INFP

infpEu sou uma pessoa de muita sorte. Muita sorte. minha vida é muito boa, posso dizer. Ai como é boa!!! Estou ansiosa, mas feliz.
 
Depois de um plantão mega exaustivo de 24 horas meia noite – meia noite, um testezinho pra relaxar…
(Apesar de não saber o que raios significa essa sigla INFP)
 
 
 Seu perfil: INFP
 
 
Seu modo principal de viver é focado internamente, lidando com as coisas de acordo com a maneira com que você se sente quanto a elas, ou de acordo com a maneira com que elas se encaixam no seu sistema de valores pessoais. Seu modo secundário é exterior, através do qual você absorve fatos principalmente através da sua intuição.
 
Você, mais do que outras pessoas que são intuitivas e que dão mais ouvidos aos sentimentos do que í  razão pura, é focado em fazer do mundo um lugar melhor para as pessoas. Sua primeira meta é encontrar o seu significado na vida, perguntando coisas do tipo: “Pra quê eu existo? Qual é o meu propósito? De que maneira eu posso melhor servir a humanidade durante a minha vida?”
 
Você é uma pessoa idealista e perfeccionista, e se esforça ao extremo para atingir os objetivos que identificou para si mesmo. Você é muito intuitivo sobre as pessoas. Você conta totalmente na sua intuição para te guiar, e usa suas descobertas para buscar constantemente o valor da vida.
 
Você está numa missão contí­nua para encontrar a verdade e o significado das coisas. Cada interação e cada pedaço de sabedoria adquirida é filtrada pelo seu sistema de valores, e avaliada para ver se existe algum potencial para lhe ajudar a definir ou refinar mais ainda seu próprio caminho na vida. A meta final é sempre a mesma – você se esforça para ajudar as pessoas e para fazer do mundo um lugar melhor.
 
Em geral, uma pessoa gentil e de muita consideração, você é um bom ouvinte e deixa as pessoas í  vontade. Mesmo que reservado ao expressar suas emoções, você se importa demais com os outros, e é genuinamente interessado em entender as pessoas. Esta sinceridade é percebida pelos outros, fazendo de você um amigo especial, e em que se pode confiar.
 
Você geralmente é muito caloroso com as pessoas que você conhece bem. Você odeia conflitos, e faz o que puder para evitá-los. Se você precisa encará-los, será sempre utilizando a perspectiva dos seus sentimentos. Em situações de conflito, você dá pouca importância para quem está certo e quem está errado. Você presta atenção í  maneira com que você se sente quanto ao conflito, e não se importa muito se seus sentimentos estão ou não corretos.
 
Você simplesmente não quer se sentir mal. Essa caracterí­stica í s vezes faz com que você aparente ser uma pessoa irracional e ilógica em situações de conflito. Por outro lado, você faria um ótimo papel de mediador, e tem facilidade de resolver os conflitos dos outros, porque você entende intuitivamente as perspectivas e os sentimentos das pessoas, e quer genuinamente ajudá-las.
 
Você é flexí­vel e despreocupado, até que um de seus valores seja violado. Assim, se seu sistema de valores está sendo ameaçado, você pode se tornar agressivo, lutando com muita garra e paixão por sua causa. Quando você começa um projeto no qual se interessa, é muito comum que este se torne uma “causa” para você. Apesar de você não ser uma pessoa focada em detalhes, você cobrir cada detalhe necessário com vigor e determinação, enquanto lutando por essa sua causa. Quanto a detalhes mundanos da vida (como lavar, limpar, passar, etc), você praticamente não está ciente deles.
 
Você pode passar meses sem perceber as manchas no carpete, mas você cuidadosamente e meticulosamente remove aquele filetinho de poeira que caiu em cima do seu caderno de projetos. Você não gosta de ter que lidar com fatos concretos e com lógica. Seu enfoque pessoal nos seus sentimentos e na condição humana torna difí­cil que você lide com decisões impessoais. Você não compreende nem acredita na validade de uma decisão que não leva as pessoas em consideração, fazendo de você uma péssima pessoa para tomar esse tipo de atitude.
 
