Categoria: jardim

há ferrugem nos sorrisos

Belo Horizonte, 14 de abril de 2024

🌤️19° – 29º


Dia do Café e véspera do aniversário da Maria Angélica. Em 1909 Carlos Chagas descobre a doença de Chagas, causada pelo Trypanosoma cruzi. Em 1939 o livro As Vinhas da Ira, de John Steinbeck foi publicado. Em 2003, 99% do genoma humano foi sequenciado pelo Projeto do Genoma Humano o que possibilitou que eu soubesse que sou descendente dos povos Massai e Basco. Em 1896 nasceu Alfredo Volpi, em 1950 Péter Esterházy, em 1982 veio Paolla Oliveira. Em 1976 morreu Zuzu Angel assassinada pelo estado brasileiro. Em 1986 nos deixou Simone de Beauvoir, e em 2018 se foi Miloš Forman.


Solitário

Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!

Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos contorta…
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!

Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
– Velho caixão a carregar destroços –

Levando apenas na tumba carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!

⚔️

Augusto dos Anjos


Em 14 de Abril de 1958 escreveu Sylvia Plath em seu diário:

14 de abril: segunda-feira à noite: Ainda me sinto grogue & confusa demais embora convalescente, com preguiça de tomar banho e lavar o cabelo. E muito cansada. Acordei com o sol brilhando e comi uma suculenta toranja rosada com mel, meia torrada com bacon & pedacinhos de fígado de frango cozidos demais & café com pouco leite.

[…]A sala da turma de Arvin das 8:45 permaneceu vazia por um momento. Sentei-me na cadeira do canto, perto da janela, e contemplei a paisagem luminosa amarelo-cromo do império de Alexandre: ser um padeiro em um dos postos remotos: a mente se acovarda em espaços abertos infinitos em épocas intermináveis. Incomodada, como se ajustasse o ouvido delicado e a visão confinada ao leito ao sair de uma longa enfermidade à luminosidade e burburinho do mundo saudável, ponderei se estaria na sala correta, se aquele não seria o dia do exame e eu, por distração, tivesse esquecido disso.

[…]Estou relendo “Moby Dick”, preparando-me para o dilúvio de exames amanhã – maravilhada e deslumbrada com as cadências bíblicas & shakespearianas,  com a rica & brilhante & fragrante recriação do espermacete, do âmbar-gris  – milagre colosso, o imponente leviatã. Um dos meus poucos desejos: estar segura, pois sou covarde) a bordo de um baleeiro, durante o processo de transformar um monstro e luz & calor.

[…]Caminhei pelo parque ao crepúsculo. Um faisão piou perto de nós, correu, decolou exibindo a longa cauda. Encontramos duas penas azuis de gaio 

Os Diários de Sylvia Plath -1950-1962 -. Ed. Biblioteca azul



Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos. Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos. E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida.

