim, hoje minha fé em mesma está muito abalada e eu estou quase naquela de desistir de mim.

Mas não, não vou fazer isso. Num próximo post explico melhor porque quero e preciso tanto emagrecer. E repito alto mais uma vez, não, eu não vou desitir, algum dia eu consigo. Hoje tive impulso já tão cedo de jacar mas não me deixei levar. E nem vou. Até mais, obrigada pela companhia. Esse blog é o que me salva. Eu vou escrever nele até cansar, só de sentar aqui eu já me sinto mais motivada. Os outros mecanismos estão meio desérticos por ora.