Você provavelmente evitará análises impessoais, apesar de poder desenvolver esta capacidade, e de conseguir ser bastante lógico. Sob estresse, é comum que você utilize a lógica de uma maneira errada quando, por exemplo, num momento de raiva, em que você cita fato após fato (e geralmente não completamente corretos) em uma explosão emocional.
 
Você tem padrões altí­ssimos e é um perfeccionista. Conseqí¼entemente, você é muito duro consigo mesmo, e não dá muito valor í s suas conquistas. Você pode acabar tendo problemas na hora de trabalhar em um projeto em grupo, pois seus critérios e padrões tendem a ser bem mais altos do que os do resto do grupo. Nessas situações, você pode ter um problema de “controle”.
 
Você precisa tentar equilibrar seus ideais com suas necessidades do dia-a-dia. Sem resolver este conflito, você nunca ficará feliz consigo mesmo, e pode ficar confuso e paralisado quanto ao que fazer de sua vida. Pessoas como você geralmente são escritores talentosos.
 
Você pode se sentir esquisito e desconfortável em se expressar verbalmente, mas você tem uma capacidade maravilhosa de definir e de expressar no papel o que você está sentindo. Você também gosta de participar de profissões de cunho social, como na área de aconselhamento ou de educação.
 
Você se encontra o mais confortável e feliz possí­vel quando trabalha pelo bem das pessoas, e onde você não precisa usar lógica intensamente. Se você desenvolver suas potencialidades você poderá realizar feitos maravilhosos, apesar de que provavelmente você nunca irá reconhecê-los como tais. E lembre-se: algumas das pessoas que mais causaram desenvolvimentos humaní­sticos no mundo foram pessoas como você.
 
Seu temperamento: Idealista
 
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35 anos

Fazer 35 anos é uma delí­cia. É um número tão redondinho, tão bonito. É uma virada de setênio, são cinco vezes sete, é um número tão cabalí­stico. Eu estou adorando. É como se fosse a oportunidade de passar a limpo a vida, de recomeçar com tudo. Eu adoro, sempre adorei aniversário. Mas um tão redondinho assim para ser saboreado desde meus vinte eu não tinha. Quando fiz 30 estava na véspera de casar, literalmente e estava envolvida com o casamento, então não saboreei o aniversário em si. Vinte anos tem muito tempo e eu era muito retardada… 15 anos mais retardada ainda.

Mas trinta e cinco é outra volta de Saturno, é leve é bom. Está sendo para mim. Acho que é melhor por causa das minhas escolhas de um modo geral. Ao fim e ao cabo, acho que acertei nestas escolhas, na maioria delas. Bem, eu estou feliz, estou na melhor fase da minha vida, esta que é a verdade. Só está faltando viajar mais. E emagrecer. Mas emagrecer enquanto eu for mulher sei que estarei desejando isso, é intrí­nseco ao sexo feminino, portanto…Os outros desejos são periféricos e apesar de me afetarem muito, o central da minha vida está bom, está tranqí¼ilo. Posso dizer que tenho muito daquilo que desejei. Não tenho tudo, talvez porque desejar seja parte de ser feliz também.

Então seguem 35 desejos para os meus 35 anos:
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Akio

Meu amor,

Quarenta anos…

Bem vividos

Fico feliz e orgulhosa quando te lembro.

Que a sua vida seja toda emoção

Que não te falte amor nem boas companhias

Nem aventuras nem olhar brilhando.

Eu te amo

Minha vida ficou muito mais vívida

Depois que você chegou.

 

Feliz Aniversário.

Gentileza

Às vezes eu acho que as pessoas tinham sim que ter a obrigação de serem gentis. Especialmente com as pessoas mais próximas. E não ficar por aí dizendo tudo – em nome de uma autenticidade egocêntrica – que pensam. Especialmente quando isso envolve o desprezo. É. Eu tenho problemas com esse sentimento.

Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas está fazendo 50 anos. E eu pensei pela milésima vez que esta seria uma excelente época para eu terminar de ler esse livro. Tem uns 4 anos que eu comecei. Aí­ peguei de novo, abri, recomecei. Mas a verdade é que eu não consigo. Esse livro dói em mim. Cada frase dele é como uma ferida. Não sei porque, nunca tive essa relação com nenhum outro livro. alguns eu amei desde o iní­cio, não queria terminar de ler, não queria gastar o livro. Mas Grande Sertão é diferenre, ele me causa sensações fí­sicas, não consigo explicar, eu fico literalmente nervosa. É um desgaste emocional, de tanto que eu me envolvo naquelas frases, é como se eu fosse o próprio pensamento de Riobaldo, ou o seu sentimento sobre seu pensamento, é confuso, não sei explicar direito.

Sei que vou levar mais uns 5, 6 anos pra terminar de ler, porque é muito dolorido, cada frase desperta um oceano de pensamentos, de reflexões que correm soltas, desembestadas pela minha cabeça. Aí­ é realmente muito complicado, como conseguir terminar de ler algo que me desgasta assim tão violentamente? Mas eu não acho isso ruim, é bom saber que um livro assim tão bom vai me acompanhar ainda por anos e anos. Aqui tem um texto sobre ele. A UFMG também está fazendo uma semana sobre ele. Tem exposição no Palácio das Artes. Que eu vou ver amanhã.

Um poema de amor para domingo


 
Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha
Objeto de amor, atenta e bela.

Aflição de não ser a grande ilha
Q ue te retém e não te desespera.
(A noite como fera se avizinha)

Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel

Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra.

:::::: Hilda Hilst nasceu em Jaú, São Paulo, em 21 de Abril de 1930. Em 1948, entrou para a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Largo São Francisco), formando-se em 1952. Em 1966, mudou-se para a Casa do Sol, uma chácara próxima a Campinas (SP), onde  reside. Ali dedica todo seu tempo à criação literária. Poeta, dramaturga e ficcionista, Hilda Hilst escreve há quase cinqüenta anos, tendo sido agraciada com os mais importantes prêmios literários do país. Participa, desde 1982, do Programa do Artista Residente, da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Seu arquivo pessoal foi comprado pelo Centro de Documentação Alexandre Eulálio, Instituto de Estudos de linguagem, IEL, UNICAMP, em 1995, estando aberto a pesquisadores do mundo inteiro. A lguns de seus textos foram traduzidos para o francês, inglês, italiano e alemão. Em março de 1997, seus textos Com os meus olhos de cão e A obscena senhora D foram publicados pela Ed. Gallimard, tradução de Maryvonne Lapouge, que também traduziu Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Morreu em 4 de Fevereiro de 2004.

plutão em quadratura com plutão

Comecei a entrar num trânsito de Plutão que é um dos trânsitos mais fortes que uma pessoa passsa durante a vida. Mas Plutão no meu mapa felizmente é um planeta super bem colocado, na verdade ele é a salvação do meu mapa, e me dá um pouco do dom da fênix. Estou precisando desse dom esses dias. Renascer é sempre muito bom.

Abaixo o significado deste trânsito.

Trânsito selecionado : Plutão Quadratura Plutão
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Reconstruindo

**Válido durante muitos meses**

Este trânsito representa um perí­odo de regeneração total, o que talvez não seja de todo agradável.
A maioria de nós se apega ao passado, seja ele bom ou não. E este trânsito irá eliminar precisamente os elementos do passado que não são bons para você, inclusive certos aspectos que já pode ter esquecido. (Essa parte é muito boa…)

É possí­vel que agora ressurjam problemas de que você nem lembrava mais, apesar de eles ainda exercerem influência inconsciente em sua vida, e isso talvez lhe traga algumas dificuldades. Este trânsito está associado a forças que jazem nas profundezas e que promovem mudanças. Por isso, não culpe as circunstâncias nem as pessoas pelas mudanças desagradáveis que ocorrerem agora.

Olhe dentro de si mesma para ver como as bases do presente são assentadas no passado. Talvez muitas coisas sejam destruí­das agora, e essa destruição será implacável se você tentar resistir inflexivelmente.

A ação deste trânsito sobre as oposições é particularmente agressiva. Por isso, procure simplesmente deixar que as coisas do passado se desvaneçam, permitindo que o futuro se construa a partir de suas ruí­nas. Se o conseguir, o potencial de mudanças positivas sob esta influência é imenso.