2 Coríntios 4:8-12


Oportunidade para um pequeno desespero

Não existe amor pela vida sem desespero pela vida 

Albert Camus

10 de espadas, essa carta que é o pesadelo dos cartomantes e consulentes. Pesadelo traduz muito bem o espírito dessa carta, é a Hora do Pesadelo, de fato. Todos as cartas de número dez no tarô representam o fim, a conclusão, o desfecho de algo. E o dez associado ao reino mental das espadas pode representar o fim de um período de muita dor, de muito desespero e conturbação. O tarólogo Giancarlo Kind Schmid diz que o axioma dessa carta é “o fim da dor ou a dor do fim”. E sim, é bem isso. Pode ser que estejamos sucumbindo ao desespero e nos consideremos mortos para alguma coisa, o que nos causa grande dor, tem sempre alguma dor quando se encontra essa carta. Mas a magnífica taróloga Rachel Pollack também nos faz notar que essa carta é representada por um homem abatido com 10 espadas cravadas nas costas. O que pode sugerir um grande toque de exagero, de histeria mesmo, uma vez que basta uma espada para aniquilar alguém. Desferir 10 golpes com 10 espadas mostra um descontrole, uma exasperação que muito provavelmente não corresponde à realidade do que se está passando.
Visto desta forma, o 10 de espadas pode nos fazer pensar que aquilo de ruim, ou muito ruim com o que estamos lidando na verdade não o é tanto assim, e que por razões legítimas ou não, estamos exagerando a ruindade da situação.
Mas o 10 também é uma carta complexa e com suas nuances. Não há como escapar de seu caráter de dor, mesmo que seja do fim da própria dor. Mas qual é a vida que não tem dor? Ele nos lembra que não existe tal configuração. Não existe ninguém que possa passar pela vida sem alguma dor. O medo da dor aumenta a duração e a intensidade da própria dor. Faz parte da maturidade saber disso, que não é possível viver sem dor.
Então esse arcano aparece para que você lide com alguma dor essa semana. Ainda que seja alguma dor física. Que pode ir desde um pequeno corte num papel, uma topada com o mindinho numa quina, ou outra dor mais pungente.
Assim que eu tirei essa carta ficou claro que na minha vida essa carta é o retrato do que estou vivendo agora, dores atrozes de fibromialgia pelo corpo. Foi possível ver nitidamente a dor que as espadas me causam, é como se eu estivesse mesmo com espadas no corpo. Mas aí eu me lembro da histeria e exagero que pode ter nesta carta e tento me acalmar e me distrair.
A mensagem da carta é, a dor faz parte, mas pense se não há uma balbúrdia desnecessária da sua parte ao lidar com ela. Pense também que essa carta, de maneira infalível representa o fim, e também o fim da dor. A dor vai acabar, tudo passa, vamos respirar fundo, aceitar e viver o que não está doendo. Até que volte a doer.
Também o tarólogo e pesquisador Giancarlo nos adverte que o modo como as espadas atingem as costas da pessoa sugere covardia, já que chegam sem que haja oportunidade de defesa.
Em muitas leituras de tarô, o 10 de Espadas pode ser interpretado como o “golpe de misericórdia”.
E vamos lembrar que na própria carta existe o amanhecer, sugerindo que novos dias e novos começos estão chegando. Este arcano também pode sugerir desistência nas situações em que nos sentimos sobrecarregados e incapazes de lidar com tantos problemas. Pode ser visto como um ato de libertação diante de um sofrimento prolongado. O fim de uma história pode parecer inevitável, mas também pode significar libertação, o famoso livramento.
Uma das palavras de ordem dessa carta é desespero. Pensemos que pode ser um desespero exagerado, meio carregado de histeria e algum toque de covardia. O filósofo Kierkegaard fala muito bem sobre a esterilidade do desespero, de sua inutilidade:

[…] o desespero é, portanto, a “doença mortal”, esse suplício contraditório, essa enfermidade do eu: eternamente morrer, morrer sem, todavia, morrer, morrer a morte. Porque morrer significa que tudo está acabado, mas morrer a morte significa viver a morte; e vivê-la um só instante, é vivê-la eternamente. Para que se morresse de desespero como duma doença, o que há de eterno em nós, no eu, deveria poder morrer, como o corpo morre de doença. Ilusão! No desespero, o morrer continuamente se transforma em viver. Quem desespera não pode morrer; assim com um punhal não serve para matar pensamentos, assim também o desespero, verme imortal, fogo inextinguível, não devora a eternidade do eu, que é o seu próprio sustentáculo.
 […]Eis o ácido, a gangrena do desespero, esse suplício cuja ponta, dirigida sobre o interior, nos afunda cada vez mais numa autodestruição impotente. Bem longe de consolar o desesperado, pelo contrário, o insucesso do seu desespero em destruí-lo é uma tortura, reanimada pelo seu rancor; porque é acumulando sem cessar, no presente, o desespero pretérito que ele desespera por não poder devorar-se nem se libertar do seu eu, nem aniquilar-se. Tal é a fórmula de acumulação do desespero, o crescer da febre nesta doença do eu.

Saibamos nos desesperar com calma, sem desespero.

Boa semana, que a dor seja mínima.

