corrientes

Bom, eu não tenho cabeça pra mais nada né? Além disso estou altamente monotemática, só penso nisso, só falo disso.

A viagem tá chegando e acho que vou bem, porque se eu me conheço um pouco não vou ter crise de compulsão por lá né? Apesar dos alfajores e cia…

Mas depois da viagem esse blog volta com força total, espero.

Por enquanto Av. Corrientes, aqui vou eu. Até a volta. Ou antes se acontecer algo que deva contar.

Por enquanto, o tango que tornou essa avenida para onde eu vou famosa. E não reparem ser Julio Iglesias. Porque eu gosto dele, tá?

Interessante é que eu cresci com meu pai ouvindo e minha mãe cantando “Corrientes, 348, quem sobe ao segundo andar?” E agora na primeira vez que saio do paí­s é justo para ficar na Av. Corrientes…

Bueno, Hasta la vista

limón y sal

“Tengo que confesarte ahora, nunca creí­ en la felicidad,a veces algo se le parece pero es pura casualidad.”

Adorei essa moça. Estou na busca por música latina né? Já que argentina se encontra pouca (ou eu não sei procurar direito), acho que ela é mexicana. Hermana, de todo modo.

Vi aqui.

limón y sal

“Tengo que confesarte ahora, nunca creí­ en la felicidad,a veces algo se le parece pero es pura casualidad.”

Adorei essa moça. Estou na busca por música latina né? Já que argentina se encontra pouca (ou eu não sei procurar direito), acho que ela é mexicana. Hermana, de todo modo.

Vi aqui.

pafuncetes

A maioria das amigas que lê esse meu blog são as meninas do LV. Como perda de peso é um assunto recorrente entre mulheres (eu acredito que as mulheres no geral falam mais sobre perda de peso do que sobre qualquer outra coisa de modo contí­nuo) não é muito diferente no LV. A mairia de nós está querendo perder alguns quilos. A variação lá pelo que vi vai de 3 a 30 quilos. Então tendo em vista ser um assunto que mobiliza quase todas nós, resolvemos criar um blog coletivo para nos ajudar a perder peso. Esse blog virou o Engordando a Pafúncia. Confesso que tenho dificuldades com esse nome, Pafúncia, não sei porque me faz lembrar do Mussum vestido de mulher e eu tenho dificuldade de levar a sério.

Mas o blog e a tentativa eu vou me esforçar muito pra levar na real. Desde que o papo começou eu já mudei a minha numerologia: Fui de 94 para 92.2. Ou seja a menina de nome feio esquisito já tá me ajudando né? Mentira. Não é a menina-Mussum.

São as meninas maravilhosas do LV com essa idéia linda e operacionalização da moça perolada. Sim, essas meninas são tudo de bom nessa vida, viu? Se vc é mãe (especialmente se tem filhos pequenos) devia conhecer essas meninas. Elas mudarão sua vida, o LV é uma coisa na vida da gente, transforma.

Então reproduzo aqui o meu primeiro post lá do Blog da Pafúncia.

 

Querida Pafúncia,

que bom te conhecer…Mas menina, vc tá muito magrinha, tadinha de você… Assim não dá, vamos engordar? Tá precisando de ajuda né? Vamos lá então. Eu como sou uma alma generosa e um ser superior, vou doar pra você alguns quilinhos ok?

Eles não vão me fazer falta nenhuma, não se preocupe, ficarão bem melhor em você. Vou doar aos poucos, mas vou doar muito. Pode esperar que vai ser uma fartura de quilos pra você.

E pra provar que eu tô falando sério, hoje eu passo pra você 1,8 kg tá? Mas não se afobe, todas as meninas estão aí­ pra doar também, e semana que vem eu dôo mais.

Sem mais para o momento.

Beijos e fica bem.

Na Lua.

P.S. Você vai ficar tão bonita mais gordinha, espere só pra ver.

E desejo muita, muita sorte pra todas nós. Que vamos conseguir.

vida velha

Acabou-se o que era doce. Volto a trabalhar amanhã. Fim de férias é ruim, ruim. Mas volto com a convicção de que minha relação com meu maravilhoso trabalho esse ano vai ser diferente. Melhor. Eu volto melhor esse ano, o final foi de um crescimento incrí­vel. Minha única resolução de ano novo já encontrou na própria festa da virada uma excelente oportunidade para ser exercitada. E foi, e vai melhorar ainda muito.

