Ai meu Deus!

Tem de tudo meeeeesmo nesse Reino de Deus.  Só mesmo encarando como piada e lembrando que o vovozinho tem 74 anos, só assim…

 

Masculinidade voltou à moda, diz professor de sociologia

 

SÉRGIO DÁVILA


da Folha de S. Paulo, em Washington


"Não há nada errado em olhar sua mulher fundo nos olhos e dizer, sem medo: Sim, querida, em algumas situações, eu sou superior a você." Quem diz isso não é Zeca Bordoada, personagem que era o estereótipo do machão popularizado pelo extinto "TV Pirata", mas um dos titulares de filosofia política de Harvard, uma das universidades mais prestigiosas do mundo.


Harvey Mansfield é autor do recém-lançado "Manliness" (masculinidade, Yale University Press, 2006), em que defende os pontos da frase acima: homens são diferentes das mulheres, sim, em alguns aspectos superiores, e deveriam ter orgulho disso. Ah, e o metrossexual é uma aberração da natureza e deveria morrer. Em seu lugar, o retrossexual. Seu livro abriu caminho para uma série de outras manifestações culturais que vão na mesma linha e pregam uma certa renascença, vá lá, do "machismo esclarecido".


Polêmicas não são estranhas a esse professor de sociologia de 74 anos, que ensina em Harvard desde 1962 e se casou em 1979 com uma ex-estudante sua, Delba Winthrop. Quando o ex-reitor Lawrence Summers anunciou que iria deixar seu cargo, depois de uma série de brigas com diversos setores de universidade, ele foi um dos únicos a ir a público em defesa do amigo. Também foi das poucas vozes a defender o intrusivo programa de vigilância doméstica implantado pelo presidente George W. Bush.


Na entrevista que deu à Folha, por telefone, Mansfield explica a teoria que defende em "Manliness", de que vivemos numa sociedade "comum de dois gêneros", e por que isso é ruim.



FOLHA – O sr. foi citado por um jornal dizendo: "Os homens devem parar de ter vergonha de ser homens". Como assim?

HARVEY MANSFIELD – Os homens de hoje em dia vivem em uma sociedade comum de dois gêneros, uma sociedade em que o seu gênero deve importar o menos possível, portanto as diferenças entre os dois sexos são geralmente desprezadas e quase apagadas. Mas é uma característica do homem-macho que ele insista em seu sexo, em seu gênero e nas características que acompanham o seu gênero. Acredito, portanto, que a masculinidade bata de frente com essa sociedade comum de dois gêneros. Esse é o motivo principal pelo qual eu escrevi o meu livro. Vem deste conflito a razão do meu trabalho.

FOLHA – Como o Sr. categorizaria o metrossexual dentro desta sociedade?

MANSFIELD – O metrossexual é o oposto do homem-macho, ele enfatiza o homem sensível. O homem sensível tenta ser aceito pelas mulheres pela proximidade que tem com elas e talvez também por outras pessoas, mas principalmente pelas mulheres. O metrossexual quer agradar, enquanto o homem-macho nem percebe que há outras pessoas em sua volta. Ele nem pensa em que impressão pode passar fazendo as coisas de um jeito ou de outro. Ele não tenta ser aceito, ele está feliz de ser como é, de ser diferente.

FOLHA – Vários artigos mencionam o seu livro como a plataforma intelectual de um fenômeno que está sendo chamado de "dudelit", que tem no escritor Maddox a face mais evidente. A "Time" batizou o mesmo fenômeno de "Menaissance". Existe mesmo esse movimento?


MANSFIELD – Sim, e me sinto muito honrado, acho o fenômeno interessantíssimo e gosto de ver que está ganhando espaço na mídia. Meu livro provocou muito mais respostas do que imaginava. Acho que a masculinidade está voltando à moda e que o feminismo está perdendo espaço, com certeza as mulheres estão insistindo menos em viver em uma sociedade comum de dois gêneros.

FOLHA – O sr. leu o livro de Maddox, "The Alphabet of Manliness" (o alfabeto da masculinidade)?

MANSFIELD – Sim. Gostei muito, ele tem razão em tudo o que diz [risos].

FOLHA – Qual a diferença entre masculinidade e machismo?