A carta de tarô 10 de espadas é frequentemente associada a dor, sofrimento e finais dolorosos. A imagem da carta 10 de espadas geralmente retrata uma figura caída no chão, com 10 espadas cravadas em suas costas. Essa imagem pode ser perturbadora à primeira vista, mas é importante compreender que as espadas representam o intelecto, a mente e o poder da comunicação. Portanto, a presença de 10 espadas pode indicar um excesso de pensamentos negativos, preocupações ou conflitos mentais. Quando essa carta aparece em uma leitura de tarô, ela pode indicar que a pessoa está passando por um período de grande sofrimento mental. Isso pode ser causado por uma crise emocional, uma perda significativa ou um conflito interpessoal. A presença da carta 10 de espadas sugere que a pessoa está se sentindo sobrecarregada e derrotada, e pode estar tendo dificuldade em enxergar uma saída para sua situação. A presença da carta 10 de espadas não significa que o sofrimento é inevitável, mas sim que a pessoa está passando por um momento desafiador e precisa lidar com suas emoções e pensamentos de forma consciente.

Além disso, a carta 10 de espadas também pode ser interpretada como um convite para a pessoa se libertar de padrões mentais negativos e autodestrutivos. Ela pode indicar a necessidade de buscar ajuda profissional, como terapia ou aconselhamento, para lidar com questões emocionais profundas e encontrar maneiras saudáveis de enfrentar os desafios da vida. Por outro lado, a presença da carta 10 de espadas também pode ser interpretada como um sinal de que o sofrimento está chegando ao fim. Assim como todas as cartas do tarô, o 10 de espadas representa um ciclo, e sua presença pode indicar que a pessoa está prestes a superar seus desafios e encontrar alívio para suas dores.

Além disso, é importante lembrar que as cartas de tarô são multifacetadas e podem ter diferentes significados dependendo do contexto da leitura. Por exemplo, a presença de outras cartas de espadas ou cartas relacionadas ao sofrimento e à superação pode modificar a interpretação do 10 de espadas.

A carta 10 de espadas no tarô é um símbolo poderoso que representa sofrimento mental, desafios emocionais e crises pessoais. No entanto, sua presença em uma leitura não deve ser encarada como um presságio negativo, mas sim como um convite para a pessoa refletir sobre suas emoções, buscar ajuda se necessário e encontrar maneiras saudáveis de lidar com suas dores. É importante lembrar que as cartas de tarô são ferramentas de autoconhecimento e crescimento pessoal, e que seu objetivo é ajudar as pessoas a compreenderem melhor a si mesmas e as situações que estão vivenciando.

Um Texto que Afasta a Noite Escura da Alma

Para o homem, a grande maravilha é estar vivo. Para o homem, tal como para a flor, o animal e o pássaro, o supremo triunfo é estar mais intensa, mais perfeitamente vivo. Saibam o que souberem os por-nascer e os mortos, não podem conhecer a beleza, a maravilha que é estarmos vivos na nossa carne. Os mortos podem cuidar do «após». Porém, o magnífico «aqui e agora» da vida em estado de carne é nosso, nosso e de mais ninguém, e só nosso durante um certo tempo. Devíamos dançar em êxtase por estarmos vivos e em estado de carne, por fazermos parte do vivo e encarnado cosmo. Eu faço parte do sol, tal como os meus olhos fazem parte de mim. Que faço parte da terra, sabem-no perfeitamente os meus pés; e o meu sangue faz parte do mar. A minha alma sabe que faço parte da raça humana, que a minha alma é uma parte orgânica da grande alma humana, tal como o meu espírito faz parte da minha nação. No meu próprio e verdadeiro eu, faço parte da minha família. Exceptuada a mente, nada em mim há que seja solitário e absoluto, e havemos de descobrir que a mente por si só não existe, que não passa de um cintilar de sol na superfície das águas.

Por isso o meu individualismo é, realmente, uma ilusão. Faço parte do grande todo e nunca poderei escapar-lhe. Posso, porém, negar as minhas ligações, quebrá-las e transformar-me num fragmento. Desgraçar-me-ei, então.
Aquilo que queremos destruir são as nossas ligações falsas, inorgânicas, em especial as relacionadas com o dinheiro, e restabelecer as vivas ligações orgânicas com o cosmo, o sol e a terra,
com a humanidade, a nação e a família. E se começarmos pelo sol, lenta, lentamente o resto virá.

D. H. Lawrence – Apocalipse – Ed. Hiena – Lisboa

É preciso começar pela noite

Arte que tem a ver com desespero, com sofrimento e fim da dor não falta. Tem coisa demais, falo aqui de algumas poucas que me tocaram, para o bem e para o mal. Queria ter tido mais tempo pra pensar, pra escolher com mais calma, mas o 10 de espadas é isso também, se movimentar no espaço que a dor deixa, e essa tem sido a minha realidade.