Engordei, claro. E esse é o MAIOR PROBLEMA da minha vida atualmente. Só assim eu vou ficar em paz, resolvendo isso, do jeito que for. Podem existir problemas mais sérios, mais graves, mas nada me ocupa tanto o tempo, o pensamento e me suga as energias. Tudo em mim é porque estou gorda. E isso precisa parar, eu estou morrendo antes da hora. E amanhã, bem é ano novo né? E não é hoje porque só faltam 8 minutos para amnhã e eu não pretendo jacar nesses minutos.

Pausa para começar o Programa Espiritual e dessa vez fazer inteiro. Porque afinal a esperança é um urubu pintado de verde né? (Mário Quintana)

Esse post é só pra exercitar, porque eu não estou com vontade nem inspiração pra nada. Mas preciso porque não posso mais ficar cedendo aos caprichos do prazer.

O peso novo é 94. A meta agora é sair dos noventa. E vou seguir a orientação do só por hoje e ver se consigo termionar um dia bem feito. Bem feito Nalu, entenda, não há porque ser perfeito, pois “a perfeição é estática e eu estou em pleno progresso.” (Anaí¯s Nin)

novos ares

Eu ainda não fui. Vacilei um monte de vezes, queria e não queria ir, e ainda penso um pouco. Francamente, essa cidade não estava nos meus planos de viagem tão cedo. Na verdade, talvez nunca. Mas numa destas viradas do destino, parece que eu vou mesmo pra lá. Sem ser como turista ainda por cima. Daí­ fui descobrindo sobre a cidade e acho que pode virar um caso de amor. Como com São Paulo, que também nunca faria parte dos meus sonhos ou destinos de viagem, mas que acabou virando um dos lugares que eu mais amo nesta vida.

Ando ouvindo o pouco que conheço de música da Argentina. Soda Stereo, Redonditos de Ricota, Carlos Gardel, Gotan Project, Piazzola. É vergonhoso conhecer tão pouco. Poesia então, nada, nada, somente essa moça aí­ e Borges e um pouco da poesia de Cortázar.

Espero conhecer mais em breve, se der tempo. Gostaria de conhecer a poesia argentina, deve ter coisa legal. O bom é ir í  terra de Cortázar que é o escritor que eu mais gosto. E desde tempos bem longí­nquos, eu gosto bastante dos Redonditos.

Então, hasta luego, quizás.

BUENOS AIRES

Antes yo te buscaba en tus confines
que lindan con la tarde y la llanura
y en la verja que guarda una frescura
antigua de cedrones y jazmines.

En la memoria de Palermo estabas,
en su mitologí­a de un pasado
de baraja y puñal y en el dorado
bronce de las inútiles aldabas,

con su mano y sortija. Te sentí­a
en los patios del Sur y en la creciente
sombra que desdibuja lentamente

su larga recta, al declinar el dí­a.
Ahora estás en mí­. Eres mi vaga
suerte, esas cosas que la muerte apaga.

Jorge Luis Borges

novos ares

Eu ainda não fui. Vacilei um monte de vezes, queria e não queria ir, e ainda penso um pouco. Francamente, essa cidade não estava nos meus planos de viagem tão cedo. Na verdade, talvez nunca. Mas numa destas viradas do destino, parece que eu vou mesmo pra lá. Sem ser como turista ainda por cima. Daí­ fui descobrindo sobre a cidade e acho que pode virar um caso de amor. Como com São Paulo, que também nunca faria parte dos meus sonhos ou destinos de viagem, mas que acabou virando um dos lugares que eu mais amo nesta vida.

Ando ouvindo o pouco que conheço de música da Argentina. Soda Stereo, Redonditos de Ricota, Carlos Gardel, Gotan Project, Piazzola. É vergonhoso conhecer tão pouco. Poesia então, nada, nada, somente essa moça aí­ e Borges e um pouco da poesia de Cortázar.

Espero conhecer mais em breve, se der tempo. Gostaria de conhecer a poesia argentina, deve ter coisa legal. O bom é ir í  terra de Cortázar que é o escritor que eu mais gosto. E desde tempos bem longí­nquos, eu gosto bastante dos Redonditos.