MANSFIELD – Acho que o machismo é uma masculinidade levada ao extremo, e pelo que eu sei os homens latinos gostam de praticá-lo. Sou favorável ao machismo, porque acho que, para enfatizar uma idéia, às vezes é necessário exagerar um pouco. Mas é necessário fazer a distinção entre ser masculino e ser sexy, e acredito que os latinos nem sempre fazem essa distinção. Acho que o ator italiano Marcello Mastroianni era um homem muito sexy. Sexy no meu ponto de vista está mais próximo do conceito de homem sensível que do homem-macho. Acho que o John Wayne seria um bom exemplo de como é o homem-macho, ele é muito masculino. Ele é atraente para as mulheres, mas não parecia prestar atenção a isso.

FOLHA – Então um homem-macho seria aquele que acorda de manhã e não se olha no espelho, é isso?

MANSFIELD – Exatamente.

FOLHA – O Sr. concorda com analistas que dizem que existe uma propaganda feminista por trás do retrato feito dos homens na cultura popular atual?

MANSFIELD – Sim, mas há algumas exceções. O programa de TV "Desperate Housewives", por exemplo, mostra muito bem os problemas dessa cultura dominada pelo feminismo. Mostra que os homens e as mulheres são diferentes, e o que acontece quando você tenta agir como se as diferenças não existissem. Em alguns episódios, os sexos trocam de papéis, e isso nunca funciona muito bem. É diferente do modo como os homens eram retratados em "Sex and the City". Aquele programa era completamente dominado pela propaganda feminista, que eu particularmente acho muito irritante. Mas eu tento tratar o feminismo de maneira séria, no meu livro há um capítulo todo dedicado ao assunto.

FOLHA – Para voltar a "Desperate Housewives", qual homem o senhor acha que melhor representa essa masculinidade a que o Sr. se refere? Carlos, o latino, ou Mike, o encanador?

MANSFIELD – Os dois são bons exemplos do homem-macho, mas ainda acho que o latino se sai melhor [risos].

FOLHA – O seu livro prega que as pessoas deveriam voltar aos seus papéis tradicionais, "como a natureza queria". O Sr. também afirma que sim, as mulheres são inferiores aos homens em certos aspectos. O senhor quer dizer que os homens deveriam caçar e as mulheres deveriam ficar em casa procriando?

MANSFIELD – Isso seria simples demais, já avançamos socialmente e biologicamente demais para isso. Vivemos em sociedades avançadas, que transformaram um pouco os papéis que os homens e as mulheres devem cumprir. As mulheres não podem ser tão tradicionais como deveriam ser, elas precisam trabalhar para ajudar a sustentar suas famílias. E também não há mais trabalho suficiente em uma casa para uma mulher fazer depois que os filhos estão crescidos, elas ficam sem ocupação. Também acho que as mulheres de hoje dão valor ao reconhecimento que recebem por ter um trabalho. Esta parte do feminismo é muito boa, e nós nos ajustamos bem ao fato de que as mulheres estejam no mercado de trabalho. Mas as relações em casa é que estão mais confusas, e é lá que eu acho que a tradição precisa ser mais respeitada.

FOLHA – O senhor liga o feminismo ao marxismo e à esquerda. Pode elaborar mais?

MANSFIELD – O grande inimigo do feminismo é a divisão do trabalho pelos sexos. E é esse também o grande inimigo de Marx, mas com um outro ângulo. Preste atenção ao modo como a sociedade comunista é descrita, a idéia de que você deve ser sempre apto a mudar de papel, de ser muito flexível e nunca ficar parado em uma mesma rota. A causa original da divisão de trabalho é sexual, portanto o comunismo aponta para a direção de uma sociedade comum aos dois sexos. E é muito claro que as primeiras feministas nos EUA, assim como na Europa, como Simone de Beauvoir, vieram da esquerda.

FOLHA – O seu livro foi enxovalhado pelos liberais. Como o senhor lida com a crítica?

MANSFIELD – Dou de ombros. Não sou mais jovem e sou um dos poucos conservadores em Harvard, então estou muito acostumado a ser criticado, já tenho uma proteção natural.

FOLHA – O sr. é casado, e sua mulher trabalha. O sr. faz algum trabalho doméstico?

MANSFIELD – Sim, mas não muito. Mais do que gostaria [risos]. Eu lavo os pratos, tiro o lixo, mas essas são funções muito masculinas. Mas eu até lavo a roupa uma vez ou outra.

FOLHA – E quem é o homem da casa?

MANSFIELD – Eu sou o homem da casa, mas é ela quem manda [risos].

