
INFP

Fazer 35 anos é uma delícia. É um número tão redondinho, tão bonito. É uma virada de setênio, são cinco vezes sete, é um número tão cabalístico. Eu estou adorando. É como se fosse a oportunidade de passar a limpo a vida, de recomeçar com tudo. Eu adoro, sempre adorei aniversário. Mas um tão redondinho assim para ser saboreado desde meus vinte eu não tinha. Quando fiz 30 estava na véspera de casar, literalmente e estava envolvida com o casamento, então não saboreei o aniversário em si. Vinte anos tem muito tempo e eu era muito retardada… 15 anos mais retardada ainda.
Mas trinta e cinco é outra volta de Saturno, é leve é bom. Está sendo para mim. Acho que é melhor por causa das minhas escolhas de um modo geral. Ao fim e ao cabo, acho que acertei nestas escolhas, na maioria delas. Bem, eu estou feliz, estou na melhor fase da minha vida, esta que é a verdade. Só está faltando viajar mais. E emagrecer. Mas emagrecer enquanto eu for mulher sei que estarei desejando isso, é intrínseco ao sexo feminino, portanto…Os outros desejos são periféricos e apesar de me afetarem muito, o central da minha vida está bom, está tranqí¼ilo. Posso dizer que tenho muito daquilo que desejei. Não tenho tudo, talvez porque desejar seja parte de ser feliz também.
Então seguem 35 desejos para os meus 35 anos:
Continuar lendo 35 anos
Meu amor,
Quarenta anos…
Bem vividos
Fico feliz e orgulhosa quando te lembro.
Que a sua vida seja toda emoção
Que não te falte amor nem boas companhias
Nem aventuras nem olhar brilhando.
Eu te amo
Minha vida ficou muito mais vívida
Depois que você chegou.
Feliz Aniversário.
Às vezes eu acho que as pessoas tinham sim que ter a obrigação de serem gentis. Especialmente com as pessoas mais próximas. E não ficar por aí dizendo tudo – em nome de uma autenticidade egocêntrica – que pensam. Especialmente quando isso envolve o desprezo. É. Eu tenho problemas com esse sentimento.
Aflição de não ser a grande ilha
Q ue te retém e não te desespera.
(A noite como fera se avizinha)
Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra.
:::::: Hilda Hilst nasceu em Jaú, São Paulo, em 21 de Abril de 1930. Em 1948, entrou para a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Largo São Francisco), formando-se em 1952. Em 1966, mudou-se para a Casa do Sol, uma chácara próxima a Campinas (SP), onde reside. Ali dedica todo seu tempo à criação literária. Poeta, dramaturga e ficcionista, Hilda Hilst escreve há quase cinqüenta anos, tendo sido agraciada com os mais importantes prêmios literários do país. Participa, desde 1982, do Programa do Artista Residente, da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Seu arquivo pessoal foi comprado pelo Centro de Documentação Alexandre Eulálio, Instituto de Estudos de linguagem, IEL, UNICAMP, em 1995, estando aberto a pesquisadores do mundo inteiro. A lguns de seus textos foram traduzidos para o francês, inglês, italiano e alemão. Em março de 1997, seus textos Com os meus olhos de cão e A obscena senhora D foram publicados pela Ed. Gallimard, tradução de Maryvonne Lapouge, que também traduziu Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Morreu em 4 de Fevereiro de 2004.
Abaixo o significado deste trânsito.
**Válido durante muitos meses**
É possível que agora ressurjam problemas de que você nem lembrava mais, apesar de eles ainda exercerem influência inconsciente em sua vida, e isso talvez lhe traga algumas dificuldades. Este trânsito está associado a forças que jazem nas profundezas e que promovem mudanças. Por isso, não culpe as circunstâncias nem as pessoas pelas mudanças desagradáveis que ocorrerem agora.
A ação deste trânsito sobre as oposições é particularmente agressiva. Por isso, procure simplesmente deixar que as coisas do passado se desvaneçam, permitindo que o futuro se construa a partir de suas ruínas. Se o conseguir, o potencial de mudanças positivas sob esta influência é imenso.