Este trânsito poderá ainda aumentar sua curiosidade diante dos processos de criação e regeneração do universo, levando-a a interessar-se pelo ocultismo. Entretanto, é melhor evitar certas práticas, como por exemplo a magia, pois as energias envolvidas seriam de difí­cil domí­nio neste momento. Embora a princí­pio seu consciente possa estar no controle da situação, é possí­vel que depois você se veja inteiramente comandada por forças interiores e completamente inconscientes. Isso poderia ter consequências desastrosas.

Além disso, é possí­vel que você venha a envolver-se em sérias lutas pelo poder com pessoas que tentem impedir ou precipitar mudanças em sua vida. Observe atentamente antes de definir qual a categoria em que elas se enquadram. Perí­odo ativo do iní­cio de Fevereiro 2006 até o final de Novembro 2007.

Do site http://astro.com

Medo de pensar

Eu preciso urgentemente reaprender a pensar. Urgentemente. Eu perdi o hábito de analisar, perdi meu senso crítico, que horror! Preciso reaprender. Agora, já. Ou as teias de aranha do pensamento vão se cristalizar e aí eu não consigo mais. Não sei se num esforço de não sofrer, nos últimos tempos eu não exercitei minha veia crítica. Não pensei com força. Não fui a fundo no meu próprio pensamento, com um medo enorme dele, que tinha me feito sofrer tanto anteriormente. Mas agora é diferente. Eu não preciso mais ter medo do meu pensamento. Já tenho forças suficientes para enfrentar os estragos que ele quiser causar. Então deixa eu ir lá pensar um pouco.

Extraordinário

Esses dias, por causa de algumas coisas que andaram me acontecendo eu acabei sendo forçada a me deparar com a palavra “extraordinário”. A cabeçada de frente com essa palavra me obrigou a olhar para ela, e o pior, a ter sentimentos excusos e a refletir sobre esse conjunto de letras altamente significativo. E o que primeiro percebi foi o quanto a tv, o espí­rito de Hollywood, e alguns personagens que cruzaram minha história me fizeram um tremendo mal. Ou como eu me fiz mal através deles. Pelo menos por um lado.

Porque me fizeram esperar que a vida fosse cheia de momentos extraordinários e impactantes, ou pior, me fizeram acreditar que somente isso era A Vida.

E acreditei que só se está vivendo, ou que só existe diversão, ou que você só é digno de qualquer meleca se estiver escalando o Himalaia, se estiver viajando pelos quatro quantos do mundo, ou em algum lugar exótico e cheio de gente bonita, jovem e cheia de testosterona acumulada, comendo 15 mulheres por mês, publicando 3 livros no Irã, fazendo filmes nos EUA ou estrelando a novela das oito.

E obviamente na minha vida não está acontecendo nada disso. Eu faço parte da regra, não da exceção. Tem anos que eu não faço uma viagem interessante, que não saio dessa fazenda iluminada que é BH, eu sou uma dona de casa e trabalhadora com jornada tripla, contracheque, lixo pra levar pra fora, marido, filho e gavetas para arrumar.

Então por um instante eu quase me senti encolhida ao trombar com essa palavra, quase me senti pequena e inadaptada para a vida. Quase senti vergonha de não estar descendo de canoa as cataratas do Niágara. Quase quis estar numa aldeia nalu aprendendo algum ritual exótico ou colocando aquelas talas no beiço. Quase reneguei tudo que conquistei quando saí­ de perto da palavra extraordinário.

Mas foi só um ligeiro tropeço, foi só um pequeno lapso. Foi um vento que passou. Um vento de quase mau agouro.

Porque eu gostaria mesmo é que tivessem me dito há muito mais tempo que a vida tem um ou dois desses momentos no máximo, para as pessoas que são a regra, como eu. Eu sei que esta história toda é um puta dum clichê, mas eu me comportei assim durante muitos anos, achando que eu só seria gente quando topasse assaltar um banco, quando tivesse coragem de virar puta, quando sei lá, inventasse o 14 bis. E fiquei muitos anos com um sentimento de sub vida, de que o cotidiano era uma bosta, de que as pessoas que me amavam e me cercavam eram medí­ocres, de que eu era uma covarde desprezí­vel que não tinha nem coragem de colocar uma mochila nas costas e ir mendigar em Tokelau.