Mudança

A partir de amanhã eu vou mudar. Vou pra casa nova. Minha. Que bom, porque eu sou viciada em comços, estréias, recomeços, etc.

Nada como uma mudança de casa, cansa, leva tempo pra ajeitar tudo (e lá tem zilhões de coisas pra serem ajeitadas), mas é gostoso. Eu acho pelo menos. Então se eu sumir, é esse o motivo. 

***

E hoje é o centenário de nascimento do Mário Quintana. Aquele velhinho singular que morava num hotel e escrevia coisinhas assim:

Confissão

Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece…
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!

***

Quintana que eu sentava em um bar e ficava horas a fio lendo prum amigo (lembra, Rada?).  Como diria minha avó, "Deus o tenha em bom lugar!!!"

 

Eu não tenho mais bebê…

Ontem foi o primeiro dia do Tariq na escola. Eu quase tive um ataque cardíaco, mas ele nem percebeu. Foi para escola, já no corredor virou e acenou dando tchau com um sorrisão e disse: Vai mamãe, bataiá! Bataiá e o jeito que ele diz trabalhar, e acabou ficando mais apropriado, porque meu serviço mais se parece a uma batalha mesmo.

Daí primeiro dia, a diretora da escola (que foi minha primeira empregadora há quase vinte anos atrás) disse: primeiro dia, é melhor deixar só umas duas horas, as crianças choram mesmo, chamam a mãe e tal. Quinze horas o pai dele foi buscar e ele não quis vir de jeito nenhum, quis ficar brincando lá, não derramou nem uma lágrima. Dezessete horas, eu voltei do trabalho, passei pra pegar o rapaz e ele não queria vir embora, veio a contragosto, é mole?  E eu achando que ele ia achar difícil adaptar…Hoje onze horas da manhã já estava pedindo pra ir pra escola. Só saiu de lá mais cedo porque a prima amada chegou e foi comigo lá buscar, mas mesmo assim, ainda ensaiou um "não quero ir embora". Que beleza.

Minha mãe diz que eu fui pra escola com quatro anos de tanto encher o saco dela que queria ir pra escola, queria ir pra escola. Minha irmã só foi depois de seis anos. Nunca derramei uma lágrima. E estudei em colégio de freira, com uma soror brava de dar gosto. E pra falar a verdade, se pudesse tava na escola até hoje. Eu adoro escola, adoro mesmo. Principalmente quando estou longe dela e esqueço as mazelas. Ainda volto, talvez esse bendito mestrado no final do ano. Mas agora o foco mudou, eu queria mesmo era estudar Astrologia grega e medieval, (meu Deus eu não sabia que isso era tão tão interessante). Agora, sabe Deus onde eu vou achar um Mestrado em Astrologia Medieval…Aqui na UFMG é que não vai ser, mesmo. Aquela velharada que torce o nariz até pra sociologia do consumo, vai muito deixar eu encaixar astrologia no Mestrado. Apesar de que esses dias eu vi uma dissertação sobre astrologia como discurso narrativo, ainda não li, mas imagino só a viagem. Talvez na Antropologia, recém criada, quem sabe? Eu torço pra que seja mais fresca que aquele departamento de sociologia. Argh! Não é cuspir no prato, mas cada vez que me lembro que larguei um mestrado faltando uma matéria e a dissertação por causa da velharia, mofo e falta de ética naquele departamento, o sangue sobe.

Mas o assunto era outro. Era o Tariquinho, todo seguro de si, estudante. Ai Jesus, eu não tenho mais bebê em casa.

Nosso dia

Parabéns para mim, para você, para nosotras todas…

25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha
Em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingo (República Dominicana), definiu-se que este dia seria o marco internacional da luta e resistência da mulher negra. Desde então, vários setores da sociedade têm atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero, raça e etnia vivida pelas mulheres negras latino-americanas e caribenhas.

E hoje também é um dia especial, é um dia fora do tempo pelo calendário maia. Para saber mais acesse http://www.calendariodapaz.com.br 

Sol em Leão

sunleo

O Sol entrou ontem em Leão, í s 20:47. Signo bonito, especial esse. Os leoninos são brilhantes, fortes, cheios de luz, alegres, generosos, leais, bons amigos, criativos e agem muito com o coração. Mas também podem ser arrogantes, carentes, egoí­stas, ávidos por poder, fanáticos por si mesmo e ás vezes tratam o mundo como se fossem seu palco. Eu tenho um mapa com leão bem forte, e sempre tive ótimos amigos leoninos. E sempre adorei todos eles. Simone, Danielle, Lêlega, Renarde, Odete…

E agora meu filhote leonino. Parabéns a todos esses filhos do sol.