Este trânsito poderá ainda aumentar sua curiosidade diante dos processos de criação e regeneração do universo, levando-a a interessar-se pelo ocultismo. Entretanto, é melhor evitar certas práticas, como por exemplo a magia, pois as energias envolvidas seriam de difícil domínio neste momento. Embora a princípio seu consciente possa estar no controle da situação, é possível que depois você se veja inteiramente comandada por forças interiores e completamente inconscientes. Isso poderia ter consequências desastrosas.
Além disso, é possível que você venha a envolver-se em sérias lutas pelo poder com pessoas que tentem impedir ou precipitar mudanças em sua vida. Observe atentamente antes de definir qual a categoria em que elas se enquadram. Período ativo do início de Fevereiro 2006 até o final de Novembro 2007.
Do site http://astro.com
Esses dias, por causa de algumas coisas que andaram me acontecendo eu acabei sendo forçada a me deparar com a palavra “extraordinário”. A cabeçada de frente com essa palavra me obrigou a olhar para ela, e o pior, a ter sentimentos excusos e a refletir sobre esse conjunto de letras altamente significativo. E o que primeiro percebi foi o quanto a tv, o espírito de Hollywood, e alguns personagens que cruzaram minha história me fizeram um tremendo mal. Ou como eu me fiz mal através deles. Pelo menos por um lado.
Porque me fizeram esperar que a vida fosse cheia de momentos extraordinários e impactantes, ou pior, me fizeram acreditar que somente isso era A Vida.
E acreditei que só se está vivendo, ou que só existe diversão, ou que você só é digno de qualquer meleca se estiver escalando o Himalaia, se estiver viajando pelos quatro quantos do mundo, ou em algum lugar exótico e cheio de gente bonita, jovem e cheia de testosterona acumulada, comendo 15 mulheres por mês, publicando 3 livros no Irã, fazendo filmes nos EUA ou estrelando a novela das oito.
E obviamente na minha vida não está acontecendo nada disso. Eu faço parte da regra, não da exceção. Tem anos que eu não faço uma viagem interessante, que não saio dessa fazenda iluminada que é BH, eu sou uma dona de casa e trabalhadora com jornada tripla, contracheque, lixo pra levar pra fora, marido, filho e gavetas para arrumar.
Então por um instante eu quase me senti encolhida ao trombar com essa palavra, quase me senti pequena e inadaptada para a vida. Quase senti vergonha de não estar descendo de canoa as cataratas do Niágara. Quase quis estar numa aldeia nalu aprendendo algum ritual exótico ou colocando aquelas talas no beiço. Quase reneguei tudo que conquistei quando saí de perto da palavra extraordinário.
Mas foi só um ligeiro tropeço, foi só um pequeno lapso. Foi um vento que passou. Um vento de quase mau agouro.
Porque eu gostaria mesmo é que tivessem me dito há muito mais tempo que a vida tem um ou dois desses momentos no máximo, para as pessoas que são a regra, como eu. Eu sei que esta história toda é um puta dum clichê, mas eu me comportei assim durante muitos anos, achando que eu só seria gente quando topasse assaltar um banco, quando tivesse coragem de virar puta, quando sei lá, inventasse o 14 bis. E fiquei muitos anos com um sentimento de sub vida, de que o cotidiano era uma bosta, de que as pessoas que me amavam e me cercavam eram medíocres, de que eu era uma covarde desprezível que não tinha nem coragem de colocar uma mochila nas costas e ir mendigar em Tokelau.
E esses dias eu quase me senti assim de novo, quase tive vergonha de dizer que não estava no México estudando xamanismo com os discípulos do Castaneda em pleno deserto, dormindo em uma caverna para lembrar o passado e desfazê-lo. Quase me detestei por não estar voando em uma vassoura acima de Salem.