Livro

O Morro dos Ventos Uivantes – Emily Brontë. Não falta desespero, exagero, dor, perdas, covardias e histerias neste livro que é magnífico, e que não é um romance de amor. Penso nele demais quando vejo o 10 de espadas, os elementos estão ali, todos. Fora que é um daqueles clássicos incontornáveis, imperdíveis, que são um deleite de leitura. As aventuras de Catherine e Heathcliff são daquelas construções humanas que fazem valer a pena estar vivo só para se ter o prazer de conhecer.


O Morro dos Ventos Uivantes, escrito por Emily Brontë e publicado em 1847, é uma história que se passa na sombria e isolada região de Yorkshire, na Inglaterra, e gira em torno das famílias Earnshaw e Linton, cujas vidas são entrelaçadas por laços de amor, ódio e vingança. A trama se inicia com a chegada do órfão Heathcliff à mansão dos Earnshaw, onde é acolhido pelo patriarca da família e acaba se tornando próximo de Catherine, a filha dos donos da casa. A relação entre Heathcliff e Catherine é marcada por uma paixão intensa, mas também por conflitos e rivalidades. A narrativa de Brontë explora as profundezas da natureza humana, revelando os desejos mais sombrios e as emoções mais intensas de seus personagens. Heathcliff, em particular, é retratado como um homem atormentado pela perda de Catherine e consumido pelo desejo de vingança contra aqueles que o desprezaram. Sua relação com a família Linton também é marcada por intrigas e manipulações, resultando em consequências trágicas para todos os envolvidos. A ambientação sombria e isolada da história contribui para criar uma atmosfera de melancolia e desolação, que reflete o turbilhão de emoções vivenciado pelos personagens.

Wuthering Heights (traduzido para português como O Morro dos Ventos Uivantes, O Monte dos Vendavais ou ainda Colina dos Vendavais), foi o único romance da escritora britânica Emily Brontë. Hoje considerado um clássico da literatura inglesa, recebeu fortes críticas no século XIX. Teve várias adaptações para a televisão e para o cinema, uma delas sendo dirigida pelo cineasta britânico A. V. Bramble. Na música, originou um álbum do grupo musical Genesis: Wind and Wuthering: o título do álbum é uma alusão a Wuthering Heights, e a faixa “Afterglow” aos personagens Heathcliff e Catherine. Também inspirou uma canção de sucesso, “Wuthering Heights”, composta e interpretada por Kate Bush para o álbum The Kick Inside, de 1978, e posteriormente regravada pela banda brasileira Angra, em seu álbum Angels Cry, de 1993.


Filme

Dançando no Escuro – Lars Von Trier – 2000. Não vou enganar ninguém. Eu ODEIO esse filme. Odeio, com todas as minhas forças. Não é possível tanta desgraça, tanta dor, tanta perda numa história só. É desgraça demais. Mas eu indico porque sei que sou exceção e porque reconheço o valor dele. Se não fosse um grande filme e só fosse um filme trágico eu não indicaria, acho. Eu tive uma experiência de intenso sofrimento, inclusive físico, vendo esse filme e acho que nunca vou rever. Mas ele é muito o 10 de espadas, inclusive no fim da dor, no sofrimento intenso, na histeria, porque sim, na minha opinião é um filme bastante histérico. Fica a dica. E é aquilo, vejam por sua conta e risco. 


Selma é uma imigrante checa e mãe solteira que trabalha em uma fábrica no interior dos Estados Unidos. Sua salvação é paixão pela música, especialmente os musicais clássicos de Hollywood. Selma está perdendo a visão e seu filho Gene pode sofrer o mesmo destino se ela não conseguir economizar dinheiro suficiente para fazer uma operação.


Anime

Ataque dos Titãs. Adaptação de: Shingeki no Kyojin – 2013. O anime que eu mais gosto. Sou apaixonada por esse anime, acho sensacional o desenho, a história, o encadeamento, tudo. E ele é bem uma representação do 10 de espadas. Tem tudo do 10 de espadas nele, muita dor, muita espada, muito ataque, muita histeria, muitos sustos. Recomendo demais pra quem gosta de anime. Já me deu vontade de rever, vou propor ao Akio pra ver se ele topa. 