Essa é uma época marcante para todo mundo, uma vez que o planeta Saturno está em Leão, e todos temos Leão em algum setor no nosso mapa astral. Tudo que for referente ao setor onde está o signo de leão em nosso mapa vem sendo corrigido, depurado, desde julho de 2005. Eu que o diga!!!

Saturno é o planeta que nos cobra amadurecimento, responsabilidade, crescimento. Pois sua passagem sempre mexe com força em alguma coisa. Ele traz crescimento ou perdas e limitações, portanto é legal não ignorarmos esse setor e aproveitarmos o pretexto para crescer, que tal?

No dia 09 de agosto o Sol vai estar em conjunção exata com Saturno e isso vai coroar o processo de limpeza que vem ocorrendo em nossa vida, no setor de Leão. Nesse setor talvez estejamos sendo postos í  prova, pois Saturno é o “auditor” do horóscopo, mas a limpeza que ele faz é necessária e por vezes muito produtiva.

Essa é uma boa época para exercitarmos o desapego, para deixarmos as coisas supérfluas de lado. E para aprendermos onde nosso brilho é mais forte e o que impede que ele aconteça.

Parabéns leoninos.

Dia do Amigo

Fiquei sabendo que hoje é dia do amigo. Deve ter sido por isso que essa noite, de uma só vez sonhei com três amigas que sumiram: Débora, Ana Paula e Juliana. Com tristeza eu me lembro delas, tristeza e saudade, embora saiba que não tinha muito jeito de ser diferente. Então hoje meu inconsciente trouxe essas três meninas de voltas. Esse ano através do orkut já tinha me presenteado com uma amiga de infância. Aliás, a melhor amiga de uma parte da minha infância, a Érika que reencontrei virtualmente e soube estar bem, etc. Ainda não retomamos a conversa, mas quero reencontrá-la na próxima vez que for em São Paulo.

Então me lembro que tenho amigos maravilhosos, que tenho irmãos que não são de sangue e fico feliz demais. E me lembro ainda que essa vida virtual me deu algumas amigas igualmente maravilhosas. E fico me sentindo uma afortunada, abençoada pelo destino. Afinal eu entregaria a chave da minha casa de olhos fechados para cada um deles. Ter amigos assim é um privilégio.

Amigos com quem posso partilhar tanta coisa… De alma tão limpa… É tão reconfortante isso. Desejo de coração que todos eles sejam muito muito felizes.

 

*****

 

"Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou — amigo — é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por quê é que é. "

 Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas

Votos Partidos

Votos Partidos
Lady Gregory
Era tarde a noite passada
O cão falava de você
O pássaro cantava no pântano
Falava de você
Você é o pássaro solitário na floresta
Que você fique sem companhia até achar-me
Você prometeu e mentiu
Disse que estaria junto a mim
Quando os carneiros fossem arrebanhados
Eu assoviei e gritei cem vezes
E não achei nada lá
A não ser uma ovelha balindo
Prometeu-me algo difí­cil
Um navio de ouro sob um mastro prateado
Doze cidades e um mercado em todas elas
E uma branca e bela praça í  beira mar
Você prometeu algo impossí­vel
Que me daria luvas de pele de peixe
E sapatos de pele de ave
E roupa da melhor seda da Irlanda
Minha mãe disse para eu não falar com você
Nem hoje
Nem amanhã
Nem Domingo
Foi um mal momento para dizer-me isso
Como trancar a porta após a casa arrombada
Você tirou o Leste de mim
Tirou o Oeste de mim
Tirou o que existe í  minha frente
Tirou o que há atrás
Tirou a Lua
Tirou o Sol de mim
E o meu medo é grande
Você tirou Deus de mim

Zinedine Zidane

Como tem muita gente entrando aqui procurando pelo signo do Zidane, pelo mapa astral do Zidane, ou seja, por Zidane e Astrologia, aqui vai o mapa do moço. O moço é canceriano, tem lua em escorpião (virgem Maria santíssima!!!) e ascendente touro.

Então aí vai o mapa:

 

 aliás eu acho essa combinação "Zinedine Zidane" muito sonora, é gostoso de falar. Não sei se mais alguém tem isso, mas eu me amarro na sonoridade das palavras, algumas, claro e essa combinação é uma delas.