E esses dias eu quase me senti assim de novo, quase tive vergonha de dizer que não estava no México estudando xamanismo com os discí­pulos do Castaneda em pleno deserto, dormindo em uma caverna para lembrar o passado e desfazê-lo. Quase me detestei por não estar voando em uma vassoura acima de Salem.

E por instante eu quase esqueci que há algo de tremendamente extraordinário também em se parir e se criar um filho tão cheio de sorrisos, mesmo que seja a mais repetida das coisas, que há algo de extraordinário em se manter um amor sem brigas, com ternura, tesão, diversão e respeito pelo escoar dos dias, que é extraordinário ter amigos como os que eu tenho, que posso viajar e viajar nas galáxias do pensamento com eles, e discordar deles até a alma e mesmo assim amá-los tanto. E que extraordinário de verdade é partilhar e sentir tanto, tanto amor, sentir-se una com tudo mesmo que por um segundo fugaz, perceber que o acaso não tem realmente esse nome. E entender no sangue que tudo vai virar pó incluindo aí­ o extraordinário e o todos os meus sentimentos a respeito.

Aí­ eu pude então respirar aliviada, pude tirar um certo peso que ameaçava se infiltrar no peito e achar que um sorriso ganho naquela hora, naquele lugar, daquele jeito tem tanto valor e tanta emoção quanto largar tudo e ir estudar lamaí­smo com os monges do Butão. E que esse sentimento, mesmo tendo saí­do diretamente das páginas de um livro de auto-ajuda, é bom, é muito bom, é bem melhor do que acreditar estar presa em uma sub vida. Eu escolhi muitos dos meus grilhões. E pelo menos eu sei disso e sei que se eu escolhi algum dia posso desescolher. E isso me empurra muito mais pra frente do que qualquer extraordinário sem noção que eu conheça.

Aloha.

Pense Magro (mais uma vez)!!!

Eu canso de bater nesta tecla. Então por que será que eu não consigo colocar em prática da forma como deveria??? Ai meu Deus!!! Essa reportagem aí­ parece um resumo do meu blog…


Pense magro

Quando você se imagina magra, fala como magra e age como magra, fica mais fácil perder e manter o peso. Então, treine sua mente para isso. A gente ensina a apagar os pensamentos gordos. As atitudes certas diante da comida vêm em seguida

por Eliane Contreras

Se você quer emagrecer, não tem como escapar: é consumir menos e gastar mais calorias. Colocar isso em prática sem transformar sua vida num pesadelo pode depender de um só aliado: a força da mente. A idéia não é nova, mas as técnicas para mudar atitudes mentais negativas – aquelas que emperram até a mais esperta das dietas – nunca estiveram tão em moda.

O QI Mental, por exemplo, uma das propostas de emagrecimento mais comentadas no momento, usa imagens para reprogramar o cérebro e curar doenças de origem emocional. Essa técnica chinesa atua no subconsciente, onde se formam os padrões de comportamento, entre os quais aqueles que controlam o nosso jeito de comer. O médico João Yokoda, do setor de medicina chinesa e acupuntura da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi quem adaptou o Qi Mental ao tratamento da obesidade. “O exercí­cio é superpor novas imagens mentais í quelas que atrapalham a sua dieta – você tem de se imaginar magra várias vezes ao dia para gravar esse novo padrão”, diz Yokada. As pesquisas mostram que atitudes mentais têm mais influência no volume de comida que ingerimos do que a própria fome.

A dificuldade de perder e manter o peso quando temos o registro de um corpo gordo na cabeça é infinitamente maior. Sidney Chioro, neurologista e professor de psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), sempre apostou nessa idéia e apoiou seu trabalho com obesidade em recursos que atuam no sistema neurológico. “São as emoções que traçam o caminho das mensagens no circuito dos neurônios. Um padrão neurológico inadequado pode transformar uma carência afetiva num comando de fome”, explica Sidney. É por isso que muita gente tenta resolver uma crise amorosa devorando uma caixa de bombons em vez de buscar solução para o relacionamento. Na luta contra a balança, Chioro usa imagens e sons que visam corrigir a rota do pensamento e facilitar o emagrecimento.