E por instante eu quase esqueci que há algo de tremendamente extraordinário também em se parir e se criar um filho tão cheio de sorrisos, mesmo que seja a mais repetida das coisas, que há algo de extraordinário em se manter um amor sem brigas, com ternura, tesão, diversão e respeito pelo escoar dos dias, que é extraordinário ter amigos como os que eu tenho, que posso viajar e viajar nas galáxias do pensamento com eles, e discordar deles até a alma e mesmo assim amá-los tanto. E que extraordinário de verdade é partilhar e sentir tanto, tanto amor, sentir-se una com tudo mesmo que por um segundo fugaz, perceber que o acaso não tem realmente esse nome. E entender no sangue que tudo vai virar pó incluindo aí o extraordinário e o todos os meus sentimentos a respeito.
Aí eu pude então respirar aliviada, pude tirar um certo peso que ameaçava se infiltrar no peito e achar que um sorriso ganho naquela hora, naquele lugar, daquele jeito tem tanto valor e tanta emoção quanto largar tudo e ir estudar lamaísmo com os monges do Butão. E que esse sentimento, mesmo tendo saído diretamente das páginas de um livro de auto-ajuda, é bom, é muito bom, é bem melhor do que acreditar estar presa em uma sub vida. Eu escolhi muitos dos meus grilhões. E pelo menos eu sei disso e sei que se eu escolhi algum dia posso desescolher. E isso me empurra muito mais pra frente do que qualquer extraordinário sem noção que eu conheça.
Aloha.
Pense magro
O QI Mental, por exemplo, uma das propostas de emagrecimento mais comentadas no momento, usa imagens para reprogramar o cérebro e curar doenças de origem emocional. Essa técnica chinesa atua no subconsciente, onde se formam os padrões de comportamento, entre os quais aqueles que controlam o nosso jeito de comer. O médico João Yokoda, do setor de medicina chinesa e acupuntura da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi quem adaptou o Qi Mental ao tratamento da obesidade. “O exercício é superpor novas imagens mentais í quelas que atrapalham a sua dieta – você tem de se imaginar magra várias vezes ao dia para gravar esse novo padrão”, diz Yokada. As pesquisas mostram que atitudes mentais têm mais influência no volume de comida que ingerimos do que a própria fome.
A dificuldade de perder e manter o peso quando temos o registro de um corpo gordo na cabeça é infinitamente maior. Sidney Chioro, neurologista e professor de psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), sempre apostou nessa idéia e apoiou seu trabalho com obesidade em recursos que atuam no sistema neurológico. “São as emoções que traçam o caminho das mensagens no circuito dos neurônios. Um padrão neurológico inadequado pode transformar uma carência afetiva num comando de fome”, explica Sidney. É por isso que muita gente tenta resolver uma crise amorosa devorando uma caixa de bombons em vez de buscar solução para o relacionamento. Na luta contra a balança, Chioro usa imagens e sons que visam corrigir a rota do pensamento e facilitar o emagrecimento.
No entanto, existem maneiras mais simples para convencer sua mente a trabalhar a seu favor. Sucesso nos Estados Unidos, o livro Think Thin, Be Thin (Pense magro, seja magro, editora Broadway Books) traz 101 exercícios para quem quer educar a mente, somando pontos no projeto deusa. As autoras, a psicóloga americana Doris Wild Helmering e a escritora Dianne Hales, combinaram conceitos de várias linhas terapêuticas – terapia cognitiva, programação neurolingí¼ística, gestalt terapia e análise transacional -, ajudando você a se livrar do registro de gorda que habita sua cabeça e garantindo um happy end para sua dieta. Isso não significa dormir gordinha e acordar enxuta. “Para que o cérebro registre novos padrões, os exercícios de reprogramação devem ser repetidos várias vezes ao dia, durante semanas ou meses”, defende a psicóloga Olga Inês Tessari, da Clínica Movimento Corporal, em São Paulo, especializada em emagrecimento. Curiosa? Selecionamos as sete sugestões mais bacanas do livro – pratique, pratique e pratique! Elas podem abrir sua cabeça para um corpo magro que sabe identificar a verdadeira fome.
SEJA POSITIVA
• Risque os pensamentos gordos.
• Você pode tudo. Pare de repetir que não tem pique para malhar ou não pode viver sem doce. Reforce o que você pode fazer, dizendo a si mesma: “Eu posso fazer dieta”, “Eu posso andar mais dez minutinhos na esteira”, “Eu posso viver sem musse de chocolate”.