Então, hasta luego, quizás.

BUENOS AIRES

Antes yo te buscaba en tus confines
que lindan con la tarde y la llanura
y en la verja que guarda una frescura
antigua de cedrones y jazmines.

En la memoria de Palermo estabas,
en su mitologí­a de un pasado
de baraja y puñal y en el dorado
bronce de las inútiles aldabas,

con su mano y sortija. Te sentí­a
en los patios del Sur y en la creciente
sombra que desdibuja lentamente

su larga recta, al declinar el dí­a.
Ahora estás en mí­. Eres mi vaga
suerte, esas cosas que la muerte apaga.

Jorge Luis Borges

O Intolerável Peso Da Feiúra

O INTOLERíVEL PESO DA FEIíšRA

JOANA DE VILHENA NOVAES

ISBN: 8576171090
Editora: EDITORA GARAMOND
Número de páginas: 272
Encadernação: Brochura
Edição: 2007

“Beleza é artigo de primeira necessidade”: este é o lema que perpassa os depoimentos das mulheres entrevistadas por Joana Vilhena ao longo dos dez anos de sua pesquisa de campo. Nas academias de malhação, nas antes-salas das clí­nicas de cirurgia plástica, ou nos grupos de pacientes a espera de gastroplastia redutora, há o consenso: “só é feia quem quer”. E quem não quiser se enquadrar nos atuais cânones de beleza sofrerá o merecido castigo da rejeição e da exclusão. Pois beleza e feiúra nada têm de “natural”. São vivenciadas em termos morais, e lembra a autora que a feiúra era vista, pelos antigos gregos, como reveladora de defeitos de caráter. Na sociedade ocidental contemporânea, que se define pela busca narcisista do gozo imediato e pelo abandono dos valores religiosos, culpa e pecado emigram para o terreno da modelagem do corpo.

Monique Augras. Veja


No decorrer da história das artes houve uma ruptura no conceito de um padrão único de estética. Vários artistas sofreram por essa mudança, que significou um redesenho de todas as possibilidades de entendimento sobre a forma. Nas artes a tirania da figura-fundo e do desenho em perspectiva linear foi enfrentada, não sem preço, que o diga Van Gogh, permitindo para o mundo culto e erudito uma estética das possibilidades e da tendência ao infinito pela multidiversidade.
No entanto, nosso corpo, e em especial o corpo feminino, não experimentou essa ruptura estética. O texto de Joana Vilhena de Novaes nos fala desta tirania estética. Se numa viagem no tempo descobrimos que esta imposição estética sobre o corpo ocorreu em várias épocas, de diferentes maneiras, ela agravou-se no tempo de hoje.
Joana nos oferece uma dimensão trágica desta tirania sofisticada do contemporâneo. Porque temos a possibilidade de modificarmos o nosso corpo com o desenvolvimento de uma infinidade de tecnologias, que vão desde as tecnologias de educação fí­sica í s cirurgias de correção, a manutenção de um corpo nãp adequado passou a ser considerada socialmente como um desvio de caráter e um ato de vontade.
A tirania estética atual transformou o corpo inadequado de outrora, que podia ser considerado no locus simbólico do sujeito vitimizado, para um outro lugar, onde o sujeito passou a ser responsabilizado por não estar com seu corpo adequado.
A gravidade aumenta quando sabemos que no universo simbólico o padrão é etéreo e difí­cil de ser objetivado e mensurado. A perfeição idealizada encontra na realidade sempre alguma imperfeição que, segundo a autora, obrigarão o sujeito í  submissão de uma bateria de esforços absolutamente insanos e cruéis, em busca de um modelo inalcançável.
Joana Vilhena de Novaes é uma crí­tica do comportamento contemporâneo e nos oferece um belo texto, permeado de uma ironia maravilhosa, que se oferece como um libelo de liberdade.

Ricardo Vieiralves de Castro
Professor da UERJ
Diretor do Museu da República


SOBRE A AUTORA

Joana de Vilhena Novaes é doutora em Psicologia Clí­nica pela PUC-Rio e coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social (LIPIS) da Vice-Reitoria Comunitária da PUC-Rio. A autora é também consultora de várias empresas para assuntos de estética feminina e possui considerável número de artigos publicados em periódicos, revistas e jornais no Brasil e no exterior.