No entanto, existem maneiras mais simples para convencer sua mente a trabalhar a seu favor. Sucesso nos Estados Unidos, o livro Think Thin, Be Thin (Pense magro, seja magro, editora Broadway Books) traz 101 exercí­cios para quem quer educar a mente, somando pontos no projeto deusa. As autoras, a psicóloga americana Doris Wild Helmering e a escritora Dianne Hales, combinaram conceitos de várias linhas terapêuticas – terapia cognitiva, programação neurolingí¼í­stica, gestalt terapia e análise transacional -, ajudando você a se livrar do registro de gorda que habita sua cabeça e garantindo um happy end para sua dieta. Isso não significa dormir gordinha e acordar enxuta. “Para que o cérebro registre novos padrões, os exercí­cios de reprogramação devem ser repetidos várias vezes ao dia, durante semanas ou meses”, defende a psicóloga Olga Inês Tessari, da Clí­nica Movimento Corporal, em São Paulo, especializada em emagrecimento. Curiosa? Selecionamos as sete sugestões mais bacanas do livro – pratique, pratique e pratique! Elas podem abrir sua cabeça para um corpo magro que sabe identificar a verdadeira fome.

Mudar a cabeça faz a dieta funcionar!

Tirar da cabeça a idéia fixa de que é impossí­vel emagrecer, faz você modificar as atitudes diante da comida e perder peso sem sofrer

SEJA POSITIVA

Você tem coragem de chamar uma amiga que está gordinha de “rolha de poço”? Claro que não! Mas existe o risco de dizer coisas desse tipo (ou piores) para si mesma, programando seu cérebro para uma derrota na balança. Se você conserva pensamentos como “sempre estive gorda” ou “nunca fui capaz de perder peso”, acaba bloqueando qualquer possibilidade de mudança, mantendo o corpo pesado. Então, comece a ser positiva a partir de agora.

• Risque os pensamentos gordos.

Quando eles vierem í  mente, diga firmemente: “Pare ou apague!”

• Você pode tudo. Pare de repetir que não tem pique para malhar ou não pode viver sem doce. Reforce o que você pode fazer, dizendo a si mesma: “Eu posso fazer dieta”, “Eu posso andar mais dez minutinhos na esteira”, “Eu posso viver sem musse de chocolate”.

• Trace metas realistas. Você vive dizendo que não consegue perder peso? Mude o discurso para: “Não perdi peso ainda, mas, quando decidir de verdade, vou conseguir”.

IMAGINE E OUí‡A SEUS DESEJOS

Além de frases sobre um corpo magro e saudável, é importante criar imagens na mente. Como? Feche os olhos e se veja caminhando num parque ou numa praia paradisí­aca. Se disser “eu vou andar ouvindo axé”, cria também um estí­mulo auditivo. As representações sensoriais visuais e auditivas ajudam o cérebro a traduzir os pensamentos em ações.

EXERCITE A GRATIDíƒO

Você tem o hábito de agradecer as coisas boas da vida? í“timo! Esse exercí­cio, de acordo com pesquisas na área da psicologia positiva, mantém o bom humor e deixa você mais disposta. O que isso tem a ver com o controle de peso? Quando está bem, você reduz o risco de encher o prato para curar uma dor emocional. Reserve um horário do dia para agradecer tudo aquilo que sua vida tem de bom – pode ser a famí­lia, a casa, o emprego, uma cama macia com lençóis cheirosos, um bilhete carinhoso do namorado ou do filho. O ideal é fazer isso logo antes da refeição – é um exercí­cio que acalma a alma e deixa você com o estado de espí­rito perfeito para comer com tranqí¼ilidade.