• Trace metas realistas. Você vive dizendo que não consegue perder peso? Mude o discurso para: “Não perdi peso ainda, mas, quando decidir de verdade, vou conseguir”.
IMAGINE E OUí‡A SEUS DESEJOS
Além de frases sobre um corpo magro e saudável, é importante criar imagens na mente. Como? Feche os olhos e se veja caminhando num parque ou numa praia paradisíaca. Se disser “eu vou andar ouvindo axé”, cria também um estímulo auditivo. As representações sensoriais visuais e auditivas ajudam o cérebro a traduzir os pensamentos em ações.
EXERCITE A GRATIDíƒO
Você tem o hábito de agradecer as coisas boas da vida? í“timo! Esse exercício, de acordo com pesquisas na área da psicologia positiva, mantém o bom humor e deixa você mais disposta. O que isso tem a ver com o controle de peso? Quando está bem, você reduz o risco de encher o prato para curar uma dor emocional. Reserve um horário do dia para agradecer tudo aquilo que sua vida tem de bom – pode ser a família, a casa, o emprego, uma cama macia com lençóis cheirosos, um bilhete carinhoso do namorado ou do filho. O ideal é fazer isso logo antes da refeição – é um exercício que acalma a alma e deixa você com o estado de espírito perfeito para comer com tranqí¼ilidade.
PROVOQUE SUA MENTE
TRANSFORME DESEJOS EM METAS
• Vá devagar para ir longe. Mesmo se quiser perder 10 ou mais quilos, almeje reduzir um pouco por vez. E antecipe a sensação prazerosa de atingir sua meta a cada quilo perdido. Cada pequena vitória garante uma explosão de motivação e incrementa a autoconfiança.
• Amplie suas estratégias. Pensar dia e noite em emagrecer pode ser limitante e frustrante. Estabeleça objetivos com foco na mudança de comportamento e torne-os o mais específicos possível, por exemplo
Meta diária: vou caminhar 15 minutos no horário do almoço e tomar leite desnatado em vez de chocolate gelado com chantilly.
Meta semanal: ao menos três noites na semana, vou comer frutas no lugar da sobremesa ou dispensá-la.
Meta mensal: vou descer do elevador num andar inferior e subir de escadas até meu apartamento. Ao final do mês, estarei subindo ou descendo dois ou três lances antes de entrar no elevador.
CONTROLE A GULA
Comer é necessário, mas você pode escolher bem cada bocado. A mesma regra vale para a gula – ela parece incontrolável, mas não passa de uma decisão interna que pode ser modificada. Como? Prepare planos para enganá-la.
• Beba água aos goles. Muita gente confunde sede com gula. Então, da próxima vez que você sentir fome fora de hora, beba um copo de água em pequenos goles. Se for sede, a vontade de comer vai passar rapidinho.
• Conte até dez. Em vez de se entregar í gula logo de cara, resista a ela por dez minutos. Esconda as guloseimas e saia para andar ou ocupe as mãos com um trabalho manual.
• Resista í junk food. Se você come fast food de segunda a sexta, comece a fazer isso dia sim outro não, depois a cada três dias e, finalmente, uma vez por semana.
AME SEU CORPO
Quando olham no espelho, as garotas geralmente não gostam do que vêem. Mesmo aquelas que estão com o corpo legal tendem a achar que precisam perder uma gordurinha aqui outra ali. Mas não espere secar os excessos para cuidar da auto-estima. Comece valorizando as partes do seu corpo que você gosta. Tenha orgulho do seus olhos brilhantes, do colo bem desenhado, dos dedos longos. Outra maneira de se sentir feliz é cuidar de si mesma com o carinho que costuma tratar suas amigas. Não se subestime nem faça piadas sobre as benditas dobrinhas que insistem em saltar da blusa. Além disso, cultive o bom humor, adote atitudes saudáveis e trace perspectivas positivas. Quanto mais você fizer isso, mais sua mente vai trabalhar a seu favor. Não esqueça!
Reportagem da Revista Boa Forma de maio 2006