Shingeki no Kyojin (進撃の巨人? lit. “O Gigante de Avanço”) também conhecido pelo título em inglês Attack on Titan, e em português Ataque dos Titãs, é uma série de mangá escrita e ilustrada por Hajime Isayama. É ambientado em um mundo onde a humanidade vive dentro de cidades cercadas por três enormes muralhas que os protegem dos gigantescos humanóides devoradores de humanos chamados de Titãs; a história segue Eren Jaeger, que jura exterminar os Titãs, após um Titã causar a destruição de sua cidade natal e a morte de sua mãe. Shingeki no Kyojin teve seus capítulos publicados na revista mensal de mangás shōnen Bessatsu Shōnen Magazine da editora Kodansha entre setembro de 2009 e abril de 2021, com os seus capítulos compilados em 34 volumes tankōbon.

Uma adaptação em uma série de anime de televisão do mangá foi produzida pelos estúdios Wit Studio (temporadas 1–3) e MAPPA (temporada 4). Shingeki no Kyojin tornou-se um sucesso comercial e da crítica mundial. Em setembro 2022, bateu a marca de 110 milhões de cópias impressas de seus volumes tankōbon em todo o mundo, tornando-se uma das séries de mangá mais vendidas de todos os tempos. Ele ganhou 15 prêmios, incluindo o Prêmio de Mangá Kodansha, Prêmio Attilio Micheluzzi e o Prêmio Harvey.


Série

A Grande Ilusão.  David Moore, Nimer Rashed. 2024, 8 episódios. Essa série eu terminei estes dias mesmo. Não é uma maravilha, é um enlatado, desses de mistério que estão tão na moda. Mas nem por isso deixa de ser bom. Distrai, é daqueles que as pessoas dizem que é pra esvaziar a cabeça. As atuações são boazinhas, a trama é eficiente, é bem filmado e tudo. E indico porque é um retrato do arcano de hoje, tem tudo ali, nesse ponto cabe perfeitamente no que quero dizer com a trajetória do 10 de espadas. Se você precisa descansar a cabeça e gosta de séries de mistério, essa é uma boa. É baseada em algum livro do Harlan Coben, autor do qual ainda não li nenhum livro. É uma série curta, o que faz ela ficar melhor ainda, se fosse mais longa o mistério se prolongaria demais, seria enrolação. 


Fool Me Once é uma série de televisão britânica de suspense, produzida pela Quay Street Productions para a Netflix. Foi adaptado por Danny Brocklehurst do romance homônimo de Harlan Coben de 2016. Apresenta Michelle Keegan, Adeel Akhtar, Dino Fetscher, Richard Armitage e Joanna Lumley.


♫ Playlist

  • The End – The Doors
  • Wuthering Heights – Kate Bush
  • Coldplay – Clocks
  • Não tenho medo da morte – Gilberto Gil
  • Meu Desespero – João Mineiro & Marciano
  • Violent – Concret Blonde
  • Motor Psico – Los Redonditos de Ricota
  • Pais e Filhos – Legião Urbana
  • American Pie – Don McLean
  • Há tempos – Legião Urbana
  • Corazón Espinado (part. Maná) – Santana
  • Por Cierto, Te Importa – Buenos Muchachos

Aquilo a que chamamos o nosso desespero é frequentemente a dolorosa avidez de uma esperança insatisfeita.

George Eliot

Post com a colaboração de @laismeralda, que é a melhor cartomante do pedaço, marque sua consulta com ela.


14 de abril é o 104.º dia do ano no calendário gregoriano (105.º em anos bissextos). Faltam 261 dias para acabar o ano.


Se você leu até aqui, obrigada! Esse é o meu almanaque particular. Um pedaço do meu diário, da minha arca da velha, um registro de pequenas efemérides, de coisas que quero guardar, do tempo, do vento, do céu e do cheiro da chuva. Os Vestígios do Dia, meus dias. Aqui só tem referências, pois é disso que sou feita.

© Nalua – Caderninho pessoal, bauzinho de trapos coloridos, nos morros de Minas Gerais. Outono, com a graça dos céus.

Esta é a 44ª de 78 páginas que terá este almanaque.