PROVOQUE SUA MENTE

Sabe aquelas historinhas populares que as avós adoram contar? Elas podem valer por várias sessões de terapia direcionadas para a perda de peso, segundo terapeutas especializados em programação neurolingí¼í­stica. Exercite com o conto O Milagre da Mudança, de Dennis Wholey: um homem está nadando para atravessar um rio segurando uma grande pedra em uma das mãos. Quando chega ao meio da travessia, as pessoas que estão í  margem do rio percebem que ele está em apuros, engasgando e engolindo água, se esforçando para continuar boiando. “Largue a pedra!”, diz um homem. “Assim poderá nadar melhor.” Mas o hom
em na água segura a pedra com mais força. “Largue a pedra!”, grita o povo. “Largue a pedra!” Finalmente o homem se vira e, com seu restinho de fôlego, diz: “Não posso. É minha”. Agora responda a estas perguntas:
• Você sente seu peso puxando-a para baixo?
• Se enxerga agarrando-se a um corpo pesado apesar de estar perto de se “afogar”?
• Como você justifica os quilos extras?
• Existe algo que alguém pudesse dizer ou fazer para convencê-la a liberar o excesso de gordura?

TRANSFORME DESEJOS EM METAS

Viver só no desejo de derreter as gordurinhas não resolve. Você precisa dar passos concretos em direção ao que quer. A pesquisas mostram que a caracterí­stica que diferencia as garotas de sucesso é o estabelecimento de metas claras e especí­ficas. Portanto, ao adotar seu programa de perda de peso, trace objetivos viáveis. E, conforme progredir, adicione ou modifique as metas de maneira que elas continuem sendo inspiradoras em vez de opressoras. Veja o que fazer.
• Visualize, fale e escreva. Imagine-se magra dentro do biquí­ni ou sorrindo ao subir na balança. Depois, registre essas cenas num diário. Pronto! O desejo foi transformado em compromisso. í€ medida que você for progredindo, revise, melhore e amplie suas metas.

• Vá devagar para ir longe. Mesmo se quiser perder 10 ou mais quilos, almeje reduzir um pouco por vez. E antecipe a sensação prazerosa de atingir sua meta a cada quilo perdido. Cada pequena vitória garante uma explosão de motivação e incrementa a autoconfiança.

• Amplie suas estratégias. Pensar dia e noite em emagrecer pode ser limitante e frustrante. Estabeleça objetivos com foco na mudança de comportamento e torne-os o mais especí­ficos possí­vel, por exemplo
Meta diária: vou caminhar 15 minutos no horário do almoço e tomar leite desnatado em vez de chocolate gelado com chantilly.
Meta semanal: ao menos três noites na semana, vou comer frutas no lugar da sobremesa ou dispensá-la.
Meta mensal: vou descer do elevador num andar inferior e subir de escadas até meu apartamento. Ao final do mês, estarei subindo ou descendo dois ou três lances antes de entrar no elevador.

CONTROLE A GULA

Comer é necessário, mas você pode escolher bem cada bocado. A mesma regra vale para a gula – ela parece incontrolável, mas não passa de uma decisão interna que pode ser modificada. Como? Prepare planos para enganá-la.

• Beba água aos goles. Muita gente confunde sede com gula. Então, da próxima vez que você sentir fome fora de hora, beba um copo de água em pequenos goles. Se for sede, a vontade de comer vai passar rapidinho.

• Conte até dez. Em vez de se entregar í  gula logo de cara, resista a ela por dez minutos. Esconda as guloseimas e saia para andar ou ocupe as mãos com um trabalho manual.

• Resista í  junk food. Se você come fast food de segunda a sexta, comece a fazer isso dia sim outro não, depois a cada três dias e, finalmente, uma vez por semana.

AME SEU CORPO


Quando olham no espelho, as garotas geralmente não gostam do que vêem. Mesmo aquelas que estão com o corpo legal tendem a achar que precisam perder uma gordurinha aqui outra ali. Mas não espere secar os excessos para cuidar da auto-estima. Comece valorizando as partes do seu corpo que você gosta. Tenha orgulho do seus olhos brilhantes, do colo bem desenhado, dos dedos longos. Outra maneira de se sentir feliz é cuidar de si mesma com o carinho que costuma tratar suas amigas. Não se subestime nem faça piadas sobre as benditas dobrinhas que insistem em saltar da blusa. Além disso, cultive o bom humor, adote atitudes saudáveis e trace perspectivas positivas. Quanto mais você fizer isso, mais sua mente vai trabalhar a seu favor. Não esqueça!

Reportagem da Revista Boa Forma de maio 2006